Buscar

document (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O exercício profissional contábil: 
um estudo da viabilidade de 
implementação de uma 
empresa contábil
Raquel da Silva Severo
Bacharel em Ciências Contábeis pela Univer-
sidade Regional Integrada (URI) do Alto Uru-
guai e das Missões
E-mail: rakelssevero@hotmail.com
Renata Rotta Schropfer
Bacharel em Ciências Contábeis pela Univer-
sidade Regional Integrada (URI) do Alto Uru-
guai e das Missões
E-mail: renata_rotta@hotmail.com
Rosane Maria Seibert
Graduada em Ciências Contábeis pela Unijuí e 
em Administração pela URI; é mestre em Ad-
ministração pela PUC/RJ e Doutora em Ciên-
cias Contábeis pela Unisinos.
Atua como professora dos cursos de Gradu-
ação em Administração e Ciências Contábeis 
e do programa de pós-graduação em Gestão 
Estratégica de Organizações da Universidade 
Regional Integrada (URI) do Alto Uruguai e 
das Missões
E-mail: rseibert@san.uri.br
Neusa Maria da C. Gonçalves Salla
Graduada em Ciências Contábeis pela Unijuí 
e em Administração pela URI; é mestre em Ci-
ências Contábeis pela USP; é doutora em Ad-
ministração e Ciências Contábeis pela Furb. É 
professora e coordenadora do curso de gradu-
ação em Ciências Contábeis e professora e vi-
ce-coordenadora do programa de pós-gradu-
ação em Gestão Estratégica de Organizações 
da Universidade Regional Integrada (URI) do 
Alto Uruguai e das Missões
E-mail: neusalla@san.uri.br
O artigo objetiva analisar a viabilidade econômica e financeira da implementação de uma empresa contábil no noroeste do Rio Grande do Sul. A 
análise de viabilidade minimiza os riscos do investimento. 
A pesquisa, quanto aos fins, se classifica como descritiva, 
explicativa e aplicada. Quanto aos meios de investigação, 
procedeu-se a pesquisa bibliográfica, documental e entrevistas 
semiestruturadas com os proprietários de escritórios de 
contabilidade. As análises foram feitas, qualitativamente, para 
avaliar o ambiente de inserção do investimento. Também 
foram feitas análises quantitativas com procedimentos 
matemáticos e estatísticos, para a criação dos quadros 
econômicos e financeiros e cálculo dos métodos de análise 
de investimentos. Os resultados apontam para a viabilidade 
em todos os aspectos: o mercado e o ambiente comportam a 
empresa, bem como o valor presente líquido positivo, o tempo 
de retorno do investimento e a taxa interna de retorno são 
superiores àqueles esperados pelos investidores. Além disso, 
as análises de cenários e de sensibilidade também indicam a 
viabilidade da proposta. O estudo limitou-se a uma empresa 
contábil de pequeno porte, portanto, sugere-se estudos em 
empreendimentos maiores, e utilizando-se outros métodos de 
análise para identificar a viabilidade dos investimentos.
69REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE
RBC n.º 229
Recebido em 31/7/2017. Distribuído em 31/7/2017. Pedido de revisão em 26/10/2017. Recebi-
do em 04/11/2017. Aprovado em 08/11/2017, na quinta rodada, por dois membros do Con-
selho Editorial. Publicado na edição janeiro-fevereiro de 2018. Organização responsável pelo 
periódico: Conselho Federal de Contabilidade
70 O exercício profissional contábil: Um estudo da viabilidade de implementação de uma empresa contábil
RBC nº 229. Ano XLVII. Janeiro/fevereiro de 2018.
1. Introdução
Atualmente muitas pessoas 
desejam abrir o seu próprio negó-
cio, mas para isso o empreende-
dor deve buscar informações so-
bre a atividade que deseja explorar, 
analisar a situação do mercado e 
as tendências do setor no ambien-
te em que deseja inserir o investi-
mento. Nesse sentido, a análise da 
viabilidade econômica e financei-
ra da constituição de um escritó-
rio de contabilidade em uma cida-
de de porte médio do noroeste do 
Rio Grande do Sul pretende contri-
buir com a tomada de decisão dos 
investidores.
A análise de viabilidade eco-
nômica e financeira de um em-
preendimento é essencial para sua 
prosperidade e análise de retornos 
futuros. É por meio dessa análi-
se que o empreendedor tem visão 
ampla da situação ambiental, mer-
cadológica, legal, fiscal e política, 
possuindo mais subsídios para a 
tomada de decisão. Para isso, fez-
se necessária a elaboração de um 
plano de negócios que contemple 
essas análises qualitativas. Para fi-
nalizar o plano de negócios, pro-
cedem-se as análises quantitati-
vas tradicionais de investimentos 
a partir da projeção dos resulta-
dos e dos fluxos de caixa futuros, 
como, por exemplo, a definição 
do valor presente líquido, a análi-
se do tempo de retorno do respec-
tivo investimento e a taxa interna 
de retorno. Também faz-se neces-
sário proceder análises de ce-
nários e sensibilidade. Assim, 
este artigo tem como obje-
tivo analisar a viabilidade econômi-
ca e financeira da constituição de 
um escritório de contabilidade em 
uma cidade de porte médio no no-
roeste do Rio Grande do Sul.
O estudo contribui com a co-
munidade em geral e para os futu-
ros contadores que buscam infor-
mações sobre a implementação de 
uma empresa contábil, pois a aná-
lise de investimentos minimiza os 
riscos e as dificuldades que os em-
preendedores encontrarão para a 
tomada de decisão sobre investir, 
ou não, proporcionando conheci-
mento da área. Assim a decisão 
pode ser tomada com maior se-
gurança por meio de informações 
confiáveis e relevantes. O estudo 
também contribui com a área de 
análise de investimentos, por meio 
de um estudo sobre empresa con-
tábil, área com muitos empreen-
dimentos, porém com poucos ou 
nenhum estudo de análise da via-
bilidade desse tipo de empresa 
publicado.
Destaca-se que este estudo se li-
mita a uma empresa da área con-
tábil, localizada em uma cidade 
de porte médio. Dada a importân-
cia do tema análise de investimen-
tos, sugerem-se outros estudos, em 
outros setores de atividade, como 
também em empreendimentos de 
maior porte, demonstrando a viabi-
lidade, ou não, de outras propostas, 
e estudos utilizando outros méto-
dos de análise para definir a viabi-
lidade, ou não, dos projetos de in-
vestimentos. Na sequência, o artigo 
apresenta revisão da literatura que 
embasa a pesquisa, os procedimen-
tos metodológicos utilizados, os re-
sultados da pesquisa e as conside-
rações finais.
2. Revisão da literatura
Neste tópico apresentam-se os 
temas teóricos que suportam a pes-
quisa empírica. 
2.1 Contabilidade e empresas de 
serviços contábeis
A contabilidade surgiu da neces-
sidade que o homem proprietário de 
patrimônios tinha em acompanhar e 
controlar suas riquezas, por meio da 
qual passa a conhecer a saúde eco-
nômico-financeira do seu patrimô-
nio (MARION, 2012; SOUZA, 2012). 
Analisando a contabilidade como 
profissão, Marion (2012) a desta-
ca como uma das áreas que mais 
proporciona oportunidades profis-
sionais. O contador é o profissional 
que exerce as funções contábeis; ele 
pode atuar em empresas, na área de 
ensino, em órgãos públicos e ainda 
como profissional autônomo no pa-
pel de auditor, consultor, perito, e 
empresário contábil. Neste estudo a 
ênfase foi dada na atuação do pro-
fissional da contabilidade como em-
presário, proprietário de empresas 
de serviços contábeis ou escritório 
de contabilidade.
De acordo com Zeiithaml e Vala-
rie (2003, p.28), “serviços são ações, 
processos e atuações. [...] não são 
coisas tangíveis que possam ser to-
cadas, vistas e sentidas, pelo con-
trário, são ações e atuações intan-
gíveis”. Para Kotler e Armstrong 
(2007), serviço é qualquer ato que 
uma parte oferece a outra e que é in-
tangível e não resulta na proprieda-
de de qualquer coisa. Sua produção 
pode, ou não, estar vinculada a um 
produto físico”, podendo-se concluir 
que prestação de serviço é uma ação 
ou um desempenho que uma parte 
presta a outra.
