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Resumo Marina Rigoni P2

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-Marina Rigoni C. Moreira-
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Unirio
RESUMO
DE
IMUNOLOGIA
(P2)
			
Marina Rigoni Costa Moreira
Anticorpos: Estrutura e Função
	Os anticorpos (Ac), também chamados de imunoglobulinas (Ig)-(refere-se à estrutura), são secretados pelos plasmócitos em resposta a imunógenos (corpos estranhos). Eles caracterizam-se como moléculas protéicas glicosiladas, possuindo alta hidrossolubilidade, e portanto necessitam estar em meio rico em água (linfa e sangue, por exemplo). Apresentam como função reconhecer antígenos (epitopos) e direcioná-los para a degradação. Sua estrutura geral é formada por duas cadeias leves idênticas e duas pesadas, também idênticas entre si. Entre elas existe uma região, chamada de dobradiça (α-hélice), que permite a abertura do anticorpo para o contato com antígenos. É ela que evita o “impedimento estérico”, no qual uma reação não ocorre por falta de espaço, ou seja, um anticorpo pode não reconhecer um epitopo porque outro epitopo, de grande tamanho, já está sendo reconhecido. 
	As regiões CDR1, CDR2, CDR3 são, respectivamente, a 1ª, a 2ª e a 3ª regiões que determinam a complementariedade do anticorpo, já que são pontos de maior variabilidade que realmente fazem maior contato com o antígeno. 
	O anticorpo possui em sua estrutura 2 partes principais: Fab (os braços, formados por uma cadeia leve e os dois primeiros domínios da pesada), que possui função de reconhecer os antígenos pelo VH e VL, e Fc (a perna, formada pelos últimos domínios da cadeia pesada), que apresenta as funções efetoras da imunoglobulina. IgM e IgE possuem 4 domínios constantes, enquanto IgA 1, IgD e IgG apresentam apenas 3. Conclui-se, então, que a diferença entre as classes não se encontra na cadeia leve, mas sim na quantidade de domínios constantes e de glicosilações. 
	A parte Fc apresenta funções quando ligada ao FcR (receptor para Fc), ao sistema complemento, ou relacionada à placenta. 
	Cada cadeia pesada (α, γ, δ, μ, ε) codifica especificadamente um tipo de classe de anticorpo, respectivamente IgA, IgG, IgD, IgM e IgE. As IgA podem ser divididas em 2 subclasses (IgA 1 e 2), como também IgG, que se divide em Ig1, 2, 3, 4. O mais importante é o IgG, principalmente o IgG1. O que aparece em menor quantidade é o IgE, que só se eleva quando o paciente é alérgico a determinado antígeno, ou quando encontra-se parasitado por helmintos. 
	A estrutura básica dos BCR é característica por serem monômeros (um único Y ligado a cadeias Igα e Igβ) presos na superfície das células B, diferente do anticorpo secretado, que pode ser na forma monomérica, dimérica, trimérica, pentamérico ou hexamérico. Os monômeros secretados são os IgA1 (forma sérica), IgG e IgE. Já o IgM é secretado na forma pentamérica ou hexamérica (já sai para o líquido corporal complexado na estrutura de vários IgM), enquanto o IgA da mucosa aparece na forma dimérica ou trimérica. O IgD não é detectado em quantidade consideráveis no sangue, ou seja, não é secretada e aparece apenas nas células B naive. 
 
	As diferenças entre os anticorpos podem ser:
Diferenças Isotípicas ( entre classes. A cadeia pesada de uma classe é diferente da cadeia pesada de outra classe. 
Diferenças Alotípicas ( entre subclasses. A cadeia pesada de uma subclasse é diferente da outra (Ig1 =/ Ig2).
Diferenças Idiotípicas ( individuais. 2 anticorpos da mesma classe possuem regiões variáveis diferentes (contra antígenos diferentes). Todos os anticorpos secretados por determinada células B serão idiotípicos. 
Isotipos: determinantes antigênicos que caracterizam as classes e subclasses (domínios constantes da cadeia H)
Idiotipo: determinantes antigênicos únicos presentes em uma molécula de Ac (domínios variáveis). 
	Um anti-anticorpo (anticorpo anti-idiotípico) é uma das formas de regulação do organismo quando o anticorpo para determinado antígeno está sendo produzido em grande quantidade. Ele mimetiza o antígeno, encaixando-se na parte variável do anticorpo de forma complementar, mesmo que não seja da mesma classe que ele. 
	Todos os BCR são monômeros e tem como função reconhecer antígenos. Porém, cada classe pode se envolver em uma ou mais funções: neutralização, opsonização e ativação do complemento. 
IgD 
Estrutura: monômero e não secretado em quantidades detectáveis. Tem estrutura de BCR.
IgM 
Estrutura: pentâmero ou hexâmero.As suas porções finais de cada Fc (porção carboxiterminal) são unidas pela cadeia J. Apresenta como propriedades o fato de ser o primeiro anticorpo a ser produzido (resposta aguda) pelas células B. Além disso, são confinados aos vasos sanguíneos e tecidos inflamados. Eles só deixam os vasos para realizar proteção quando houver aumento da permeabilidade vascular significativo (tamanho grande). 
Obs: IgM não atravessa a placenta ( não seria possível ter filhos com tipo sanguíneo diferente, pois seria atacado pela IgM. Quando a placenta inflama, ocorre aumento da permeabilidade e o IgM ataca as hemácias do feto. 
A terceira propriedade é a capacidade de ativar o sistema complemento pela via clássica, dependente de anticorpos (por isso aparece após a ativação da imunidade específica) - ativada por imunocomplexos (anticorpo+antígeno). 
Via clássica do Sistema Complemento
C1: complexo molecular formado por C1q (grande), C1r e C1s (dentro)
C1q apresenta diversos domínios globulares que se ligarão ao IgM (Fc) ( Isso permite a ativação de C1r e por sua vez, a ativação de C1s. 
Quanto mais domínios globulares conectados aos Igs, maior será a velocidade de ativação da cascata, não do processo. O mínimo é a ligação de 2 domínios. Por isso que, estruturalmente, IgM é a melhor imunoglobulina porque consegue se ligar com a maior quantidade de domínios globulares da C1q (6 domínios). Desse modo, percebemos que IgG (um domínio) precisa estar em número de 6 para se igualar à apenas 1 IgM. 
					
O processo começa com a ligação de IgM à superfície da bactéria, permitindo que C1 se ligue à esse Ig. O C1q se liga à IgM (funcionando nesse caso como opsonina indireta: promoverá a opsonização por meio do complemento), ativa C1r, que ativa C1s. É esse C1s que funcionará como a primeira enzima a clivar proteínas do sistema complemento. Ao complexo IgM-C1 se liga a proteína C4, que será clivada pela C1s em C4a e C4b. C4b permanecerá ligado ao complexo e se ligará ao C2. C4a será liberado, assim como o fragmento C2a, fruto da clivagem de C2 pela C1s novamente. Ao C2b se liga C3, que será clivado pela própria C2b em C3b e C3a. Ao C3b se liga C5, que será clivado por C2b em C5a e C5b. Ao C5b se liga o C6, a ele o C7 – C8 - C9´s. 
O C5a é quimioatraente de neutrófilos
O C5a, C4a e C3a são anafilotoxinas e promovem a liberação de histamina (vasodilatação e ↑ permeabilidade). 
O C4b(?) e o C3b funcionam como opsoninas
MAC – C5b-C9 promove a morte do patógeno (poucos são susceptíveis, causando mais danos em gram -)
 
IgG 
Estrutura: monômero. Apresenta como propriedades o fato de ser a principal Ig sérica e nos espaços extravasculares. Exerce diferentes funções (5): neutralização, ativação do sistema complemento, opsonização (direta), ADCC (citotoxicidade celular dependente de anticorpo) e transferência placentária. 
IgG1, 2, 4 tem maior meia vida que Ig3, porque essa possui uma região de dobradiça bem maior. É a parte mais susceptível à proteólise, reduzindo a meia vida. Porém, proporciona melhor abertura. 
IgG1 e 3 foram induzidas por IFN-gama, enquanto IgG2 e 4 foram induzidas por IL-10, IL-5 e IL-6. 
Neutralização (realizada por Fab)
	Reconhecem toxinas e não deixam elas se ligarem às células alvo. As toxinas são proteínas secretadas (exotoxinas) ou expressas (endotoxina) por células que causam lesões específicas ou mais generalizadas, por meio de fenômenos diretos ou indiretos. A lesão pode ser tão forte a pontode induzir apoptose celular. 
	Para que o anticorpo tenha alta afinidade com a toxina, podendo deslocá-la do receptor da célula alvo, ele precisa sofrer o processo de maturação de afinidade, no qual ocorre hipermutação somática aumentando a afinidade com a toxina. IgM, por exemplo, não realiza a neutralização porque não sofre processo de hipermutação somática. Além disso, IgM dependeria dos fagócitos, mesmo que reconhecesse a toxina, diferente do IgG, que não dependeria do sistema complemento. 
Ativação do sistema complemento
	IgG não depende dessa ativação, mas pode ativar a cascata de complemento caso haja complementos disponíveis. Nos casos de dengue, por exemplo, o IgG irá opsonizar o vírus, facilitando a infecção. Isso ocorre porque macrófagos, monócitos e células endoteliais vasculares possuem receptores para Fc (perna do anticorpo). Assim, a segunda infecção tem chance de ser mais grave (hemorrágica). 
Opsonização (direta) 
	Ocorre quando o IgG se liga diretamente ao patógeno, deixando a sua parte Fc livre. Os fagócitos, portanto, devem apresentar receptores para Fc (FcR). 
Solubilização de Imunocomplexos (Ag-Ac) circulantes – “Clearence de imunocomplexos”
	O anticorpo IgG se liga ao antígeno (patógeno) no local da infecção, formando o imunocomplexo (Antígeno-Anticorpo). A ele poderão se ligar fragmentos C3b, do sistema complemento. Essa ligação permitirá que a hemácia circulante no sangue (imunocomplexo não é formado no sangue) possa reconhecer esse C3b por meio do CR1 (um receptor de complemento, na superfície na hemácia). O reconhecimento promove a carreação tanto do C3b, quanto de todas as estruturas a ele ligadas, como ao imunocomplexo, no caso. As hemácias carrearão de “maneira indireta” esse imunocomplexo, mas não fagocita-os. Pelo contrário, levam-nos para o fígado e para o baço, onde encontrarão Células de Kuppfer: macrófagos que removem esse imunocomplexo ligado ao C3b, destruindo-os. A hemácia não é afetada nesse processo, e retorna inteira para a circulação corporal. 
	Como a via alternativa precisa de inflamação para ser deflagrada, só ocorre no sangue quando um patógeno inteiro tem chance de parar e ativar a via. Essa inflamação só ocorre quando há estase sanguínea, já que não ocorre infecção no sangue. Existem 3 maneiras de ocorrer inflamação: 
Anemia: não ocorre transporte eficiente, o que permite o depósito de bactérias
Infecção crônica: aumento do número de antígenos e, por sua vez, de imunocomplexos
Deficiência no complemento (fígado): hemácia não teria poder reconhecedor. Porém, não haveria MAC, complexo de ataque a membrana. Portanto, os fagócitos deverão entrar em ação para controlar os antígenos. 
Dessa maneira, o C3b é proveniente da via clássica, ativada pelo anticorpo, mas pode ser da via alternativa. 
			
