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Contabilidade, Planejamento Tributário e Matemática Financeira em uma Construtora

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SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO	�
2 DESENVOLVIMENTO-------------------------------------------------------------------------------5
2.1 Contabilidade Aplicada à Administração-----------------------------------------------------5
2.2 Planejamento Tributário--------------------------------------------------------------------------9
2.3 Matemática Financeira--------------------------------------------------------------------------12
3 CONCLUSÃO----------------------------------------------------------------------------------------15
4 REFERÊNCIAS--------------------------------------------------------------------------------------16
��
INTRODUÇÃO
A construtora EDIFICA nasceu em 21 de maio de 1983, materializando sob a iniciativa de um grupo de engenheiros jovens e recém-formados. Em um pequeno escritório com alguns móveis e com poucos aparatos tecnológicos, a empresa passou a se inserir de forma significativa no ramo imobiliário e de obras públicas. Hoje, a EDIFICA se faz presente em todas as regiões do país e seu leque de produtos engloba o planejamento e a construção de edifícios, centros comerciais e obras públicas, construções industriais de pequeno, médio e grande porte, tendo como clientes grandes empresas do ramo de alimentos, no segmento de varejo e de tecnologia.
A seguir iremos desenvolver Contabilidade Aplicada à Administração onde evidencia a situação econômica e financeira da construtora EDIFICA. Em ênfase da Contabilidade Aplicada à Administração será desenvolvido o motivo por que a construtora está obrigada a publicar seus demonstrativos financeiros e qual a diferença entre o que está apresentado no Balanço Patrimonial e o que a Demonstração do Resultado apresenta em termos de contas e tipos de informações, será desenvolvido também a elaboração a Análise Vertical e Horizontal com base no Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado do Exercício da construtora EDIFICA.
O processo inicial do planejamento se dá pela a exata compreensão do sistema tributário vigente, na qual serão necessários alguns passos iniciais para a construção deste planejamento, a saber: identificar a autoridade tributante, identificar a competência tributária da autoridade tributante, identificar o tributo devido, e identificar os possíveis benefícios a serem alcançados. Na contabilidade da EDIFICA, ocorreu um fato em 2011 que referenciou o planejamento tributário. A empresa desejou abrir uma filial na região sul para que pudesse aumentar seu Market-share e, com isso se solidificar no mercado. Na fase de planejamento desta nova filial, o setor contábil e financeiro da Mendes Jr. começou a realizar estudos para que pudesse maximizar todos os resultados financeiros e, assim garantir a eficiência econômica e financeira desta nova unidade. Logo, uma das preocupações centrais foi realizar um planejamento tributário que viesse a gerar uma queda na carga tributária que incide sobre as operações da organização. Dentro deste contexto será desenvolvido também no trabalho a maneira de como um planejamento tributário pode trazer benefícios para uma empresa.
Nesse mesmo contexto precisamos destacar o importante papel da matemática financeira que serve como um indispensável instrumento para se desenvolver os cálculos utilizados para o planejamento da organização.
Este trabalho pressupõe um estudo detalhado sobre contabilidade aplicada à administração, planejamento tributário e matemática financeira com informações de cada tema mencionado sobre a análise da situação da construtora EDIFICA.
Para entender melhor tudo isso vamos dar continuidade com o desenvolvimento da contabilidade aplicada à administração. 
DESENVOLVIMENTO
CONTABILIDADE APLICADA À ADMINISTRAÇÃO
A gestão organizacional envolve de forma interdisciplinar várias áreas importantes para o controle e a gestão patrimonial. Por meio dos demonstrativos financeiros, por exemplo, a contabilidade evidencia a situação econômica e financeira da entidade como se pode ver nos demonstrativos – Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício da EDIFICA apresentados aos anos de 2011, 2012 e 2013. Esses demonstrativos permitem que a empresa conheça não apenas sua estrutura patrimonial, mas que acompanhe a evolução desse patrimônio ao longo dos anos.
Pode-se afirmar que a Análise das Demonstrações Contábeis surgiu como ferramenta gerencial, interna à empresa, para prover o empreendedor de informações úteis à administração de seu negócio. A Contabilidade nasceu em decorrência da busca de informações que poderiam satisfazer às necessidades dos gestores das organizações com relação à apuração de resultado e do controle de seu patrimônio. (STÁVALE Jr., 2003). De maneira geral, a análise das demonstrações financeiras é feita mediante a tradução dos dados ou valores, em coeficientes ou índices permitindo, assim, a sua análise.
A Edifica publicou seus demonstrativos financeiros para fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro, que são úteis para a tomada de decisão. As demonstrações contábeis mostram os resultados do gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são confiados.
Tais informações, juntamente com outras constantes das notas explicativas às demonstrações contábeis, auxiliam os usuários a estimar os resultados futuros e os fluxos financeiros futuros da entidade.
Quando pensamos em Demonstração de Resultado, estamos nos referindo ao resultado econômico da empresa, que é apuração do lucro ou prejuízo em determinado período. Na construtora EDIFICA a apuração de lucro, mas baixa foi no período de 2011.
O Balanço Patrimonial mostra a situação financeira e patrimonial da empresa em determinada data. É um relatório importante e também utilizado para tomada de decisões, assim como a Demonstração de Resultados. 
	Balanço Patrimonial
	2013
	AV
	2012
	AV
	2011
	AV
	ATIVO TOTAL
	9.214.357
	100
	9.230.789
	100
	9.130.626
	100
	ATIVO CIRCULANTE
	711
	7,71%
	460
	4,98%
	11.868
	0,13%
	Disponibilidades 
	31
	0,33%
	33
	0,35%
	15
	0,16%
	Aplicação financeira
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	Valores a receber
	587
	6,37%
	300
	3,25%
	11.432
	0,12%
	Estoques
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	Outros ativos circulantes
	93
	1%
	127
	0,13%
	421
	0,46%
	ATIVO NÃO CIRCULANTE
	9.213.464
	100%
	9.230.329
	99,44%
	9.118.758
	99,45%
	Ativo realizável LP
	9.159.884
	99,40%
	9.179.067
	99,43%
	9.068.767
	99,32%
	Ativo permanente
	53.762
	5,83%
	51.262
	55,53%
	49.991
	54,75%
	Investimentos
	27.139
	29,45¨%
	24.135
	26,14%
	22.360
	24,48%
	Imobilizado
	26.623
	28,89%
	27.127
	29,38%
	27.631
	30,26%
	Intangível
	0
	0
	
