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Determinação das características físicas de uma bacia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ 
 
 
 
ANDRÉ CARLOS DA SILVA – 34084 
ALEXANDRE MAGALHÃES – 33620 
GILBERTO CALDERRUCI GONTIJO COSTA – 33936 
MICHAEL MAXIMIANO DE CASTRO DA SILVA – 34520 
VICTORIEN GERARDO NAGO -34622 
 
 
 
 
 
HIDROLOGIA I PRÁTICA 
Trabalho prático 4 – Determinação das características físicas de uma bacia. 
 
 
 
 
 
Itajubá 
2017 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ 
 
 
ANDRÉ CARLOS DA SILVA 
ALEXANDRE MAGALHÃES 
GILBERTO CALDERRUCI GONTIJO COSTA 
MICHAEL MAXIMIANO DE CASTRO DA SILVA 
VICTORIEN GERARDO NAGO 
 
 
 
 
HIDROLOGIA I PRÁTICA – EHD517.2: 
Trabalho prático 4 – Determinação das características físicas de uma bacia. 
 
Trabalho sobre a determinação das 
características físicas de uma bacia 
apresentado ao professor da disciplina de 
Hidrologia I, EHD515.2, para obtenção de 
nota N1. 
Professor: Arthur Benedicto Ottoni. 
 
 
 
Itajubá 
2017 
 
 
RESUMO 
No presente trabalho foram levantadas as características da bacia hidrográfica do Ribeirão 
vermelho na cidade de Delfim Moreira – MG, utilizando de softwares como AutoCAD 
calculou-se a área da bacia, o comprimento do canal de drenagem entre outras variáveis, ao 
fim do levantamento foi possível obter conclusões sobre a suscetibilidade a enchentes e o 
comportamento do regime fluvial na bacia. 
 
 
 
Sumário 
1- Introdução ...................................................................................................................................... 5 
2. Revisão Bibliográfica ....................................................................................................................... 7 
2.1 Área de drenagem ................................................................................................................ 8 
2.2 Forma da bacia .......................................................................................................................... 8 
2.3 Fator de forma (Kf) ................................................................................................................... 10 
2.4 Coeficiente de Compacidade ................................................................................................. 11 
2.5 Sistema de drenagem ............................................................................................................. 13 
2.6 Densidade de drenagem ........................................................................................................ 14 
2.7 Índice de sinuosidade ............................................................................................................. 15 
2.8 Características da bacia ......................................................................................................... 16 
2.9 Declividade ............................................................................................................................... 16 
2.10 Curva Hipsométrica ............................................................................................................... 18 
2.11 Método do retângulo equivalente ........................................................................................ 19 
2.12 Perfil longitudinal do rio ........................................................................................................ 23 
2.13 Fórmulas Empíricas para determinação do tempo de concentração ............................ 26 
3. Metodologia de cálculo ................................................................................................................. 29 
4. Conclusão ....................................................................................................................................... 45 
5. Referências ..................................................................................................................................... 45 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1- Introdução 
 
O Ciclo Hidrológico pode ser visto de maneira geral como um sistema 
hidrológico fechado, já que a quantidade de água presente no nosso planeta 
não é infinita. Apesar disso, os subsistemas abertos à atmosfera são 
abundantes, e estes, normalmente, são os tipos analisados para projetos 
ambientais, capacitações e redistribuições de recursos naturais. 
Dentre esses subsistemas, analisando-se acerca dos objetivos citados, 
destaca-se as áreas de relevo das Bacias Hidrográficas, principalmente em 
detrimento da simplicidade que oferecem na aplicação do balanço hídrico, os 
quais podem ser usados para desenvolver a avaliação dos componentes do 
ciclo hidrológico para uma região pré-determinada; e consequentemente os 
possíveis danos provenientes de um desequilíbrio ambiental na área, 
provocado principalmente por ações humanas. 
Portanto, retiramos os dados para análise de uma área definida 
topograficamente, drenada por um curso d’água específico ou por um sistema 
conectado mais complexo, tal que toda a vazão efluente seja descarregada 
pela mesma saída, o rio principal, no qual o tamanho de sua calha varia com o 
relevo e influência da constante passagem de água nessa área. 
 
 
Figura 1 : Bacia Hidrográfica e a variação da calha do rio conforme o relevo 
Em busca do caminho que apresente mais facilidade de passagem, a 
água escoa por toda a bacia até encontrar sua saída, levando um tempo 
relativo ao relevo e suas características, tais como vegetação, comprimento 
 
 
6 
 
total, presença ou não de rochas superficiais e quaisquer outros elementos que 
aumentem o tempo do processo; todos esse período de passagem de uma 
partícula d'agua de um ponto mais distante da bacia hidrográfica até um ponto 
específico de medição de vasão é chamado de Tempo de Concentração; no 
qual tem importância no diagnóstico geral da bacia hidrográfica, podendo 
apresentar problemas presentes na área estudada, tendo como principal a 
baixa infiltração da agua no solo, a consequente saída precoce de água da 
bacia. 
Tão importantes quanto, são as características físicas da bacia 
hidrográfica, pois com elas, pode-se transferir dados de uma bacia monitorada 
para uma outra com alguns pontos em comum, onde faltam dados ou 
simplesmente, por motivos de relevo ou obstáculos vigentes, não é possível a 
instalação de postos coletores de dados, conhecidos como postos 
hidrométricos, no qual abrange as características de análise fluviométrica e 
pluviométrica, sendo a base para a comparação de dados entre bacias. 
A determinação das características físicas é um estudo particularmente 
importante nas ciências ambientais em diversos aspectos, mas principalmente 
pelo fato do Brasil ter uma densidade de postos fluviométricos baixa e em sua 
maioria, encontram-se nos grandes cursos d’água, devido, claramente, a 
prioridade do governo em construção de hidroelétricas para a geração de 
energia elétrica em massa. O Brasil tem uma densidade de 1 posto para cada 
4000 Km2, um número muito baixo, comparado, por exemplo, aos Estados 
Unidos ou Israel, que possuem 1 posto a cada 1000 Km2 e 1 posto a cada 200 
Km2, respectivamente. 
 
 
Figura 2 – Bacia do Rio Paraíba do sul e seus respectivos Postos Fluviométricos 
 
 
 
7 
 
As principais características físicas, necessários para se fazer uma 
comparação entre as bacias hidrográficas de características parecidas, 
transferência de dados para bacias vizinhas e projeção do comportamento da 
bacia no futuro são, de modo geral, a forma da bacia, o tipo de uso empregado 
naquele solo e a densidade de drenagem. 
 
