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5. Padronização


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Gestão da Qualidade 
Prof. Dr. Noel Torres Júnior
CONTROLE DA QUALIDADE
• O conceito de controle é de ‘manter o status quo”: 
manter o processo planejado em seu estado 
planejado de modo que ele continue capaz de 
atingir as metas operacionais.
1. Avaliamos o desempenho real
2. Comparamos o desempenho real com as metas
3. Atuamos nessas diferenças
2
PIRÂMIDE DE CONTROLE
3
A maior parte do controle humano é 
exercido pela mão-de-obra 
funcionários dos escritórios, 
operários, vendedores, etc. 
O planejamento para o controle é 
precedido pelo desenvolvimento 
do produto e desenvolvimento do 
processo. 
ALÇA DE FEEDBACK
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1. O sensor (que está “ligado no processo”) avalia o desempenho real
2. O sensor relata esse desempenho a um árbitro
3. O árbitro também recebe informações a respeito da meta ou padrão
4. O árbitro compara o desempenho real com a meta. Se a diferença justifica 
ação, o árbitro aciona um atuador
5. O atuador executa as ações necessárias para ajustar o desempenho às 
metas.
Certas decisões fundamentais
• O processo — deve ser operado ou interrompido?
• O produto resultante está em conforme com as metas? 
• Produto não conforme — qual disposição deve ser feita?
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• Situação A - O processo pode continuar em 
Operação
• Situação C – O processo deve ser interrompido, 
e a ação remediadora deve ser tomada, 
• Situação B e D – Vagos, isso provoca muita 
confusão. A alta gerência deve insistir que 
sejam estabelecidos critérios claros. Tomada 
decisão para esses quadrantes deve ser 
delegada para a supervisão.
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Disposição dos produtos não-
conformes
• Muitos produtos não conformes são tão 
obviamente inadequados ao uso que eles são 
descartados.
• Consertados.
• Outros produtos não conformes não estão tão 
obviamente inadequados ao uso. Em alguns 
casos, a decisão ideal pode ser utilizar o 
produto da maneira como ele se encontra.
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AÇÃO CORRETIVA
• Restituir um estado de conformidade às metas de 
qualidade. 
• A expressão ação corretiva é indisciplinadamente 
aplicada a duas atividades muito diferentes:
1. A eliminação de fontes de deficiência crônicas. A alça de feed-
back não é uma maneira adequada de lidar com esses 
problemas crônicos. Em vez disso, há a necessidade de se 
empregar o processo de melhoramento da qualidade.
2. A eliminação de fontes de deficiência esporádicas. A alça de 
feed-back é bem apropriada para esse propósito.
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Papel da Padronização
• A padronização possibilitou:
– O avanço da ciência (linguagem matemática, 
sistema internacional de medidas, etc)
– A Industrialização 
– As grandes corporações
– O desenvolvimentos da logística,
– A internet
– Etc.
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A Influência dos padrões na sociedade, 
empresas, vidas das pessoas....
Standards for what we 
do....
Standards for what we 
have....
11
História da Padronização Industrial
12
História da Padronização Industrial
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Classificação por Aplicação
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CONCEITOS GERAIS SOBRE 
PADRONIZAÇÃO
• Padronização é considerada a mais fundamental das 
ferramentas gerenciais. 
• Definição de padronização. Não se limita ao 
estabelecimento de um consenso, na redação e no 
registro do padrão, mas inclui também a sua 
utilização (treinamento e verificação contínua de sua 
observação). 
• A padronização só termina quando a execução do 
trabalho estiver assegurada que está conforme o 
padrão. Pode-se dizer que a padronização só 
termina na cabeça do usuário Existem muitas 
empresas que se consideram padronizadas só 
porque tem uma estante cheia de papel. 
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Só é possível manter o domínio tecnológico 
de um sistema através da padronização.