As empresas ou escritórios 
de contabilidade prestam servi-
ços para pessoas físicas e jurídi-
cas que atuam em todos os ramos 
daatividade econômica (THOMÉ, 
2001; ANJOS, et al., 2010; OLIVEI-
RA, 2017). Elas se dedicam tanto à 
execução de serviços como a asses-
sorar seus clientes, atendendo às 
micro, pequenas, médias ou gran-
des empresas. O normal para este 
ramo é prestar serviços para todos 
71REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE
RBC nº 229. Ano XLVII. Janeiro/fevereiro de 2018
os tipos de clientes, porém há em-
presas que se especializaram em 
determinados tipos de clientes. Os 
serviços prestados são os de con-
sultoria, contabilidade, adminis-
tração pessoal, escrituração fiscal, 
expediente, auditoria, perícia e as-
sessoria (THOMÉ, 2001).
O trabalho contábil é direcio-
nado para dois objetivos: “um, 
com aspecto gerencial, no qual 
procuramos levar as informações 
ao administrador para a tomada 
de decisões e informações aos pro-
prietários, sócios e acionistas, so-
bre a situação financeira e econô-
mica da empresa” (THOMÉ, 2001, 
p.75); o outro, com enfoque tri-
butário, “no qual devemos estar 
sempre atentos para todas as dis-
posições legais, evitando tanto o 
recolhimento de tributos acima do 
exigido, como o recolhimento a 
menor, que irá gerar multas e ou-
tros encargos no futuro”.
Outro fator importante para a 
contabilidade são os equipamentos 
de informática. A popularização dos 
programas, sistemas e equipamen-
tos facilitam a atividade das em-
presas de contabilidade, tornando-
se ferramentas importantes para a 
execução dos serviços. Atividades 
mecânicas são executadas pelos 
programas computacionais, permi-
tindo que o contador dedique tem-
po para tarefas mais importantes e 
complexas. Com relação aos hono-
rários, os contadores devem levan-
tar custos e, consequentemente, 
realizar uma pesquisa de mercado, 
para somente assim estabelecer seu 
preço. (THOMÉ, 2001; ROCHA, 
2004; RODRIGUES; 
SANTOS, 2016).
Portanto, é indis-
cutível a importância 
de um profissional 
de contabilidade para 
uma organização em-
presarial, independentemente do 
porte ou da atividade que é desen-
volvida, pois todas necessitam das 
informações contábeis para tomar 
decisões e analisar a situação eco-
nômico-financeira do negócio, sen-
do, portanto, a constituição de um 
escritório de contabilidade uma op-
ção para um profissional contador.
2.2 Projetos de investimentos
Antes de iniciar qualquer em-
preendimento, é necessário que se 
faça um projeto, coletando infor-
mações qualitativas e quantitati-
vas, que auxiliam na tomada de de-
cisão. É por meio das informações 
obtidas no projeto que o empreen-
dedor verifica antecipadamente se 
o investimento trará os resultados 
desejados. Um projeto pode ser en-
tendido como um conjunto de in-
formações coletadas e processadas, 
de modo que simule uma alternati-
va de investimento para testar sua 
viabilidade, possibilitando a toma-
da de decisão em alocar ou não re-
cursos em determinado empreen-
dimento (WOILER; MATHIAS, 2011; 
FONSECA, 2012)
A classificação do projeto por 
tipo dependerá do objetivo. Se 
este for de classificar em função 
do setor econômico, tem-se: pro-
jetos agrícolas, industriais e de 
serviços. Se o objetivo for de clas-
sificá-lo conforme o ponto de vis-
ta microeconômico, esta classifi-
cação pode ser: de implantação, 
de expansão ou de ampliação, de 
modernização, de localização e de 
diversificação. Os projetos tam-
bém podem ser classificados de 
acordo com o uso dele: projeto de 
viabilidade, projeto final e projeto 
de financiamento (WOILER, MA-
THIAS, 2011; BORDEAUX-REGO, 
2015). Dessa forma, esse projeto 
de investimento assim se classifi-
ca: em função do setor econômi-
co, de serviços; conforme o ponto 
de vista microeconômico, de im-
plantação; conforme o uso que 
ele terá para a empresa ao longo 
do processo decisório e até a sua 
implantação, de viabilidade. 
Um projeto de investimentos 
é elaborado em etapas interativas 
(WOILER; MATHIAS, 2011). Os pri-
meiros passos são proceder análises 
de mercado e do ambiente onde se 
pretende implementar a empresa. 
Na análise ambiental, verificam-se 
alguns fatores do ambiente inter-
no e externo ao empreendimento, 
que deverão ser considerados antes 
de realizar o investimento, como 
oportunidades, ameaças, forças e 
fraquezas. Na análise das oportuni-
dades, pode-se verificar, por exem-
plo, o potencial de mercado (análi-
se do mercado) crescente para um 
tipo de produto ou serviço e em 
consequência analisam-se as even-
tuais ameaças. Em seguida, 
é elaborada a aná-
lise das forças que 
a empresa possui. 
E por fim, a análise 
das fraquezas inter-
nas, como a neces-
sidade de investir em 
marketing, por exem-
plo (PORTER, 1999; 
WOILER; MATHIAS, 2011; 
FONSECA, 2012; BORDE-
AUX-REGO, 2015).
Depois, analisam-se 
os componentes eco-
nômicos, em que são ca-
72 O exercício profissional contábil: Um estudo da viabilidade de implementação de uma empresa contábil
RBC nº 229. Ano XLVII. Janeiro/fevereiro de 2018.
racterizados o produto, a quantida-
de demandada projetada, os canais 
de comercialização, o preço de ven-
da e outros fatores semelhantes. Pos-
teriormente são analisados os aspec-
tos técnicos, a localização e a escala 
do projeto, que estão relacionados 
com o tipo de processo a ser escolhi-
do e podem condicionar a localiza-
ção geográfica e a escala de produ-
ção (WOILER; MATHIAS, 2011).
O passo seguinte é levantar as 
necessidades de pessoas para com-
por a estrutura administrativa a ser 
implantada e verificar a necessidade 
de treinamentos e de consultorias. 
Nesta fase também são tratados 
os aspectos jurídicos e relaciona-
dos com o meio ambiente. Tam-
bém são considerados os incenti-
vos de ordem fiscal e/ou econômica 
(WOILER; MATHIAS, 2011). Depois 
de uma série de iterações, o empre-
endedor verifica se o investimen-
to se mostra viável, caso seja, ele 
é implantado e posto em operação 
(WOILER; MATHIAS, 2011; FONSE-
CA, 2012; BORDEAUX-REGO, 2015).
São diversos os recursos neces-
sários para a realização de um in-
vestimento. A execução do projeto 
dependerá fundamentalmente dos 
recursos disponíveis interna e ex-
ternamente à empresa. Estes recur-
sos podem ser classificados como 
sendo, capital, recursos humanos, 
informática, tecnologia e outros 
(WOILER; MATHIAS, 2011).
O capital próprio é um elemen-
to importante para determinar o ta-
manho do investimento. Isso por-
que o endividamento excessivo 
pode acarretar um risco financeiro 
elevado, podendo comprometer a 
viabilidade do projeto. A empresa 
financia-se com recursos próprios 
e de terceiros. Os recursos próprios 
são constituídos por patrimônio lí-
quido e pelos recursos recebidos 
como incentivos fiscais para capita-
lização da empresa, investimentos 
espontâneos (doações), além da 
formação de lucros futuros. Os re-
cursos de terceiros são constituídos 
pelos financiamentos de longo pra-
zo, portanto, estáveis na empresa 
de igual forma que os recursos pró-
prios, enquanto ela for adimplen-
te, segundo contratos (BRITO, 2003; 
WOILER; MATHIAS. 2011; RUSCH, 
ET AL., 2012). “Os financiadores por 
capital de terceiros (credores) não 
possuem propriedade sobre os ati-
vos, embora os tomem em alguns 
casos como garantia para a efetiva-
ção do contrato de financiamento” 
(COSTA, ET AL., 2011, p. 92). 
O ponto de partida para a análi-
se de recursos a serem aplicados no 
projeto é a determinação do volume 
total de investimento, e o correspon-
dente cronograma de desembolsos 
durante a implantação, especifican-
do a necessidade de recursos em 
cada período. Com esses dados, é 
possível fazer a seleção das fontes 
de recursos para o projeto. Diante 
disso, a empresa poderá usar recur-
sos próprios e de terceiros, definindo 
o total que será investido, sendo isto 
de fundamental importância para a 
análise de viabilidade, pois a fontede recurso usado poderá interferir 
no resultado final do projeto (COS-
TA, et al., 2011; WOILER; MATHIAS, 
2011; OLIVEIRA, et al., 2013).