 
2. Revisão Bibliográfica 
 
De acordo com a Agência Nacional das Águas, cerca de 2.176 dos 
12.963 milrios brasileiros estão cadastrados em seu Sistema de Informações 
Hidrológica, e neles operam cerca de 4.543 estações de monitoramento das 
14.822 existentes em todo o país. 
No Brasil, de acordo com os Prof. Daniel Fonseca de Carvalho e Prof. 
Leonardo Duarte Batista da Silva, professores da Universidade Rural do Rio de 
Janeiro (UFRRJ), há um déficit de postos observadores, chegando a 1 posto 
instalado a cada 4000Km2, estando estes mais concentrados nas regiões de 
interesses financeiros, onde a prioridade das empresas e do governo está na 
produção de energia elétrica. 
Deste modo, a determinação dos aspectos físicos de uma bacia 
hidrográfica tem por intuito garantir a transferência de dados obtidos de uma 
bacia monitorada para outra sem aspectos pré-determinados, devido a falta de 
possibilidade de instalação de postos hidrométricos (fluviométricos e 
pluviométricos) em locais com relevo inapropriado. 
Para se inicializar os estudos físicos referentes a determinada bacia, 
deve-se, em primeira análise, buscar uma delimitação correta da mesma de 
forma que fique em um modelo representativo muito próximo ao real em uma 
dada escala. De acordo com o Departamento de Hidráulica e Saneamento da 
Universidade Federal da Bahia, esta delimitação atende apenas a fatores de 
ordem topográfica “define uma linha de cumeada a que poderíamos chamar 
linha de divisão das águas” pois ela é que divide as precipitações que caem e, 
que, por escoamento superficial, seguindo as linhas de maior declive, 
contribuem para a vazão que passa na seção em estudo. 
 
 
8 
 
Geralmente, para tais projetos, utiliza-se de cartas topográficas 
produzidas pela DSG (Diretoria de Serviços Geográfico do Exército), mosaicos 
de fotografias aéreas (AMBTEC/Aeroconsult), mapas hidrográficos e 
geomorfológicos. (Sistema de Informação e Documentação – INPE) 
 
Figura 3: Bacia delimitada e a linha de cumeada 
 
Com isso, é possível a realização do estudo das características 
geomorfológicas da bacia hidrográfica. Dentre elas estão: 
 
2.1 Área de drenagem 
 
Define-se como a área de drenagem a área projetada em plano 
horizontal inclusa entre os seus divisores topográficos representada por todo o 
sistema fluvial drenado. O estudo dessa área é a base para os cálculos de 
outras características físicas. Pode ser obtida por planimetria ou por pesagem 
do papel em balança de precisão. (Prof. Luiz Fabiano Palaretti - 
FCAV/UNESP) 
 
2.2 Forma da bacia 
 
A forma da bacia é uma característica complexa de ser expressa em 
termos quantitativos, tendo efeito direto sobre o comportamento hidrológico da 
mesma, onde o tempo de concentração (tempo necessário para que toda a 
 
 
9 
 
bacia contribua com a vazão na seção de controle) varia conforme se modifica 
sua forma. (Bureau of Reclamation of U.S.A) 
 
Em uma bacia circular, por exemplo, toda a água escoada tende a 
alcançar a saída da bacia ao mesmo tempo. 
 
 
Figura 4: Vazão de uma bacia circular 
 
Uma bacia alongada, tendo a saída da bacia na ponta do maior eixo e 
tendo como área igual da bacia circular, o escoamento será mais distribuído no 
tempo. 
 
 
Figura 5: Vazão de uma bacia alongada 
 
 
As bacias do tipo ramificada são formadas por conjuntos de sub-bacias 
que convergem para um mesmo curso principal. Neste caso, uma chuva 
uniforme na bacia é capaz de originar cheias nas sub-bacias, que vão se 
somar, mas não simultaneamente, no curso principal. 
 
 
10 
 
 
Figura 6: Vazão de uma bacia ramificada 
 
Deste modo, procura-se relacioná-la a formas geométricas conhecidas 
para facilitar os estudos utilizando-se índices de relações métricas da bacia. 
 
2.3 Fator de forma (Kf) 
 
O Fator de forma é uma relação geométrica entre a largura média e 
comprimento. Para o estudo das bacias, o comprimento (L) é determinado pelo 
seguimento do curso do rio principal até a cabeceira mais distante da bacia. 
Enquanto a largura média (𝐿) é obtida dividindo-se a área pelo comprimento da 
bacia. 
 
 
 
 
 
 
Figura 7: Imagem demonstrativa do fator 
de forma 
 
Então: 
 
 
11 
 
(1) 
 𝐾𝑓 = 
𝐿
𝐿
 
Como: 
(2) 
𝐿 = 
𝐴
𝐿
 
 
Logo: 
(3) 
𝐾𝑓 = 
𝐴
𝐿²
 
 
O fator de forma é um índice de enchentes para uma bacia. Pois um 
fator de forma baixo representa uma menor sujeição da bacia a enchentes que 
outra de mesmo tamanho, porém com maior fator de forma. (PAIVA, J.B.D.; 
CHAUDHRY, F.H.; REIS, L.F.R., 2004) 
 
2.4 Coeficiente de Compacidade 
 
O coeficiente de compacidade, ou índice de Gravelius, informa sobre a 
susceptibilidade da ocorrência de inundações nas partes baixas da bacia. É 
dado pela relação entre o perímetro da bacia e o perímetro do círculo de igual 
área. 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8: Imagem demonstrativa do 
coeficiente de compacidade 
 
Sendo: 
(4) 𝐴 = 𝜋 ∗ 𝑅2 
 
 
Temos que: 
(5) 
𝑅 = √
𝐴
𝜋
 
 
Então: 
 
(6) 
𝐾𝑐 = 
𝑃
2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑅
 
 
 
 
Substituindo (5) em (6), tem-se por fim: 
 
 
13 
 
 
(7) 
 𝐾𝑐 = 
0,28 ∗ 𝑃
√𝐴
 
 
 