	0
	0
	0
	
	
	
	
	0
	
	0
	 
	2013
	 AV
	2012
	AV
	2011
	AV
	PASSIVO TOTAL E PL
	9.214.357
	100
	9.230.789
	100
	9.130.626
	100
	Passivo Circulante
	14.953
	0,16%
	15.364
	0,16%
	27.387
	0,30%
	Obrigações sociais e trabalhista
	325
	0,35%
	366
	0,39%
	672
	0,73%
	Fornecedores
	175
	0,19%
	600
	0,65%
	304
	0,33%
	Obrigações Fiscais
	3.526
	3,82%
	4.688
	50,58%
	3.697
	40,49%
	Empréstimos e Financiamentos
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	Outros passivos de CP
	10.927
	11,85%
	9.710
	10,51%
	22.714
	24,87%
	Provisões
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	Passivos sobre ativos Ñ-
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	PASSIVO NÃO CIRCULANTE
	5.713.832
	62%
	5.441.519
	59,05%
	4.774.102
	51,81%
	Passivo Exigível á LP
	5.713.823
	62%
	5.441,519
	59,05%
	4.774.102
	51,81%
	Empréstimos e Financiamentos
	1.974.073
	21,42%
	1.801.289
	19,51%
	1.628.926
	17,84%
	Tributos Diferidos
	1.950.442
	21,16%
	1.950.605
	21,13%
	1.951.992
	21,37%
	Provisões de longo prazo
	721.668
	7,83%
	775.559
	8,40%
	226.427
	2,48%
	Outros passivos deLP
	1.067.64911,58%
	914.063
	9,90%
	966.827
	10,58%
	Passivo sobre ativos não recorrente
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	Lucros e Receitas a apropriar
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	 PATRIMONIO LIQUIDO
	3.485.572
	37,82%
	3.773.909
	41%
	4.329.137
	47,41%
	Capital Social
	2.163.400
	23,47%
	2.163.400
	23,43%
	1.863.400
	20,40%
	Reservas de Capital
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	Reservas de reavaliação
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	Reservas de lucro
	1.306.020
	14,17%
	1.593.973
	17%
	2.448.810
	26,82%
	Ajuste de avaliação patrimonial
	16.152
	17,52
	16.536
	18%
	16.927
	18,53%
	Lucros/prejuízos acumulados
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	Participação de acionistas 
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	Ajuste Acumulados de conversão
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	Outros Resultados
	0
	0
	0
	0
	0
	0
A seguir veremos a Análise Vertical e Horizontal com base no Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultados do Exercício da EDIFICA.
	DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO E
	2013
	AV
	2012
	AV
	2011
	Av
	RECEITA DE VENDAS
	