	Ocorre então, deposição desses imunocomplexos e não a depuração deles. Ela ocorre para que se ative a via clássica, permitindo a ativação da hemácia pela formação de C3b (obtida com a via clássica do sistema complemento). Normalmente, a deposição ocorre onde há filtração do plasma (rins, articulações, etc), porque ocorre aumento da pressão hidrostática sanguínea. Em conseqüência, aparece a ativação da via clássica. A ativação da hemácia para remoção do imunocomplexo da região será feita com o intuito de evitar a continuação da cascata e subseqüente formação de MAC (complexo que tem fraca força de ataque ao antígeno e forte ataque ao próprio endotélio). Assim, a hemácia tem a função de eliminar do leito vascular a infecção e possibilidade de lesão endotelial. 
	Já os neutrófilos e monócitos não são competentes para a retirada do imunocomplexo da circulação. Eles se ligam à Fc, mas decantam pelo peso. Portanto, não tem capacidade para retirar os imunocomplexos. A partir disso, promove a exocitose de enzimas lisossomais, que atacam também ao endotélio (ao contrário da hemácia). 
ADCC – Citotoxicidade celular mediada pelo anticorpo
	As células NK são da imunidade natural e são consideradas degranuladoras. Exibem grânulos de perforina e granzimas constitutivamente, além de possuírem receptores para IgG (FcγRIII). Esses receptores encontram células opsonizadas pelos IgGs, se ligam e degranulam (liberam granzimas e perforina), matando a célula alvo (opsonizada) por apoptose. Elas são essenciais para a destruição de células infectadas com vírus, enquanto bactérias não são consideradas como fortes alvos pelas NK. 
Transferência placentária
IgA 
Estrutura: monômero (soro) ( funciona como opsonina direta, que se ligará pela sua parte Fc ao receptor para Fc (FcαR) presente em monócitos, macrófagos e neutrófilos. É a segunda mais abundante no soro, depois de IgG. 
Dimérica ou trimérica (secreções de mucosas) ( anticorpo que predomina onde neutralizam patógenos (exclusão) e seus antígenos (ex. toxinas)
Transformações da IgA para mucosa:
Dobradiça mais curta, considerando que ela é lançada em ambientes com alta quantidade de proteases. Ocorre deleção de 13 aminoácidos o que, portanto, aumenta a meia vida desse anticorpo.
Cadeia J
Peça secretória (Componente secretor) que recobre grande parte das Fc´s, deixando as Fab´s livres. 
		Componente secretor: (parte do próprio receptor poli-Ig)
A região interna das células epiteliais de mucosa apresentam os receptores poli-Ig, que captam a IgA e lançam-na para a luz, por meio de um processo de passagem pela célula e saída na luz. Ao sair (secreção contendo IgA), um pedaço desse receptor poli-Ig se destacará e permanecerá ligado ao IgA, formando o componente secretor. 
Ele apresenta 2 funções: transporta IgA para a luz e protege o componente Fc (estrutura), aumentando a meia vida do anticorpo. 
Promove neutralização ( promove exclusão do patógeno da superfície. Ela não precisa expor Fc, porque a função de neutralização é restrita aos Fabs. 
IgE
Estrutura: monômero
Propriedades:
Contém CH (domínio de cadeia pesada) extra na região mais C-terminal. Ou seja, apresenta 5 domínios de cadeia pesada (1 variável e 4 constantes). 
Classe menos abundante no soro.
Liga-se a mastócitos, basófilos e eosinófilos (todos degranuladores)
Envolvidos em reações alérgicas e resistência contra helmintos. 
Reação Antígeno X Anticorpo (Aplicações em diagnóstico e pesquisa)
	A partir da reação entre o anticorpo produzido pelo corpo e o antígeno invasor, podemos estabelecer diversas características. Primeiro, devem-se analisar os conceitos estabelecidos para descrição de diversos processos:
1. Especificidade: a especificidade ocorre por meio do reconhecimento do epitopo (antígeno) pelo anticorpo (Fab), revelando a capacidade de uma molécula de Ag se ligar ao Ac. Essa reação acontece a partir de algo determinado pelas fendas do anticorpo e características do epitopo. Ela é garantida por forças não covalentes, mas o número de forças não interfere na especificidade. Assim, um epitopo específico pode ser mais ou menos afim a determinado anticorpo como, por exemplo, a diferença de afinidade com IgG e com IgM. 
2. Afinidade: é a força de reação entre um único antígeno com um único sítio de anticorpo. Essa força é resultado do somatório de todas as forças de interação (atração e repulsão) responsáveis por realizar e manter a ligação Ag-Ac. 
3. Complementaridade: ocorre quando um anticorpo é capaz de reconhecer grande porção do epitopo (antígeno). 
Reação cruzada: capacidade de um determinado sítio combinatório do anticorpo reagir com mais de um epitopo. Isso ocorre com antígenos que compartilham os mesmos epitopos ou possuem epitopos similares. O antígeno “A” e o antígeno “B” reagirão com o mesmo anticorpo porque ambos possuem o “mesmo” epitopo. A diferença será na afinidade de cada reação, por diferentes forças de interação. (Quanto maior a afinidade, mais o anticorpo prende o antígeno e por mais tempo ( aumenta a capacidade de resposta imune). 
4. Avidez: quantidade de sítios disponíveis para que ocorra a reação com o antígeno. Por exemplo,IgM é mais ávido que IgG, por conter 10-12 sítios de encaixe com possíveis epitopos. 
Diversidade: anticorpos específicos sintetizados em resposta a um único epitopo são diferentes entre si e tem propriedades diferentes, especialmente em relação à afinidade. 
5. Concentração molar Ag/Ac: 
a) Início da infecção: [Ag] > [Ac] ( excesso de antígeno
b) Zona de equivalência (formação da rede): [Ag] quase se equivale à [Ac]
c) Resolução: [Ac] > [Ag] ( dominam os anticorpos
* Prozona: zona com excesso de anticorpo, mas que ainda forma rede.
	Essas concentrações são influenciadas pelo estado físico do antígeno, além de sua quantidade. Quanto maior o número de antígenos atacando o organismo, maior será a quantidade de epitopos diferente e por sua vez, maior será o número de anticorpos atuantes e se ligando a esses epitopos. Essa grande quantidade de complexos Ag-Ac forma as chamadas redes. Em laboratórios, essa formação é valorosa por permitir a melhor visualização dos anticorpos. Porém, no corpo, esses imunocomplexos podem cair no sangue, se depositar e ativar a cascata de complemento, sendo removidos pelas hemácias. Elas reconhecem o C3b e levam o imunocomplexo, ligado a ele, para as células de kuppfer no fígado e para macrófagos esplênicos, que permitirão a fagocitose e destruição desses complexos Ag-Ac. 
	Em pessoas anêmicas, essa remoção está prejudicada, pela redução de hemácias, assim como por outros motivos, como anemia falciforme, infecções crônicas (permanece na zona de equivalência) e disfunção hepática (reduz complemento). 
	O estudo dessas reações entre antígenos e anticorpos é chamado de sorologia. A partir desse estudo, outros conceitos foram também estabelecidos:
Soroconversão: ocorre quando se inicia a produção de anticorpos pelo corpo (primeiro IgM). Enquanto não soroconverte, o paciente encontra-se na janela imunológica.
Janela imunológica: tempo que o organismo leva para produzir, depois da infecção, certa quantidade de anticorpos que possam ser detectados pelos exames de sangue específicos. (Ex. se um teste para anticorpos de HIV é feito durante o "período da janela imunológica", é provável que dê um resultado falso-negativo, embora a pessoa já esteja infectada pelo HIV e já possa transmiti-lo a outras pessoas). 
Título: é a maior diluição de antígeno ou de anticorpo no soro, onde ainda há manifestação visível da reação (momento da zona de equivalência). Registramos o último ponto de diluição em que ainda se vê a reação Ag-Ac. Quanto maior a diluição, mais rede está presente. Ou seja, há tanta formação de rede, que mesmo diluindo muito, ela ainda está visível. Cada infecção apresentará uma quantidade de diluição específica, que é registrada para utilização em exames e pesquisas. O título é determinado pela titulação (dosagem semi-quantitativa do Ag/Ac, usando Ag/Ac conhecido). 
	Por exemplo: 
1:600.000 > 1:2 (pouco diluída) ( o título de 600.00 é maior que o de 2, ou seja, quanto maior o título, maior quantidade de Ag-Ac.
1:1 ( excesso de anticorpo (não vê ( negativo)
	1:2 ( vê rede
	1:4 ( vê rede
	1:8 ( vê rede
	1:16 ( não vê rede
Título: 1:8 (último ponto visível)
	A diluição pode não importar para determinar certas características da defesa do indivíduo, já que a pessoa pode apresentar grande produção de anticorpos para apenas 1 epitopo determinado, ou então poucos anticorpos para todos os epitopos. Podemos também apresentar situações como a ausência de anticorpos ou redução do número destes, explicadas por alguns motivos: a ausência de anticorpos para aquele determinado epitopo, ou um tempo logo para a soroconversão, indicando que ela ainda não ocorreu. 
O teste pode apresentar como resultados:
1. Abaixo do título mínimo ( indivíduo não está protegido contra o antígeno
2. Título normal (entre mínimo e máximo) ( indivíduo protegido contra o antígeno
3. Título muito acima ( pode indicar reações de hipersensibilidade, por exemplo, pela alta produção de anticorpos.
Sorologia pareada (Viragem): indica o aumento de 4x no título do soro na fase convalescente, em relação ao soro da fase aguda. É um mecanismo de comparação (“pareada”), entre dois momentos da doença: fase aguda (inicial) e pós fase aguda, caracterizada por ser pós-tratamento ou cura. Esse aumento no título (viragem) indica a formação de uma resposta protetora adequada, mostrando que o organismo encontra-se apto a se defender contra determinado patógeno. Esse fenômeno não ocorre em imunodeprimidos, por mais que ocorra a cura nesses pacientes. Eles não “viram”. Já nos pacientes crônicos, esse fenômeno nem chega a ser examinado, já que eles não passam para a fase convalescente. 
Além das características do exame sorológico, pode-se destacar a importância desse processo:
Diferenciar a fase da doença 
		Obtido por meio das classes de anticorpos presentes no sangue. A IgM aparece primeiro, caracterizando a fase aguda da doença. Enquanto isso, IgG, quando aparece sozinha, indica que o paciente já apresentou a doença, está em estado crônico, ou foi imunizado com sucesso para ela. (Exceção: por exemplo, IgG para HIV indica contaminação, porque não há processo de imunização para tal doença).
Diagnosticar doenças congênitas
		Como a mãe passa anticorpos pela placenta, para o seu filho em gestação, podemos realizar o exame sorológico em neonatos pesquisando as classes de anticorpos presentes no sangue dele. Assim, se encontrarmos IgG, não podemos afirmar se ele está doente ou se obteve-o pela placenta. Porém, se detectarmos IgM, único anticorpo que não atravessa a placenta íntegra, podemos concluir que esse neonato está com a doença. 
Seleção de doadores de sangue
		Realização de testes contra doenças infectocontagiosas.
	
