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Processo Saúde Doença. Determinante sociais.Níveis de cuidado

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PROCESSO SAÚDE - DOENÇA 
Profª Ângela Góes
O QUE É SAÚDE?
SAÚDE
• A saúde é silenciosa. 
• É uma experiência de vida, vivenciada no âmago do corpo
individual.
• É necessário partir da dimensão do ser, pois é nele que ocorrem as
definições do normal ou patológico, pois o que é considerado
normal em um indivíduo pode não ser em outro.
• O ser humano precisa conhecer-se, necessita saber avaliar as
transformações sofridas por seu corpo e identificar os sinais
expressos por ele. Isso somente é viável na perspectiva relacional,
pois o normal e o patológico só podem ser apreciados em uma
relação.
• Postura humana ativa frente aos conflitos do homem com o meio.
CONCEITO DE SAÚDE
Segundo a OMS:
“Estado de completo bem-estar físico, mental e social, e
não simplesmente à ausência de doença ou enfermidade
– é um direito fundamental, e que a consecução do mais
alto nível de saúde é a mais importante meta social
mundial, cuja realização requer a ação de muitos outros
setores sociais e econômicos, além do setor saúde”
(OMS, 1976).
CONCEITO DE SAÚDE
Segundo a VII CONFERÊNCIA NACIONAL DE
SAÚDE:
“[...] a saúde é resultante das condições de alimentação, habitação,
educação, renda, meio ambiente, trabalho, emprego, lazer,
liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. É
assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social
da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos
níveis de vida” (BRASIL, 1986).
O conceito de saúde fundamenta as políticas de saúde 
pública e sua maneira de execução. 
CONCEITO DE SAÚDE
Segundo FERRARA:
Contínuo agir do homem frente ao universo físico mental e social
em que vive, sem regatear um só esforço para modificar,
transformar e recriar aquilo que deve ser mudado. (1976)
Segundo BRÊTAS e GAMBA:
Capacidade que o ser humano tem de gastar, consumir a própria
vida. Entretanto, é importante destacar que a vida não admite a
reversibilidade, ela aceita apenas reparações. Cada vez que o
indivíduo fica doente, está reduzindo o poder que tem de enfrentar
outros agravos; ele gasta seu seguro biológico, sem o qual não
estaria vivo (2006).
CONCEITO DE SAÚDE
• Saúde como DIREITO
Condição de desenvolvimento do Estado
Individual Coletivo
Liberdade
(fundamento 
essencial)
Igualdade
(condutas individuais 
limitadas) 
COMPREENDENDO A SAÚDE
• Como componente da qualidade de vida;
• Como um bem comum;
• Como não sendo um bem de troca;
• Como um direito;
• Como componente de exercício da cidadania
A saúde deve ser entendida em sentido mais amplo,
como componente da qualidade de vida e, assim, não é
um bem de troca, mas um bem comum, um bem e um
direito social, no sentido de que cada um e todos
possam ter assegurado o exercício e a prática deste
direito à saúde
COMPREENDENDO A SAÚDE
• A normalidade engloba a saúde e a doença, não 
sendo antagônica à doença 
Processos naturais de vida
Saúde Doença
DOENÇA
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
Processo saúde-doença - expressão usada para
fazer referência a todas as variáveis que
envolvem a saúde e a doença de um indivíduo ou
população e considera que ambas estão
interligadas e são consequência dos mesmos
fatores
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
Histórico
• Na antiguidade -> religiões politeístas: saúde vista como 
dádiva e a doença como castigo dos deuses 
-> religiões monoteístas: a dádiva da
saúde e o castigo da doença é responsabilidade de um
único Deus
• 400 anos AC – Hipócrates -> relaciona os locais da
moradia, a água para beber e os ventos com a saúde e a
doença.