• Ter domínio tecnológico é:
– Ser capaz de estabelecer sistemas, incluir, 
especificar e projetar produtos e processos. 
– Assegurar-se de que está sendo executado pelas 
pessoas corresponde ao que está sendo registrado 
no sistema 
– Assegurar o objetivos de qualidade como: qualidade , 
custo, prazo, quantidade, local, moral e segurança 
– Ser capaz de analisar o sistema para garantir o 
atendimento das metas.
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O método de padronização
• Não é possível estabelecer um padrão 
sem que haja um objetivo definido. 
• Uma vez de decidida a padronização 
devem se cumprir as seguintes etapas:
– Elaboração de fluxograma,
– Descrição do procedimentos
– Registro em formato padrão. 
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A seqüência geral de 
padronização
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Seqüência geral de padronização: 
• Especialização: escolher o sistema a ser padronizado 
determinando a sua repetibilidade. Nesta etapa deve-se 
perguntar o que é repetitivo no sistema? Estabelece o 
fluxograma do processo repetitivo. 
• Simplificação: uma vez definida a repetibilidade e definido 
sistemas, o próximo passo é simplificação, ou seja, a redução 
do número de produtos, componentes, materiais e de 
procedimentos. 
• Redação: redigir numa linguagem que as pessoas entendam, 
utilizando gíria e linguagem coloquial local. 
• Comunicação: comunicar e consensar com todas as outras 
pessoas ou departamentos afetados pelo padrão. 
• Educação e treinamento: o objetivo é conseguir com que as 
pessoas façam exatamente aquilo que tem que ser feito e 
sempre da mesma maneira. 
• Verificação da conformidade aos padrões: esse é o principal 
objetivo das chefias. 
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Características básicas dos padrões: 
• Sempre que for redigido um padrão 
pergunte:
– Quem é o usuário?
– Esse documento está na forma mais simples possível?
– O padrão pode ser cumprido? 
– O padrão está suficientemente concreto?
– O padrão está incorporando informações de vanguarda? Todo 
conhecimento técnico da empresa deve fluir para os padrões 
como forma de serem utilizados pelos operadores para 
benefício da comunidade. 
– Padrão deve ser de fácil acesso e revisão. 
– O padrão deve ser solidamente baseada na prática. 
– A redação do padrão deverá ser conforme o espírito que o 
usuário é cliente do padrão. 
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Características básicas dos padrões: 
• Padrão deve conter: data de emissão, de revisão, o período da 
validade e as responsabilidades específicas. 
• Padrão deve ser resultante de um consenso das áreas 
responsáveis. 
• Padrão deve ser autorizado por uma hierarquia imediatamente 
superior. 
• Como o padrão faz parte de um sistema, este nunca poderá 
contradizer um outro 
• Deverá ser mantido um controle da manutenção dos padrões e 
do número de revisões. 
• Os padrões devem ter seus nomes e formas padronizadas para 
toda empresa. 
• Os padrões devem direcionar se para o futuro a partir de uma 
situação atual dominada. 