Seleção receptor/doador 
		Quando ocorre a realização de transplantes. 
Prognóstico
		Quando ocorre a convalescência, mas não apresenta viragem; quando IgG está baixa ou alta; etc
Eficácia da terapêutica
		Promove o teste de funcionalidade das vacinas, ou seja, se o processo de imunização foi eficiente e promoveu a formação de anticorpos para aquela determinada doença.
Epidemiologia (prevalência e erradicação)
		Quando há poucos anticorpos significa que o corpo não foi exposto, ou seja, pode ter sido erradicado. 
Testes de Aglutinação (formação de rede)
Aglutinação / Hemaglutinação (com hemácias)
	A rede formada pela ligação Ag-Ac tende a precipitação. Assim, pega-se um material pelo qual nós não fomos expostos, como hemácia de carneiro. Ela tende a absorver antígenos, que se ligará a ela. Esse conjunto (hemácia de carneiro + Ag) será colocado em contato com o soro do paciente. Se ele contiver anticorpos para esse antígeno, o Ac reagirá “com a hemácia de carneiro”, mas na verdade estará reagindo com o Ag, já que não há anticorpos específicos para esse tipo de hemácia. Ao final, ocorre alta proporção de precipitação = Aglutinação. 
Teste de aglutinação qualitativa (ex. Sífilis / Gravidez)
	Nesse tipo de aglutinação, utiliza-se látex ao invés de hemácia de carneiro. 
Ex. exame de gravidez: detecção de gonadotrofina coriônica (Beta- HCG)
O kit para o exame é formado de: {Látex + Anticorpo beta HCG} ( 
Ao kit, unimos o soro ou a urina da paciente. O soro é preferível porque a urina apresenta grau de acidez. 
Caso haja aglutinação, a paciente continha Beta-HCG na urina, que reagiu com o anticorpo contra ela. 
Caso não haja aglutinação, não há presença de Beta-HCG no sangue, indicando a não gravidez. 
Testes de precipitação 
	Ag + Ac em tubo estéril ( turvidez (indica aglutinação).	
Imunodifusão radial simples (Mancini)
	Pega-se um tubo quente contendo agarose. Coloca-se o antígeno junto e aplica essa solução na placa de petri, deixando esfriar até endurecer. Nessas diluições aplica-se o soro e deixa 18-24 hrs em repouso (over-night). Se houver produção de anticorpos no soro, ele se difunde para o gel, espalhando-se e formando um halo de precipitação.Caso na haja produção de anticorpo, não forma o halo. 
	Não é indicado a demora para checar os resultados porque o halo poderá sumir pela difusão do soro (perde a zona de equivalência). 
Imunoeletroforese ( acelera a reação para que o anticorpo desloque-se rapidamente para o gel (2hrs)
ELISA – Enzyme liked Immunosorbent Assay – (não precisa de formação de rede)
	Esse teste pode ser utilizado tanto qualitativa (quais anticorpos específicos possui) quanto quantitativamente (quantos anticorpos apresentados) para medir a ligação antígeno-anticorpo. Dependendo do uso, pode detectar antígenos (hormônios, citocinas, enzimas, antígenos microbianos, drogas ilícitas) ou anticorpos (anti-HIV, por exemplo) em fluidos corporais ou sobrenadantes de culturas. 
	A detecção do anticorpo ocorre pelo processo: 
Imobilização do antígeno: coloca-se o antígeno na base do poço (onde será realizado o teste) e espera um tempo para que ele se adira ao poço. 
Lavagem e retirada do excesso por meio de “impactos” ou “batidinhas”
Incubação com soro-teste: joga-se o soro do paciente (soroteste) no poço, contendo Ag. 
Lavagem e retirada do excesso por meio de “impactos” ou “batidinhas” ( se houver anticorpo no soro, ele se liga ao Ag. 
Adição de Anti Ig-marcado: injeta-se um anticorpo anti – anticorpo humano, produzido por animais como cabra, coelho, etc. Esse anti-anticorpo humano está marcado com uma enzima (ligada à porção Fc), e reage contra o anticorpo humano (que pode estar presente no soroteste) por meio da sua porção Fab. 
Lavagem e retirada do excesso por meio de “impactos” ou “batidinhas” ( Só existirá enzima para digerir o substrato que será colocado, se o anti-Ig se ligar ao Ig presente no soro. 
Adição do substrato da enzima: o substrato é adicionado e quando clivado pela enzima (digerido), gera cor específica, dependendo do tipo de enzima e do substrato. 
			