Uma empresa só cria valor se 
o retorno sobre o capital investido 
for maior do que o custo envolvi-
do ou do que a taxa de ganho que 
os investidores poderiam auferir no 
caso de investirem em outros valo-
res com o mesmo risco (OLIVEIRA et 
al., 2013; ANTONIK, 2017). Ou seja, 
o retorno do investimento deve ser 
superior ao custo de oportunida-
de, representado por outras opor-
tunidades de investimentos que 
os sócios, proprietários do capital, 
possam ter para investir os seus re-
cursos financeiros (LAPPONI, 2000; 
WOILER; MATHIAS, 2011).
Assim, se a empresa optar por 
ter fontes de capital próprias e de 
terceiros também, será necessário 
calcular o custo médio ponderado 
do capital para utilizar como custo 
de oportunidade quando do cálculo 
“A análise de viabilidade econômica e financeira de um empreendimento é essencial para sua 
prosperidade e análise de retornos futuros. É por 
meio dessa análise que o empreendedor tem visão 
ampla da situação ambiental, mercadológica, legal, 
fiscal e política, possuindo mais subsídios para 
a tomada de decisão.”
73REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE
RBC nº 229. Ano XLVII. Janeiro/fevereiro de 2018
do valor presente líquido 
(VPL) dos fluxos futuros 
de caixa, método este dos 
mais utilizados e impor-
tantes na análise de viabi-
lidade de projetos (BRITO, 
2003; HOJI, 2010). O fluxo de caixa 
é um método de fundamental im-
portância para a empresa, funcio-
nando como um controle financei-
ro, pois nele se informam todas as 
origens e aplicações de recursos em 
um determinado período de tempo 
futuro, projetando o investimento.
Para estudar a viabilização de 
um investimento, são necessários 
alguns elementos, como: investi-
mento inicial, receitas, saídas de 
caixa/custos e despesas, capital 
de giro e valores residuais. Investi-
mento inicial corresponde a todos 
os itens necessários para a abertu-
ra do negócio. São classificados em 
investimentos físicos, que são os 
terrenos, edificações e móveis; e os 
investimentos financeiros, que cor-
respondem aos estoques, mão de 
obra, e gastos que a empresa faz 
para entrar em operação (BRITO, 
2003; WOILER; MATHIAS, 2011). 
Entende-se por receita a entra-
da de elementos para o ativo, sob 
a forma de dinheiro ou direitos a 
receber, correspondentes, normal-
mente, à venda de mercadorias, de 
produtos ou à prestação de servi-
ços (BRITO, 2003; IUDÍCIBUS, 2010; 
SOUZA, 2012); as receitas decorren-
tes de operações financeiras e recei-
tas consideradas não operacionais 
como reversão de provisão para 
perdas prováveis; as decorrentes da 
alienação de bens do ativo não cir-
culante imobilizado; e também as 
decorrentes de doações de pessoas 
de direito privado (SOUZA, 2012).
Os custos de um projeto pos-
suem duas origens: a realização 
dos investimentos e a operação da 
empresa. Os custos de investimen-
tos constituir-se-ão em estoques de 
capital e os operacionais, em fluxos 
sobre estes estoques. Os operacio-
nais podem dividir-se em 
“fixos” e “variáveis em 
curto prazo”. Na elabo-
ração do projeto, colo-
cam-se os custos como 
fixos e variáveis a cada 
ano (BRITO, 2003). A despesa é o 
consumo de bens ou serviços, que, 
direta ou indiretamente, ajuda a 
produzir uma receita. Diminuindo 
o Ativo ou aumentando o Passivo, 
uma despesa é realizada com a fi-
nalidade de obter uma receita (IU-
DÍCIBUS, 2010). 
O capital de giro correspon-
de aos recursos aplicados em ati-
vos circulantes, que vão se trans-
formando constantemente dentro 
do ciclo operacional (HOJI, 2010). 
Portanto, o capital de giro fica gi-
rando dentro da empresa, e cada 
vez que sofre transformações em 
seu estado patrimonial produz re-
flexo na contabilidade. Até se trans-
formar novamente em dinheiro, o 
valor inicial do capital de giro vai 
sofrendo acréscimo a cada trans-
formação, contando que, quando 
o capital retornar ao seu estado 
de dinheiro, completando seu ci-
clo operacional, deverá estar maior 
do que o valor inicial (FONSECA, 
2012). Dessa forma, considera-se 
capital de giro como o conjunto de 
valores que a empresa deverá pos-
suir para fazer seus negócios acon-
tecerem, ou seja, girarem (WOILER; 
MATHIAS, 2011).
Na sequência tem-se o valor re-
sidual, entendendo-se como o va-
lor da empresa no último período 
de horizonte do projeto, ou seja, 
quando é proposto o encerramen-
to da empresa, representando o 
valor de sua revenda, quando for 
constatado que se encerrou o ciclo 
de aplicação do capital (WOILER; 
MATHIAS, 2011). O valor residual 
é uma estimativa do valor que um 
equipamento ou instalação terá no 
final do projeto, devendo ser devi-
damente lançado no fluxo de caixa 
no último período (LAPPONI, 2000).
2.3 Métodos quantitativos de 
análise de investimentos
Existem diversos métodos uti-
lizados para que o empreendedor 
possa verificar antecipadamente se 
o investimento será viável ou não 
e os mais utilizados são: Payback 
descontado, Valor Presente Líqui-
do (VPL), Taxa Interna de Retorno 
(TIR), Índice de Lucratividade (IL), 
Valor Futuro Líquido (VFL), Análise 
de cenários e análise de sensibilida-
de. (KASSAI, et al., 2000; LAPPONI, 
2000; BRITO, 2003; BROM; BALIAM, 
2007; CAVALCANTI; PANTULLO, 
2007; GITMAN; MADURA, 2008; 
GROPPELLI; NIKBAKHT, 2010; SOU-
ZA, 2008; CASAROTTO; KOPITTKE, 
2010; HOJI, 2010; WOILER; MA-
THIAS, 2011).
O payback é o período de tem-
po em que ocorre o retorno do in-
vestimento, ou seja, o prazo em 
que os valores dos benefícios líqui-
dos de caixa se igualam ao valor do 
investimento inicial (HOJI, 2010). A 
regra de decisão é escolher o pro-
jeto cujo prazo de recuperação seja 
menor, consequência do raciocí-
nio de que, quanto menor o prazo 
de recuperação do valor aplicado, 
menor é o risco inerente ao proje-
to (SOUZA, 2008; ANTONIK, 2017). 
O VPL é a soma das entradas e 
saídas de um fluxo de caixa na data 
inicial. O método do valor presente 
líquido consiste em determinar o va-
lor no instante inicial, descontando 
o fluxo de caixa líquido de cada pe-
ríodo futuro gerado durante a vida 
útil do investimento, com a taxa mí-
nima de atratividade e adicionando o 
somatório dos valores desconta-
dos ao fluxo de caixa líquido no 
instante inicial (HOJI, 
2010). O inves-
timento será 
economi-
74 O exercício profissional contábil: Um estudo da viabilidade de implementação de uma empresa contábil
RBC nº 229. Ano XLVII. Janeiro/fevereiro de 2018.
camente atraente se o valor presente 
líquido for positivo (LAPPONI, 2000; 
SOUZA, 2008; HOJI, 2010; WOILER; 
MATHIAS, 2011). Vale lembrar que, 
esse método é o mais recomendado 
e o mais usado para fazer análise de 
investimentos, pois nele são conside-
rados todos os fluxos de caixas futu-
ros e também os custos de capitais 
empregados. 
A TIR é definida como taxa de 
desconto que torna nulo o valor 
atual líquido do investimento, co-
nhecida como a taxa de desconto 
do fluxo de caixa. É uma taxa de ju-
ros subentendido em uma série de 
pagamentos e recebimentos, que 
possui a função de descontar um 
valor futuro ou aplicar o valor fu-
turo sobre um valor presente, con-
forme o caso para trazer ou levar 
cada valor do fluxo de caixa para 
uma data de avaliação. Ao aplicar 
a TIR, a soma das saídas e entra-
das deve ser igual, para se anula-
rem (LAPPONI, 2000; BRITO, 2003; 
BROM; BALIAN, 2007; CASAROTTO; 
KOPITTKE, 2010; CAVALCANTI; PAN-
TULLO, 2007; HOJI, 2010; WOILER; 
MATHIAS, 2011).
Quanto à lucratividade, existem 
alguns métodos para medi-la. Es-
ses métodos possibilitam ao analis-
ta avaliar os lucros da empresa com 
relação a um dado nível de vendas, 
a certo nível de ativos ou ao investi-
mento dos proprietários, pois,sem 
lucros, a empresa não pode atrair 
capital de fora conforme relatam 
(GITMAN; MADURA, 2008). O Valor 
Futuro Líquido (VFL) é a soma das 
entradas e saídas de um fluxo de 
caixa na data final (LAPPONI, 2000; 
HOJI, 2010).
