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I63135.E13.T10920.D9AP.pdf

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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM EM SERVIÇOS DE 
SAÚDE: avanços e dificuldades 
Antonia claudiana Batista da silva melo¹ 
Maria Enoia dantas Costa e Silva² 
Maria Nilda pereira de melo¹ 
Lusenira Rocha Ribeiro¹ 
Thaís da Silva Figueiredo¹ 
 
RESUMO: INTRODUÇÃO: Sistematização da assistência de enfermagem é 
composta primeira com histórico de enfermagem que consiste em um roteiro 
sistematizado para o levantamento de dados do ser humano que tornam possível a 
identificação de seus problemas. O segundo passo corresponde ao diagnóstico de 
enfermagem onde se determina a identificação das necessidades do ser humano 
determinando o grau de dependência do atendimento. O terceiro passo consiste no 
plano assistencial onde ocorre a determinação global da assistência de enfermagem 
que o ser humano deve receber diante do diagnóstico estabelecido. O quarto passo 
é o plano de cuidados, ou prescrição de enfermagem que é a implementação do 
plano assistencial pelo roteiro diário que coordena a ação da equipe de enfermagem 
na execução dos cuidados. O quinto passo ou fase é a evolução de enfermagem: 
relato diário (ou aprazado) das mudanças sucessivas que ocorrem no ser humano 
(HERMIDA, 2006). OBJETIVOS: O objetivo foi avaliar a implantação/implementação 
da SAE nos serviços de saúde no Piauí, avanços e dificuldades apontadas pela 
Enfermagem e oferecer informações sobre as condições dessa 
implantação/implementação. METODOLOGIA: É uma Pesquisa quantitativa, 
descritiva / exploratória, desenvolvida nos serviços de saúde com projetos enviados 
à Câmara Técnica da SAE COREN-PI (CTSAE), no período de janeiro de 2012 a 
junho de 2013, para análise e parecer. Foram 18 enfermeiros responsáveis técnicos 
destes serviços que participaram da pesquisa. RESULTADOS: 67% dos serviços 
estão na capital, destes, 56% públicos, 28% privados e 11% filantrópicos. Apenas 
39% estão com a SAE implantada em todos os setores, destes, 25% são UTIs. Em 
78%, a administração e 100%, as gerentes têm conhecimento sobre o processo 
implantado. 50% de todas as categorias das instituições conhecem a SAE. Em 83% 
existe aceitação e apoio à implantação do processo. 72% são os serviços que não 
possuem dimensionamento de pessoal adequado. 56% relatam o registro das 
etapas da SAE no prontuário do paciente. 89% relatam a existência de impressos 
específicos para o desenvolvimento do processo. 83% dos enfermeiros identificam 
os problemas individuais pelos na coleta de dados. 83% referem que a equipe de 
enfermagem tem o planejamento de ações e intervenções do cuidado. 
CONCLUSÃO: A sistematização da assistência de enfermagem é de enorme 
importância para todas as categorias profissionais além da enfermagem, pois todas 
as equipes tem que trabalhar em comum acordo promovendo o bem estar dos 
pacientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Problema do estudo 
 
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é conceituada como um 
método de prestação de cuidados, para a obtenção de resultados satisfatórios na 
implementação da assistência. Apresenta como objetivo a redução das complicações durante o 
tratamento, de forma a facilitar a adaptação e a recuperação do paciente. 
A aplicação deste método requer o pensamento crítico do profissional, que deve estar 
focado nos objetivos e voltado para os resultados, de forma a atender as necessidades do 
paciente e de sua família. Exige constante atualização, habilidades e experiência, sendo 
orientado pela ética e padrões de conduta. Portanto, é um modo de exercer a profissão com 
autonomia baseada nos conhecimentos técnico-científicos no qual a categoria vem se 
desenvolvendo nas últimas décadas. 
Desde a década de 1970 os profissionais enfermeiros vêm sentindo a necessidade 
crescente de mudanças no direcionamento da organização e planejamento da Sistematização 
da Assistência de Enfermagem a ser introduzida nas instituições de saúde brasileiras, baseada 
na cientificidade do Processo de Enfermagem (PE) (CAVALCANTE et al., 2011). 
Nesse sentido, o Conselho Federal de Enfermagem – COFEN normatizou a SAE 
através da Resolução nº 272 de 2002, sendo esta revogada pela Resolução nº 358 de 2009 que 
dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo 
de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de 
Enfermagem, e dá outras providências. 
Embora estas resoluções tenham sido colocadas em vigor há quase uma década, 
muitos são os serviços de saúde que não conseguiram implantá-la/implementá-la 
considerando a diversidade de dificuldades das diferentes realidades em saúde e das 
condições exigidas para essa implantação/implementação. Estas realidades têm demonstrado 
potencialidades e dificuldades, na organização e sistematização das práticas em saúde. 