Observações / Conclusões:
A quantidade de anticorpo anti-Ig marcado ligado é proporcional à quantidade de Ac (Ig) no sangue. 
Quando aparece a cor resultante da digestão do substrato (no caso amarela), indica que a enzima encontrou o substrato adicionado ( havia presença de enzima, mesmo após a lavagem ( anti-Ig (ligado a enzima) se ligou ao Ig e não foi eliminado na lavagem ( Ig presente no soro do paciente (ligou-se ao Ag, presente no poço). 
Teste quantitativo e qualitativo
Falso negativo ( janela imunológica (ainda não soroconverteu)
Falso positivo ( HTLV (semelhante) ( ocorre reação cruzada com outros retrovirus. 
Atualmente ocorre 98% de especificidade e sensibilidade de ELISA-HIV (não ocorre muitos falso-positivos)
Banco de sangue: melhor é ser sensível. Se der positivo, já descarta logo o doador de sangue, independente de ser verdadeiro ou falso positivo. Não deve se correr o risco. 
Para obter o Ag, utiliza-se o tecido de biópsia, o parasito inteiro, etc.
Vantagens para o uso do ELISA: (usa obrigatoriamente moléculas solúveis). 
pode utilizar tecidos inteiros ou parasitos na placa 
ELISA ( usa como revelador uma enzima, que em contato com o substrato, “produz” cor. 
Imunofluorescência ( utiliza um fluorógeno, substância que quando excitada emite luz. Não há presença de enzimas ou substratos e é examinado por meio do microscópio de fluorescência. 
Resposta Imune contra agentes infecciosos (formação do anticorpo adequado)
>> Doenças Infecciosas 
Invasão
Ativa (atravessa a pele, por meio de gasto de energia e mecanismos invasores)
Passiva (entra pela área de lesão na pele, ou por meio de um vetor)
Colonização
	Determinados microorganismos não precisam invadir, apenas colonizam a pele
Evasão imune
	Mecanismos para lutar contra o sistema imune do hospedeiro, visando sua sobrevivência. 
Hipersensibilidade patológica
	Resposta inflamatória intensa, como conseqüência do contato persistente com os patógenos. Nem sempre acontece, e quando acontece é a longo prazo. Não há controle / regulação da resposta imune.
Fatores específicos do hospedeiro que influenciam a probabilidade de adquirir uma doença infecciosa
	Idade (crianças e idosos), história de imunização, doenças prévias, antibioticoterapia (com amplo espectro de ação), estado nutricional, gravidez (imunoregulação: diminui inflamação), estado emocional, imunodeficiências congênitas e adquiridas, etc.
Os piores patógenos são os que induzem resposta B1 (timo independente)
>> Barreiras naturais contra doenças infecciosas
	As principais barreiras são conferidas pela integridade cutânea, da mucosa, etc. A maioria dos microorganismos patogênicos ataca mucosas do trato respiratório superior e inferior, do trato genitourinário e do trato gastrointestinal. Em casos de ausência da microbiota normal dessa mucosa, o ataque de agentes infecciosos é facilitado, mesmo que ele possa ocorrer na presença dessa microbiota.
	A atuação desses agentes no organismo resulta em sinalização da sua presença. Ela pode ser de forma indireta ou direta. A forma indireta ocorre por meio do ataque, pelos patógeno, de células do organismo, com o intuito de obter nutrição para sua sobrevivência. Esse ataque resulta em necrose celular, promovendo extrato de células mortas que induzem a reação inflamatória e, por sua vez, recrutamento de neutrófilos para a região. O outro tipo de sinalização é o pela forma direta, ou seja, a célula do corpo expressa TLR´s e fagocita o antígeno. Ele, agora dentro da célula, induzirá a produção de citocinas por essa célula invadida. 
Bactérias capsuladas possuem cobertura do peptideoglicano ( entram indiretamente
>> Localização
Extracelular
Intracorpóreo
Extracorpóreo
Intracelular
Intracitoplasmático
Intravesicular
>> Mecanismos de invasão e indução de resposta imune local
	Toda mucosa apresenta proteção de mucina na região apical das células. 
Células M – é uma célula epitelial de mucosa, que permite a invasão do corpo pelos patógenos. Essa célula não apresenta vilosidades, ou seja, não possui função absortiva, como por exemplo, os enterócitos do sistema digestório. Essa célula M forma uma camada que recobre as placas de peyer (tecido linfóide associado a mucosa). Funções:
Facilita a invasão, permitindo a passagem dos microorganismos da luz para dentro do corpo
Permite que o organismo mantenha a memória imunológica mais longa, porque a colonização temporária de patógenos (que o indivíduo já possui memória) promove reativação desta. Após a reativação, o patógeno é eliminado facilmente pelo corpo. 
		
Célula epitelial – minoria dos microorganismos conseguem acessar o tecido abaixo da mucosa por meio da infecção da própria célula epitelial e posterior disseminação. Ex. Salmonella
Células dendríticas – essas células estão localizadas abaixo do tecido mucoso, mas emitem pseudópodes para a luz, de maneira constitutiva. Após o reconhecimento e captação do patógeno, a dendrítica retrai o pseudópode e direciona-se para o gânglio, sendo substituída por outra célula dendrítica. 
	Após a penetração, as células epiteliais infectadas da mucosa chamarão os neutrófilos por meio da liberação de citocinas inflamatórias. A chegada dos patógenos a essas células infectadas se dá de maneira direta (no momento da penetração esta se dá por meio das células epiteliais) ou de maneira indireta (por meio de invasão das células M e posterior migração para as células endoteliais vizinhas). 
	Na mucosa invadida, existe a presença de muitas T primitivas (gama-delta), que reconhecem além de antígenos timo-independentes, as proteínas de choque térmico, secretadas pelas células “estressadas” ou, no caso, infectadas. Essas células, quando estão presentes em uma reação inflamatória, produzem proteínas que induzem uma ação “auto-reativa” das células T primitivas. É auto-reativa porque o organismo acaba matando suas próprias células, mas não é auto-reativa de fato porque não está matando as células saudáveis do organismo. Pelo contrário, elimina as células contaminadas (qualquer célulapode expressar proteínas do choque térmico). 
	As células T primitivas apresentam TCR e induzem apoptose por meio da .............? (olhar caderno)
Bactérias Extra-celulares
Bactérias Gram +
Staphylococcus aureus
Fatores de virulência ( ativadores do sistema imune: 
Peptídeoglicana – antígeno timo independente – reduz fagocitose, pirógeno endógeno (IL-1), quimiotaxia de neutrófilos
Ácido lipoteicóico – antígeno timo independente 
Ácido teicóico – antígeno timo independente – imunogênica quando acoplada a ptn carreadora
Algumas proteínas – antígeno timo dependente
( Cápsula – reduz a fagocitose e a quimiotaxia. 
( Proteína A – apresenta função semelhante ao FcγR (receptor para Fc de IgG), neutralizando anticorpos contra essas células bacterianas. 
Essa espécie de bactéria induz resposta protetora, possui atividade superantigênica e apresenta mecanismos de escape (cápsula e atividade de superantígeno) da defesa do hospedeiro. 
	Mecanismo de ação das toxinas com atividade de superantígeno: induz ativação policlonal (inespecífica para essa bactéria), ou seja, induz ativação de muitos linfócitos T inespecíficos. Assim, ocorre secreção de citocinas inflamatórias (TNF-alfa, IL-6, IL-2, etc) que não são dirigidas para o ataque ao patógeno, mas causam vômitos e diarréia. 
Streptococcus pyogenes (Grupo A)
Essa espécie apresenta como mecanismos de escape, as determinadas características: 
Cápsula (se tiver)
Proteína M (principal mecanismo se não tiver cápsula)
	Essa proteína é degradadora de C3b (opsonina para fagocitose), impedindo a fagocitose. Porém, ela também apresenta atividade anti-fagocítica na ausência do complemento, por diversos outros mecanismos. 
	É ela que determina a classificação dos sorotipos (por volta de 80 e 90 diferente), revelando cepas predominantes em determinadas situações ambientais. 
	Conseqüência (não é mecanismo de escape): Os epitopos das proteínas M das bactérias podem ser semelhantes a algum epitopo próprio do organismo, como por exemplo, a miosina cardíaca. Essa semelhante promove o que chamamos de reação cruzada, ou seja, um anticorpo reconhece 2 epitopos extremamente semelhantes, com diferentes afinidades. Nesses casos, ocorrem seqüelas não supurativas, como febre reumática e glomerulonefrite. O processo se dá da seguinte maneira: alguma infecção por bactéria não capsulada ocorre em determinada região do corpo, como por exemplo, na garganta. Essa resposta será ativadora de resposta natural e adquirida, promovendo os 3 sinais necessários para ativação e diferenciação de TCD4 em Th1. Essa célula T, após a cura, poderá circular pelo corpo por meio dos líquidos, com o intuito de realizar a vigilância do organismo. Caso chegue ao coração, e encontre o 1º sinal, desencadeará uma resposta inflamatória naquela região. Esse primeiro sinal se caracteriza como o peptídeo da miosina apresentado pelo MHC II de células envolvidas no processo de renovação celular, como as dendríticas e macrófagos. São essas células que digerem as miosinas velhas de células antigas, apresentando seus peptídeos por meio do complexo de histocompatibilidade. O linfócito Th1, contra o epitopo semelhante à miosina, reconhecerá essa miosina no MHC II e perpetuará a inflamação por meio da secreção de diversas citocinas, como IL-2, IFN-gama, etc. Elas perpetuarão a ativação da célula T, além de ativar a expressão de MHC II nos miócitos, que apresentarão suas miosinas por meio deles. É essa apresentação que possibilitará que a inflamação se extenda para as células do próprio coração, realizada por Th1. TCD8 também pode entrar na resposta. 
	A febre reumática e a glomerulonefrite são doenças não supurativas que são causadas pela ação de Th1, auxiliada pelas APCs (dendríticas e macrófagos) e não pela reação cruzada, que aparece nesses casos apenas como uma participante do processo. 
Superantígeno (se tiver)
Bactérias Gram – 
	