Em relação à análise de cená-
rios, a grande contribuição é que 
ele considera aspectos não rotinei-
ros do meio ambiente, por meio da 
dramatização dos fatores mais re-
levantes, como sendo uma antevi-
são da construção de futuros alter-
nativos (WOILER; MATHIAS, 2011). 
O estudo de cenários pode forne-
cer indicações de como se compor-
tarão os preços de venda, das maté-
rias-primas, dos salários, a variação 
das moedas dos financiamentos, a 
correção oficial para o ativo imobili-
zado e patrimônio líquido, de modo 
a gerar, a partir do fluxo de caixa a 
preços de hoje, um novo fluxo de 
caixa a preços ajustados (CASAROT-
TO; KOPITTKE, 2010).
Também se salienta a análise 
de sensibilidade, utilizada normal-
mente em situações em que não há 
quaisquer informações sobre a dis-
tribuição de possibilidades. Nesse 
caso a análise de sensibilidade pro-
cura estudar o efeito em que a va-
riação num dado de entrada pode 
ocasionar nos resultados espera-
dos (KASSAI, et al., 2000). Em pa-
íses com instabilidade econômica, 
deve ser feita a respectiva análise 
para cada componente do fluxo de 
caixa (KASSAI, et al., 2000; CASA-
ROTTO; KOPITTKE, 2010).
3. Procedimentos 
metodológicos
Para a realização desta pesqui-
sa foi utilizada a classificação me-
todológica de Vergara (2014), que 
se utiliza de dois critérios básicos 
para classificar os tipos de pesquisa, 
quanto aos fins e quanto aos meios. 
Quanto aos fins, a pesquisa foi des-
critiva, pois expôs características em 
relação à instalação de um escritó-
rio de contabilidade em uma cidade 
de porte médio do noroeste do Rio 
Grande do Sul. Configura-se ainda 
como pesquisa aplicada, pois teve 
como objetivo analisar a viabilidade 
econômica e financeira do referido 
investimento que é motivada pela 
necessidade de resolver problemas 
concretos (VERGARA, 2014), ou 
seja, o interesse de profissionais da 
contabilidade em empreender.
Quanto aos meios a pesquisa foi 
bibliográfica, pois o estudo foi ela-
borado com base em material im-
presso e eletrônico acessível ao pú-
blico em geral, com o objetivo de 
“Portanto, é indiscutível a importância de um profissional de contabilidade para uma organização 
empresarial, independentemente do porte ou da 
atividade que é desenvolvida, pois todas 
necessitam das informações contábeis para 
tomar decisões e analisar a situação 
econômico-financeira do negócio.”
75REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE
RBC nº 229. Ano XLVII. Janeiro/fevereiro de 2018
fundamentar teoricamente a pes-
quisa (VERGARA, 2014). Também 
foi classificada como documental, 
pois foram feitos orçamentos de in-
vestimentos iniciais e materiais de 
escritórios de contabilidade, bem 
como em demonstrações contábeis, 
para determinar receitas, custos e 
despesas do investimento. Por fim, 
a pesquisa configurou-se como um 
estudo de caso, pois se constituiu 
de um processo linear iterativo par-
tindo de um planejamento do tra-
balho, desenho da pesquisa, cole-
ta e análise dos dados e, por fim, 
o compartilhamento dos resultados 
da pesquisa que teve como corpo 
de análise uma empresa de contabi-
lidade (YIN, 2015; VERGARA, 2014). 
A coleta das evidências ocor-
reu no primeiro semestre de 2016 
e se deu por meio de pesquisa em 
livros, revistas, dicionários, sites es-
pecializados, e por meio de entre-
vistas semiestruturadas feitas com 
proprietários de escritórios de con-
tabilidade, para levantamento de 
dados que auxiliaram na prepara-
ção do fluxo de caixa do projeto 
de investimento. Também foi feita 
por meio de pesquisa nos orçamen-
tos e nas demonstrações contábeis 
de escritórios de contabilidade. As 
evidências coletadas foram trata-
das de forma qualitativa para ava-
liar o mercado e o ambiente em 
que se pretende investir e para in-
terpretar as entrevistas realizadas. 
Também foram tratadas de forma 
quantitativa, por meio de procedi-
mentos matemáticos e estatísticos 
quando da elaboração dos quadros 
econômicos e financeiros e quan-
do do cálculo dos métodos tradi-
cionais de análise de investimen-
tos, de cenários e de sensibilidade. 
Por fim, procedeu-se à triangulação 
dos resultados empíricos com a teo-
ria revisada, para interpretar os re-
sultados e definir a viabilidade eco-
nômica e financeira da proposta, 
cujos resultados são apresentados 
na sequência (VERGARA, 2010). 
4. Apresentação e discussão 
dos resultados
Considerando que a Contabi-
lidade é uma área indispensável a 
todas as organizações, podendo ser 
realizada internamente ou de forma 
terceirizada, quando não seja van-
tajosa financeiramente a manuten-
ção desses serviços internamente, 
procedeu-se o estudo da viabilida-
de de constituição de uma empre-
sa contábil para atender às empre-
sas que optarem pela terceirização 
dos serviços.
Um escritório de contabilida-
de que estabelece relação com o 
cliente via contrato sobre os deve-
res e obrigações das partes envolvi-
das é responsável por escriturar os 
atos e fatos ocorridos na empresa e 
ainda oferecer resolução de proble-
mas na área fiscal, tributária, previ-
denciária, trabalhista, entre outras 
questões relacionadas à contabili-
dade empresarial. 
A seguir apresentam-se os re-
sultados da pesquisa, inicia-se pela 
análise de mercado, depois tem-se 
a elaboração dos quadros quanti-
tativos e, por fim a análise do in-
vestimento.
4.1 Análise de mercado
Para a análise de mercado, fo-
ram realizadas quatro entrevis-
tas a contadores da cidade obje-
to de estudo, apresentando-se, 
na sequência, os principais resul-
tados. O primeiro questionamen-
to foi em relação ao investimento 
inicial necessário para a abertura 
de um escritório de contabilidade. 
O primeiro entrevistado respon-
deu que o custo inicial depende 
da proposta de número de clien-
tes, pois, em razão da informática, 
os custos são significantes. O se-
gundo entrevistado relatou que o 
escritório foi comprado com uma 
carteira de 20 escritas fiscais sen-
do avaliado o investimento inicial 
no valor de R$20.000,00. O tercei-
ro relatou que iniciou suas ativida-
des em casa, de forma individual, 
adquirindo mesas, cadeiras, com-
putadores, impressora e pratelei-
ras, tendo um investimento inicial 
em torno de R$4.000,00 e o quar-
to entrevistado revelou ter inves-
tido o montante de R$50.000,00. 
Quando perguntados sobre a es-
trutura necessária para iniciar o 
negócio, dois dos respondentes 
informaram que foram necessá-
rias máquinas de escrever - hoje 
computadores -, canetas, calcula-
dora e mesas; e o terceiro entre-
vistado relatou que foi necessário 
investir em telefone, internet, sis-
tema contábil, materiais de expe-
diente e de escritório ; e o quarto 
entrevistado afirmou ter adquirido 
escrivaninhas, cadeiras, computa-
dores e armários. 
Na sequência foram questio-
nados sobre a quantidade de fun-
cionários necessária para iniciar o 
negócio. O primeiro respondente 
afirmou que iniciou com seis; o se-
gundo com um; o terceiro não ti-
nha funcionários; e o quarto res-
pondente informou que iniciou 
com dois funcionários. Também 
foram questionados sobre a reali-
zação de algum planejamento para 
realizar o investimento. Três dos 
entrevistados revelaram que não 
planejaram o investimento. Ape-
nas um dos respondentes afirmou 
ter realizado um planejamento 
simplificado, com base nos gastos 
mínimos para manter a estrutura 
inicial. Quanto ao tempo de fun-
cionamento, os entrevistados res-
ponderam 50 anos, 23 anos, 14 
anos e 25 anos, respectivamente.
Também foram questionados 
sobre como são calculados os ho-
norários contábeis. O primeiroparticipante respondeu que faz os 
cálculos com base no tempo neces-
sário para a execução do trabalho 
e que depende muito do tipo de 
empresa. O segundo revelou que 
considera o custo do escritório, 
76 O exercício profissional contábil: Um estudo da viabilidade de implementação de uma empresa contábil
RBC nº 229. Ano XLVII. Janeiro/fevereiro de 2018.
além da experiência nesse ramo 
que possibilita saber qual o servi-
ço necessário para cada empresa e 
o tempo a ser disponibilizado para 
prestar o serviço. O terceiro rela-
tou considerar as movimentações, 
faturamento e número de funcio-
nários da empresa. Já o quarto 
participante relatou cobrar uma 
porcentagem do salário mínimo. 