No cenário nacional a SAE impõe mudanças paradigmáticas do modo de produzir 
saúde/enfermagem, sendo que tais mudanças dependem de muitos esforços dos atores 
envolvidos nos diversos cenários dos serviços, academia e comunidade para que sua 
construção cotidiana ocorra. 
No entanto, alguns desafios fazem parte da trajetória de construção da SAE nas 
instituições: o conhecimento, o número de enfermeiros nos serviços, o envolvimento deles 
com o processo, a valorização por parte da administração da instituição, bem como os 
indicadores de resultado da assistência. Ao mesmo tempo, realizar este processo requer do 
profissional base científica, conhecimento, habilidades e atitudes pautadas no compromisso 
ético, na responsabilidade e no assumir o cuidar do outro (MENEZES, PRIEL e PEREIRA, 
2011). 
A nomenclatura SAE, não é a única a ser utilizada. De acordo com o contexto em que 
está inserida, a finalidade e área a que se destina pode encontrar outras nomeações, tais como: 
Processo de Enfermagem, Processo de Cuidado, Metodologia do Cuidado, Processo de 
Assistir e Consulta de Enfermagem. A relevância está em compreender que todas assinalam a 
aplicação de um método científico para o planejamento das ações de enfermagem (SILVA et 
al., 2011). 
De acordo com a Lei do Exercício Profissional (Nº7498/1986) cabe ao enfermeiro, 
privativamente, o planejamento, organização, coordenação e execução dos serviços de 
assistência de enfermagem, sendo privativas devido ao caráter científico exigido por tais 
ações que necessitam da competência de um profissional de nível superior. 
A não sistematização da assistência de enfermagem prejudica a qualidade da 
assistência, pois não se apóia em nenhum referencial teórico, não podendo assim, medir suas 
consequências. A impossibilidade de previsão de um resultado prejudica a avaliação da 
assistência. Enquanto não for possível controlar essas variáveis não se pode trabalhar com 
autonomia a qual pode constituir a essência da prática profissional da enfermagem e 
representa a única possibilidade do trabalho autônomo. 
Muitos estudiosos adotam o estudo do processo de enfermagem em cinco etapas: 
investigação ou histórico, diagnósticos de enfermagem, planejamento, implantação da 
assistência e avaliação. São estas as etapas preconizadas na Resolução 358/2009 do COFEN, 
que dispõe sobre SAE e implementação do processo de enfermagem em todos os ambientes 
públicos e privados em que ocorre a assistência. 
O histórico de enfermagem deve ser baseado num suporte teórico que oriente a coleta 
de informações, deste modo faz-se necessária a produção e divulgação de informações sobre 
teorias de enfermagem. O mesmo ocorre em relação a informações que contemplem as 
demais etapas da assistência (TANNURE, PINHEIRO, 2010).Através da sistematização da assistência a enfermagem poderá analisar as 
necessidades básicas alteradas e o grau de independência, criando ações que diminuam e/ou 
compensem às limitações, além de encorajar o paciente a tomar decisões e manter sua 
autonomia (VARELA et al., 2012). 
O princípio da autonomia deve nortear a relação que existe entre os profissionais de 
saúde e os pacientes e contribuir para uma relação harmoniosa, na qual cada um ocupa seu 
espaço em uma interação entre sentir, pensar e agir (MENEZES, PRIEL e PEREIRA, 2011). 
Na realidade desta pesquisa, a SAE torna-se uma preocupação para os profissionais da 
Área, sendo que muitos serviços estão buscando dar o pontapé inicial, implantando o processo 
parcialmente e vêm buscando apoio do Conselho Regional de Enfermagem do Estado. 
COREN-PI. 
Este conselho, por sua vez, está comprometido não apenas em analisar e emitir 
pareceres sobre os projetos de implantação / implementação que são encaminhados à Câmara 
Técnica de Sistematização da Assistência de Enfermagem (CTSAE) pelos serviços de saúde, 
mas, subsidiar estes e outros serviços, participando da capacitação dos profissionais para 
façam o diagnóstico das condições necessárias, bem como fornecendo instrumentos que 
facilitem a sua aplicação nos serviços correspondentes. 
Embora haja estes esforços de ambas as partes, ainda não se dispõe de estudos que 
tratem da implantação / implementação da SAE, como esta vem ocorrendo, que mostrem os 
avanços e as dificuldades apresentadas pelos profissionais. Neste sentido, faz-se os seguintes 
questionamento: 
 
1.1 Objetivos 
 
1.3.1 Objetivo Geral 
 
Avaliar a implantação / implementação da SAE nos serviços de saúde em Teresina, 
destacando-se os avanços e as dificuldades apontadas pelos profissionais de Enfermagem. 