As bactérias gram negativas apresentam como antígenos timo-independentes as seguintes estruturas:
Flagelo
Pili
LPS (estrutura lipopolissacarídea que faz parte da parede e possui uma endotoxina, chamada de lipídeo A)
	O lipídeo A é uma das 3 estruturas que formam o LPS. Caracterizado como endotoxina, pode ser hidrofóbico e ser mantido “escondido” na parede celular bacteriana, ou ser liberado pelas bactérias causando fenômenos pró-inflamatórios, tendo ação semelhante a uma exotoxina. Essa liberação ocorre quando a bactéria se divide, possibilitando a perda de partes do próprio corpo, como LPS. 
	O reconhecimento desse LPS pelo organismo (células reconhecedoras, como os macrófagos) se dá por meio do receptor TLR-4, que reconhece lipopolissacarídeos de parede celular de bactérias gram negativas. O LPS funciona então como um PAMP da bactéria que, ao ser reconhecido, induz grande resposta inflamatória. 
Bactérias Capsuladas (maioria gram -)
Essas bactérias gram negativas capsuladas perdem a capacidade de expor seus PAMPs, como o LPS, que encontra-se escondido abaixo da cápsula. 
Resposta imune contra bactéria extracelular
Exotoxinas – secretadas pelas bactérias extracelulares
Solúveis – característica que permite sua disseminação pelo hospedeiro, atuando em diversas regiões e células do corpo.
Imunogênicas – são indutoras de grande produção de anticorpos neutralizantes (anti-toxinas), por meio de B1 e B2, auxiliadas por Th1 (suporte). A IgG, por exemplo, neutraliza mais do que a IgM, já que ela sofreu maturação de afinidade. 
Cada tipo de exotoxina atua por meio de mecanismos diferentes, como inibição de síntese protéica da célula, inibição de função em sinapses nervosas, promoção da perda de fluidos e eletrólitos corporais. 
Utilizadas na produção de vacinas – A maioria delas é de origem protéica e apresentam dois tipos de sub-unidades: 
Cadeia A – contem a atividade tóxica da exotoxina. É ela que tem sua ação inibida para a formação do toxóide.
Cadeia B – permite a ligação a receptores específicos celulares (1 a 5 unidades)
Th1 – toda resposta que envolve TLR!
Resposta imune contra bactérias extracelulares SEM CÁPSULA:
	A parede das bactérias Gram positivas ou negativas apresenta proteínas (antígenos timo-dependentes), que permitem o reconhecimento da bactéria pelas APCs (macrófagos ou dendríticas) e pelas células B2. 
	As APCs (MØ/DC) realizam a fagocitose dessas células e promovem a ativação e diferenciação das células T em Th1 (por meio da IL-12). O reconhecimento dos antígenos timo-dependentes se dá por TLR, que pode reconhecer LPS (TLR-4) ou peptideoglicano (TLR-2), nas bactérias gram negativas e positivas, respectivamente. 
	As células T, agora diferenciadas em Th1, começarão a secretar IFN-gama, citocina que agirá sobre os macrófagos, aumentando seu poder microbicida (radicais livres e enzimas lisossomais). Além disso, esse IFN-gama também age como fator de switch, ou seja, auxiliará as células B2, que também reconheceram a bactéria (ptns do patógeno), a promover a troca de cadeias pesadas dos seus anticorpos. Assim, ocorre liberação de IgM (opsonina indireta por meio da ativação da via clássica do complemento – aumentando a fagocitose) e depois de IgG1 e IgG3. 
Resposta imune contra bactérias extracelulares COM CÁPSULA:
	A bactéria capsulada não permite a fagocitose pelas APCs, o que impede a ativação e diferenciação de linfócitos TCD4 em Th1. Dessa maneira, seu reconhecimento deve ocorrer por meio de outro tipo de célula. Assim, a celula B1, que reconhece epitopos repetidos, entra em ação e promove o reconhecimento por meio do IgM, secretado por essa B1 (independente de auxílio de T). É esse anticorpo que irá reconhecer a cápsula, opsonizá-la por meio da ativação do complemento (C3b), e permitir que agora, finalmente, os macrófagos e dendríticas possam reconhecer a bactéria e ativar e diferenciar TCD4 em Tr-1, por meio da secreção de IL-10. Essas APCs, nesse caso, não fazem parte da primeira frente de batalha, porque precisam da opsonização realizada pelas imunoglobulinas. Além disso,a secreção de IL-10 é determinada pela ação dessa própria IL-10, quando secretada pelas células B1 ao reconhecerem as bactérias capsuladas. Elas caracterizam-se por serem grandes fontes de IL-10, que agirá nas APCs e induzirá o fenótipo Tr-1, consequentemente. A Tr-1, por sua vez, auxiliará a B1 a secretar IgG2 e IgG4. Porém, para que essa células B1 sejam ativadas por Tr-1 e possam secretar anticorpos diferentes de IgM, elas precisam apresentar um peptídeo. Eles são obtidos por meio da liberação, pelos macrófagos e dendríticas, de pedaços da cápsula (com proteína) degradados por essas células e exocitados. A B1 reconhece a cápsula e fagocita-a, junto a proteína, processando-a e apresentando para Tr-1. 
	Essa célula B1 não funciona muito bem até 2 anos, prejudicando a resposta imune a essas bactérias. 
	Os macrófagos que auxiliam B1 a receber ajuda de Tr-1 são os da mucosa e/ou os esplênicos da zona marginal. 
	A vacina é necessária para realizar processo mais rápido e para forçar B1. 
	Quando B2 reconhece a proteína, ela já morreu, porque enquanto viva tem sua proteína escondida pela cápsula. Assim, a vacina para antígenos timo-independentes deve vir conjugada com uma proteína que não a do patógeno. 
Papel imunomodulador dos Antibióticos 
	Reduzem o inoculo microbiano, o que diminui a resposta inflamatória, mas não impede a geração de uma resposta imune protetora de alta qualidade (evento esse relacionado a redução de oferta de antígenos nos centros germinativos dos folículos secundários).
	Os antibióticos reduzem a quantidade de antígenos, o que favorece a seleção dos linfócitos B após a maturação de afinidade no centro germinativo. Isso ocorre porque geralmente as hipermutações tendem a reduzir a afinidade dessas células B. 
Helmintos
A resposta contra helmintos já enfrenta uma dificuldade logo no começo, já que o verme inteiro não pode ser fagocitado pelo macrófago. Assim, as APCs conseguem ativar T, por meio do envio de 2 sinais, quando os vermes, ao se fixarem no intestino, perdem algumas moléculas que atravessam a célula M (que se apresentam sobre os tecidos linfóides associados à mucosa) e chegam às APCs localizadas na submucosa. Elas são capturadas, processadas e apresentadas como “representantes” dos macroparasitas. A resposta formada será mediada pelo fenótipo Th2. As citocinas envolvidas são:
IL-4
Importante na indução da formação do fenótipo Th2
Induz a troca de cadeia pesada de IgM ( IgE (juntamente com IL-13, principalmente)
Age no hipotálamo induzindo circuito envolvido na expulsão dos vermes intestinais (forma de ação “hormonal”). Essa ação se dá quando ocorre infestação intestinal por vermes, e induz a necessidade de comer açucares nos indivíduos. Isso gera sede e aumenta a ingestão de água por eles, que não será absorvida (também mediado pela IL-4). A intensão é gerar uma diarréia para que se expulse os vermes por meio do acúmulo de água + glicose, que gerou um aumento na peristalse. Ou seja, a IL-4 age sistemicamente para auxiliar na expulsão dos helmintos. 
IL-5
Induz eosinofilia por meio do desvio hematopoiético na medula para aumentar a síntese eosinofílica, aumentando a quantidade de eosinófilos no sangue ( infestação e alergia. 
Eotaxina/ PAF/ Rantes
Quimiocinas produzidas pelas células locais (Th2 e outras), inclusive mastócitos, que atraem os eosinófilos para o local da infecção (levando-os para a mucosa intestinal). 
Mecanismos efetores de proteção mediados por IgE
	As imunoglobulinas IgE são sensibilizadoras de mastócitos, ou seja, se ligam aos mastócitos, estimulando-os a secretar: 
Histamina - A histamina promove aumento na permeabilidade capilar e causa vasodilatação, permitindo a perda de líquido que já ajuda a lavar o intestino. Além disso, ela também estimula a produção de muco pelas células caliciformes, reduzindo a aderência de patógenos com o tubo digestivo, facilitando a expulsão desses vermes pelo líquido proveniente da circulação. (também é secretada por basófilos)
IL-4 – promove manutenção do fenótipo Th2 (quando IgE chega ao local da infecção, reforça o fenótipo Th2 pela indução de secreção de IL-4).
Eotaxina, PAF e rantes – atraem eosinófilos. 
Eosinófilo: célula degranuladora que possui receptor para Fc de IgE (FcεR). Esse IgE está na submucosa, onde também se localizam os pedaços moleculares (antígenos) do helminto. Quando o eosinófilo chega a submucosa , a IgE recobre-o e promove sua degranulação, o que provoca a liberação de muitas substâncias tóxicas (não contém histamina), como a proteína básica principal. Ocorre a lesão da mucosa e liberação de IgE e eosinófilos para o tudo digestivo. 
	Proteína básica principal: (a mais importante no ataque aos helmintos)
		Apresenta ação helmintostática, ou seja, não promove a morte/degradação do helminto, mas sim prejudica 		seu metabolismo interno por meio da ligação a bombas do próprio parasito que permitem a obtenção de 			nutrientes (Fe, etc). Ela mata por inanição a longo prazo, quando há uma demorada expulsão do parasito. 
O eosinófilo não chega ao tubo digestivo por meio de uma diapedese organizada, mas sim por meio da destruição da mucosa intestinal. Essa perda de integridade, causada por hemorragias, permite o acesso de eosinófilos ao local onde se encontra o verme. Além disso, IgE também chegará ao tubo digestivo pelo mesmo processo. A degradação da mucosa intestinal é causada por essa proteína básica principal, que aparece na degranulação eosinofílica. 
Maior susceptibilidade a infecções bacterianas: 
Septicemia – entrada de patógenos no sangue pela quebra da barreira mecânica. O LPS pode levar ao choque. Ele é reconhecido pelo TLR-4, expresso constitutivamente pelo endotélio vascular intestinal. Apenas esse LPS já induz a secreção de tríade, promovendo: edema, vasodilatação, aumento da permeabilidade, taquicardia, coagulação intravascular disseminada (CID), febre.
Inibição de Th1 por Th2
Micobactérias (M. tuberculosis e M.leprae)
As micobactérias são intravesiculares, ou seja, vivem e se replicam dentro de vesículas dos macrófagos (M. tuberculosis – macrófagos alveolares / M.leprae – macrófagos da pele) e dentro de vesículas das células de Schwann (M. leprae). 
Parede celular de micobactérias: tem alto teor lipídico (glicolipídeos, acido micólico, lipidoarabinomanana, etc), sendo caracterizada como possuidora de diversas estruturas timo-independente. Elas produzem um alto grau de resistência, gerando um alto gasto de energia pelos organismos para seu controle imunológico. 
Aspectos fisiológicos:
Natureza álcool-ácida resistente
Aeróbicas (mas podem resistir em anaerobiose, mas terá uma redução metabólica). 
Não formam esporos e tem motilidade
Temperatura ótima de cultivo in vitro é 35º a 37º C, requerendo fatores de crescimento.
Geração de 12 a 20hrs
Mecanismos de escape:
Parede celular possui grande resistência ao ataque pelo complemento e por radicais oxidantes derivados do oxigênio (por longo tempo)
Lipidoarabinomanana inibe PKC (importante na indução de IL-1, TNF-alfa, IL-6) e induz secreção de IL-10 pelos macrófagos. Essa IL-10 inibirá a reação inflamatória, além de inibir o fenótipo Th1. 