No que tange às formas de divul-
gação dos serviços e quais táticas 
para conquistar clientes, dois res-
pondentes informaram divulgar os 
serviços por meio de rádio, marke-
ting boca a boca, por indicação 
dos próprios clientes e ainda por 
meio do site do escritório. Outros 
dois respondentes relataram que 
não possuem meios de divulgação 
de seus serviços e nem táticas de 
conquista de clientes. Quanto ao 
tempo de retorno do investimento, 
um respondente informou que de-
pende do número de clientes; o se-
gundo respondente relatou que o 
retorno foi obtido entre 1 e 2 anos; 
o terceiro revelou que foi muito rá-
pido, em poucos meses; e o quar-
to respondente informou que le-
vou dois anos para o retorno do 
investimento.
Quando questionados sobre o 
mercado contábil na cidade ob-
jeto do estudo e se existe espaço 
para novos escritórios, o primei-
ro respondente arguiu que deve 
haver espaço e que a tendência é 
que o futuro profissional trabalhe 
nas empresas em razão das expe-
riências em informática; o segun-
do relatou que existe espaço para 
profissionais qualificados e éticos; 
o terceiro entrevistado relatou que 
o espaço está cada vez mais amplo 
pela elevação no campo de atu-
ação do contador e poucos pro-
fissionais focando nessa área; o 
quarto respondente opinou que o 
mercado da cidade está “atrofian-
do”, com empresas fechando, mas 
que ainda há espaço para os bons 
profissionais.
Ao serem inquiridos sobre o di-
ferencial de seu escritório frente 
aos concorrentes, o primeiro en-
trevistado relatou que é o bom 
serviço e o atendimento; o segun-
do relatou que são os colabora-
dores qualificados, qualidade nos 
serviços, união da equipe e trans-
parência ética profissional; o ter-
ceiro respondeu que o diferencial 
está no adequado relacionamen-
to com os clientes; e o quarto res-
pondente acredita ser a seriedade, 
a ética e a eficiência. Em relação 
à escolha da localização da sua 
empresa, o primeiro entrevistado 
relatou que considerou o ponto 
“sem barulho e sem poeiras para 
os aparelhos e computadores”; já 
o segundo entrevistado conside-
rou o fato de o prédio ser próprio 
e o local de fácil estacionamento 
para os clientes; o terceiro respon-
dente considerou o custo de ma-
nutenção da infraestrutura; e o 
quarto entrevistado relatou ser o 
valor do aluguel.
Quando perguntados se atu-
almente o escritório está obten-
do os resultados esperados, to-
dos os entrevistados afirmaram 
que sim. O primeiro entrevista-
do afirmou gerar uma margem de 
30% sobre o seu faturamento; o 
segundo relatou ter uma margem 
entre 15 e 20% sobre os honorá-
rios recebidos no mês; o terceiro 
respondente informou a geração 
de 40% de margem, mas com um 
controle rigoroso nas despesas; o 
quarto respondente não é sabe-
dor da margem, alegando asso-
ciar outras atividades, sem fazer a 
separação. Como último questio-
namento sobre o ponto de equi-
líbrio do negócio, o primeiro res-
pondente relatou que depende do 
valor do honorário de cada empre-
sa, pois no rol de clientes constam 
empresas de portes diferentes; já 
o segundo respondente conside-
ra que o ponto de equilíbrio não 
pode ser mensurado por número 
de clientes, mas por valor cobra-
do de honorários, sendo que com 
um cliente já pode ser atingido o 
ponto de equilíbrio se o valor co-
brado de honorários for suficiente 
para cobrir as despesas do escri-
tório; o terceiro participante tam-
bém relatou que por número de 
clientes é difícil demonstrar, pois 
depende da estrutura dos clientes; 
e o quarto entrevistado considera 
que o ponto de equilíbrio depen-
de do valor cobrado pelos serviços 
e o custo para a sua manutenção.
De acordo com a Delegacia do 
CRCRS, o município objeto de estu-
do possui 196 profissionais da con-
tabilidade registrados no Conselho 
e aptos ao exercício da profissão e 
19 empresas contábeis instaladas 
(CRCRS, 2017). O número de em-
presas no município é de 10.723 
(ECONODATA, 2017). A previsão de 
população para 2017, é de 79.101 
habitantes (IBGE, 2016). Esses da-
dos demonstram a existência de 
mercado para a instalação de mais 
uma empresa contábil no municí-
pio, principalmente considerando 
o número de empresas versus a po-
pulação. Se metade dos habitantes 
do município estivessem emprega-
dos, as empresas teriam, em média 
3,7 empregados, o que caracteriza 
microempresas e empresas de pe-
queno porte em sua maioria, atu-
antes no município. Ou seja, aque-
las que costumam terceirizar os 
serviços de contabilidade.
A seguir apresentam-se os qua-
dros quantitativos da pesquisa que 
dão suporte para a análise por meio 
dos métodos tradicionais de análise 
de investimentos.
4.2 Quadros quantitativos da 
pesquisa
Os quadros quantitativos da 
proposta de investimento seguem 
os modelos indicados por Woiler e 
Mathias (2011).
O investimento inicial considerou 
os gastos com móveis, máquinas, 
77REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE
RBC nº 229. Ano XLVII. Janeiro/fevereiro de 2018
equipamentos e utensílios, softwa-
re, e demais custos necessários para 
a regularização da empresa, confor-
me apresentados no Quadro 1. 
O investimento totalizou o 
montante de R$40.752,00 desdo-
brado em mesas, armários, cadei-
ras, calculadoras, telefone, servi-
dor, computadores, impressora, 
software, nobreaks, ar condicio-
nado, geladeira e micro-ondas. 
Estão incluídos gastos com mate-
rial de expediente e despesas com 
a constituição e regularização do 
escritório e outros gastos extras. 
O investimento financeiro é re-
presentado pelo capital de giro, o 
qual será utilizado para o funcio-
namento do negócio, cobrindo as 
despesas, antes das entradas efe-
tivas de caixa. Para estipular o va-
lor, consideraram-se os desembol-
sos necessários, menos salários e 
pró-labores, para o primeiro mês 
de funcionamento da empresa 
contábil, com uma pequena fol-
ga, conforme demonstra o Qua-
dro 8. Os outros valores represen-
tam possíveis necessidades com 
assessorias, treinamentos e ou vi-
sitas para conquistar clientes no 
início das atividades. Além disso, 
cabe frisar que se considerou que 
o imóvel para a instalação será 
alugado e a estrutura funcional 
contará com dois contadores em-
preendedores proprietários e três 
funcionários, os quais dividirão to-
das as tarefas contábeis.
Com o uso, ao longo do tem-
po, os bens se depreciam, demons-
trando-se esse efeito no Quadro 2, 
seguindo o método linear, conside-
rando que os móveis, máquinas e 
outros se depreciam em 10 anos e 
os equipamentos em 5 anos.
Dessa forma, obtêm-se uma de-
preciação anual de R$5.251,50 e va-
lor residual de R$12.924,50 para o 
projeto de investimentos com um 
horizonte de 5 anos.
Em relação à tributação, consi-
derou-se que o escritório será op-
tante pelo regime Simples Nacional, 
tendo a obrigatoriedade, de acor-
do com a legislação de prestar servi-
ços às empresas de Microempreen-
dedor Individual (MEI), sendo que 
não poderão ser cobradas as taxas 
e serviços para proceder a tais cons-
tituições de empresas, porém pode-
rão ser cobrados honorários a esse 
tipo de empresas, se necessitaremde serviços de folha de pagamento, 
e a partir do segundo ano, declara-
ções de imposto de renda também 
poderão ser cobradas. Foram esti-
mados os clientes considerando os 
enquadramentos demonstrados no 
Quadro 3 com um rol de 57 clien-
tes e crescimento de 20% por ano.