 
1.3.2 Objetivos Específicos 
 
- Realizar o levantamento das condições de implantação / implementação da SAE nos 
serviços de saúde que enviaram seus projetos para a Câmara Técnica da SAE do COREN-PI 
(CTSAE-COREN-PI). 
- Identificar os avanços e as dificuldades da implantação/implementação da SAE 
nestes serviços. 
- Discutir os resultados desta avaliação à luz do referencial sobre o tema. 
- Oferecer subsídios ao Conselho Regional de Enfermagem – PI quanto às condições 
de implantação / implementação da SAE e os avanços/dificuldades identificadas pelos 
serviços de saúde. 
 
1.5 Justificativa 
 
A observação ocasional da prática de Enfermagem nos Serviços de Saúde e as 
discussões entre os profissionais nos encontros da área fortalecem a identificação da falta de 
conhecimento entre estes sobre a implantação da SAE nos serviços de saúde da capital, bem 
como sobre os avanços e as dificuldades para o desenvolvimento deste processo, chegando a 
confessarem que estão muito distantes desta realidade, “em brancas nuvens”. 
Diante deste contexto, acredita-se que este estudo possa contribuir como a comunidade 
interessada, apresentando o diagnóstico das condições de implantação / implementação da 
SAE nos serviços de saúde do Piauí, bem como sobre os seus avanços e as dificuldades. Desta 
forma, pretende-se organizar, discutir e divulgar os resultados deste estudo, entendendo-se 
que são de fundamental importância para as categorias da área de Enfermagem, para os 
administradores e gerentes de serviços de saúde que pretendem assistir ao paciente de forma 
sistematizada. 
 A SAE permite o envolvimento do enfermeiro nas atividades de planejamento, 
execução e avaliação das ações de enfermagem que são implementadas, possibilitando a visão 
global da assistência. 
 
METODOLOGIA 
Trata-se de uma pesquisa quantitativa descritiva e exploratória, de campo,pois esta 
abordagem prevê a mensuração de variáveis preestabelecidas para que se possa verificar e 
explicar a sua influência sobre as outras mediante a análise da frequência de incidências e 
correlações estatísticas (CHIZZOTTI, 2010). 
Segundo Dyniewicz (2007), pesquisas descritivas têm como propósito observar, 
descrever, explorar, classificar e interpretar aspectos de fatos ou fenômenos e as exploratórias 
têm a finalidade de esclarecer e proporcionar uma visão geral em dimensões mais ampliadas 
acerca de um determinado fato. 
O presente estudo foi desenvolvido nos serviços de saúde que enviaram seus projetos 
para a Câmara Técnica da SAE do COREN-PI (CTSAE-COREN-PI), no período de janeiro 
de 2012 a junho de 2013, que já iniciaram a implantação da SAE e enviaram seus projetos à 
CTSAE/ COREN-PI, para análise e parecer. Inicialmente foi realizado um levantamento das 
instituições, pela coordenadora da câmara técnica, com a anuência da presidente do COREN-
PI. Em seguida, a coleta de dados junto aos responsáveis técnicos pela assistência de 
enfermagem nesses serviços de saúde. Foram 18 os participantes do estudo, pois apenas estes 
atenderam aos critérios de inclusão: enfermeiros que fossem responsáveis técnicos e ou 
gerentes de enfermagem nas instituições que estão implantando a SAE; que tivessem 
condições mentais e psicológicas para responder os questionários e que quisessem 
deliberadamente participar do estudo. A estes foram esclarecidas todas as dúvidas com 
relação à pesquisa. Os critérios de exclusão foram: os enfermeiros que não fossem 
responsáveis técnicos e ou gerentes de enfermagem nas instituições que não estivessem 
implantando a SAE; 
A coleta de dados ocorreu nos meses de junho/julho de 2013, sendo estas entrevistas 
ocorreram durante uma oficina que foi realizada na sede do COREN-PI, para esses enfermeiros, 
os membros da CTSAE e os fiscais deste conselho, na qual foram discutidas as nomenclaturas e 
teorias de enfermagem que dão suporte à utilização dos diagnósticos de Enfermagem bem como 
os modelos de coletas de dados dos pacientes assistidos por esses enfermeiros nos serviços de 
saúde, respectivamente. 
A coleta de dados foi realizada por meio de um formulário (APENDICE A), previamente 
elaborado, no qual as (os) responsáveis técnicos (as) ou gerentes de serviços de enfermagem 
presentes na mencionada oficina, responderam as questões abaixo, em espaço reservado na sede 
do COREN-PI, após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO B). 
Os dados só foram coletados quando avaliado e autorizado o Projeto da pesquisa pelo 
Comitê de Ética e Pesquisa, conforme a indicação pela CONEPI, por meio da Plataforma Brasil. 