	5.492
	100
	2.835
	100
	1.918
	100
	(-) Custos dos bens e serviços 
	480
	8,73%
	504
	17,77%
	1.918
	100
	(=) RESULTADO BRUTO
	
	5.012
	91,26%
	2.331
	82,22%
	506
	26,38%
	(-) Despesas operacionais
	
	106.021
	1,93%
	554.905
	19,57%
	1.412
	73,61%
	Despesas com vendas
	
	
	0
	
	0
	26.896
	1,40%
	Despesas gerais e administrativas
	12.528
	228,11%
	25.766
	908,85%
	17.348
	904,48%
	Perdas pela ñ recuperabilidade
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	Outras receitas operacionais
	
	0
	
	0
	
	0
	Outras despesas operacionais
	97.976
	1,78%
	530.914
	18,72%
	10.624
	553,91%
	Resultado da equivalência P
	4.483
	81,62%
	1.775
	62,61%
	1.076
	56,10%
	(=) RESULTADOS ANTES DO JUROS
	101.009
	1,83%
	552.574
	19,49%
	25.484
	1,32%
	(+) Receitas Financeiras
	
	194.130
	3,53%
	205.607
	7,25%
	1.074.047
	55,99%
	(-) Despesas Financeiras
	
	488.743
	8,22%
	492.359
	17,36%
	183.311
	9,55%
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	RESULTADOS ANTES DO IR/CSSL
	395.622
	7,20%
	839.622
	29,61%
	865.252
	45,11%
	(-) Provisão para IR/CSLL
	
	123.510
	2,24%
	284.098
	10,02%
	286.346
	14,77%
	=) RESULTADO LIQUIDO DAS OP
	272.112
	4,95%
	555.228
	19,58%
	578.906
	30,18%
	(+) Resultado liq.op.descontinuada
	
	0
	
	0
	
	0
	(=) RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO
	272.112
	4,95%
	555.228
	19,58%
	578.906
	30,18%
	DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO E
	2013
	AV
	2012
	AV
	2011
	Av
	RECEITA DE VENDAS
	
	5.492
	100
	2.835
	100
	1.918
	100
	(-) Custos dos bens e serviços 
	480
	8,73%
	504
	17,77%
	1.918
	100
	(=) RESULTADO BRUTO
	
	5.012
	91,26%
	2.331
	82,22%
	506
	26,38%
	(-) Despesas operacionais
	
	106.021
	1,93%
	554.905
	19,57%
	1.412
	73,61%
	Despesas com vendas
	
	
	0
	
	0
	26.896
	1,40%
	Despesas gerais e administrativas
	12.528
	228,11%
	25.766
	908,85%
	17.348
	904,48%
	Perdas pela ñ recuperabilidade
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	Outras receitas operacionais
	
	0
	
	0
	
	0
	Outras despesas operacionais
	97.976
	1,78%
	530.914
	18,72%
	10.624
	553,91%
	Resultado da equivalência P
	4.483
	81,62%
	1.775
	62,61%
	1.076
	56,10%
	(=) RESULTADOS ANTES DO JUROS
	101.009
	1,83%
	552.574
	19,49%
	25.484
	1,32%
	(+) Receitas Financeiras
	