Quadro 1– investimento inicial
MÓVEIS QTDE VALOR
Mesa 8 R$5.000,00 
Estantes 5 R$800,00 
Armários 3 R$2.000,00 
Cadeiras 10 R$4.000,00 
Telefone 2 R$738,00 
EQUIPAMENTOS E PROGRAMAS 
Servidor 1 R$4.000,00 
Computadores 5 R$8.500,00 
Impressora 1 R$531,00 
Software (licença) R$400,00 
Calculadora 8 R$ 507,50
Nobreacks 2 R$ 3.500,00
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS  
Ar condicionado 1 R$1.670,00 
Geladeira 1 R$880,00 
Micro-ondas 1 R$350,00 
 UTENSÍLIOS
Materiais de escritório R$800,00 
REGULARIZAÇÃO  
Comercial/Receita Federal R$100,00 
Taxa registro Conselho Regional de Contabilidade R$100,00 
Alvará de funcionamento – Prefeitura R$90,00 
Outros R$2.000,00 
Capital de giro R$4.705,50 
TOTAL R$40.752,00 
Quadro 2 – Depreciação
Descrição Valor do Bem Critério Depreciação Anual Valor Residual
Móveis R$12.538,00 10 R$1.253,80 R$6.269,00
Equipamentos R$17.038,50 5 R$3.407,70 R$0,00
Outros R$3.000,00 10 R$300,00 R$1.500,00
Máquinas R$ 2.900,00 10 R$290,00 R$1.450,00
Capital de giro R$3.705,50
Total R$35.476,50 R$5.251,50 R$12.924,50
Quadro 3 – Número de clientes
Ano 1 2 3 4 5
MEI – (faturamento – fat. até 60.000,00 / ano) 20 24 29 35 41
Microempresas (fat. até 180.000,00/ ano) 22 26 32 38 46
Microempresas (fat. de 180.000,00 Até 360.000,00 / ano) 10 12 14 17 21
Pequenas empresas (fat. de 360.000 a 3.600.000,00/ ano) 3 4 4 5 6
Médias empresas (fat. de 3.600.000,00 a 10.0000000,00/ ano) 2 2 3 3 4
TOTAL 57 68 82 98 118
78 O exercício profissional contábil: Um estudo da viabilidade de implementação de uma empresa contábil
RBC nº 229. Ano XLVII. Janeiro/fevereiro de 2018.
No Quadro 4 estão demonstra-
dos os valores dos honorários co-
brados, calculados de acordo com 
o salário mínimo regional, que em 
2015 era de R$960,00 (Sindesc, 
2015) com a convenção coletiva de 
trabalho para 2016 ainda em dis-
cussão, e com a prática dos demais 
escritórios de contabilidade do mu-
nicípio entrevistados. 
O Quadro 5 representa as receitas 
projetadas em R$ (reais), de acordo 
com os valores de honorários cobra-
dos, ressaltando que foram estima-
dos que 20% dos MEI necessitam 
dos serviços do escritório referente 
à folha de pagamento, consideran-
do essa receita para o segundo ano. 
De acordo com o apresentado 
no Quadro 5, no quinto ano do in-
vestimento, a receita mensal proje-
tada será de R$38.132,67 mensais 
e R$457.592,09 anual.
A folha de pagamento do escritó-
rio em estudo está composta, confor-
me demonstrado no Quadro 6, em 
um valor inicial de R$1.000,00 para 
cada um dos funcionários. Esses va-
lores estão de acordo com os pratica-
dos pelos demais escritórios de con-
tabilidade entrevistados e também 
atendem ao salário mínimo regido 
pelo sindicato da categoria. Os en-
cargos sobre a folha dos funcioná-
rios, incluindo o 13º e férias, repre-
sentam 8% referente ao FGTS, tendo 
em vista que o encargo de 11% re-
ferente à contribuição previdenciária 
é suportado pelo sócio, demonstran-
do-se, assim, os cálculos, conside-
rando apenas o valor bruto. Em re-
lação ao pró-labore estipularam-se 
R$3.000,00 para cada sócio, e a em-
presa não possui custos sobre essa 
remuneração, tendo em vista fazer a 
opção pelo Simples Nacional. Desta-
ca-se que esse valor poderá ser com-
plementado pela distribuição de lu-
cros, já que o custo de oportunidade 
almejado pelos sócios é de 20% sobre 
o capital investido, de acordo com o 
que foi identificado como retorno na 
pesquisa de mercado. Não se consi-
deraram diferenças salariais sobre o 
pró-labore porque ele está superior 
ao salário estipulado pelo sindicato 
da categoria (Sindesc, 2015). 
Dessa forma, obtém-se um custo 
unitário de R$1.200,00 com salários 
e encargos e R$3.000,00 com pró-la-
bore, apresentando-se um montante 
de R$9.600,00 mensais, consideran-
do o número de 3 funcionários e 2 
sócios. O montante anual correspon-
de ao valor de R$115.200,00, con-
forme demonstrado no Quadro 7. 
Assim, o custo anual de remu-
neração será de R$115.200,00 no 
primeiro ano. Pelo fato de haver 
um aumento no número de clien-
tes, há a necessidade de aumentar 
o número de funcionários. Portan-
to, a partir do terceiro ano, tem-
se a contratação de 1 funcionário 
por ano. Assim, nos dois primeiros 
anos, os custos com funcionários se 
mantêm, com fluxo de caixa calcu-
lado a valor constante, e, a partir do 
terceiro ano, ocorrerá um aumento 
correspondente ao número de fun-
cionários contratados, mantendo-se 
constante o pró-labore. 
No que se refere aos custos fixos 
da empresa, apuraram-se o IPTU, in-
ternet, energia elétrica, água e esgo-
to, telefone, material de expedien-
te, software, aluguel, manutenção, 
limpeza, anuidade do CRC do escri-
tório e dos profissionais e mais salá-
rios dos funcionários e pró-labore. O 
valor estipulado da mensalidade do 
software a ser utilizado é com base 
no orçamento do sistema contábil 
Domínio, que tem o valor calculado 
sobre quantas pessoas utilizarão o 
sistema, no caso do escritório, 5 libe-
rações. Para o investimento foi pro-
jetada uma área 100 m², contendo 
um banheiro, uma sala de reuniões, 
Quadro 4 – Honorários
Empresas Valores – Honorários
MEI R$36,20 – se a empresa necessitar de serviços de folha de pagamento.
Microempresas R$217,20
Microempresas R$579,20
Pequenas empresas R$868,80
Médias empresas R$2.534,00
Quadro 5 – Projeção das receitas
Ano 1 2 3 4 5
MEI 173,76 208,51 250,21 300,26
Microempresas 4.778,40 5.734,08 6.880,90 8.257,08 9.908,49
Microempresas 5.792,00 6.950,40 8.340,48 10.008,58 12.010,29
Pequenas empresas 2.606,40 3.127,68 3.753,22 4.503,86 5.404,63
Médias empresas 5.068,00 6.081,60 7.297,92 8.757,50 10.509,00
TOTAL / Mensal 18.244,80 22.067,52 26.481,02 31.777,23 38.132,67
Total/ Anual 218.937,60 264.810,24 317.772,29 381.326,75 457.592,09
Quadro 6 – Remuneração
Cargo Auxiliar de Escritório Pró-Labore
Salário R$1.000,00 R$3.000,00
13º R$83,33 -
Férias R$27,78 -
FGTS R$88,89 -
TOTAL R$1.200,00 R$3.000,00
Quadro 7 – Custos com remuneração
Item Funcionário (3) Pró-Labore (2) Valor Anual
Salário Anual R$43.200,00 R$72.000,00 R$115.200,00
79REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE
RBC nº 229. Ano XLVII. Janeiro/fevereiro de 2018
uma sala reservada aos sócios, uma 
cozinha, um ambiente reservado 
para o arquivamento de documen-
tos, recepção, e o ambiente de tra-
balho dos funcionários, o qual será 
alugado, conforme Quadro 8. 
Os custos fixos mensais do escri-
tório remontam em R$14.252,56, 
sendo o desembolso anual no valor 
de R$173.159,72 para o primeiro 
ano; e considerando o aumento de 
funcionários para os anos seguintes 
a variação nos custos fica demonstra-
da no Quadro 9. Destaca-se que não 
houve projeção para outros gastos, 
como consultoria, cursos e treina-
mentos, pois, como a empresa obje-
to de estudo oferecerá os serviços da 
contabilidade, atendendo à norma 
que trata do plano de contas simplifi-
cado, não abrangendo consultorias e 
assessorias, entende-se que essas ne-
cessidades são supridas pelo progra-
ma de formação continuada do pró-
prio Conselho de Contabilidade, que 
não tem custos adicionais à anuida-
de já projetada no quadro 8. Também 
não foram considerados custos de 
inadimplência, porque, pelas entre-
vistas, verificou-se que esse percen-
tual é mínimo para os escritórios do 
município. Outro custo desconsidera-
do foi referente à coleta e entrega de 
documentos para as empresas, pois 
a prática no município é que essa ta-
refa cabe às empresas contratantes 
dos serviços contábeis, caso contrá-
rio, tem tarifa de entrega. Alémdis-
so, também é usual os empresários 
visitarem os escritórios contábeis e, 
não, o contrário. 