Assim, os pesquisadores cumpriram as normas da Resolução nº196 /96 do Conselho Nacional de 
Saúde que trata das pesquisas envolvendo seres humanos. 
A pesquisa ofereceu riscos mínimos aos sujeitos uma vez que estes deram informações 
sobre os seus serviços, de certa forma, expondo-os, embora seja garantido a todos o absoluto 
sigilo das informações. Os benefícios serão oriundos dos conhecimentos produzidos e que serão 
divulgados posteriormente, sendo importante para os profissionais de enfermagem que terão 
acesso à avaliação das condições de implantação/implementação da SAE, avanços e dificuldades 
dos serviços de saúde da capital para essa implantação. Estas informações subsidiarão aos 
profissionais da área que estejam interessados no assunto, bem como os conselheiros do 
COREN-PI responsáveis pela CTSAE e ainda os ficais que auxiliam os enfermeiros por meio de 
ações educativas preventivas de infrações. 
Os dados foram digitados, seguido da limpeza do banco de dados e analisados com a 
utilização do Programa Excel. Na análise dos dados e apresentação dos resultados foram 
utilizados gráficos, empregando-se recursos matemáticos e estatísticos descritivos simples com 
frequências percentuais e médias. 
O estudo, em todas as fases de sua execução, obedeceu ao preconizado pela Resolução196/96 do Ministério da Saúde que dispõe sobre as normas de pesquisas com seres humanos e 
incorpora sobre a ótica do individuo e das coletividades, os quatro referenciais básicos da 
Bioética: Autonomia; Não maleficência; Beneficência e assegurar os direitos e deveres que 
dizem respeito à comunidade científica, aos sujeitos da pesquisa e ao estado (DYNIEWICZ, 
2007). 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Se tratando da localização geográfica das unidades hospitalares avaliadas quanto à 
implantação / implementação da SAE, Teresina, PI, mostra que 67% dos serviços estão 
localizadas na capital e 33% no interior do estado. O percentual de 67% apresentado para os 
serviços da capital pode ser justificado pelo fato de ser neste espaço geográfico a maior 
concentração de serviços de saúde de média e alta complexidade, que recebe maior fluxo de 
clientes a serem atendidos pela enfermagem. Neste sentido, os enfermeiros necessitam 
organizar de forma sistematizada a assistência para que estes serviços alcancem a qualidade 
esperada pela política de saúde brasileira. 
Para Lopes et al. (2007), a SAE possibilita a realização do cuidado de enfermagem, 
permitindo a obtenção de melhores condições para identificar, compreender e descrever como 
o cliente está reagindo frente aos seus processos vitais e seus problemas de saúde, reais ou 
potenciais, podendo determinar quais os cuidados profissionais devem ser implementados. 
Assim, nestes serviços de saúde, os enfermeiros e demais membros da equipe de enfermagem, 
possibilitarão a aplicabilidade dos pressupostos da política do SUS, como os princípios da 
integralidade, da acessibilidade e da equidade, possibilitando ainda que o cliente e seus 
familiares participem efetivamente da assistência prestada. 
56% das instituições avaliadas quanto à Implantação/implementação da SAE, é 
pública, 28% é privadas, 11% é filantrópica e 5% não respondeu ao questionário da pesquisa. 
O percentual mais elevado, 56%, para as instituições públicas com a Implantação / 
implementação da SAE pode estar relacionado ao elevado número de serviços de saúde de 
gestão pública no estado, bem como ao fato de serem estas instituições as de maiores 
concentrações de atendimento à clientela do próprio estado e dos demais vizinhos como o 
Maranhão, Tocantins, Pará, Ceará, entre outros. Neste cenário, a SAE aumenta as 
possibilidades de uma assistência de enfermagem planejada para o cliente e seus familiares, o 
que a qualifica cientificamente, trazendo, por conseguinte, maior reconhecimento de suas 
ações. Daniel (2003) refere que a SAE é empregada por um método e estratégia de trabalho 
científico, no qual se realiza a identificação das situações de saúde/saúde, proporcionando 
subsídios para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação em saúde do indivíduo, 
família e comunidade. Requer do enfermeiro interesse em conhecer o cliente como indivíduo, 
utilizando para isto seus conhecimentos e habilidades, além de orientação das ações 
sistematizadas. 
 Por outro lado, as próprias instituições de saúde definem o seu modelo de assistência 
à saúde, em especial o de enfermagem, podendo avaliar sistematicamente os seus resultados. 