• Teoria miasmática - permanece até o sec. XIX
TEORIAS INTERPRETATIVAS DO PROCESSO 
SAÚDE-DOENÇA AO LONGO DA HISTÓRIA
Séculos V e IV a.C
Hipócrates:
- Reconhecia a doença como parte da natureza (vertente
dinâmica);
- Via a saúde como a expressão de uma condição de
equilíbrio do corpo humano, obtida através de um modo
de vida ideal, que incluía nutrição, excreção, exercício e
repouso adequados;
- Valorização da prática clínica e da observação da
natureza.
TEORIAS INTERPRETATIVAS DO PROCESSO 
SAÚDE-DOENÇA AO LONGO DA HISTÓRIA
Idade Média
• Cristianismo levou ao progressivo abandono da prática
clínica em favor de uma maior preocupação com a
salvação do espírito -> relativo retrocesso da medicina
ocidental
Final do Medievo
• Guerras e epidemias -> preocupação com as formas de
transmissão das doenças, então atribuídas a influências
cósmicas, à bruxaria ou ao envenenamento da água e do
ar por grupos estigmatizados, como judeus e leprosos
TEORIAS INTERPRETATIVAS DO PROCESSO 
SAÚDE-DOENÇA AO LONGO DA HISTÓRIA
Séculos XVII e XIX
• Grande desenvolvimento da ciência médica: Anatomia;
Fisiologia; Patologia (deu origem ao sistema classificatório 
para as doenças)
Século XIX
• Revolução sanitária - conjunto de intervenções
sistemáticas sobre o ambiente físico para torná-lo mais
seguro, apoiando-se em abordagens tecnológicas que
remontam à Antiguidade Clássica.
TEORIAS INTERPRETATIVAS DO PROCESSO 
SAÚDE-DOENÇA AO LONGO DA HISTÓRIA
Até o século XIX:
• Concepção ontológica – predominante entre os 
povos assírios, egípcios, caldeus e hebreus
"...atribuía à enfermidade um estatuto de causa única e de entidade, sempre externa
ao ser humano e com existência própria - um mal, sendo o doente, o ser humano ao
qual essa entidade-malefício se agregou: o corpo humano é tomado com
receptáculo de um elemento natural ou espírito sobrenatural que, invadindo-o,
produz a 'doença‘; sem haver qualquer participação ou controle desse organismo no
processo de causação". (CANGUILHEM, 1978, p. 19-23)
TEORIAS INTERPRETATIVAS DO PROCESSO 
SAÚDE-DOENÇA AO LONGO DA HISTÓRIA
Até o século XIX:
• Concepção dinâmica – presente na antiga medicina 
hindu e chinesa
“A doença é uma reação generalizada com intenção de cura". 
(CANGUILHEM, 197, p. 20)
Doença vista como o produto do desequilíbrio ou
desarmonia entre os princípios ou forças básicas da vida,
mas compreendia também a busca do reequilíbrio
TEORIAS INTERPRETATIVAS DO PROCESSO 
SAÚDE-DOENÇA AO LONGO DA HISTÓRIA
Século XIX
• Era bacteriológica - descobertas de Pasteur, Koch e 
outros
• Desenvolvimento das vacinas para a prevenção das 
doenças
• Busca de explicação para o agravamento das condições 
de vida das populações dos conglomerados urbanos na 
fase inicial da industrialização ->as primeiras evidências
da determinação social do processo saúde-doença
TEORIAS INTERPRETATIVAS DO PROCESSO 
SAÚDE-DOENÇA AO LONGO DA HISTÓRIA
Século XIX
• A reforma sanitária e a saúde pública inicialmente não 
contaram com a adesão médica.
• Ação supletiva do Estado limitada e complementar à 
iniciativa privada
• Após a II Guerra Mundial - retoma-se a abordagem 
social dos fenômenos de saúde-doença -> interesse 
voltado para as enfermidades crônicas e não-infecciosas
TEORIAS INTERPRETATIVAS DO PROCESSO 
SAÚDE-DOENÇA AO LONGO DA HISTÓRIA
• As concepções sobre a saúde e a doença são
limitadas pelo desenvolvimento teórico
conceitual da ciência e, sobretudo, por
condicionantes ideológicos que tornam
determinadas opções conceituais mais legítimas
e mais potentes que outras.(OLIVEIRA; EGRY,
2000, p.12)
CONSIDERAÇÕES
• As manifestações históricas do processo saúde-doença e
as ações de promoção da saúde e prevenção de doenças
sempre foram guiadas pela ideologia dominante nos
diversos contextos (político, social, econômico e cultural)
• Não existe um limite preciso entre a saúde e a doença,
mas uma relação de reciprocidade entre ambas
demarcada pela forma de vida dos seres humanos, pelos
determinantes biológicos, psicológicos e sociais.