	194.130
	3,53%
	205.607
	7,25%
	1.074.047
	55,99%
	(-) Despesas Financeiras
	
	488.743
	8,22%
	492.359
	17,36%
	183.311
	9,55%
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	RESULTADOS ANTES DO IR/CSSL
	395.622
	7,20%
	839.622
	29,61%
	865.252
	45,11%
	(-) Provisão para IR/CSLL
	
	123.510
	2,24%
	284.098
	10,02%
	286.346
	14,77%
	=) RESULTADO LIQUIDO DAS OP
	272.112
	4,95%
	555.228
	19,58%
	578.906
	30,18%
	(+) Resultado liq.op.descontinuada
	
	0
	
	0
	
	0
	(=) RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO
	272.112
	4,95%
	555.228
	19,58%
	578.906
	30,18%
	
	
	
	
	
	
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO E
	2013
	AH
	2012
	AH
	2011
	AH
	RECEITA DE VENDAS
	5.492
	100
	2.835
	100
	1.918
	100
	(-) Custos dos bens e serviços 
	480
	-4,76%
	504
	26,17%
	1.918
	100
	(=) RESULTADO BRUTO
	5.012
	115%
	2.331
	-99,53%
	506
	100
	(-) Despesas operacionais
	106.021
	-80,89%
	554.905
	39,19%
	1.412
	100
	Despesas com vendas
	 
	0
	0
	0
	0
	0
	Despesas gerais e administrativas
	2.528
	-51,37%
	25.766
	48,52%
	17.348
	100
	Perdas pela ñ recuperabilidade
	0
	 
	0
	 
	0
	100
	Outras receitas operacionais
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	Outras despesas operacionais
	97.976
	-81,54%
	530.914
	4,89%
	10.624
	100
	Resultado da equivalência P
	4.483
	152,56%
	1.775
	64,96%
	1.076
	100
	(=) RESULTADOS ANTES DO JUROS
	101.009
	-81,72%
	552.574
	-78,31%
	25.484
	100
	(+) Receitas Financeiras
	194.130
	-5,58%
	205.607
	-99,80%
	1.074.047
	100
	(-) Despesas Financeiras
	488.743
	-99%
	492.359
	168,59%
	183.311
	100
	RESULTADOS ANTES DO IR/CSSL
	395.622
	-52,88%
	839.622
	-2,96%
	865.252
	100
	(-) Provisão para IR/CSLL
	123.510
	-56,52%
	284.098
	-0,78%
	286.346
	100
	=) RESULTADO LIQUIDO DAS OP
	272.112
	-60%
	555.228
	-4%
	578.906
	100
	(+) Resultado liq.op.descontinua
	 