Desta forma, alcançar suas metas de forma a favorecer o crescimento da instituição, bem 
como o da própria enfermagem. Ressalta-se que o emprego da SAE tem a sua origem no 
interesse da administração da divisão de enfermagem pelo sistema que espera resultados 
favoráveis no que tange à aceitação da interdisciplinaridade das equipes de enfermagem, 
ampliando inclusive, a comunicação entre os demais profissionais de saúde que assistem a 
mesma clientela, favorecendo a qualidade da assistência à saúde aos indivíduos/, 
família/comunidades. A segurança do paciente que o enfermeiro busca proporcionar com o 
planejamento do cuidado fica comprometida pela inexistência de uma assistência de 
enfermagem sistematizada ou seu desenvolvimento inadequado (NEVES, 2006). 61% das 
instituições que enviou seus projetos à CTSAE, não está com a sistematização da assistência 
de enfermagem implantada em todos os setores em detrimento dos 39% que respondeu que a 
SAE já esta implantada em todos os serviços de Enfermagem da instituição. 
Os resultados apresentados são compatíveis os apresentados em estudos sobre o tema 
na realidade brasileira, onde se atribui a existências de diversos fatores para a não implantação 
/ implementação da SAE, supondo-se que a falta de aperfeiçoamento e qualificação dos 
profissionais da área para a sistematização dessa assistência, seja fator preponderante. Para 
Tannure (2010), uma das maiores dificuldades para implantação da SAE é a falta de 
conhecimentos dos profissionais e a dificuldade de detectar o diagnóstico de Enfermagem, 
muitos profissionais tem medo, insegurança, fragilidade e por achar que os diagnósticos 
possuem uma taxonomia que não condiz com a realidade brasileira. Outra dificuldade a ser 
justificada, é o fato dos próprios docentes das instituições não ministrarem de forma correta o 
PE e nos estágios os alunos vêem outra realidade, fazendo com que os mesmo não adotem 
para sua vida profissional os métodos corretos da sistematização da assistência de 
Enfermagem. 
 De acordo com essa abordagem, cabe às instituições de saúde cobrar bastante dos 
alunos o aperfeiçoamento de seus conhecimentos sobre a SAE para que esta realidade seja 
melhorada e a implantação da SAE seja adequada em todas as instituições de internação. 
Se tratando dos setores onde estão implantados a SAE nas instituições já referidas 
acima, o setor com maior quantidade se refere à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com 
25% da amostra, 19% no setor do centro cirúrgico, porcentagens iguais (13%) nos setores de 
quimioterapia e ambulatório. Amostras iguais (6%) nos setores de Unidade de Terapia 
Intensiva Neonatal, Unidade de terapia de queimados, Setor oncológico, Enfermaria e setor de 
internação. 
Na unidade de terapia intensivao enfermeiro desenvolve um cuidado altamente 
especializado e complexo e que a sistematização e organização do trabalho se mostra 
imprescindível para uma assistência de qualidade, eficiência e eficácia. 
Ao enfermeiro de terapia intensiva compete cuidar do indivíduo nas diferentes 
situações críticas dentro da UTI, de forma integrada e contínua com os membros da equipe de 
saúde, para isso o enfermeiro de UTI precisa pensar criticamente analisando os problemas e 
encontrando soluções para os mesmos, assegurando sempre sua prática dentro dos princípios 
éticos, e a sistematização de assistência de enfermagem é de fundamental importância tanto 
para o paciente, como para a instituição hospitalar e no campo de pesquisa e ensino, em 
decorrência disso podemos supor a maior percentagem da implantação da SAE seja nas 
unidades de terapia intensiva por se tratar de um setor de extremos cuidados. 
Para Cardoso o conhecimento do profissional de Enfermagem é crucial na unidade de 
terapia intensiva, pois lida com vidas humanas necessitando de recuperação física e emocional 
e por conta disso que a sistematização do processo de Enfermagem é tão importante neste 
setor. 
O segundo setor mencionado que mais existe implantação da SAE foi o centro 
cirúrgico, de acordo com Rosa, a enfermagem no CC tem interação com paciente para 
garantir conforto, tranquilidade, diminuir a ansiedade e o estresse do ambiente, reforçar 
informações e tirar dúvidas do pacientes ou dos acompanhantes/familiares ali presentes e com 
a SAE implantada a enfermagem pode realizar intervenções adequadas para as condições em 
que os pacientes se encontram concedendo um cuidado adequado de forma individualizada 
para cada um deles. Os demais setores mencionados na pesquisa encontram-se como PE em 
construção e/ou as etapas não são seguidas devidamente corretas. Em relação ao 
conhecimento sobre a SAE pela administração da instituição, 78% dos entrevistados 
responderam que a administração tem conhecimento sobre o processo de Enfermagem em 
relação aos 22% que refere não conhecer a SAE na instituição. Quanto ao conhecimento da 
SAE pelos gerentes de Enfermagem trazendo como resultado 100% dos entrevistados 
afirmaram que todos os gerentes tem este tipo de conhecimento. 