Deste modo, pode-se concluir que quanto mais a forma de uma bacia se 
assemelhar a um círculo, maior será a sua capacidade de ocorrer grandes 
cheias. Isto ocorre porque há conversão do escoamento superficial, ao mesmo 
tempo, para um pequeno trecho do rio principal, havendo acúmulo do fluxo. 
(PAIVA, J.B.D.; CHAUDHRY, F.H.; REIS, L.F.R., 2004) 
Realizando-se a análise matemática, pode-se interpretar da seguinte maneira: 
1,00 – 1,25 = bacia com alta propensão a grandes enchentes 
1,25 – 1,50 = bacia com tendência mediana a grandes enchentes 
> 1,50 = bacia com menor propensão a grandes enchentes 
 
 
2.5 Sistema de drenagem 
 
De acordo com Tucci, um sistema ou rede de drenagem é constituído 
pelo rio principal e seus afluentes. O estudo da rede é importante pois ela, 
como um sistema completo, indicará a velocidade com que a água sai da 
bacia, ou seja, está associada à eficiência de drenagem da área da bacia e o 
potencial de se formar picos elevados de vazão. Deste modo, classifica-se os 
rios como: 
Perenes: Presencia-se o escoamento da água até nos invernos mais severos e 
secos, devido ao alto nível do freático, sendo superior ao fundo do leito do rio, 
o que faz com que em épocas de seca, o aquífero alimenta-o impedindo-o de 
secar. 
 
 
14 
 
Intermitentes: Os rios secam em épocas de seca devido ao baixo nível de 
influência do aquífero. 
Efêmeros: Presencia-se escoamento de água apenas durante e logo depois da 
ocorrência da precipitação. 
 
2.6 Densidade de drenagem 
 
A densidade de drenagem reflete as condições topográficas, 
pedológicas, hidrológicas e de vegetação da bacia. É dada pela razão entre o 
comprimento total dos cursos d’água em uma bacia e a área desta bacia 
hidrográfica. 
Segundo Villela e Mattos (1975), esse índice pode variar de 0,5 km/km2 
em bacias com drenagem pobre a 3,5 ou mais nas bacias excepcionalmente 
bem drenadas. Quando os valores são baixos, eles podem ser associados a 
regiões de solos permeáveis ou semi-permeáveis e com baixa intensidade de 
precipitação. 
 
(8) 
𝐷 = 
𝐿𝑇
𝐴
 
 
 
Sendo LT = ∑Li, ou seja, a extensão total dos cursos d’água da bacia de acordo 
com a imagem a seguir. 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9: Imagem demonstrativada extensão total dos cursos d’água 
 
 
Podem ser classificadas como: 
Bacias com drenagem pobre  Dd  0,5 km/km2 
Bacias com drenagem regular  0,5  Dd  1,5 km/km2 
Bacias com drenagem boa  1,5  Dd  2,5 km/km2 
Bacias com drenagem muito boa  2,5  Dd  3,5 km/km2 
Bacias excepcionalmente bem drenadas  Dd  3,5 km/km2 
 
2.7 Índice de sinuosidade 
 
O índice de sinuosidade é dado pela relação entre a distância da 
desembocadura do rio e a nascente mais distante e o comprimento do canal 
principal (talvegue – Lt). 
 
(9) 
 
𝑆 = 
𝐿
𝐿𝑇
 
 
 
16 
 
 
 
Quanto maior S, maior a sinuosidade do curso d’água, menor será a 
declividade do terreno (bacia), maior o tempo de consideração. 
 
Classificação do terreno em relação a sinuosidade: 
Classe Descrição Limites (%) 
1 Muito reto <20 
2 Reto 20 a 29 
3 Divagante 30 a 39,9 
4 Sinuoso 40 a 49,95 
5 Muito sinuoso >50 
Tabela 1 - Índices de sinuosidade divididos por classes 
 
 
2.8 Características da bacia 
 
Em uma bacia hidrográfica, a velocidade de escoamento superficial e seu 
tempo de concentração (Tc) dependem, em boa parte, pela declividade do 
terreno. Enquanto as características hidrometeorológicas, como precipitação e 
a evaporação são responsáveis pelo deflúvio médio da bacia. 
 
2.9 Declividade 
 
A obtenção da declividade de uma bacia é feita por análises de 
amostragens estatísticas das declividades normais às curvas de nível em 
pontos localizados aleatoriamente no mapa. O método mais utilizado é o das 
“quadrículas associadas a um vetor” (VILLELA & MATTOS, 1975). Este método 
 
 
17 
 
consiste em traçar perpendicularmente à esta curva, um vetor (segmento de 
reta) com comprimento equivalente à distância entre duas curvas de nível 
consecutivas. Para obter a declividade associada a cada vértice, di , mede-se, 
em planta, a menor distância entre curvas de nível sucessivas, xi , e calcula-
se: 
 
(10) 
𝑑𝑖 = 
∆𝑍
∆𝑋𝑖
 
 
Sendo z a diferença de elevação entre as curvas de nível. 
 
Após a determinação das declividades pontuais, podemos construir o 
gráfico das declividades em função da frequência acumulada. Para isso, faz-se: 
I. Classificar as declividades em ordem decrescente 
II. Definir o tamanho do intervalo de classe. O intervalo está em função do 
número de pontos plotados 
III. Enumere as observações dentro de cada intervalo e converta para 
frequência relativa. 
IV. Realiza-se a contagem das frequências acumuladas. 
 
O gráfico é construído lançando-se os pares de valores das frequências 
acumuladas em função do limite inferior do intervalo de classe correspondente. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 2.10 Curva Hipsométrica 
 
A curva hipsométrica fornece a variação do terreno em estudo em 
relação ao nível do mar. É uma maneira de representar graficamente, em 
função da porcentagem da área de drenagem, o relevo médio da bacia. 
Para sua construção, executa-se os seguintes métodos: 
I. Por planimetria, determina-se as áreas entre as curvas de nível 
consecutivas. 
II. Determina-se a área total e calculam-se os valores relativos das áreas 
entre as curvas de nível; 
III. Obtém-se as áreas relativas; 
IV. Constrói-se o gráfico das cotas das curvas de nível versus as áreas 
relativas acumuladas correspondentes 
Construído o gráfico, obtém-se as cotas de 5%, cota mediana (50%), 
modal (75%) e média, que posteriormente serão utilizadas para a construção 
do zoneamento hidrogenético da bacia. As cotas de 5%, mediana e modal são 
obtidas pegando o ponto em comum entre a abcissas e o gráfico como mostra 
a figura abaixo. 
 