Ácidos micólicos inibem o trafego de vesículas no interior das células, por meio da interferência no rearranjo actina e miosina celular, atenuando a formação dos fagolisossomas. 
M tuberculosis e a Doença
Expõe seus PAMPs para ser fagocitado, mas impede acionamento da inflamação por meio dos macrófagos. 
transmissão: por meio de partículas aerossóis produzidas pelos pacientes bacilíferos (pacientes que expulsam bacilos. Isso só ocorre se a pessoa tem Th1, que promove resposta imune)
grupo de alto risco: pessoas expostas a indivíduos com tuberculose ativa, especialmente imunocomprometidos.
>> Primoinfecção (tuberculose primária):
> 4 anos de idade (resposta Th1 é mais fraca em crianças e idosos)
Alto risco de disseminação (BCG – só protege contra a forma disseminada. Não protege contra a pulmonar)Não bacilífera: não apresenta boa resposta Th1 e não tem necessidade do paciente ser isolado de outros, considerando que ele não tosse, etc. Tem grandes chances de ter a forma disseminada. 
A maioria das lesões regride espontaneamente e pode ser vista como um nódulo pequeno calcificado (lesões de Ghon), exceto crianças imunodeprimidas ou muito pequenas (< 1ano) não vacinadas com BCG. 
		Lesões de Ghon:
Produz uma marca na radiografia do tórax de pacientes que já tiveram a doença por M. tuberculosis, controlada pela resposta imune. O paciente pode ter tido a doença, mas não apresentar lesões de ghon, ou alberga-los dormentes dentro dos macrófagos. Assim, caso alguém transmita a micobactéria para esse indivíduo, ocorrerá o combate pelo sistema imune contra ela. 
>> Tuberculose secundária (do tipo adulto):
	A tuberculose adulta primária é rara porque a maioria dos indivíduos já é exposto a essas bactérias desde criança. Nos adultos, então, aparece mais a tuberculose secundária (reativação da primária) por estresse (imunodepressão) ou por forma parecida à primária (transmissão de micobactéria multiresistente por pacientes). 
>> Mecanismos de escape que tendem a cronificar a doença
Escape do fagossoma para o citoplasma
Inibição da formação do fagolisossomo
Reversão dos efeitos dos ROI´s
>> Resposta imune pulmonar ao M. tuberculosis
	As bactérias M. tuberculosis, ao chegarem no TR, infectam rapidamente os alvéolos e ficam silenciadas por alguns meses, por meio de suas resistências (lipidoarabinomanana, ácido micólico, peptideoglicano, etc). Quando, após esse tempo de reprodução, os macrófagos alveolares ficam “cheios” de bactérias, eles se rompem causando necrose. Isso gera inflamação, que por sua vez, promove a atração de monócitos sanguíneos para a região. Todos eles, agora, agirão dentro dos alvéolos com o intuito de combater a micobactéria instalada em grande quantidade. A Th1, ativada a partir da apresentação pelo MHC II (APC), secreta IFN-gama, que aumenta o poder microbicida desses macrófagos, especialmente a formação de radicais livres derivados do nitrogênio (NO), contribuindo para o ataque às micobactérias. Além disso, ocorre, pela apresentação cruzada por meio de MHC I, a ativação de TCD8 (Tc-1). É essa célula T que secretará muito IFN-gama, mantendo as células gigantes multinucleadas, compostas por macrófagos. A “estrutura” formada possui um centro caseoso, na região central, que se caracteriza pela morte de macrófagos e bactérias (bacilos da tuberculose). Além disso, apresenta os macrófagos ativados, Th1 e Tc-1.
	Como eles não conseguem eliminar todas as bactérias, acontece a ativação de fibroblastos para que produzam colágeno. É ele que formará uma parede em volta dessas células gigantes, isolando a região. Caso haja o reflexo da tosse, essa parede de colágeno pode ser rompida, deixando que o material do centro caseoso escape para as vias aéreas (bronquíolos). Ele sai como forma de escarro e pode transmitir para outras pessoas. É isso que caracteriza-o como bacilífero (na presença de Th1). 
	Caso esse granuloma calcifique, formam-se as lesões de Ghon, onde as micobactérias sobrevivem dentro dele e de forma adormecida. Ele só é mantido pela imunocompetência, já que a imunodepressão permite que ele se desfaça e aumenta a chance de disseminação sistêmica e/ou para o resto do pulmão, considerando que a deficiência de Th1 torna mais difícil a formação de nova reação granulomatosa. Em alguns pacientes não nota-se as lesões de ghon porque a formação do granuloma não é obrigatória, só ocorrendo quando a doença persiste. Caso o indivíduo apresente uma ótima resposta imune para a micobactéria, a cura pode ocorrer antes da formação dessa estrutura. 
Padrões Histopatológicos do M. tuberculosis
Cura da doença com erradicação do inoculo infeccioso (raro)
Cura da doença, pois a resposta imune granulomatosa tem sucesso e mantém sobre controle os sobreviventes, que se mantém adormecidos (>90% dos pacientes imunocompetentes)
Resposta imune Th1 intensificada condiciona o indivíduo a um estado de hipersensibilidade patológica pulmonar, podendo conduzir a uma necrose liquefativa (mais relacionada com pacientes que abandonam o tratamento). 
	Esse caso gera o que chamamos de Tuberculose Cavitária, na qual ocorre a formação de grandes cavidades. A resposta inflamatória no centro caseoso é tão intensa que a produção de radicais livres e enzimas lisossomais passa a atacar as próprias células do organismo, resultando em necrose liquefativa. Logo, aumenta-se o substrato nutritivo para a alimentação bacteriana, o que favorece o crescimento destas nas cavidades. É relacionado ao abandono do tratamento porque o RIP (composto medicamentoso do começo do tratamento) não consegue interromper essa reação inflamatória exacerbada, já que ele não é administrado de maneira adequada. 
Ausência de reação granulomatosa pulmonar e disseminação hematogênica (forma miliar – grânulos se espalham pelos macrófagos do corpo, adquirindo formato de milho) – típica de indivíduos imunodeprimidos. 
M.leprae e a Doença
Hanseníase tuberculóide ( Pólo benigno: poucas placas eritematosas ou hipopigmentadas, com centros achatados ou elevados, bordas demarcadas. Lesão dos nervos com perda sensorial completa.
Hanseníase lepromatosa ( Pólo maligno: numerosas máculas, pápulas ou nódulos eritematosos, extensa destruição tecidual. Comprometimento dos nervos com perda sensorial focal. 
A maioria dos indivíduos (imunocompetentes) apresenta a infecção por M. leprae de forma assintomática. O exame para diagnosticar a resposta imune a essas bactérias é o PPD. Caso ele seja fraco, não indica que a pessoa não teve doença ou contato com a bactéria, mas se ele apresentar-se forte, pode indicar que ainda há bactérias em atividade no organismo. 
O papel das células T primitivas no estabelecimento dos pólos da Hanseníase
	Na maioria dos casos, essas células T primitivas são compostas por cadeias γδ. Além disso podem apresentar CD8+ ou CD8-/CD4-. Elas expressam TCR e reconhecem tanto apresentações por MHC (antígenos timo-dependentes), quanto por CD1 (expresso por determinadas APCs, que apresentam PAMPs inteiros ou apenas pedaços, antígenos glicolipídicos). 
	Esses T primitivos (Tγδ) cutâneos possuem uma tendência a secretar IFN-gama, quando ativadas por antígenos timo-independentes (via moléculas de CD1) dos macrófagos e das células dendríticas locais, ou pelas proteínas de choque térmico (reconhecimento tipo BCR). A secreção de IFN-gama induz a diferenciação em fenótipo Th1, pela secreção de IL-12 das células dendríticas. 
	Porém, em alguns indivíduos, essas células T primitivas apresentam uma deficiência e secretam grandes quantidades de IL-10, quando em contato com antígenos da M. leprae. Isso os torna mais susceptíveis a hanseníase lepromatosa (pólo maligno), considerando que a resposta Th1 é suprimida e a Tr-1 é induzida e mantida. O fenótipo Tr-1, pela secreção de IL-10 e IL-5, induz a formação de IgG2, que se ligará ao antígeno fora do macrófago, opsonizando-o. Isso estimulará a fagócitos, facilitando ainda mais a infecção bacteriana e sua disseminação. 
	Dessa maneira, a infecção bacteriana é facilitada tanto pela inibição de Th1, quanto pelo aumento da fagocitose provocado pelo IgG2, típico anticorpo de resposta Tr-1. 
	Pólo benigno (tuberculóide) ( reação granulomatosa grande, bordos elevados, área central hipopigmentada e hiposensível. A resposta é realizada por Th1:
	T primitiva da região (pele) secreta grandes quantidades de IFN-gama, induzindo uma reação elevadíssima ao redor de macrófagos e células de Schwann, promovendo a perda da condutividade elétrica (o que impede a transmissão do impulso nervoso). Isso gera: hipersensibilidade patológica, alto número de bacilos e secreção de IL-12 pelas células dendríticas, induzindo o fenótipo Th1. 
	Grávidas correm grandes riscos de apresentarem a forma lepromatosa, considerando que elas são imunodeprimidas. O Th1 apresenta-se em baixaquantidade e o Tr-1, exacerbado (pela alta quantidade de IL-10). 
Protozoários
As Leishmanias
São seres unicelulares, que podem apresentar estágios intra e extracelulares e possuem reprodução assexuada.
A forma amastigota da Leishmania, por exemplo, é intracelular e vive dentro de macrófagos, enquanto a promastigota é extracelular. 
	A leishmaniose cutânea é causada por Leishmanias que se multiplicam em macrófagos localizados na pele ou em mucosas, por divisão binária, determinando a morte da célula hospedeira. 
	Já a Leishmaniose visceral se multiplica em macrófagos localizados no fígado, baço e medula óssea. 
	A defesa para esses parasitos ocorre por meio de Th1, que quando ativado a partir da apresentação dos 2 sinais pelas APCs, e por meio da diferenciação pelo 3º sinal, secreta IFN-gama. Esse interferon, potencializado por TNF-alfa, promove o aumento do poder microbicida dos macrófagos. Além disso, induzem a produção de IgG1 e IgG3, anticorpos que podem funcionar como opsoninas e aumentarem a fagocitose desses parasitos. 
	O mecanismo de escape desses seres é dado por glicoproteínas (gp63) presentes nas amastigotas. Elas inibem a PKC (mesma fosfoquinase que induz a tríade) e induzem a secreção de IL-10 (inibe a resposta Th1). Além disso, induzem a expressão de CTLA-4 nos linfócitos T específicos para antígenos de leishmania. Dessa maneira, a própria leishmania induz uma interrupção da resposta específica contra ela, no momento do ataque. 
Fungos
Ocorre apenas em Imunodeprimidos! (formas viscerais)
Arpergillus fumigatus ( ocorre resposta com “alergia”. Ela é mediada por Th1 e a sorologia detecta IgG1 e IgG3 no caso de infecção e IgE elevada. 
Cryptococcus neoformans ( único fungo capsulado. Ele induz resposta por Tr-1, como as bactérias encapsuladas. Como já não tinha uma resposta Th1 boa (imunodeprimido), a resposta Tr-1 intensifica ainda mais a imunossupressão. 
Vírus
	Os vírus não são considerados como microorganismos, e sim como partículas infecciosas. Apresentam material genético, que pode ser tanto DNA, quanto RNA (retrovírus – os piores para controle imune), e capsídeos. Alguns apresentam um envelope, além dessas 2 estruturas, constituído por fosfolipídeos das membranas das células próprias do organismo, “roubados” quando os vírus saem da célula. Além disso, esses envelopes também contêm proteínas do próprio vírus. Como são compostos basicamente por material genético, o índice de mutação é extremamente alto. 
			