	0
	 
	0
	 
	100
	(=) RESULTADO LIQUIDO DO E
	272.112
	-60%
	555.228
	-4%
	578.906
	 
Com análises feitas nos demonstrativos contábeis da empresa MENDES JR, verificamos que na análise horizontal temos um aumento significativo desde 2011 até 2013. Onde os valores a receber em 2013, terá um significativo de alta de 95,66% nas contas do ativo. Comparando as disponibilidades dos anos decorrentes veremos que 2012 é de 120% e já 2013 nos mostra uma diminuição de -6,06%, com uma diferença bem visível. No patrimônio líquido notamos que tanto 2012 quanto em 2013 houve quedas de -12,87% e -7,64% respectivamente. Dentre outras temos um destaque para o capital social que era de 29,9% e no ano vigente fica 0%, destacaremos também as reservas de lucros que são negativas com – 100% em 2013 demonstrando uma queda acentuada de um ano para o outro. E no seu demonstrativo de resultado indica que as receitas de vendas aumentaram 93,72% de um ano para o outro, consequentemente o resultado da equivalência patrimonial dá um salto positivo de 64,96% para 152,56%, sendo que outra despesa operacional fica negativo de -81,74% em 2013. E o seu resultado líquido do exercício também fica negativo nos dois anos com -60% no ano vigente.
Com as análises verticais o ativo circulante de 2013 fica em 7,71% do total do ativo da empresa, onde será nos valores a receber que a empresa passa de0,12% em 2011, de 3,25% em2012, e 2013 ficara com 6,37% deste total. O ativo não circulante faz suas comparações de um ano para o outro de 100% de aproveitamento, tendo a conta do ativo realizável a longo prazo que vem progredindo conforme os anos como mostra as análises dos anos 2011 e 99,32%,2012 e 99,43% e em2013 é 99,40% logo os dois últimos anos ficam estáveis. Já o passivo não circulante se representara com 62% do total do passivo. O patrimônio líquido terá 41% em 2012, com um capital social dando um aumento de23,47% em 2013. Mais seu demonstrativo de resultado indicara que na conta de resultado de equivalência patrimonial tem um aumento de 81,62% no decorrer dos 3 anos. Se fossemos gestoras e gestores da empresa, trabalharíamos mais para vender nossos serviços e criaríamos estratégias de formas de pagamentos dos fornecedores. 
2.2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Na contabilidade da EDIFICA, ocorreu um fato em 2011 que referenciou o planejamento tributário. A empresa desejou abrir uma filial na região sul para que pudesse aumentar seu Market-share e, com isso se solidificar no mercado. Na fase de planejamento desta nova filial, o setor contábil e financeiro da Mendes Jr.começou a realizar estudos para que pudesse maximizar todos os resultados financeiros e, assim garantir a eficiência econômica e financeira desta nova unidade.
Para empresas que não realizam a escrituração regular ou ainda que não recolheram os tributos devidamente O planejamento tributário pode ser entendido como o planejamento empresarial que tem como objeto a análise dos tributos e seus reflexos na organização e objetivo de economia de impostos, adotando procedimentos estritamente dentro da legalidade. É uma forma prévia de analisar os fatos administrativos e fiscais, buscando a forma menos onerosa para à concretização dos negócios empresariais (SIQUEIRA, 2011).
A partir do planejamento tributário, a empresa passa a funcionar/operar de forma mais organizada. O planejamento tributário nada mais é, do que uma maneira legal, que a empresa utiliza para minimizar a carga tributária que incide sobre as suas atividades operacionais.
É de fundamental importância que tal planejamento esteja presente desde o início da empresa, para quando ela estiver operando, já possuir um planejamento bem construído e adaptado. Mas para que isso ocorra, é necessário que a organização siga alguns passos muito importantes para o sucesso da realização desse planejamento. 
Cada empresa precisa optar por um regime tributário e assim escolher aquele que ela se encaixa de acordo com as suas características empresariais. 
Uma das formas de tributação é o lucro real que, segundo Oliveira (2009), é a forma de tributação que tem como base a contabilidade elaborada de acordo com as Leis fiscais/tributárias e comerciais, ou seja, a tributação é aplicada com base no lucro real apurado no período, portanto, a partir da escrituração (rígida e sem falhas) e aplicação do percentual de tributos sobre o lucro. Outra opção de tributação é o lucro presumido, que de acordo com Oliveira (2009), é similar ao lucro real, sendo sujeito aos mesmos tributos diretos (IRPJ e CSLL) indiretos (PIS e COFINS), porém ao invés da base ser o lucro, aplica-se um percentual de presunção sobre o faturamento bruto das empresas e sobre o lucro. Outra opção de tributação, segundo a Lei 8.981 de 1995, artigo 47, tem-se o lucro arbitrado, o qual se refere a uma imposição efetuada pelo fisco, normalmente, normalmente com alíquotas mais elevadas que o lucro presumido.