Gráfico 1 – Cotas de 5%, mediana e modal. 
 
 
19 
 
A cota média, para Antenor Rodrigues Barbosa Júnior, professor da 
Universidade de Ouro Preto – UFOP, pode ser determinada pelo método de 
retângulos equivalentes, uma representação simplificada da bacia que tem por 
objetivo analisar a influência do relevo sobre o escoamento. O retângulo é 
construído de forma que 1. Sua área seja igual a área de drenagem da bacia; 
2. Seu perímetro seja igual ao da bacia; e 3. Os coeficientes de compacidade 
(Kc) sejam iguais. 
 
2.11 Método do retângulo equivalente 
 
Dado um retângulo com dimensões desconhecidas b X h, onde as cotas 
são representas por zi, temos: 
 
 
Figura 10: Método do retângulo equivalente 
 
 Como os lados podem ser determinados pela área de drenagem e pelo 
coeficiente de compacidade, podemos dizer que: 
 
(11) 
 
 
20 
 
𝐴 = 𝑏 ∗ ℎ 
 
(12) 
 𝑃𝑒𝑟 = 2(𝑏 + ℎ) 
 
Da equação (7), temos 
𝐾𝑐 = 0,28 ∗
𝑃𝑒𝑟
√𝐴
 
 
Assim 
(13) 
2 ∗ (𝑏 + ℎ) =
𝐾𝑐 ∗ √𝐴
0,28
 
 
Das equações (11) e (13), temos: 
𝑏2 − 
𝐾𝑐 ∗ √𝐴
0,56
∗ 𝑏 + 𝐴 = 0 => 𝑏 = 
𝐾𝑐 ∗ √𝐴
1,12
± √(
𝐾𝑐 ∗ √𝐴
1,12
)
2
− 𝐴 
 
Ou 
 
(14) 
𝑏 = 
𝐾𝑐 ∗ √𝐴
1,12
∗ [1 + √(
𝐾𝑐 ∗ √𝐴
1,12
)
2
− 𝐴] 
 
E h é dado por: 
 
 
 
21 
 
(15) 
ℎ = 
𝐾𝑐 ∗ √𝐴
1,12
∗ [1 − √(
𝐾𝑐 ∗ √𝐴
1,12
)
2
− 𝐴] 
 
Como as áreas devem ser iguais, graficamente, pela curva hipsométrica, 
temos: 
 
 
Figura 11: curva hipsométrica 
 
 
Para OTTONI, em sua obra “PLANEJAMENTO DOS SISTEMAS DE RECURSOS 
HÍDRICOS”, o resultado do estudo e análise do relevo da bacia é capaz de determinar 
o seu zoneamento hidrogenético, que tem por objetivo definir as áreas de 
escoamentos da mesma. Tais áreas podem ser definidas como: 
 
 
 
 
 
22 
 
COTA ZONA 
95% - 75% Contribuição inicial 
75% - 5% Hidrodinâmica 
<5% Recarga de umidade 
Tabela 2 – Zonas de escoamento de um zoneamento hidrogenético 
 
 
 
 
Figura 12: Estudo do Relevo de uma Bacia: Zoneamento Hidrogenético..(Fonte: 
OTTONI 2007, “Planejamento dos Sistemas de Recursos Hídricos”, Apostila do Curso 
de Especialização em Recursos Hídricos e Meio Ambiente, UNIFEI, Itajubá – MG) 
 
 
 
23 
 
 
 
2.12 Perfil longitudinal do rio 
 
Como a velocidade de escoamento do rio depende da declividade dos 
canais fluviais, é de suma importância determinar o parâmetro declividade 
média também do curso d’água. Para Luiz Fabiano Palaretti, professor da 
Universidade Estadual de São Paulo – UNESP, há quatro diferentes métodos 
de se calcular este parâmetro: 
 
I. Método Direto - Declividade baseada nos extremos (S1) 
 
Obtida dividindo-se a diferença total de elevação do leito pela extensão 
horizontal do curso d’água entre esses dois pontos. Lembrando que este valor 
é superestimado em relação ao pico de cheia. 
 
(16) 
𝑆1 = 
∆𝐻
𝐿
= 
𝐶𝑜𝑡𝑎𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 − 𝐶𝑜𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
𝐿
 
 
Onde: 
L = comprimento do talvegue principal [m] 
ΔH = diferença das cotas [m] 
 
II. Área equivalente (compensação de área) - Declividade ponderada (S2) 
 
 
 
24 
 
Consiste em traçar no gráfico uma linha, tal que a área, compreendida 
entre ela e a abcissa, seja igual à compreendida entre a curva do perfil e a 
abcissa. 
 
(17) 
𝐴∆ = 𝐴𝑠𝑜𝑏𝑎𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎 =
𝐿 ∗ ∆𝐻
2
 
 
Assim, tem-se que: 
(18) 
𝐼𝑒𝑞 = 
2 ∗ 𝐴𝑇𝑅
𝐿²
 
 
 
III. Declividade equivalente ou média harmônica (S3). 
 
A declividade equivalente é a mais indicada pelos técnicos, pois Leva 
em consideração o tempo de percurso da água ao longo da extensão do perfil 
longitudinal, admitindo que a declividade é constante em todo seu trajeto. 
 
(19) 
𝐼𝑒𝑞 =
(
 
 ∑𝐿
∑(
𝐿𝑖
√𝐼𝑖
))
 
 
2
 
 
Onde: 
𝐼𝑖 = 
∆𝐻
𝐿𝑖
 
 
 
25 
 
 
 
Em que: 
L: comprimento total do talvegue (horizontal); 
Ii: declividade de cada trecho; 
H: desnível entre as extremidades do trecho i; 
Li: comprimento horizontal de cada trecho i. 
 
 
 
Figura 13: exemplo de um perfil longitudinal de um rio com seus afluentes 
 
 
 
 
26 
 
Assim, através do perfil longitudinal do rio, pode-se estudar com 
exatidão e fazer a análise econômica de instalações de hidrelétricas (devido ao 
estudo da altura de queda d’água) e outros sistemas de recursos hídricos. 
 