	Eles são intracelulares obrigatórios, sobrevivendo pouco tempo fora das células. A porta de entrada no organismo pode ser tanto a pele ou mucosa (invasão ativa), quanto por inoculação direta (invasão passiva). A capacidade de causar doenças ocorre tanto no sítio de entrada quanto à distância, promovendo doenças sistêmicas. Essas ocorrem quando o vírus não é detido na entrada ao organismo, o que ocorre geralmente no primeiro contato. Após a elaboração de resposta imune durante esse primeiro contato, há formação de IgA, IgG1/3, que protegerão a entrada nas infecções sucessivas, evitando a disseminação sistêmica. As manifestações clínicas virais são causadas tanto pela ação direta do vírus, quanto como resultado da própria resposta imune. 
Replicação Viral 
				
( Todos os vírus possuem suas células-alvo, ou seja, elas devem expressar receptores que reconhecem o vírus e suas estruturas (capsídeo ou envelope). Por exemplo: Monócitos, macrófagos e TCD4 apresentam receptores para HIV.
Aderência do vírus à célula (o primeiro mecanismo de proteção anti-viral é a neutralização, impedindo que o vírus adira à célula). 
Material genético viral inserido na célula (DNA ou RNA)
DNA ( replica rapidamente
RNA ( como podem ser rapidamente destruídos pelas RNAses caso não façam fita complementar rapidamente, esses vírus devem trazer uma enzima chamada transcriptase reversa, que transcreve o RNA em DNA, a partir dos nucleotídeos humanos. Normalmente infectam o núcleo da célula. 
Replicação
Ciclo lítico
Invadem as células, se replicam no citoplasma e quando estão em grande quantidade, rompem a célula, liberando seus novos vírus no material extracelular. Promovem a Infecção Aguda. 
Ciclo lisogênico (não líticos)
Invadem as células e se inserem no dna genômico, funcionando como parte integrante dele. Reproduz-se junto, formando novas células com o material inserido. Matam a longo prazo. 
Patogenia
	A nossa proteção contra vírus ocorre pela pele íntegra, que impede a entrada desses seres. Porém, a mucos, mesmo íntegra, permite a invasão (forma passiva de entrada). Ao entrarem, promovem sua replicação local, formando novos vírus passíveis de contaminar outras regiões do corpo. Logo, eles podem se dirigir aos órgãos linfóides secundários, como os gânglios, ou para o sangue, configurando a chamada viremia. Do sangue eles podem se dirigir para os órgãos linfóides secundários e vice-versa, o que permite a chegada aos órgãos alvos. 
Tipos de infecções virais
Aguda (tipicamente lítica)
Pólio, Influenza, Rotavírus, Caxumba, Sarampo, Rubéola, Febre amarela.
Os vírus que causam esse tipo de infecção são liberadores de grandes quantidades de novos vírus. Além disso, são muito citopáticos (capacidade de matar as células), geralmente causam sintomas locais importantes, não apresentam latência, e os indivíduos possuem como principal arma os anticorpos. 
Crônica
Infecções seguidas de latência (não se livra mais do vírus, porque o sistema imune o mantém latente. As partículas virais não são encontradas, já que ele não está em processo de replicação. A latência pode ser quebrada por queda da imunidade, aparecendo partículas virais): família herpes (HSV, EBV, VZV)
Infecções seguidas de cronificação: HIV, HBV, HCV, HTLV, etc. (Sempre há detecção viral no sangue, porque os vírus permanecem replicando-se). 
Os vírus que causam infecções crônicas promovem a liberação mais lenta de novos vírus, são pouco citopáticos, geralmente causam poucos efeitos locais importantes, podem apresentar latência e os indivíduos possuem como principal arma o linfócito T. Os vírus que se replicam pelo ciclo lisogênico tendem a cronificar ou a ficar latentes, já que eles possuem mecanismos de escape para o sistema imune. Caso a pessoa fosse imunodeprimida, há possibilidade de causar infecções agudas. 
Resposta imune natural contra vírus
O vírus sofre o primeiro encontro com o indivíduo na infância (normalmente).
Ele é reconhecido pelos receptores de superfície da célula-alvo e entra para dentro da célula. Nesse momento, a célula percebe algo errado e desencadeia, pelo encaixe receptor-vírus, uma cascata que deflagra uma resposta inflamatória na região. Ela ocorre antes que a célula morra. 
Replica-se dentro da célula, por seu mecanismo lítico e depois será liberado pela morte dessa célula alvo. 
A cascata desencadeada promove a liberação de IFN-alfa/beta por essas células infectadas. O INF possui 2 tipos de efeito:
Autócrino ( o IFN-α/β será reconhecido pela própria célula produtora (e infectada) causando uma morte programada, o que reduz o efeito dos vírus. 
Parácrino ( agirá sobre outros 3 tipos de células : 
Células irmãs (vizinhas) não infectadas (sadias) da mucosa, dos hepatócitos, etc.( Induz estado ANTI-VIRAL
Células dendríticas (ou macrófagos) ( Induzem ↑ativação na infecção, com o objetivo de aumentar a fagocitose e a apresentação de peptídeos. Elas funcionarão como APC após o reconhecimento das partículas virais e ↑secreção de IL-12 (principalmente) e IFN-α/β, em resposta ao estímulo de IFN-α/β e ao reconhecimento via TLR. 
Células NK (principal célula da defesa imune antiviral, além de neutrófilos e macrófagos, que também atuam) ( é ela que averigua e controla a resposta viral. São ativadas pelo IFN-alfa/beta e pela IL-12 ( 2 funções:
Secretar IFN-gama
Citotoxicidade
AÇÕES ANTIVIRAIS dos interferons do tipo I (IFN-α e INF-β)
Efeito parácrino na célula vizinha:
Aumentam a expressão demoléculas de MHC I e II (nas células já programadas para tal) ( aumenta a apresentação dessas células infectadas para TCD8
Ativam PKR (proteinaquinase – RNA dependente) ( promove fosforilação e consequente inativação do eIF-2 (fator de elongamento tipo 2). Esse fator ativa a atividade de RNAt. Quando é inibido, não ocorre encaixe dos aminoácidos, o que impede a síntese de proteínas (tanto virais quanto humanas). A PKR fica ativada por pouco tempo, já que uma ativação prolongada causaria morte celular (falta de síntese de proteínas celulares). Como o vírus deve manipular a maquinaria celular rapidamente para continuar se reproduzindo, essa inibição do fator de elongamento impede a formação de novos vírus, caso eles entrem na célula nesse momento. 
Induzem a 2´5´oligoadenilato sintetase ( ativa RNAsel (RNAse) que cliva o RNAm (tanto os nossos quanto os virais). Quando o vírus é de RNA, ele é logo clivado pela RNAse, já quando é DNA, ocorre a clivagem do RNAm durante a replicação do vírus. 
Efeito parácrino nas outras células:
Células NK:
Aumenta a atividade citotóxica
Aumenta produção de IFN-gama
Aumenta expressão de IL-12R (vinda das células dendríticas e macrófagos), IL-15R e IL-2R (vindo de T)
Favorecem a diferenciação de TCD4 em Th1
Diminuem a proliferação celular
Uso terapêutico em pacientes doentes (ex. hepatite C)
Células NK – Ativação e citotoxicidade
Programada para identificar células neoplásicas e infectadas
Ativação das células NK causa: lise das células infectadas e produção de citocinas (IFN-gama)
As funções principais são: imunidade antiviral e vigilância tumoral
Citotoxicidade:
Os MHC I e II possuem 2 funções. Enquanto eles apresentam peptídeos para as células T, como primeiro sinal ativador, podem auxiliar na ativação da morte ou não de células. Isso ocorre por meio de sinais:
Sinal positivo: células NK reconhecem proteínas de choque térmico (HSP) na superfície da célula infectada (processo inflamatório ativado), por meio de receptores constitutivos chamados KAR (receptor que ativa a morte). Quando ele se liga a HSP, ocorre a degranulação, com liberação de perforinas e granzimas, que matam a célula infectada pelo vírus.
Sinal negativo: células NK reconhecem o MHC de classe I (expresso em todas as células próprias) por meio dos receptores constitutivos KIR (receptor que inibe morte) e inibem degranulação da NK. (É esse sinal, pela cauda citoplasmática de KIR, que domina!)
						