Não se projetou crescimento 
nos custos fixos para o segundo 
ano, pois entende-se que a ociosi-
dade da infraestrutura instalada no 
primeiro ano será suficiente para 
atender às necessidades do segun-
do ano. Acrescenta-se que, pelo 
fato de a inflação interferir tanto na 
receita quanto nos custos e despe-
sas, ela é desconsiderada do fluxo 
de caixa (LAPPONI, 2000). Com a 
projeção das receitas e dos custos 
fixos já estipulados, foi possível veri-
ficar o lucro líquido do exercício do 
projeto, por meio da projeção dos 
resultados, exposta no Quadro 10.
Quanto à tributação, o escritório 
se enquadra no Anexo III - 2º faixa 
do regime Simples Nacional, em ane-
xo no final do trabalho, com alíquota 
8,21% sobre o faturamento até o 3º 
ano, e no 4º e 5º ano se enquadra na 
3º faixa, de alíquota 10,26% devido 
ao aumento do faturamento. Ressal-
ta-se que nesse percentual já está in-
clusa a Cofins, CPP e ISS, na 2º faixa, 
e na 3º faixa além dos anteriores, es-
tão inclusos o IRPJ, CSLL e PIS/Pasep.
Assim, pode-se verificar que o 
investimento obteve lucro já no 
primeiro ano de R$22.551,60, che-
gando ao quinto ano com um re-
sultado de R$189.031,93. O fluxo 
de caixa projetado está demonstra-
do no Quadro 11, partindo do lu-
cro líquido a ser obtido pelo escri-
Quadro 8 – Custos fixos
CUSTO FIXO MENSAL ANUAL
IPTU   R$800,00 
Internet R$120,00 R$1.440,00 
Energia elétrica R$300,00 R$3.600,00 
Aluguel R$2.300,00 R$27.600,00 
Água e esgoto R$32,56 R$390,72 
Telefone R$200,00 R$2.400,00 
 Materiais de expediente R$500,00 R$6.000,00 
Software (mensalidade para Programa fiscal/pessoal e contábil) R$800,00 R$9.600,00 
Manutenção R$200,00 R$2.400,00 
Limpeza R$200,00 R$2.400,00 
Anuidade Conselho Regional de Contabilidade-Escritório + profissionais   R$1.329,00 
Salários R$3.600,00 R$43.200,00 
Pró-labore R$6.000,00 R$72.000,00 
TOTAL R$14.252,56 R$173.159,72 
Quadro 9 – Custos fixos anuais
ANO 1 2 3 4 5
Custo Fixo 173.159,72 173.159,72 187.559,72 201.959,72 216.359,72
Quadro 10 – Resultado dos exercícios projetado
Resultado dos exercícios Projetados
Itens/ano 1 2 3 4 5
Receitas com Vendas 218.937,60 264.810,24 317.772,29 381.326,75 457.592,09
(-) Simples Nacional/ e outros 17.974,78 21.740,92 26.089,10 39.124,12 46.948,95
(-) Custos Fixos 173.159,72 173.159,72 187.559,72 201.959,72 216.359,72
(-) Depreciação 5.251,50 5251,50 5.251,50 5.251,50 5.251,50
LLE 22.551,60 64.658,10 98.871,96 134.991,40 189.031,93
Quadro 11 – Fluxo de caixa projetado
  Fluxo de caixa
Ano 0 1 2 3 4 5
Entradas            
LLE   22.551,60 64.658,10 98.871,96 134.991,40 189.031,93
(+) Depreciação   5.251,50 5.251,50 5.251,50 5.251,50 5.251,50
Valor residual dos bens           12.924,50
(=) Total de entradas   27.803,10 69.909,60 104.123,46 140.242,90 207.207,93
Saídas            
Capital próprio 40.752,00     1.700,00  1.700,00  2.250,00 
(=) Total de saídas 40.752,00          
(=) Fluxo de caixa líquido -40.752,00 27.803,10 69.909,60 102.423,46 138.542,90 204.957,93
80 O exercício profissional contábil: Um estudo da viabilidade de implementação de uma empresa contábil
RBC nº 229. Ano XLVII. Janeiro/fevereiro de 2018.
tório de contabilidade, somam-se 
as despesas não desembolsáveis e 
o valor residual dos bens e, como 
saídas, tem-se o capital próprio. 
Assim, devido ao aumento de 
funcionários a partir do 3º ano, 
houve a necessidade de um rein-
vestimento. No 3º, 4º e 5º ano, foi 
adquirido 1 computador cada ano, 
e no 5º mais uma mesa. Ao se ve-
rificar o fluxo de caixa do escritório 
de contabilidade, percebe-se resul-
tado satisfatório para o investimen-
to desde o primeiro ano.
4.3 Análise da oportunidade de 
investimento
Pelo método do VPL, consi-
derando uma taxa de atrativida-
de para o investimento de 20% 
ao ano, o projeto recupera o ca-
pital investido e gera retorno de 
R$239.419,16 no final do perío-
do projetado. Destaca-se que a 
taxa de 20% observou a margem 
de contribuição identificada nos 
questionamentos feitos aos con-
tadores locais. Para efetuar o cál-
culo, subtrai-se o investimento ini-
cial de R$40.752,00 do valor das 
entradas de caixa, descontadas a 
uma taxa de 20% ao ano, obten-
do-se o seguinte resultado:
O VPL obtido significa que o in-
vestimento gerará um retorno supe-
rior à expectativa dos empreende-
dores, demonstrando a viabilidade 
do projeto, ou seja, o projeto paga 
o investimento inicial, remune-
ra os empreendedores com 20% 
ao ano e ainda tem uma sobra de 
R$239.419,16. 
A TIR é um critério de avalia-
ção que garante que o empreendi-
mento ao menos obterá a taxa re-
querida de retorno. Para o cálculo 
da TIR deste projeto, utilizou-se a 
calculadora HP 12 C, chegando a 
um resultado de 132,61% ao ano, 
maior que a taxa de atratividade 
determinada no projeto (20% ao 
ano), reforçando a atratividade e 
a viabilidade.
O índice de lucratividade do es-
critório de contabilidade é de 6,88, 
isto significa dizer que ele é lucra-
tivo, pois é maior do que 1. Para o 
cálculo do IL, partiu-se do valor do 
VPL dividido pelo investimento ini-
cial mais um, conforme fórmula de 
Lapponi (2000).
Para o cálculo do payback des-
contado, utilizou-se um custo de ca-
pital de 20%, o mesmo utilizado para 
o cálculo do VPL, que representa o 
mínimo de retorno que os empreen-
dedores pretendem obter do investi-
mento, demonstrado no Quadro 12.
Portanto, por meio do cálcu-
lo da regra de 3, pode-se verificar 
que após 1 ano, 4 meses e 11 dias, 
o projeto recupera o capital inves-
tido. O Quadro 12 também mos-
tra que os retornos que o projeto 
pode gerar, ao final de 5 anos, são 
de R$280.171,16 e confirma o VPL 
calculado anteriormente.
Na análise de cenários, são de-
monstrados os fluxos de caixa nos 
cenários otimista e pessimista. No 
cenário otimista, estimou-se que 
o escritório de contabilidade terá 
um número de clientes 15% maior 
em relação ao cenário anterior e 
também 15% a mais no valor co-
brado dos honorários. Assim, o 
escritório terá 64 clientes no pri-
meiro ano. O fluxo de caixa no ce-
nário otimista está demonstrado 
no Quadro 13.
O escritório de contabilidade já 
obterá um resultado positivo no 1º 
ano, de R$73.627,76. Calculando-
se o payback, percebe-se que, em 
7 meses e 29 dias, o projeto já re-
cupera o investimento, chegando 
no 5º ano com um VPL positivo de 
R$473.788,53. A TIR é 242,56%, 
maior que a taxa de atratividade de-
terminada no projeto (20% ao ano) 
; Então pode-se dizer que ela é atra-
tiva e viável, confirmada pelo IL que 
foi 12,63.
No cenário pessimista, pressu-
põe-se que o escritório de contabi-
lidade terá um número de clientes 
15% menor em relação ao cenário 
anterior, e também 15% a menos 
no valor cobrado dos honorários. 