 
2.13 Fórmulas Empíricas para determinação do tempo de concentração 
 
Diversos estudos foram realizados com o intuito de determinar 
matematicamente, por fórmulas empíricas, o tempo de concentração de uma 
bacia hidrográfica. 
De acordo com o engenheiro Plínio Tomaz, o tempo de concentração 
possui duas definições básicas: 
a) Tempo de concentração é o tempo em que leva para que toda a bacia 
considerada contribua para o escoamento superficial na seção estudada 
b) O tempo de concentração é o tempo que leva uma gota de água mais 
distante até o trecho considerado na bacia. 
Para o Centro Tecnológico de Hidráulica de São Paulo (CTH), os 
estudos realizados por Taylor Schwarz afirmam que o tempo de concentração 
depende de: 
 Área da bacia 
 Comprimento e declividade do canal mais longo 
 Comprimento ao longo do curso principal, desde o centro da bacia até a 
seção de saída considerada. 
 
Para McCuen,1993, o verdadeiro valor de Tc nunca será determinado, devido 
as diversas variáveis que introduzem incertezas no dimensionamento da vazão 
de pico, devendo-se calcular por vários métodos e conferir sempre. Os 
métodos mais utilizados são: 
 
 
 
27 
 
I. Picking 
 
𝑇𝑐 = 5,3 (
𝐿2
𝐼
)
1/3
 
 
Onde: 
 Tc [min] 
 L: distancia horizontal média do leito (talvegue) [Km] 
 𝐼: declividade média da linha de fundo [m/m] 
 
II. California Culverts Practice 
 
𝑇𝑐 = 57 (
𝐿3
𝐻
)
0,385
 
 
Onde: 
 Tc [min] 
 L: extensão do talvegue 
 H: diferença do nível entre o ponto mais afastado da bacia e a seção 
considera [m] 
 
III. Ven te Chow 
 
𝑇𝑐 = 25,20 (
𝐿
𝐼
) 
 
 
 
28 
 
Onde: 
Tc [min] 
L: comprimento do talvegue [m] 
𝐼: declividade média do talvegue [m/m] 
IV. Giandotti 
 
𝑇𝑐 =
4 ∗ √𝐴 ∗ 1,5 ∗ 𝐿
0,8 ∗ √𝐻
 
 
Onde: 
Tc [horas] 
A: área [Km²] 
L: comprimento do rio principal até a seção [Km] 
𝐻: altura média da bacia em relação a seção considerada [m] 
 
 
V. Temes 
 
𝑇𝑐 = 0,3 (
𝐿
𝐼
2)
0,78
 
 
Onde: 
Tc [horas] 
L: comprimento do rio principal 
𝐼: declividade média do rio principal 
 
 
29 
 
 
VI. Venture 
 
𝑇𝑐 = 240 ∗ √
𝐴 ∗ 𝐿
∆𝐻
 
 
Onde: para Tc > 5 min 
Tc = 5 min 
A: área de drenagem [Km²] 
ΔH: diferença de cotas das extremidades do rio principal em relação a seção 
[m] 
 
 
3. Metodologia de cálculo 
 
 Questão 1 
 
Primeiramente foi exportada a carta de Delfim Moreira para o AutoCad 
2015, em seguida a carta foi georreferenciada e colocada em escala. 
A partir das coordenadas da seção solicitada no enunciado do trabalho foi 
traçada a bacia, o rio principal e todos os seus afluentes. 
 
 
30 
 
 
Figura 14 – Delimitação da bacia hidrográfica e seus afluentes. 
 
 Questão 2 
Com a delimitação da bacia foi possível calcular a área de drenagem com o 
comando “area” e tomando como referência a seção solicitada no trabalho. 
 
Figura 15 – Área de Drenagem. 
 
 
31 
 
Área de Drenagem = 22655441.0929 m2 = 22.65 km2 
 
 
 Questão 3: determinar Curva hipsométrica da bacia. 
Para determinar a curva hipsométrica da bacia, no software AutoCad foram 
levantados todas as curvas de nível da bacia hidrográfica em estudo, conforme 
mostra a Figura a seguir. 
 
Figura 16: Bacia hidrográfica conforme as curvas de nível da região. 
 Dessa forma foi possível se calcular a área em km² entre as curvas de nível 
como representado na tabela a seguir. 
Cota (m) 
Área da 
parcela(km²) 
Área acumulada 
(Km²) 
Ocorrência 
(%) 
área decrescente 
(%) 
1600-1620 0,376 0,376 1,66% 100,00% 
1620-1640 0,457 0,833 2,02% 96,32% 
1640-1660 0,494 1,327 2,18% 94,14% 
1660-1680 0,461 1,788 2,04% 92,11% 
1680-1700 0,692 2,48 3,06% 89,05% 
1700-1720 1,092 3,572 4,82% 84,23% 
 
 
32 
 
1720-1740 1,438 5,01 6,35% 77,88% 
1740-1760 1,691 6,701 7,47% 70,42% 
1760-1780 2,354 9,055 10,39% 60,02% 
1780-1800 2,251 11,306 9,94% 50,08% 
1800-1820 2,303 13,609 10,17% 39,92% 
1820-1840 2,292 15,901 10,12% 29,80% 
1840-1860 1,747 17,648 7,71% 22,08% 
1860-1880 1,34 18,988 5,92% 16,17% 
1880-1900 1,066 20,054 4,71% 11,46% 
1900-1920 0,532 20,586 2,35% 9,11% 
1920-1940 0,741 21,327 3,27% 5,84% 
1940-1960 0,532 21,859 2,35% 3,49% 
1960-1980 0,408 22,267 1,80% 1,69% 
1980-2000 0,383 22,65 1,69% 0,00% 
TOTAL 22,65 
 Tabela 3: Área em km² entre as curvas de nível, bem como área acumulada, 
decrescente e ocorrência. 
Da Tabela 3 observa-se que a maior porção da área da bacia se encontra na 
cota geométrica de 1760 a 1780m. 
A partir destes dados é possível se construir a curva hipsométrica, que 
representa a cota geométrica das porções de área da bacia, como é possível 
se observar no gráfico a seguir. 
 
Gráfico 2: Curva hipsométrivca. 
 Questão 4: Fazer Curva de Frequência Acumulada das Declividades da 
Encosta(Decrescente) e a de Frequência Simples. 
1600
1620
1640
1660
1680
1700
1720
1740
1760
1780
1800
1820
1840
1860
1880
1900
1920
1940
1960
1980
0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00%
C
o
ta
 (
m
) 
Porcentagem de ocorrência da área compreendida entre as cotas (%) 
Curva Hipsométrica da bacia 
 
 
33 
 
Nesta etapa primeiramente se dividiu a área da bacia hidrográfica em 
quadrículas, a cada 1 km, e 26 das quadrículas foram utilizadas para o estudo 
de declividades, pois melhor representaram a área estudada, conforme a 
Figura 2. 
 