A partir do exposto, percebe-se que o planejamento tributário trás para a empresa uma maior tranquilidade, maior flexibilidade de caixa, gerando assim um resultado maior no caixa da empresa, e com isso, ela vai poder investir mais e manter a competitividade no mercado, além de poder aumentar suas instalações, comprar novos equipamentos para a organização.
O planejamento tributário dentro do escopo da gestão tributária também necessita analisar se determinada ação proposta pelo setor de tributos, ou departamento tributária da organização irá produzir redução dos gastos financeiros com essa ação, produzindo economia tributária para a organização, ou se a ação tomada pela empresa irá produzir uma diminuição nos valores pagos dos tributos efetivamente, mas incorrerão outros custos de obrigações acessórias, que no somatório geral de análise financeira, não se tornará vantajoso para a perfeita tomada de decisão. 
Por exemplo: Diga-se que determinada empresa teria que recolher a alíquota de 27,5% de imposto de renda da pessoa física de um de seus acionistas, onde após fazer-se todos os cálculos, deduções e outras ações, obtém-se que esse acionista deverá recolher o valor de R$ 5.000,00 para o pagamento desse tributo. No entanto, a empresa pode fazer uma outra ação, que poderá vir a reduzir esse valor, através do parcelamento do valor do pró-labore do acionista. Assim sendo, ao invés de pagá-lo em uma única vez, o que incide o percentual de 27,5%, a empresa faz o parcelamento em 3 vezes, sendo que o valor financeiro que o acionista irá receber será o mesmo.  Só que, em virtude do parcelamento, a alíquota que incide sobre cada parcela é de 15%, gerando uma economia de 12,5%, o que daria cerca de R$ 1.000,00 de economia. No entanto, para fazer-se esse parcelamento, é necessário que um funcionário da empresa trabalhe cerca de 2 horas a mais, pois precisará fazer 03 documentos comprobatórios do pagamento do pró-labore, além de recolher 03 guias de FGTS do acionista, fazer as anotações nos livros fiscais pertinentes em 03 momentos diferentes e outras ações, que quando contabilizadas mostram um custo de R$ 1.200,00, sendo superior à economia potencial produzida com a redução do tributo. Desse modo, compensaria fazer o recolhimento original com a alíquota de 27,5%. 
Dessa maneira, é com o planejamento tributário que a organização conseguirá perceber essas ações e poderá fornecer subsídios para a melhor tomada de decisão, que realmente produza efeitos satisfatórios que gerem econômica tributária e redução de custos com os tributos.
Em síntese, os objetivos do planejamento tributário são:
a) evitar a incidência do tributo, adotando ações e procedimentos que evitem a ocorrência do fato gerador dos tributos.
b) reduzir os valores totais a serem recolhidos pelos tributos, talvez o objetivo principal do planejamento tributário, que busca a redução de valores financeiros referentes aos pagamentos de tributos.
c) retardar o pagamento do tributo, através de ações que consigam postergar o pagamento do tributo, sem a ocorrência de multas.
2.3 MATEMÁTICA FINANCEIRA
Diante da importância da Matemática financeira para a análise contábil de uma empresa e considerando o demonstrativo financeiro da EDIFICA, analisamos algumas situações. Considerando o valor a receber no Ativo Circulante e o empréstimo e
Financiamentos no Passivo Circulante do ano de 2013, para que haja o acréscimo de 5% no valor das suas disponibilidades que será 31 do ativo circulante sendo que o empréstimo e financiamento é 0, então teremos uma taxa de juros de i= -21,4174578a.m. sendo que esses 5% de acréscimo passa a ser 5% de desconto nas disponibilidades.
Valor a receber= 587
Empréstimo e financiamento = 0
Disponibilidades = 31
Disponibilidades *5% =1,55
Disponibilidades +1,55 =32,55
Capital =587
M=C.(1+i)n
32,55=587.(1+i)12
12√32,55/587= 12√.(1+i)12
0,785825421=1+i
0,785825421-1=i
i=-0,214174578.100
i=-21,4174578
Com as análises financeiras, o tipo de amortização mais adequado a se pagar este empréstimo, com 5 parcelas mensais a 1,7% ao mês, é por Sistema de Amortização Constante (SAC), pois o montante a ser pago será menor que se utilizar o sistema PRICE, ou seja, seus juros são menores, e fica mais em conta para empresa.
 