O resultado apresentado mostra que mesmo diante das dificuldades para implantação 
da SAE em algumas instituições, existe o conhecimento do tema por parte de todos os 
enfermeiros. De acordo com Menezes (2011) esse resultado reforça a atuação e compreensão 
dos gerentes de Enfermagem acerca de suas responsabilidades e deveres perante a equipe 
onde apresenta autonomia da liderança e a dinâmica do trabalho da equipe de Enfermagem. 
Os resultados mostram que se tratando do conhecimento da SAE por todas as 
categorias profissionais da instituição pode-se afirmar que 50% dos entrevistados afirmam 
que todas as categorias profissionais conhecem a SAE, 44% não conhecem e 6% não 
responderam a este questionamento. 
É de extrema importância o conhecimento da SAE por todas as categorias 
profissionais, pois a prática de sistematização é integral e interligada de forma a abranger 
todas as categorias, exemplo disso pode citar a lavanderia que se não houver uma 
sistematização na lavagem das roupas dos pacientes vai ocorrer atraso da entrega dos mesmos 
nas enfermarias consequentemente vai atrasar alguns procedimentos da enfermagem. 
Podemos justificar que os 44% que afirmaram não existir este tipo de conhecimento nas 
demais categorias profissionais seja em decorrência da não sistematização do PE em alguns 
setores da instituição o que dificulta a abrangência deste método de trabalho. 
 De acordo com Backes (2008) a lógica existencial da ciência pós-moderna necessita 
promover atitudes comunicativas baseadas nas interações e intertextualidades organizadas e 
nessa mesma perspectiva, o processo de enfermagem precisa estar articulado com os 
diferentes setores a partir das condições da ação humana nos diferentes espaços e campos de 
atuação. 
Quanto à aceitação e apoio para Implantação da SAE na instituição é apresentado a 
seguir 83% dos entrevistados relatam que existem aceitação e apoia a Implantação do 
processo de Enfermagem em relação aos 17% que disseram que não existem essa aceitação 
para implantação da SAE. 
A SAE não é importante só para equipe de enfermagem e sim para toda a instituição 
de saúde na qual esta implantada, cabe as instituições apoiarem essa implantação para 
melhorar atendimento aos clientes e promover subsídios para o ensino e a pesquisa 
promovendo reconhecimento da instituição e dos profissionais que nela trabalham. O gráfico 
apresentado mostra que a maioria das instituições avaliadas estão de acordo para que ocorra a 
implantação da SAE. 
Quando trata-se da adequação do dimensionamento do pessoal da instituição 
afirmando que 72% dos entrevistados relatam que não possuem essa adequação, e 28% 
afirmam que possui. Dimensionamento significa calcular ou preestabelecer as dimensões ou 
proporções de algo e se tratando do pessoal da Enfermagem significa calcular o numero de 
profissionais de acordo comos cuidados do paciente para que seja realizado todos os cuidados 
necessários e de qualidade que é direito do cliente. De acordo com a resolução do COFEN 
278/2004 o dimensionamento de pessoal de Enfermagem deve ser de acordo com as seguintes 
características: Identificação do perfil dos pacientes quanto à complexidade assistencial, 
determinação do tempo de assistência de acordo com a categoria profissional, identificação do 
percentual de ausências previstas e não previstas da equipe de enfermagem, identificação da 
jornada efetiva de trabalho e aplicação da equação para dimensionar o pessoal de 
enfermagem. A maioria dos entrevistados responderam que não existe adequação do 
dimensionamento de pessoal da Enfermagem na instituição havendo desconexão com as 
características descritas da resolução COFEN mostrando que não estão sendo colocadas em 
prática. De acordo com Menegueti (2013) uma possível justificativa para essa não adequação 
seja pelo fato dos profissionais achar necessário novas contratações para que seja feito o 
cálculo corretamente do dimensionamento da equipe de enfermagem . 
 No entanto podemos supor também que esse déficit para um adequado 
dimensionamento seja pela falta de diálogo entre a administração do hospital e a equipe de 
Enfermagem sobre as necessidades dos pacientes e a necessidade de um serviço de qualidade. 
Sobre a Implantação do processo de enfermagem o gráfico 10 mostra que 56% dos 
entrevistados responderam que o processo de enfermagem já se encontra implantado em todas 
as etapas e 44% ainda não estão com a implantação de todo o processo apenas algumas etapas 
são realizadas A implantação, o desenvolvimento e a avaliação de modelos de SAE surgiram 
na maioria dos textos e frequentemente são realizados com abordagem metodológica 
qualitativa, e de campo. Desde a década de 80, já se encontravam relatos literários sobre a 
problemática da implantação do PE nas instituições de saúde, o que reforça mais ainda o 
antigo interesse dos profissionais de enfermagem em operacionalizar o processo. A partir 
disso, pode-se afirmar que o processo de sistematização da assistência de enfermagem no 
Brasil continua em fase de construção, sujeito às profundas mudanças nas diversas áreas de 
atuação profissional (FIGUEIREDO et al., 2006; HERMIDA, ARAÚJO, 2006; SILVA; 
MOREIRA, 2010). 