Figura 17: Divisão das quadrículas sobre a área de estudo. 
Nestas quadrículas foram observados 3 pontos de maior declive, traçou-se 
uma linha sobre os pontos, dentre os 3 foi selecionado o ponto de maior 
declividade, e indicado o seu sentido. A tabela a seguir representa os pontos 
selecionados. 
 
Quadrícula 1 Quadrícula 14 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 L1 100 138,49 72,21% SE L1 40 87,88 45,52% SE 
L2 120 190,69 62,93% 
 
L2 40 102,66 38,96% 
 L3 120 352,17 34,07% 
 
L3 40 137,23 29,15% 
 
 Quadrícula 2 
 
Quadrícula 15 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 L1 100 340,33 29,38% 
 
L1 40 66,61 60,05% L 
 
 
34 
 
L2 80 243,27 32,89% NO L2 40 107,52 37,20% 
 L3 60 207,19 28,96% 
 
L3 40 83,3 48,02% 
 
 
 
 
 
 Quadrícula 3 
 
Quadrícula 16 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 L1 80 222,46 35,96% 
 
L1 60 110,1 54,50% 
 L2 40 167,22 23,92% 
 
L2 40 54,55 73,33% NO 
L3 60 146,34 41,00% NO L3 40 82,35 48,57% 
 
 Quadrícula 4 
 
Quadrícula 17 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 
Linha 
Desnível(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 L1 80 383,23 20,88% 
 
L1 80 100,46 79,63% 
 L2 60 162,93 36,83% SE L2 60 66,35 90,43% NE 
L3 60 246,07 24,38% 
 
L3 60 80,77 74,29% 
 
 Quadrícula 5 
 
Quadrícula 18 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 L1 60 156,99 38,22% 
 
L1 100 161,84 61,79% 
 L2 60 89,4 67,11% SE L2 120 277,69 43,21% 
 L3 40 122,89 32,55% 
 
L3 80 83,39 95,93% N 
 Quadrícula 6 
 
Quadrícula 19 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 L1 40 74,45 53,73% SO L1 60 93,02 64,50% 
 L2 100 197,49 50,64% 
 
L2 40 66,76 59,92% 
 L3 80 189,81 42,15% 
 
L3 40 49,82 80,29% SE 
 Quadrícula 7 
 
Quadrícula 20 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 L1 100 138,49 72,21% SE L1 60 60,67 98,90% SE 
L2 120 190,69 62,93% 
 
L2 60 69,42 86,43% 
 L3 120 352,17 34,07% 
 
L3 60 74,99 80,01% 
 
 
 
 
 Quadrícula 8 
 
Quadrícula 21 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 L1 20 28,73 69,61% SE L1 100 118,14 84,65% NE 
L2 40 63,17 63,32% 
 
L2 80 151,14 52,93% 
 
 
 
35 
 
L3 40 69,37 57,66% 
 
L3 60 87,34 68,70% 
 
 Quadrícula 9 
 
Quadrícula 22 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 L1 40 38,62 103,57% SE L1 60 95,89 62,57% 
 L2 60 96,94 61,89% 
 
L2 80 111,74 71,59% 
 L3 60 90,55 66,26% 
 
L3 60 66,71 89,94% S 
 
 
 
 
 
 Quadrícula 10 
 
Quadrícula 23 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 L1 60 103,47 57,99% 
 
L1 60 105,14 57,07% 
 L2 40 23,84 167,79% NW L2 40 57,14 70,00% 
 L3 40 62,17 64,34% 
 
L3 60 83,4 71,94% S 
 Quadrícula 11 
 
Quadrícula 24 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 L1 80 85,52 93,55% 
 
L1 40 70,73 56,55% 
 L2 60 51,03 117,58% SW L2 40 104,96 38,11% 
 L3 60 89,39 67,12% 
 
L3 60 77,62 77,30% NW 
 Quadrícula 12 
 
Quadrícula 25 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 L1 40 50,67 78,94% SW L1 40 97,89 40,86% 
 L2 60 86,1 69,69% 
 
L2 40 52,21 76,61% SE 
L3 40 53,45 74,84% 
 
L3 60 110,42 54,34% 
 
 Quadrícula 13 
 
Quadrícula 26 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 
Linha 
Desnível 
(m) Comprimento(m) 
declividade 
(%) 
 L1 60 100,49 59,71% E L1 60 71,07 84,42% S 
L2 40 74,88 53,42% 
 
L2 60 103,17 58,16% 
 L3 40 103,67 38,58% 
 
L3 40 66,12 60,50% 
 Tabela 4: Pontos de maior declividade da bacia. 
 
A partir destes pontos é possível organizar uma tabela que representa 
as maiores declividades bem como suas inclinações e sentido, conforme a 
tabela a seguir. 
Maiores declividades 
 
 
36 
 
Quadrícula Inclinação (%) Direção Quadrícula Inclinação (%) Direção 
1 72,21% SE 14 45,52% SE 
2 32,89% NO 15 60,05% L 
3 41,00% NO 16 73,33% NO 
4 36,83% SE 17 90,43% NE 
5 67,11% SE 18 95,93% N 
6 53,73% SO 19 80,29% SE 
7 72,21% SE 20 98,90% SE 
8 69,61% SE 21 84,65% NE 
9 103,57% SE 22 89,94% S 
10 167,79% NO 23 71,94% S 
11 117,58% SO 24 77,30% NO 
12 78,94% SO 25 76,61% SE 
13 59,71% L 26 84,42% S 
Tabela 5: Maiores declividades da bacias selecionadas a partir da tabela 1. 
 