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Tipos de Padrões
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Exemplos de 
Padrões de 
Sistema
23
Padrões Técnicos
24
25
Exemplos
PQ
No Nome Item Especificação S Q N P T
Sintoma no 
Produto
Falhas no Conjunto
Espessura 
da Chapa
0,25 + 0,05 
mm
0 Empenamento 
da lateral
Enfraquecimento da 
estrutura
Comprimento 350 + 0,5 mm 1 1 2 Risco de 
ferimentos
Problemas de montagem e 
perda de concordância
Largura 250 + 0,5 mm 1 1 2 Risco de 
ferimentos Perda de concordância
Diâmetro dos 
furos
8 + 0,1 mm 9 3 12
Dificuldade de 
montar os 
componentes
Baixa ou elevada 
interferência entre os 
componentes
Espessura
0,01 + 0,001 
mm
9 3 12 Formação de 
ferrugem Proteção insuficiente
Cor Pantofone N
o 
218V
9 3 12 Falta de 
Padronização Tonalidade desigual
Brilho 9 9 Aparência de 
velho Pintura fosca
Resistência 
ao calor 150
oC 3 9 3 15 Pintura queima 
e descasca
Perda de aderência da 
pintura
Viscosidade 100 Cst 3 3 3 9 Presença de 
manchas
Distribuição da tinta 
desigual
Desvio de Especificação
Estrutura 
lateral
Tinta de 
revestimen
to
1
2Componente
Características da 
Qualidade
Análise de 
Criticidade
Grau 
de 
Import
ância
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Fluxo Operação Característica da Qualidade Valor Parâmetros Valor
Respon-
sável Frequência
Como 
Medir Registro O que fazer
Responsá
vel
Comprimento 350 + 0,5 mm
Comprimento 
da matriz
350 + 0,5 
mm
Preparador 
da máquina
em cada 
preparação Paquímetro
Ordem de 
serviço
Manutenção 
na ferramenta
Ferramen-
taria
Largura 250 + 0,5 mm
Largura da 
matriz
250 + 0,5 
mm
Preparador 
da máquina
em cada 
preparação Paquímetro
Ordem de 
serviço
Manutenção 
na ferramenta
Ferramen-
taria
Curso da 
ferramenta
160 + 5 
mm Operador
a cada 500 
peças
Medidor de 
curso
Controle 
de turno
Ajustar para 
especificação
Prepara-
dor
Velocidade de 
avanço
1,2 + 0,1 
m/s Operador
a cada 500 
peças
Medidor de 
velocidade
Controle 
de turno
Ajustar para 
especificação
Prepara-
dor
Diâmetro da 
ferramenta
8,0 + 0,02 
mm
Preparador 
da máquina
em cada 
preparação Paquímetro
Ordem de 
serviço
Manutenção 
na ferramenta
Ferramen-
taria
Cotas dos 
furos
10 + 0,2 
mm
Folga dos 
apoios < 1 mm
Preparador 
da máquina
em cada 
preparação Calibrador
Ordem de 
serviço
Manutenção 
na ferramenta
Ferramen-
taria
Ângulo das 
dobras 90
o + 1o
Curso da 
ferramenta
150 + 5 
mm Operador
a cada 500 
peças
Medidor de 
curso
Controle 
de turno
Ajustar para 
especificação
Prepara-
dor
Velocidade de 
avanço
0,8 + 0,1 
m/s Operador
a cada 500 
peças
Medidor de 
velocidade
Controle 
de turno
Ajustar para 
especificação
Prepara-
dor
Comprimento 
das abas
15 + 1,0 
mm
Folga dos 
apoios < 0,5 mm
Preparador 
da máquina
em cada 
preparação Calibrador
Ordem de 
serviço
Manutenção 
na ferramenta
Ferramen-
taria 
Método de Controle Ação Corretiva
Corte e 
furação do 
Blank
Processo Qualidade Assegurada Nível de Controle
Dobra do 
Blank
Diâmetros 
dos furos
8 + 0,1 
mm
Exemplos
PTP
Pré-requisitos do trabalho 
padronizado
• É necessário que haja um certo grau de 
estabilidade em cada uma das três áreas 
descritas:
1. A tarefa deve ser passível de repetição. Se o 
trabalho estiver descrito em termos de “se.,. então’, 
não será possível padronizar. Por exemplo, se a 
tarefa é descrita: “se A acontecer, então, faça B, 
mas se C ocorrer, então, faça D” e assim por diante. 
A padronização não é possível, a menos que essas 
sejam apenas algumas regras muito simples.
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Pré-requisitos do trabalho 
padronizado
2. A linha e o equipamento devem ser confiáveis, 
e o tempo de paralização deve ser mínimo. Não 
é possível padronizar se o trabalho é 
constantemente interrompido e o funcionário é 
afastado.
