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Gestão de operações no ramo automotivo

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Daiany Rosa
Daniel Novaes
A prática da gestão de operações nas organizações
11 de abril de 2018 
A prática da gestão de operações nas organizações
Daiany Aparecida Siqueira Rosa
Daniel Roberto Novaes
Professor orientador: Mauro Celso Senatore
Resumo
O conteúdo deste artigo busca reconhecer quais pontos da Gestão de operações as empresa montadoras do ramo automotivo mais estimam para a divulgação e aplicação de novos conceitos produtivos. O artigo aborda a exploração do conteúdo de documentos quais visam os sistemas de produção que são empregados por quatros montadoras de grande porte residentes em Curitiba, onde a pesquisa observou-se seis temas em evidência: gestão da qualidade; sistema de produção enxuta; gerenciamento de recursos humanos em operações; gerenciamento da produção e processos; projeto, mensuração e melhoria do trabalho; e mensuração do desempenho e produtividade.
Palavras-chave: Gestão de Operações. Prática em operações. Sistemas produtivos. Processos produtivos. Indústria automotiva.
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Desenvolvimento e Referencial teórico
O trabalho apresenta um resumo dos estudos realizados por diversos autores renomados da área de gestão de operações em empresas do ramo automotivo no Brasil, os temas abrangem a gestão cadeia de suprimentos, gestão de projetos, estratégias de produção e diversas variáveis do sistema de produção enxuta e quais os procedimentos realizados para identificação dos melhores métodos de aplicação.
O gerenciamento da cadeia de suprimento é um dos temas regulares da Gestão de operações, estudos realizados por Vanalle e Salles (2011), sobre as relações entre montadoras e fornecedores, constataram que a relação entre cliente e fornecedores dispõe-se de um padrão organizacional, onde o preço é sua maior razão de escolha na seleção de um fornecedor, já estudos realizados por Guarnieri e Hatakeyama (2010) estudaram o nível de formalização na logística de suprimentos, onde concluíram que tais práticas adotadas pelas montadoras e fornecedores são convergentes, ainda que, sejam mais avançados estes costumes na nas montadoras.
Em um estudo realizado por Pires e Sacomano (2010) entre montadoras e fornecedores analisando a integração de inúmeras configurações no sistema de relacionamento como: tipos de relacionamentos, processos logísticos, planejamento de produtos, gestão da produção e medição de desempenho, onde se conclui que a configuração da cadeia é a razão pela qual guia o relacionamento da montadora com seus fornecedores. Os autores Vieira, Pasa, Borsa, Milan e Pandolfo (2011) indagam sobre as formas de gestão na movimentação de materiais e o fluxo de produção, evidenciando a ligação entre três variáveis: tempo de trânsito, uso dos recursos e nível de serviço.
Na analise feita Silva, Mello, Siqueira, Godoy e Salgado (2010) sobre o gerenciamento de riscos no processo de desenvolvimento de produtos em empresas de autopeças, utilizando o APQP, alguns pontos se destacaram como: a formação da equipe; a discussão coletiva dos prazos, tendo como resultado o comprometimento; o papel do gerente do projeto, feedback entre os participantes; e a existência de evidências objetivas do apoio da alta administração. 
Melo e Pereira (2012) investigaram as especificidades do gerenciamento de projetos de automação na indústria automobilística, desenvolvendo e testando um modelo conceitual, introduzindo a gestão de projetos pela metodologia do PMI, declaram eles que tal modelo permite que as empresas usufruam benefícios maiores que os experimentados na aplicação única de uma metodologia de gerenciamento de projetos, entretanto outros autores afirmam que é preciso também que as organizações incitem a aprendizagem e o apoio entre seus funcionários por meio da evolução dos recursos humanos para que tais práticas sejam eficazes.
Segundo algumas pesquisas publicadas sobre o uso do sistema de produção enxuta (SPE) pelas indústrias do setor automotivo, autores como Moori, Pescarmona e Kimura (2013) exploram a gestão de manufatura enxuta, concluírando que há uma correlação assertiva entre a manufatura enxuta e o desempenho dos negócios.
	Alves, Nogueira e Bento (2011) analisam as estratégias de produção onde levantam suas principais ações relativas à operação produtiva, a implementação de um sistema de gestão baseado em lean manufacturing, torna-se como principal movimento estratégico de produção mostrando o interesse na utilização do SPE pelas montadoras.
	Saurin, Ribeiro e Marodin (2010) indagam sobre práticas de Gestão da Produção na implantação do SPE, o levantamento indica que os principais motivos das empresas para a adoção do SPE foram a necessidade de melhorar a competitividade e combater os problemas críticos de produção, os principais obstáculos foram devido a resistência das pessoas a mudanças quais são exigidas pelo SPE. No estudo com o objetivo de integrar as metodologias da manufatura enxuta e seis sigma Silva et al., (2010) concluiu que a integração contribui em ganhos expressivos, tanto em produtividade como em qualidade. 
Com base em uma revisão bibliográfica sobre a manufatura enxuta na área de Gestão de Operações, Godinho e Fernandes (2004) propõem um sistema de classificação, envolvendo alguns princípios e seus capacitadores quais representam a forma de alcançar um conceito definido, a pesquisa concluiu que os assuntos mais abordados em relação aos princípios enxutos são: produção puxada, trabalho em fluxo e desenvolvimento e capacitação de recursos humanos, e os assuntos menos estudados são gerenciamento visual e ordem, limpeza e segurança, os capacitadores enxutos os pontos mais abordados são: o trabalho em equipe, o kanban e a tecnologia de grupo, já o emprego de medidas de performance enxutas e controles visuais, foram os capacitadores menos relevantes na pesquisa.
Considerações finais 
O trabalho obteve um aproveitamento relevante no levantamento de temas mais discutidos e aplicados nas empresas do ramo automobilístico como: gestão da qualidade, sistema de produção enxuta, gerenciamento de recursos humanos em operações, gerenciamento da produção e processos; projeto, mensuração e melhoria do trabalho; e mensuração do desempenho e produtividade, tais assuntos abordados explicitam o grau de adesão aos requisitos do SPE. O trabalho destaca a carência das empresas sobre o incentivo a aquisição de conhecimento e o engajamento entre seus funcionários na agregação de valor para melhoria no desempenho operacional.
A temática mostrou-se relevante não só pelos frutos que são possíveis atingir, como também serviu como mola propulsora na discussão sobre técnicas de Gestão de Operações, permitindo a reflexão sobre a latente capacidade da Gestão de Operações na administração de empresas e na formação dos profissionais.
Referências
PEINADO, Jurandir. A prática da gestão de operações nas organizações. Revista de Administração de Empresas | FGV-EAESP. São Paulo, V. 54. no. 5. p.483-495, set./out., 2014�
Trabalho de pesquisa como parte das Avaliações da Avaliação da Disciplina de Teoria das Organizações para o Curso Superior de Engenharia de produção no 1º Trimestre de 2018. 
 Avaliação Continuada (AC) Seminário. 
Prof. Ms. Mauro Celso Senatore.

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