Conforme se levantou os dados de maiores declividades é possível se 
conhecer o comportamento do relevo da região, este estudo pode ser feito 
observando a ocorrência das declividades da bacia, que é representado a 
seguir. 
Ocorrência de declividades de 30% a 170% 
Faixa de maior 
declividade 
Ocorrência 
Frequência 
Simples (%) 
Frequência 
acumulada 
decrescente (%) 
Frequência 
acumulada 
Crescente (%) 
25-35 1 3,846% 100% 3,846% 
36-45 3 11,538% 84,615% 15,385% 
46-55 1 3,846% 80,769% 19,231% 
56-65 2 7,692% 73,077% 26,923% 
66-75 6 23,077% 50,000% 50,000% 
76-85 5 19,231% 30,769% 69,231% 
86-95 4 15,385% 15,385% 84,615% 
95-105 2 7,692% 7,692% 92,308% 
acima de 105 2 7,692% 0,000% 100,000% 
Tabela 6: Ocorrência das declividades, em frequências simples, acumulada crescente 
e decrescente. 
Para melhor visualização dos dados é possível construir o gráfico a 
seguir, no qual verifica-se que as maiores declividades da bacia se encontra na 
faixa de 66-75%. 
 
 
 
37 
 
 
Gráfico 3: ocorrência das declividades da bacia hidrográfica. 
Os valores de frequência acumulado crescente e decrescente podem ser 
analisados no gráfico a seguir. 
 
Gráfico 4: Frequência acumulada crescente e decrescente. 
 Questão 5: Fazer o Diagrama Polar das Declividades das Encostas. 
 
A partir da tabela foi possível se conhecer a orientação das maiores 
declividades da região, sendo assim possível construir o gráfico conhecido 
como diagrama polar das declividades de encosta, verificando-se um padrão, 
donde as maiores declividades estão voltadas para orientação sudeste da 
bacia hidrográfica. 
0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0%
25-35
36-45
46-55
56-65
66-75
76-85
86-95
95-105
acima de 105
Ocorrência (%) 
D
e
cl
iv
id
ad
e
s 
(%
) 
Ocorrência de declividaes de 30% a 170% 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
D
e
cl
iv
id
ad
e
 (
%
) 
Ocorrência das declividades acumuladas (%) 
Frequências acumuladas 
Frequência acumulada
decrescente (%)
Frequência acumulada
Crescente (%)
 
 
38 
 
 
Gráfico 5: diagrama polar das declividades de encosta. 
 
 Questão 6 
Para traçar o perfil longitudinal do rio principal seguiu-se a seguinte 
metodologia: 
a) Criar um gráfico onde o eixo y é a altura em metros com escala 25:1 e o eixo 
x é a distância em metros com escala 1:1. 
b) Medir a distância entre as curvas de nível que cortam o rio principal, e criar 
conjuntos de pontos (x,y) onde x é a distância entre as duas curvas analisadas 
e y é a cota da curva. 
c) Plotar esses pontos no gráfico. 
d) Ligar os pontos. 
A declividade média foi estabelecida traçando uma linha inclinada no perfil 
longitudinal de modo que o somatório das áreas acima e abaixo da linha fosse 
igual a zero. 
0,000%
10,000%
20,000%
30,000%
40,000%
N
NE
L
SE
S
SO
O
NO
Sentido das declividades da bacia 
 
 
39 
 
 
Figura 18 – Perfil Longitudinal do rio principal. 
O perfil longitudinal com a linha da declividade média se encontra no anexo 1. 
 Questão 7 no anexo I 
 Questões 8 e 9. 
para um melhor entendimento da dinâmica da bacia em estudo; 
determinou-se o perímetro, a área de drenagem, o comprimento do talvegue, o 
comprimento total dos cursos d’água e o comprimento do rio principal através 
da ferramenta Autocad afim de determinar as suas características físicas como 
a forma da bacia e o sistema de drenagem. Essas informações obtidas pelo 
software seguem na tabela abaixo. 
 
Área da bacia 
(km²) 
Perímetro 
 (Km) 
Comprimento 
rio principal 
(km) 
Comprimento 
talvegue (km) 
Comprimentos 
total dos rios(km) 
22,66 25 7,02 8,92 93,32 
Tabela 6 - Características obtidas através da ferramenta AutoCad. 
 
 
 
40 
 
Depois da obtenção desses dados, calculou-se os parâmetros 
adimensionais relacionados à forma da bacia e poder concluir sobre suas 
características de perenidade. Esses parâmetros que são o coeficiente de 
compacidade e o fator de forma foram determinados com base das equações a 
seguir: 
*Coeficiente de compacidade: 
𝐾𝑐 = 0,28 ×
𝑃
√𝐴
 
(1) 
 
Onde: Kc o coeficiente de compacidade, P o perímetro (km) e A é a área de 
drenagem (km²) 
*Fator de forma: 
𝐾𝑓 = 
𝐴
𝐿²
 
(2) 
 
Onde: Kf o fator de forma, L o comprimento do rio principal (km) e A é a área 
de drenagem (km²) 
Os valores do coeficiente de compacidade e do fator de forma obtidos 
depois dos cálculos seguem na tabela abaixo. 
 
Coeficiente de compacidade (Kc) Fator de forma Kf 
1,47 0,46 
Tabela 7-Parâmetros para determinação da forma da bacia 
O valor do coeficiente de compacidade superior a 1 indica que a bacia 
apresenta tendência à forma alongada. Já que a forma de contorno da bacia 
indica suscetibilidade ás enchentes e perenidade do regime fluvial da bacia, 
pode-se concluir com base desses valores dos parâmetros adimensionais que 
a bacia está menos sujeita a enchente e com maior perenidade. 
Para aprofundar essa análise da bacia, foram determinadas as variáveis 
referentes ao sistema de drenagem da bacia tais como a densidade de 
drenagem, a extensão media do escoamento superficial e o índice de 
sinuosidade. 
Para determinar essas variáveis citadas logo acima foram utilizadas as 
seguintes equações: 
 
 
41 
 
 
 
 
*Densidade de drenagem: 
𝐷𝑑 =
𝐿
𝐴
 
(3) 
 
Onde: Dd a densidade de drenagem (Km/Km²), L o comprimento total 
dos canais (Km) e A é a área de drenagem da bacia (Km²). 
 
*Índice de sinuosidade: 
 
𝑆𝑖𝑛 =
𝐿
𝐿𝑡
 
(4) 
 
 
Onde: Sin a Sinuosidade, L o comprimento do rio principal (km) e Lt o 
comprimento do talvegue (km). 
 
*Extensão média do escoamento superficial: 
 
𝑒 =
𝐴
4𝐿
 
(5) 
 
Onde: e a extensão média do escoamento superficial, L o comprimento 
total dos canais (km), A a área de drenagem (km²). 
O resultado dos cálculos das variaveis segue abaixo na tabela 8. 
 