Quando a célula NK secreta IFN-gama e as células que ela reconhecerá não aumentarem o número de MHC I, significa que ela se encontra infectada, ou seja, será morta pela ação citotóxica da NK. 
Quando a célula apresenta aumento no MHC I e, ao mesmo tempo, proteínas de choque térmico (HSP), a célula NK não mata, considerando que o KIR inibe a morte, independente do KAR ativa-la. 
Quando há MHC I e não HSP, a célula permanece viva pela NK
Essa presença de MHC I indica a não presença de vírus ou uma célula infectada com o vírus, mas que ele não conseguiu dominar a maquinaria. Isso indica que as células NK podem atacar as próprias células no sistema imune, caso elas não aumentem a expressão de MHC I e expressem HSP. 
Citotoxicidade dependente de Ac (ADCC) ( células Nk possuem receptores FcγR, que reconhecem a parte Fc de imunoglobulinas IgG. Essas estão ligadas a antígenos na superfícies de células, que acabarão morrendo por apoptose induzida por essas NK. Esse mecanismo é comum em tumores, que expressam neoantígenos em suas superfícies. 
Células dendríticas
São relativamente resistentes a infecções por vírus (porque são as APC primárias)
TLR envolvidos no reconhecimento de PAMPs virais ( TLR2-4, 7-9
Podem disseminar vírus e infectar diferentes células e locais do corpo. Elas são utilizadas pelos vírus HIV e dengue, por exemplo. O vírus HIV infecta a dendrítica, que leva-o para os gânglios linfáticos, onde permite o encontro desses vírus com as células alvo (TCD4). Isso promove uma aceleração da invasão, além do HIV utilizar receptores que não permitem o seu processamento. 
Os vírus podem usar a célula dendrítica para atenuar a resposta inflamatória e as funções de apresentação de antígenos. Ex. induzem a secreção de IL-10 pelas dendríticas, liberando um terceiro sinal indutor de fenótipo Tr-1, que por sua vez inibe o Th1 (mecanismo de defesa do corpo contra eles).
Resposta imune adquirida contra vírus
Humoral: mais importante contra infecções agudas
Celular: mais importante contra infecções crônicas
IgG1 e IgG3 ( auxiliam ADCC pelas células NK
		 ( neutralização, opsonização, ativação do complemento
Th1 ( suporte
Células efetoras: TCD8 e anticorpos
 	 
Linfócito T citotóxico: TCD8 precisa ir ao local de infecção para agir, mas é ativada no gânglio. Eles apresentam mecanismo de reconhecimento antigênico, além de mecanismos de citotoxidade, como:
Granzimas e Perforinas 
Expressão de FasL, que se ligará ao Faz das células infectadas
Papel das células dendríticas na ativação de CD8+ a CTL: 
Apresentação cruzada ( apresentação de peptídeos virais via MHC I, após fagocitose e processamento da partícula viral, de seus antígenos livres ou da célula infectada, para TCD8. 
Mecanismos virais de escape:
Variação antigênica: mutações pontuais, rearranjo de RNA
Inibição do processamento/apresentação de Ag:
Inibição dos genes para MHC I – adenovírus e HIV
Ptns que se ligam a TAP – herpes simples
Retenção do MHC no RER - adenovírus
Desvio do MHC do RER para o citosol - CMV
Internalização do MHC I – HHV-8
Moléculas inibitórias das imunidades inata e adquirida
Eliminação de células imunocompetentes - HIV
					Vacinas (Imunoprofilaxias)
Imunidade:
Passiva – soro, por meio da mãe (não é duradoura)
Ativa – ativa a memória imune, gasta energia
Ativa:
Natural: infecções clínicas ou subclínicas
Artificial: vacinas
Definição: manobras clínicas que visam proteger o indivíduo de doenças de natureza infecciosa ou toxi-infecciosa pelo desafio com microorganismo ou seus antígenos ( Vacinação.
Objetivos: contato do hospedeiro com o agente infeccioso atenuado ou com seus antígenos objetivando a elaboração de resposta imune adaptativa que garanta uma resposta imune de memória o mais duradoura possível. 
Princípios imunológicos da vacinação:
Resposta humoral: conferida por anticorpos. 
Previne a infecção primária ou re-infecções, neutralizando o agente infeccioso
Colabora com o sistema complemento para a destruição do agente infeccioso
Colabora com as células efetoras para a eliminação de patógenos ou das células infectadas
( Deve ser ativada em casos de infecções tóxicas (anticorpo fundamental) ou infecções agudas.
Resposta celular: conferida pelas células T
Ativação de macrófagos pelas citocinas secretadas pelas células T ativadas
Colaboração com células B, TCD8 e NK
( Tendem a cronificar
Falhas:
Falhas de primeira linha: acontecem quando o indivíduo não possui MHC, capaz de apresentar um numero adequado de peptídeos antigênicos
Falha de segunda linha: 
peptídeos apresentados são reconhecidos com baixa afinidade pelos linfócitos T porque esses fragmentos tem baixa afinidade com o MHC
peptídeos são apresentados em baixa concentração na superfície da APC, porque tem baixa afinidade com MHC. 
	Quando há afinidade baixa, ocorre redução do tempo de memória pois o tempo de ligação entre linfócito T e os peptídeos é reduzido. Assim, diminui o tempo em que a cascata de ativação permanece ativada. Pode-se tentar reforçar a memória por meio de outra dose, visando atingir o limiar de ativação para memória longe. Se o indivíduo adquire a doença nessa época, recebe todo o vírus. Além disso, já está um pouco imunizada, o que auxilia a resposta imune, que será ideal e formará memória longa. 
Gerações:
Vacinas de primeira geração
Patógenos mortos e inteiros (mantém estrutura) ( coqueluche, febre tifóide, poliomielite(SalK – injetável, com vírus inativado)
Patógenos vivos e atenuados (Sabin – oral, com vírus atenuado) ( BCG, Tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba). Imunodeprimidos não podem tomar!
A atenuação ocorre com agentes químicos, físicos, ou ambos, além de por mecanismos genéticos. Essa atenuação genética é realizada por meio de redução da virulência, mantendo os antígenos desejados, ou por mutações. As vantagens dessa atenuação são: simulação da infecção, indução de resposta eficiente (altos peptídeos, alta afinidade com MHC), forma memória mais duradoura. As desvantagens, portanto, são caracterizadas como o risco de reversão da atenuação (nos imunocompetentes) ou infecção pela própria vacina. É por isso que não pode ser administrada em imunossuprimido, como gestantes, etc. 
Vacinas de segunda geração (mais passíveis de falhas de 1ª e 2ª linha)
	Constituídas de antígenos purificados obtidos de agentes infecciosos ou obtidas por processos de síntese ou como proteínas recombinantes. 
	Componentes antigênicos (polissacarídeos e proteínas) são apresentados ao sistema imune de forma imunogênica - proteínas; 
- proteínas + adjuvantes (toda substância que garante reação inflamatória)
- polissacarídeos-proteína carreadora: 
	- com adjuvante: quando não induz reação inflamatória
	- sem adjuvante: quando já induz inflamação
	A seleção dos antígenos relevantes baseia-se em dados de análises estruturais e funcionais dessas moléculas. Preferencialmente devem ser proteínas fundamentais para a sobrevivência do patógeno, devem ser complexas, etc. 
Exemplos:
Toxinas purificadas inativadas (toxóides)
Fragmentos subcelulares e Ag de superfície
Obtidas por engenharia genética
Vacinas utilizando vetores virais
Vantagens: não oferece risco de causar infecção
Desvantagens: pode provocar resposta inadequada (IgE), a memória pode ser de curta duração, risco dos peptídeos não serem selecionados pela APC
Vacinas de terceira geração
Vacinas gênicas – utiliza plasmídeos para construí-las. Usam genes que codificam Ags relevantes do agente infeccioso, transportados pelos plasmídeos de DNA (rDNA).
CpG é um duplas mão metilada, que nós não apresentamos, apenas os vírus. Elas são reconhecidas pelo TLR-9, nas células dendríticas. Esse CpG pode ser usado como adjuvantes, entrando no citoplasma e não sendo degradado. 
Fundamento das vacinas de 3ª geração:
Utiliza-se o gene relevante (antigênico [P.ex. para expor B7 constitutivamente/ para secretar IL-2/ GM-CSF]) e gene para CpG ( insere-os no plasmídeo de dna ( injeta-se no indivíduo ( células do sítio de injeção promoverão a endocitose desse plasmídeo recombinado ( DNA ficará dentro do núcleo, mas não irá interagir com o DNA genômico ( utilizará a maquinaria da célula para a transcrição em RNAm e tradução de proteínas ( serão processadas pelos proteossomas (apresentando pelo MHC de classe I) e pelas enzimas lisossomais, por meio da apresentação cruzada (apresentando pelo MHC II) ( apresentação e ativação de TCD8 e TCD4. 
A transcrição e tradução ocorrem durante 2 semanas a 1 mês. Os mecanismos de controle são: endonucleases (impede ativação prolongada que poderia induzir apoptose), Fas, CTLA-4. 
	
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