No que se refere aos aspectos legais, em 2002, por meio da Resolução COFEN nº 
272/2002, tornou-se obrigatória à implantação e implementação da Sistematização da 
Assistência de Enfermagem em todas as instituições de saúde públicas e privadas, 
determinando-se então as fases para a sua operacionalização. Em 2009, essa resolução 
foi revogada pela Resolução COFEN nº 358/2009, a qual determina que o Processo de 
Enfermagem deve ser realizado de modo deliberado e sistemático em todos os ambientes em 
que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, incluindo hospitais, serviços ambulatoriais, 
escolas e domicílio; e que deve se organizar em cinco etapas inter-relacionadas, 
interdependentes e recorrentes, a saber: histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, 
planejamento de enfermagem, implementação e avaliação de enfermagem. 
No entanto, apesar de ser obrigatória, a sua aplicação, as etapas do processo de 
enfermagem não são realizadas de forma adequada pelo enfermeiro; muitas vezes, devido à 
sobrecarga de trabalho imposta a esse profissional, que acaba se detendo em atividades 
burocráticas e administrativas, que também fazem parte de suas atribuições profissionais o 
que podemos supor que seja por este motivo que o resultado obtido no gráfico acima a 
maioria respondeu que não está implantada todas as etapas do PE. 
Podemos justificar que esses 33% que afirmaram não existir coerência das etapas do 
processo de enfermagem seja aqueles que trabalham nas instituições que ainda não esteja com 
a SAE Implantada. A avaliação das etapas da SAE tem sua importância como facilitador da 
valorização da assistência de enfermagem a ser estabelecida para o cuidado ao paciente. Ao se 
tratar sobre o registro de todas as etapas do processo de enfermagem no prontuário do 
paciente, 56% dos entrevistados relata ser registrado todas as etapas da SAE no prontuário do 
paciente e que 44% afirmam que não são descritas todas as etapas do processo de 
Enfermagem no prontuário do paciente. 
Esta pesquisa contatou a deficiênciano cumprimento de algumas fases o que 
corresponde os 44% dos entrevistados que responderam que as etapas não são todas 
registradas no prontuário do paciente. De acordo com Reppetto (2005 ) essa falta de registro 
das etapas do PE seja pelo excesso de atribuições da enfermeira na implementação da SAE, 
falta de preparo e de recursos materiais e a não valorização do método de assistência, o que 
seria necessário a contratação de novos profissionais para realização adequada do PE nas 
instituições. No estudo realizado e demonstrado no gráfico 12 mostra que 89% relatam a 
existência de impressos específicos para o desenvolvimento do processo de enfermagem na 
instituição e 11% dos entrevistados afirmam que não existe este tipo de impressos na 
instituição. 
A existência de impressos para a sistematização do PE é importante para padronizar os 
registros e respaldarem legalmente os profissionais enfermeiros de ações judiciais. No gráfico 
acima 11% dos entrevistados responderam que não existe este impresso na instituição em que 
trabalha supondo que seja nas instituições onde não esteja implantado a SAE, e caso seja nas 
instituições com o PE implantado essa inexistência dos formulários possa interferir na 
adequação nos cuidados prestados aos pacientes. 
83% dos entrevistados afirmaram que foram identificados problemas individuais pelos 
enfermeiros na coleta de dados, e apenas 17% dos entrevistados afirmam que não teve a 
obtenção dos problemas individuais na coleta de dados. A coleta de dados é a primeira etapa 
do processo de enfermagem que vai oferecer subsídios para a enfermeira diagnosticar o 
problema do cliente, planejar e implementar junto a equipe de enfermagem promovendo a 
sistematização da assistência em enfermagem. 83% das instituições identificam os problemas 
individuais na coleta de dados evidenciando o que dispõe na resolução COFEN 358/2009, 
Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) – processo deliberado, 
sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, que tem por 
finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre 
suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença. 
É na coleta de dados que o enfermeiro conhece todos os antecedentes dos pacientes, 
sua rotina de vida, antecedentes familiares e estilo de vida, é onde a enfermagem analisa o 
paciente de maneira holística promovendo um atendimento de qualidade que é direito de 
todos os clientes. Sobre o planejamento das ações e intervenções de Enfermagem, o gráfico 
14 mostra que 83% dos entrevistados afirmam que a equipe de enfermagem tem esse 
planejamento de ações e intervenções do PE de acordo com a teoria adotada e 17% relatam 
não ter este tipo de planejamento. O planejamento e as intervenções de enfermagem refere-se 
a terceira e quarta etapa do processo de enfermagem respectivamente, após descoberto 
diagnostico de enfermagem o enfermeiro planeja ações que melhor se adequa ao cliente em 
questão e promove as intervenções para melhoria da qualidade de vida, essas duas etapas são 
essenciais para que a sistematização da assistência de enfermagem seja implantada de forma 
adequada pois de nada adiantaria a equipe apenas descobrir o diagnóstico e não promover 
ações que minimizem os problemas dos pacientes. 