CONSIDERAÇÕES
• O processo saúde-doença-adoecimento ocorre
de maneira desigual entre os indivíduos, as
classese os povos, recebendo influência direta
do local que os seres ocupam na sociedade.
(BERLINGUER apud BRÊTAS e GAMBA, 2006)
• O Processo Saúde-Doença representa o conjunto de
relações e variáveis que produz e condiciona o estado de
saúde e doença de uma população, que se modifica nos
diversos momentos históricos e do desenvolvimento
científico da humanidade. Portanto, não é um conceito
abstrato
(GUALDA e BERGAMASCO, 2004 )
MARCOS TEÓRICOS PARA EXPLICAR A GÊNESE DAS 
PATOLOGIAS
• Teoria dos miasmas
• Teoria unicausal da doença 
- Reflete os interesses capitalistas
• Teoria da multicausalidade da doença
- Não propõe um intervenção estrutural que ameace o sistema social;
- Dispõe a implementar mediadas concretas para determinadas causas da
doença -> postura positivista
• Tríade ecológica de Leavell- Clark
- Equilíbrio dinâmico entre hospedeiro, agente patogênico e meio
• Modelo de epidemiologia social
- Processo saúde-doença visto como social e biológico com historicidade própria.
COMPREENDENDO ALGUNS CONCEITOS 
• Modelo é uma representação teórica sobre a
compreensão de um conceito ou ideia.
• Crenças de saúde são as convicções, ideias e atitudes
das pessoas em relação à saúde e à doença.
Determinam comportamentos de saúde.
• Comportamentos positivos de saúde são atividades
relacionadas com a prevenção de doenças,
manutenção , obtenção e recuperação da saúde.
• Comportamentos negativos de saúde incluem as
práticas nocivas ou potencialmente nocivas à saúde
MODELOS DE SAÚDE-DOENÇA
Modelo biomédico
Doença vista como um desajuste ou falha nos mecanismos de
adaptação do corpo ou falta de reação aos cuidados, gerando
alteração na estrutura ou disfunção de um ou mais sistemas
orgânicos .
Classifica as doenças em:
• Doença infecciosa – presença de patógeno (infectividade, 
patogenicidade, virulência, imunogenicidade).
• Doença não-infecciosa - decorrente de multifatores (doenças 
crônicas).
Abordagem focada em sinais e sintomas
MODELOS DE SAÚDE-DOENÇA
• Modelo processual
História natural da doença
Conjunto de processos envolvendo a inter-relação entre agente, susceptível
e meio ambiente do primeiro contato à recuperação da saúde, invalidez ou
morte do indivíduo.
Se apresenta em vertentes:
• Vertente epidemiológica
Período pré-patogênese
• Vertente patológica
Período patogênese.
• Desenlace
MODELOS DE SAÚDE-DOENÇA
• Modelo processual
História Natural das Doenças
• Período pré-patogênese – relação evolutiva entre
condicionantes sociais, ambientais e condições do
indivíduo susceptível.
• Fatores sociais - socioeconômicos, sociopolíticos,
socioculturais e psicossociais (carência afetiva, ausência
de cuidado materno na infância, falta de apoio social,
promiscuidade, violência, etc.).
MODELOS DE SAÚDE-DOENÇA
• Modelo processual
História Natural das Doenças
• Fatores ambientais:
- Ambiente físico - agentes presentes de forma natural, agentes
produzidos a partir da intervenção no ambiente natural, desastres
naturais.