 
 
 
42 
 
Densidade de 
drenagem (km/km²) 
Extensão média do 
escoamento médio 
Indice de sinuosidade 
4,1 0,06 0,8 
Tabela 8-Características do sistema de drenagem do curso d'água 
Constata-se que a bacia apresenta uma densidade de drenagem 
excepcionalmente boa (>3,5 km/km²) e pode estar relacionada a baixas taxas 
de infiltração na bacia. Esses valores das variáveis relacionadas ao sistema de 
drenagem obtidas após cálculo vêm complementar o que foi dito sobre as 
características de perenidade da bacia. 
 
Ao final, com o auxílio do software Autocad, foi feita a classificação da 
ordem do curso d’água segundo Horton que reflete o grau de ramificação ou 
bifurcação dentro da bacia hidrográfica atribuindo-se um número de ordem a 
cada curso de água sendo classificadas como cursos de água de 1ª ordem 
aqueles que não apresentem afluentes. A linha de água formada pela junção 
de duas linhas de água com a mesma ordem origina uma ordem maior em um. 
A ordem do rio principal mostra a extensão da ramificação na bacia. 
Depois da classificação, deduziu-se que é uma rede de drenagem de 
ordem 4. Segue abaixo uma imagem ilustrativa da classificação feita. 
 
 
Figura 19 - Ordem da rede de drenagem da bacia. 
 
 
43 
 
 Questão 10 
Método de Picking: 
𝑇𝐶 = 5,3 . (
𝐿2
𝐼
)1/3 
Onde: L é a Distância Horizontal do leito (km) 
 I é a declividade média da linha de fundo (m/m) 
L=9km 
I=0,203(m/m) 
TC=39 min 
Método de Califórnia Culverts: 
𝑇𝐶 = 57 . (
𝐿3
𝐻
)0,385 
Onde: L é a Distância Horizontal do leito (km) 
 H é a diferença de nível entre o posto mais afastado da bacia e a seção 
considerada (m) 
L=9km 
H=280 m 
TC=82 min 
Método de Giandotti: 
𝑇𝐶 =
4 . √𝐴 + 1,5. 𝐿
0,8 . √𝐻
 
Onde: A é a Área de drenagem (km2) 
 L é a Distância Horizontal do leito (km) 
 H é a altura média da bacia (m) 
A=22,65km2 
L=9km 
H=1825 m 
TC=57 min 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
Método de Vem te Chow: 
𝑇𝐶 = 8,425−3 . (
𝐿
𝐼0,5
)0,64 
Onde: L é a Distância Horizontal do leito (m) 
 I é a declividade média da linha de fundo (m/m) 
L=9000m 
I=0,203(m/m) 
TC=285 min 
Método de Temes: 
𝑇𝐶 = 0,3 . (
𝐿
𝐼0,25
)0,78 
Onde: L é a Distância Horizontal do leito (km) 
 I é a declividade média da linha de fundo (m/m) 
L=9km 
I=0,203(m/m) 
TC= 136 min 
Método de Venture: 
𝑇𝐶 = 240.
√𝐴. 𝐿
 √𝐻
 
Onde: A é a Área de drenagem (km2) 
 L é a Distância Horizontal do leito (km) 
 H é a altura média da bacia (m) 
A=22,65km2 
L=9km 
H=1825 m 
TC=80 min 
 
 
 
 
 
45 
 
 
4. Conclusão 
 
Conclui-se que a bacia hidrográfica do Ribeirão vermelho apresenta 
índices físicos muito bons sendo assim não está suscetível a enchentes, muito 
disso se deve ao seu uso e ocupação do solo, esta bacia se encontra em uma 
situação rural-urbana, não é uma bacia nativa mas ainda sim a ação antrópica 
não a levou a situação de grande degradação hidrológica. 
Quanto aos tempos de recorrências calculados os valores se diferem 
muito, mas esta situação é normal pois cada autor define uma equação 
diferente para se calcular o tempo de recorrência sendo assim para validar um 
dos valores de TR calculados se deve estudar as condições de aplicação das 
equações ( relacionadas ao tipo de bacia hidrográfica ) e escolher a que melhor 
representa o local de estudo. 
 
5. Referências 
 
DANIEL F.; LEONARDO DUARTE B. Apostila de Hidrologia, Capítulo 3, junho 
de 2006 < 
http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/HIDRO-
Cap3-BH.pdf > .Acesso em 10 de junho de 2017 
< http://www.portalsaofrancisco.com.br/geografia/bacia-hidrografica >. Acesso 
em 10 de junho de 2017 
Figura 1; Figura 2; Disponíveis em : < 
http://www.portalsaofrancisco.com.br/geografia/bacia-hidrografica >. Acesso em 
10 de junho de 2017 
 
TUCCI, C.E.M., org. (1993). Hidrologia. Ciência e Aplicação. Ed. da 
Universidade - UFRGS / Ed. da Universidade de São Paulo – EDUSP / 
Associação Brasileira de Recursos Hídricos – ABRH. 
VILLELA, S.M. & MATTOS, A. (1975). Hidrologia Aplicada. Ed. McGraw-Hill. 
ARAÚJO, E. P. de; TELES, M. G. L.; LAGO, W. J. S..(2009) Delimitação das 
bacias hidrográficas da Ilha do Maranhão a partir de dados SRTM. Anais XIV 
Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Natal, Brasil, 25 – 30 abril 
2009, INPE, v. 1, pp. 4631 – 4638. 
 
 
46 
 
CARDOSO, M. R. D.: MARCUZZO, F. F. N.; Cálculo da área de drenagem e 
perímetro de subbacias do rio Araguaia delimitadas por MDE utilizando 
imagens ASTER. Anais II Simpósio Internacional Caminhos da Cartografia na 
Geografia: O Mapa como forma de expressão das geografias, São Paulo, 
Brasil, 01-04 Dezembro, USP, v.1, n. 1, 2010. 
Disponível em: 
<http://www2.ana.gov.br/Paginas/servicos/informacoeshidrologicas/redehidro.aspx 
>.acesso em 01/07/2017 
BORDAS, M.P.; SEMMELMANN, F.R.; Elementos de Engenharia de 
Sedimentos. In: TUCCI, C.M.R. Hidrologia: ciência e aplicação. Porto Alegre: 
ABRH, 2001. p.915 – 943. 
TUCCI, C.E.M.; BRAGA, B. Clima e Recursos Hídricos no Brasil. Porto Alegre: 
ABRH, 2003. 348p.

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