O gráfico acima mostra que a maioria das instituições com a SAE implantada realiza o 
planejamento e as intervenções cumprindo o que difere a resolução COFEN 358/2009 que 
dispõe: Planejamento de Enfermagem – determinação dos resultados que se espera alcançar; e 
das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, 
família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, 
identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem e Implementação – realização das ações 
ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem. 
Um planejamento bem feito e intervenções posta em prática oferecerão uma melhora 
na qualidade de vida dos clientes e reconhecimento dos profissionais e da instituição de saúde. 
Sendo privativo do enfermeiro os diagnósticos de Enfermagem o que mostra que 100% dos 
entrevistados afirmaram que existem essa privatização por parte do Enfermeiro o que 
confirma a resolução 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem-COFEN ao se tratar da 
sistematização do processo de Enfermagem que incumbe os diagnósticos de Enfermagem 
como ação privativa do Enfermeiro. De acordo com a resolução COFEN 358/2009 Art. 4º Ao 
enfermeiro, observadas as disposições da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986 e do Decreto 
nº 94.406, de 08 de junho de 1987, que a regulamenta, incumbe a liderança na execução e 
avaliação do Processo de Enfermagem, de modo a alcançar os resultados de enfermagem 
esperados, cabendo-lhe, privativamente, o diagnóstico de enfermagem acerca das respostas da 
pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, 
bem como a prescrição das ações ou intervenções de enfermagem a serem realizadas, face a 
essas respostas. 
De acordo com a resolução do COFEN 358/2009 Art. 5º O Técnico de Enfermagem e 
o Auxiliar de Enfermagem, em conformidade com o disposto na Lei nº 7.498, de 25 de junho 
de 1986, e do Decreto 94.406, de 08 de junho de 1987, que a regulamenta, participam da 
execução do Processo de Enfermagem, naquilo que lhes couber, sob a supervisão e orientação 
do Enfermeiro 94%dos entrevistados relataram que o técnico e auxiliar de enfermagem 
participam na execução da SAE naquilo que lhes couber sob a supervisão do enfermeiro e 6% 
não tem supervisão do enfermeiro na execução da SAE sobre esses profissionais, o que 
mostra que esses estes 6% relatados pelos entrevistados não estão cumprindo o que fala na 
resolução 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) 
CONCLUSÂO 
A sistematização da assistência de enfermagem é de enorme importância para todas as 
categorias profissionais além da enfermagem, pois todas as equipes tem que trabalhar em 
comum acordo promovendo o bem estar dos pacientes. O processo de Enfermagem promove 
autonomia aos enfermeiros e respaldo na profissão diante de processos judiciais como prova 
de registro de todas as atividades e ações realizadas pelos profissionais. Aos pacientes é 
importante para um atendimento de qualidade que é de direito de todos eles e é importante 
também para o ensino e pesquisa estimulando aos estudantes das áreas da saúde 
principalmente da enfermagem a realizar a SAE ajudando a profissão a ser reconhecida. 
Nossa pesquisa buscou descobrir as principais dificuldades citadas pelos enfermeiros 
para não implantação da SAE nos serviços de saúde, e as principais citadas foram falta de 
profissionais qualificados e a sobrecarga de trabalho para pouco profissionais contratados. 
Existem poucas instituições de saúde com a SAE implantada de acordo com nossa pesquisa e 
esperamos que esse estudo ajude aos profissionais a demonstrarem maior interesse ao 
processo de enfermagem que é tão importante para todos os enfermeiros. 
Dentre as instituições com a SAE implantada a maioria é da rede pública do estado do 
Piauí onde foi possível perceber que seja devido a demanda de atendimentos na rede pública e 
a maioria são encontradas na capital do estado devido a quantidade de habitantes se 
comparado ao interior do estado. 
A SAE deve ser registrada de maneira correta seguindo todas as cinco etapas que 
dispõe na resolução COFEN 358/2009 (coleta de dados, diagnóstico de enfermagem, 
planejamento, implementação e avaliação). Vale ressaltar a importância do processo como 
foco do trabalho do enfermeiro na clínica, na perspectiva de favorecer o retorno dos pacientes 
ao seu contexto familiare de trabalho o mais precocemente possível, bem como permite 
credibilidade do trabalho de enfermagem. 
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