- Ambiente humano
• Fatores genéticos
• Multifatores – associação de fatores e agente patogênico 
(mensageiros) -> menor risco, maior risco
MODELOS DE SAÚDE-DOENÇA
• Modelo processual
História natural da doença
Agente patogênico: físico, químico,biológico, psicológico.
• Período de patogênese – início da doença
Etapas:
- Subclínica, prodrômica e clínica (COLIMON)
- Pré-sintomático, clínico e incapacitante (MAUSNER; BAHN)
-Interação estímulo-susceptível; alterações bioquímicas,
fisiológicas e histológicas; sinais e sintomas; cronicidade
(LEAVEL; CLARK).
MODELOS DE SAÚDE-DOENÇA
• Modelo processual
História natural da doença
• Período de patogênese (continuação)
- Interação estímulo-susceptível – todos os fatores facilitadores da
ocorrência da doença estão presentes;
- Alterações bioquímicas , fisiológicas e histológicas – a doença já se
instalou porém não há manifestações clínicas da mesma, embora os
exames evidenciam a sua presença. Período de incubação;
- Sinais e sintomas (estágio clínico);
- Cronicidade
MODELOS DE SAÚDE-DOENÇA
• Modelo sistêmico
Sistema: conjunto de elementos, de tal forma relacionados, que uma 
mudança no estado de qualquer elemento provoca mudança no estado dos 
demais elementos (ROBERTS,1978).
- Agente e suscetível (resistência, suscetibilidade e 
imunidade)
- Ambiente – “[...] relação interativas envolvendo agente 
etiológico e suscetível sem que haja confusão entre eles” 
(FILHO; ROUQUAYROL,2006)
Envolve fatores biopsicológicos, socioeconômicos e 
culturais
MODELOS DE SAÚDE-DOENÇA
• Modelos socioculturais
- Parte dos conceitos de doença, moléstia e 
enfermidade, entendendo-os como:
Doença é um processo fisiopatológico que causa disfunção
fisiológica ou psicológica na pessoa.
Moléstia é um estado individual, subjetivo da patologia.
Enfermidade é um estado de disfunção social do indivíduo
doente.
OUTROS MODELOS DE SAÚDE-DOENÇA
• Continuum saúde-doença (NEUMAN,1990) - A saúde é vista como 
um estado dinâmico.
• Modelo da alto nível de bem-estar (DUNN, 1977) - Orientado no 
sentido de aumentar o potencial de saúde do indivíduo.
• Modelo agente-hospedeiro-ambiente (LEAVELL et al, 1965) -
O nível de saúde depende dessa relação.
• Modelo de crença de saúde (ROSENSTOCH, 1974; BESKER; 
MAIMAN, 1975) - Relação entre a crença da pessoa e seu comportamento de 
saúde.
• Modelo de promoção da saúde (PENDER, 1996) – Razões pelas 
quais o indivíduo se empenham nas atividades de saúde.
CONCEPÇÕES SOBRE A SAÚDE E A
DOENÇA NA ATUALIDADE
• Condicionantes micro-epidemiológicos ou Individuais
- Utiliza uma estratégia de intervenção de base individual que busca 
a caracterização de grupos de risco
• Condicionantes macro-epidemiológicos ou coletivos.
-Utiliza uma estratégia de intervenção de base individual que busca a 
caracterização de estratégia populacional.
(ROSE apud BARRETO; CARMO,1995) 
• Modelo da determinação multicausal -> atribui a gênese da doença 
a múltiplos fatores interrelacionados em redes de causalidade
CONCEPÇÕES SOBRE A SAÚDE E A
DOENÇA NA ATUALIDADE
• Teoria dos estilos de vida - a gênese da doença aparece associada ao
modo de vida das pessoas, seus hábitos e os comportamentos de
risco a que se submetem, tais como o estresse, a vida sedentária, a
alimentação inadequada, a drogadição e mesmos determinadas
práticas sexuais, aí se encaixando. Ex.: AIDS, doenças sexualmente
transmissíveis.