PMT = PV. 	(1+i)n . i 
 (1+i)n - 1
PV = 0
n = 5
i = 1,7% = 0,017
PMT = 0
Usamos todas as suas orientações e chegamos ao um resultado zero (0), portanto não haverá parcelas à serem pagas porque no passivo circulante o empréstimo é 0. Imagine que o valor a receber no ativo circulante de 2012 não ocorreu até dezembro 2012, então é feito um novo planejamento para que esse valor seja pago á empresa em junho de 2013. O novo valor a receber pela empresa considerando uma taxa de juros compostos de 2% a. m. será R$518,03.
Veremos detalhadamente os cálculos a seguir:
Valor a receber no ativo circulante de 2012 = 460
n = 6 meses (período de final de 2012 à junho de 2013)
i = 2% ou 0,02
Utilizando a fórmula de juros compostos teremos M=C.(1+i)n
M= 460*(1+0,02)6
M= 460*(1,02)6
M= 460*1,126162419
M= 518,03
Para o empréstimo no Passivo Exigível a Longo Prazo não Circulante em 2013, a forma de pagamento mais interessante para a EDIFICA é a de juros composto. Por que é o mais comum no sistema financeiro e o mais útil para os cálculos do dia-a-dia da empresa e são aplicadas em grandes operações financeiras.
 Juros simples
i = 0,65% a.m. ou 0,0065
n = 8 meses
Passivo Exigível a Longo Prazo não Circulante em 2013 = 5713,832
Para juros simples utilizamos a fórmula: Ji = C .i . n
E depois M = C + J
J= c*i*n M= C+J
J= 5713,823*0,0065*8 M=5713,823+297,118,796
J= 297, 118,796 M= 302,832,619
JUROS COMPOSTO
i = 0,75% ou 0,0075
n = 5 meses
Passivo Exigível a Longo Prazo não Circulante em 2013 = 5713,832
Utilizando a fórmula de juros compostos teremos M=C.(1+i)n
M= 5713,823*(1+0,0075)5
M=5713,823* (1,0075)5
M= 5713,823*1.0380667346
M= 5, 931,329.5836
3 CONCLUSÃO
A partir dos aspectos analisados, conclui-se que a matemática financeira, bem como, a contabilidade e o planejamento tributário, são ferramentas primordiais para o sucesso de uma empresa. É a partir dessas três ferramentas que a empresa irá operar de forma mais eficaz, evitando gastos desnecessários, tendo uma previsão e controle dos lucros e despesas, e assim impedir que a mesma tome decisões precipitadas e até mesmo erradas em um investimento.
REFERÊNCIAS
Fonte: Matemática Financeira conceitos básicos Acesso em 01 de Maio de 2017. Disponível em: http://www.somatematica.com.br/emedio/finan2.php
Nascimento, Edilson Reis
Planejamento tributário/ Edilson Reis do Nascimento,
Wilson Moisés Paim, Alexandre Mazzoco. – Londrina:
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
Dambrowski, Adrian
Matemática financeira e comercial/ Adrian Dambrowski,
Merris Mozer, José Alfredo Pereja Gómes de La Torre,
Helenara R. Sampaio. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014
Polizel, Gisele Zanardi
Contabilidade/ Gisele Zanardi Polizel, Wagner Luiz
Villalva, Willian Ferreira dos Santos. – Londrina :
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2015. 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
cláudia cardoso redig de amorin
Érika pinheiro barata
ELYHELDER BARROS OLIVEIRA
JOZELMA ARANHA MENDES
NELSON DA SILVA SAMPAIO
TÁSSIA SOUZA PICANÇO
CONTABILIDADE APLICADA À ADMINISTRAÇÃO, PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO, MATEMÁTICA FINANCEIRA.
Macapá
2017
cláudia cardoso redig de amorin
Érika pinheiro barata
ELYHELDER BARROS OLIVEIRA
JOZELMA ARANHA MENDES
NELSON DA SILVA SAMPAIO
TÁSSIA SOUZA PICANÇO
CONTABILIDADE APLICADA À ADMINISTRAÇÃO, PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO, MATEMÁTICA FINANCEIRA.
Trabalho apresentado ao Curso Bacharelado em Administração da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Matemática Comercial e Financeira, Contabilidade Aplicada à Administração, Planejamento Tributário.
Profa. Alessandra Petrechi.
Prof. Aroldo Salviato.
Prof. Carlos Eduardo de Lima.
Prof. Leuter Eduardo Cardoso Júnior.
Profa. Luisa Maria Sarábia Cavenaghi.
Profa. Milene Rocha Lourenço.
Prof. Régis Garcia.
Macapá
2017

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