3. Os problemas de qualidade devem ser 
mínimos, O produto deve ter o mínimo de 
defeitos e ser coerente com os principais 
parâmetros. 
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Mitos do trabalho padronizado
• Mito 1: Se tivermos trabalho padronizado, 
qualquer um poderá aprender tudo sobre o 
trabalho olhando os documentos.
• Mito 2: Se tivermos trabalho padronizado, 
poderemos trazer qualquer pessoa que estiver 
passando e treiná-la para fazer o trabalho em 
alguns minutos.
• Mito 3: Podemos incorporar todos os detalhes 
do trabalho e os padrões à folha de trabalho 
padronizado,
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Mitos do trabalho padronizado
• Mito 4: Os funcionários desenvolvem seu 
próprio trabalho padronizado.
• Mito 5: Se tivermos trabalho padronizado, os 
operadores farão o trabalho de forma adequada 
e não se desviarão do padrão.
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MANAGEMENT BY QUALITY
H. KUME
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34
35
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O conhecimento do processo
• Estágio 1 - Completa ignorância. Não há conhecimento 
algum do que é significativo nos processos. As saídas 
do processo parecem ser totalmente aleatórias e 
desconectadas de qualquer fenômeno que possa ser 
reconhecido.
• Estágio 2 - Conscientização. Há uma conscientização de 
que tais fenômenos existem e de que eles 
provavelmente sejam relevantes para o processo, mas 
não há um indicador formal ou compreensão de como 
eles afetam o processo. Gerenciar o processo é muito 
mais uma arte do que uma ciência, e o controle depende 
do conhecimento tácito (isto é, do conhecimento 
desarticulado dentro do gerenciamento individual do 
sistema).
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O conhecimento do processo
• Estágio 3 - Indicador. Há uma conscientização de 
variáveis significativas que parecem afetar algum 
indicador do processo, mas as variáveis não podem ser 
controladas. O melhor que os gerentes poderiam fazer 
seria alterar o processo em resposta a mudanças nas 
variáveis.
• Estágio 4 - Controle da média. Existe uma idéia de como 
controlar as variáveis significativas que afetam o 
processo, mesmo se o controle não é exato. Os 
gerentes podem controlar o nível médio de variáveis no 
processo, mesmo não podendo controlar a variação em 
torno da média. Uma vez que os processos alcancem 
esse nível de conhecimento, os gerentes podem 
começar a executar experimentos e a quantificar o 
impacto das variáveis sobre o processo.
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O conhecimento do processo
• Estágio 5 - Capabilidade do processo. Há conhecimento 
para controlar a média e a variação nas variáveis de 
processo significativas. Isto habilita a forma como os 
processos podem ser gerenciados e controlados para 
reduzirem o seu valor em algum detalhe. Isso, por sua 
vez, significa que os gerentes não têm de “reinventar a 
roda” quando repetem as atividades.
• Estágio 6 - Saber como. A essa altura, o grau de 
controle habilitou os gerentes a conhecer como as 
variáveis afetam a saída do processo. Eles podem 
começar a afinar e otimizar o processo.
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O conhecimento do processo
• Estágio 7 - Saber por quê. O conhecimento sobre os 
processos está agora no nível “científico” com um 
modelo total do processo prevendo o comportamento 
em uma ampla variedade de condições. Neste estágio 
de conhecimento, o controle pode ser desempenhado 
automaticamente, provavelmente por 
microprocessadores. O modelo do processo permite aos 
mecanismos de controle automático otimizar o 
processamento através de todos os produtos e 
condições experimentados anteriormente.
• Estágio 8 - Conhecimento completo. Na prática, este 
estágio nunca é alcançado, porque ele significa que os 
efeitos de toda variável e condição concebível são 
conhecidos e compreendidos, mesmo quando aquelas 
variáveis e condições nem mesmo tenham sido levadas 
em consideração antes.
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