• Teoria ambiental - o meio ambiente, especialmente aquele
deteriorado pelos processos de industrialização, é tido como o
desencadeador da doença, como no caso da cólera, do dengue, entre
outras.
• Teoria genética - vem ganhando força à medida em que são
divulgados os resultados das pesquisas do genoma humano.
SAÚDE E SEUS DETERMINANTES 
E CONDICIONANTES SOCIAIS
Profª Ângela Góes
Determinantes Sociais da Saúde
São os elementos que permitirão o alcance ou não da
saúde:
• Determinantes comportamentais individuais
• Determinantes das condições de vida e trabalho
• Determinantes da macroestrutura econômica, social, cultural
étnicos/raciais, psicológicos
“São as condições sociais em que as pessoas vivem e
trabalham” (OMS)
Não constituem simples relação de causa e efeito
Presença das iniquidades socioeconômicas (desigualdades injustas e
inaceitáveis ) e seus efeitos sobre a saúde
Modelos conceituais dos 
determinantes sociais da saúde
Modelo de Dahlgren e Whitehead
Fonte: UFSC - UNASUS
Modelo de Diderichsen e Hallqvist (1998)
(adaptado por Diderichsen, Evans e Whitehead -2001)
FATORES DETERMINANTES E CONDICIONANTES DE 
SAÚDE
FATORES SOCIAIS 
O social visto como um campo onde a doença assume um 
significado específico.
• Fatoressocioeconômicos
- Relação entre capacidade econômica e probabilidade de adquirir doença
• Fatores sociopolíticos
- Instrumentos jurídicos; decisão política; participação e valorização
da cidadania; efetivo exercício da participação comunitária;
transparências das ações e acesso à informação.
• Fatores socioculturais
- Valores internalizados de natureza cultural, política, social e 
econômica
FATORES DETERMINANTES E CONDICIONANTES DE 
SAÚDE
FATORES SOCIAIS
• Fatores psicossociais
- Marginalidade, ausência de relações parentais estáveis, falta de apoio do
contexto social onde se vive, promiscuidade, condições de trabalho
precarizada, competição desenfreada, desemprego, agressividade
desmedida, carência afetiva, etc.
FATORES AMBIENTAIS
- Ambiente do ponto de vista epidemiológico, é entendido como um
conjunto de fatores que tem ações interativas com o agente suscetível e o
agente etiológico mantendo a independência de cada um. Inclui o ambiente
físico, biológico e a sociedade.
Inclui
• Componentes do ambiente físico (solo, clima, situações geográficas, agentes
químicos e físicos, etc)
• Componentes do ambiente humano
FATORES DETERMINANTES E CONDICIONANTES DE 
SAÚDE
FATORES AMBIENTAIS
• Fatores genéticos
• Multifatoriais
A associação dos fatores condicionantes da doença é sinérgica
ou seja, dois fatores aumentam mais o risco de doença do que
a simples soma de fatores.
A doença é resultado da sinergização de multiplicidade de
fatores econômicos, sociais, culturais, políticos, psicológicos,
genéticos, físicos, químicos e biológicos
NÍVEIS DE ATENÇÃO À 
SAÚDE 
Compreendendo conceitos
• Assistência - conjunto de procedimentos clínico-
cirúrgicos dirigidos a indivíduos doentes ou não.
• Atenção - conjunto de atividades intra e extra
setor saúde (intersetorialidade) que, incluindo
também a assistência individual, não se esgota
nela, atingindo grupos populacionais com o
objetivo de manter a condição de saúde,
requerendo ações concomitantes sobre todos os
determinantes.
(NARVAI, 2008)
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
PREVENÇÃO ->“ação antecipada, baseada no conhecimento da
história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da
doença”.
FASES:
1. Prevenção primária -> realizada no período de pré-patogênese.
Apresenta dois níveis:
• Promoção da saúde - medidas destinadas a desenvolver uma
saúde ótima.
“Processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde,
incluindo maior participação no controle desse processo”. (Carta de Ottawa, 1986)
• A promoção da saúde é o resultado de um conjunto de fatores sociais, econômicos, políticos e
culturais, coletivos e individuais, que se combinam de forma particular em cada sociedade e em
conjunturas específicas, resultando em sociedades mais ou menos saudáveis.
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
• Proteção específica - contra agentes patológicos ou
pelo estabelecimento de barreiras contra os agentes do
meio ambiente
Promoção da saúde e proteção específica
• Programas específicos de orientação destinados a ajudar
pacientes e família a reduzir riscos de doenças e manter sua
função máxima, além de promover hábitos saudáveis para
uma boa saúde;
• Enfermagem atua pelo ensino de atividades e do exemplo;
• Campanhas de vacinação;
• Programas educativos: AIDS, acidentes de trânsito, Pré-
natal; Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Melitus.
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
FASES:
2. Prevenção secundária – se apresenta em 
dois níveis:
• Diagnóstico e tratamento precoce
• Limitação da invalidez
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
2. Prevenção secundária
• Diagnóstico e tratamento precoce:
descoberta de casos individuais / grupo,
pesquisa diagnóstica, exames específicos, cura e
prevenção, evitar disseminação doenças
transmissíveis e prevenir complicações.
• Limitação da invalidez: tratamento
adequado para deter o processo de doença,
limitar a incapacidade e prevenir morte.
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
3. Prevenção terciária
• Ações de reabilitação
Recursos comunitários para reaprendizado, 
educação, recursos remanescentes, atenuar 
invalidez, reabilitação.
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
4. Prevenção quaternária – parte do pressuposto que
as ações em saúde, tanto preventivas quanto curativas, podem ser
excessivas e agressivas, tornando-se também um fator de risco para a
enfermidade e a doença.
• Propõe ações clínicas centradas na pessoa e apoiadas na
epidemiologia clínica e na saúde baseada em evidências -> práticas
em saúde com melhor qualidade e racionalidade econômica.
• Tais práticas de saúde devem ser:
- Aceitáveis cientificamente;
- aceitáveis culturalmente;
- necessárias e justificadas;
- máxima qualidade;
- mínimo de intervenções.
SERVIÇOS DE SAÚDE
• Local destinado a promoção, proteção ou
recuperação da saúde, em regime de internação
ou não, qualquer que seja o nível de
complexidade.
SISTEMA DE SAÚDE
• Resultado de condicionantes históricos e de
decisões políticas do passado e do presente.
ORGANIZAÇÃO DA OFERTA DE SERVIÇOS 
DE SAÚDE 
O Sistema de saúde brasileiro está centrado
na hierarquização das ações e serviços de saúde por
níveis de complexidade:
Atenção primária ou Básica – problemas de natureza
simples
• Porta de entrada da atenção à saúde.
• Ordenadora de todo o modelo assistencial do SUS. 
• Objetivos: alcance de certo grau de resolução de 
problemas, prevenir, evitar a evolução de agravos -> 
redução de situações mórbidas que demandem ações de 
maior complexidade.
ORGANIZAÇÃO DA OFERTA DE SERVIÇOS 
DE SAÚDE 
Atenção secundária ou média complexidade
• Ações mais complexas, manejadas por especialistas –
apoio e complementação ao nível precedente – clínicas e
hospitais
Atenção terciária ou alta complexidade
• Maior especialização – pessoal e equipamento
ORGANIZAÇÃO DA OFERTA DE SERVIÇOS 
DE SAÚDE 
Redes de atenção à saúde - RAS
• São arranjos organizativos de ações e serviços de
saúde, de diferentes densidades tecnológicas,
que integradas por meio de sistemas de apoio
técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a
integralidade do cuidado. (BRASIL, 2010)
ORGANIZAÇÃO DA OFERTA DE SERVIÇOS 
DE SAÚDE 
Elementos das RAS:
1. População: 
• A população adscrita à rede de atenção à saúde 
2. Estrutura operacional: 
• Os componentes da rede de atenção à saúde 
3. Modelo lógico: 
• O modelo de atenção à saúde
ORGANIZAÇÃO DA OFERTA

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