Assim, o escritório terá 50 clientes 
no primeiro ano. O fluxo de caixa 
Quadro 12 – Payback descontado
Ano Capitais Retorno PBD
0 -40.752,00    - 40.752,00
1 27.803,10 23.169,25 -17.582,75
2 69.909,60 48.548,33 30.965,58
3 102.423,46 59.272,84 90.238,42
4 138.542,90 66.812,74 157.051,16
5 204.957,93 82.368,00 239.419,16
  280.171,16
Quadro 13 – Cenário otimista
  Fluxo de caixa cenário otimista
Ano 0 1 2 3 4 5
Entradas            
LLE   68.376,26 141.555,04 168.922,33 232.433,33 326.149,66
(+) Depreciação   5.251,50 5.251,50 5.251,50 5.251,50 5.251,50
Valor dos bens           12.924,50
(=) Total de entradas   73.627,76 147.018,05 174.173,83 237.684,83 344.325,66
Saídas            
Capital próprio 40.752,00     1.700,00 1.700,00 2.250,00
(=) Total de saídas 40.752,00          
(=) Fluxo de caixa - 40.752,00 73.627,76 147.018,05 172.473,83 235.984,83 342.075,66
81REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE
RBC nº 229. Ano XLVII. Janeiro/fevereiro de 2018
no cenáriopessimista está demons-
trado no Quadro 14.
Assim, percebe-se que o escri-
tório de contabilidade irá obter um 
valor positivo no segundo ano do 
investimento, de R$8.504,29.
Calculando o retorno do inves-
timento pelo método payback, po-
de-se verificar que, após 4 anos e 29 
dias, o projeto recupera todo o ca-
pital investido, e que o VPL do proje-
to é de R$32.918,63, representando 
um valor positivo, significando que 
mesmo nesse cenário o investimen-
to trará retorno maior que o capital 
investido e cobrirá o custo de capi-
tal. A TIR é 36,25% também maior 
do que a esperada pelos empreen-
dedores. Calculando o IL, chegou-se 
no valor de 1,81, também lucrativo, 
pois é maior que 1. Concluiu-se que, 
mesmo com um cenário pessimista, 
o projeto é viável, porém necessita 
de um prazo maior para obter retor-
no e cobrir o valor investido.
Portanto, de acordo com os resul-
tados obtidos nas análises quantita-
tivas do projeto e de acordo com o 
que preconizam os autores revisados 
(KASSAI, et al., 2000; LAPPONI, 2000; 
BRITO, 2003; BROM; BALIAM, 2007; 
CAVALCANTI; PANTULLO, 2007; GIT-
MAN; MADURA, 2008; SOUZA, 2008; 
CASAROTTO; KOPITTKE, 2010; GRO-
PPELLI; NIKBAKHT, 2010; HOJI, 2010; 
WOILER; MATHIAS, 2011; FONSECA, 
2012; BORDEAUX-REGO, 2015), o 
projeto tem viabilidade econômica e 
financeira e pode ser implementado 
pelos profissionais da contabilidade. 
5. Considerações finais 
Ao iniciar qualquer investimen-
to, estudos devem ser feitos devi-
do ao risco envolvido. Para identi-
ficar se o investimento é viável ou 
não, faz-se necessário um planeja-
mento e o estabelecimento de es-
tratégias para minimizar os riscos. 
Assim, considerando que a análise 
de investimentos é importante para 
qualquer empreendedor tomar a 
decisão de investir, ou não. Este ar-
tigo teve por objetivo analisar a via-
bilidade econômica e financeira da 
implementação de uma empresa de 
contabilidade em um município do 
interior do Estado do Rio Grande do 
Sul. Para tanto, procedeu-se a aná-
lises qualitativas de mercado e am-
biental, o que levou à conclusão de 
que existem as condições adequa-
das para a implementação da em-
presa no ambiente proposto. 
Na sequência, foram feitas aná-
lises quantitativas para identificar 
se a proposta é viável econômica e 
financeiramente. Projetaram-se os 
valores do investimento inicial, da 
prestação de serviços, dos custos e 
despesas e da tributação e depre-
ciação relacionados ao investimen-
to. Com essas projeções criaram-se 
os quadros de resultado do exercí-
cio e de fluxo de caixa, o que pos-
sibilitou evoluir para a análise do 
investimento propriamente dita. 
Os resultados mostram um VPL, no 
cenário esperado, positivo e que o 
projeto recupera o investimento em 
Quadro 14 – Cenário pessimista
  Fluxo de caixa cenário pessimista
Ano 0 1 2 3 4 5
Entradas            
LLE   -19.116,28 3.252,79 21.592,79 56.581,19 73.077,63
(+) Depreciação   5.251,50 5.251,50 5.251,50 5.251,50 5.251,50
Valor dos bens           12.924,50
(=) Total de entradas   -13.864,78 8.504,29 26.844,49 61.832,69 91.253,63
Saídas            
Capital próprio 40.752,00     1700,00 1700,00 2250,00
(=) Total de saídas 40.752,00          
(=) Fluxo de caixa -40.752,00 -13.864,78 8.504,29 25.144,29 60.132,69 89.003,63
“O fluxo de caixa é um método de fundamental importância para a empresa, funcionando como um 
controle financeiro, pois nele se informam todas as 
origens e aplicações de recursos em um 
determinado período de tempo futuro, 
projetando o investimento.”
82 O exercício profissional contábil: Um estudo da viabilidade de implementação de uma empresa contábil
RBC nº 229. Ano XLVII. Janeiro/fevereiro de 2018.
1 ano, 4 meses e 11 dias. Analisou-
se também a TIR, apresentando um 
percentual acima do que foi exigi-
do pelos investidores. Também se 
projetou o investimento em cená-
rios otimista e pessimista. No cená-
rio otimista, aumentou-se o número 
de clientes e valores dos honorários 
em 15%, resultando em 7 meses 
para a recuperação do capital in-
vestido. Para o cenário pessimista, 
reduziram-se os clientes e os valores 
dos honorários em 15%, e o proje-
to também apresentou viabilidade, 
porém necessita de um prazo maior 
para retornar o investimento. O IL 
nos três cenários também se mos-
trou lucrativo, ou seja, superior a 1. 
Deste modo, constatou-se que 
é viável a abertura de uma empre-
sa de contabilidade em uma cidade 
do noroeste do Estado do Rio Gran-
de do Sul, sendo esta atividade uma 
oportunidade de investimento para 
os contadores. Portanto, recomen-
da-se aos investidores decidirem 
pela implementação da empresa.
Destaca-se que o estudo se limi-
tou a analisar a viabilidade econô-
mica e financeira da implementação 
de uma empresa contábil de médio 
porte em uma cidade também de 
porte médio. Por isso, considera-
se relevante que o conhecimento 
da área de análise de investimen-
tos avance com outras pesquisas 
em empreendimentos de contabi-
lidade maiores, abrangendo outras 
atividades contábeis e para cidades 
de maior ou menor porte. Ainda, os 
estudos de viabilidade poderão ser 
feitos, utilizando-se de outros mé-
todos de análise que poderão com-
plementar estes e ou serem compa-
rativos a estes.
Por fim, é importante fri -
sar que o artigo contribui com 
os possíveis investidores na área 
contábil, subsidiando a tomada 
de decisão sobre investimentos e 
permitindo a minimização dos ris-
cos. O estudo também contribui 
com as pesquisas sobre análise de 
investimentos, apresentando um 
estudo de caso cuja revisão da li-
teratura empírica não identificou 
outro sobre a área contábil. Nesse 
sentido, este artigo também con-
tribui para as lacunas identificadas 
na literatura empírica revisada.
6. Referências
ANJOS, Luiz C. M.; MIRANDA, L. C. SILVA. Utilização de informações contábeis em cooperativas: são os contadores necessários? 
In: SEMINÁRIO UFPE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, 4, 2010, Recife. Anais eletrônicos...Recife: UFPE, 2010.1 CD-ROM.
ANTONIK, Luis Roberto. Análise de projetos de investimento sob condições de risco. Revista da FAE, v. 7, n. 1, 2017.
BORDEAUX-REGO, Ricardo. Viabilidade econômico-financeira de projetos. Editora FGV, 2015.
BRITO, Paulo. Análise e Viabilidade de Projetos de Investimento. São Paulo: Atlas, 2003.
BROM, Luiz Guilherme; BALIAM, Jose Eduardo Amato. Análise de investimentos e capital de giro: Conceitos e aplicações. São 
Paulo: Saraiva, 2007.
CASAROTTO FILHO, Nelson; KOPITTKE, Bruno Hartmut. Análise de Investimentos: matemática financeira, engenharia econômica, 
tomada de decisão, estratégia empresarial. 11 ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
COSTA, Luiz Guilherme Tinoco Aboim; COSTA, Luiz Rodolfo Tinoco Aboim; ALVIM, Marcelo Arantes. Valuation: Manual de 
avaliação e reestruturação econômica de empresas. 2 ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.
CRC/RS. Entrevista com a Delegada do CRC/RS no município objeto de estudo. Em 03, Nov. de 2017.
ECONODATA. Lista de Empresas em Santo Ângelo, RS. Disponível em: http://www.econodata.com.br/lista-empresas/RIO-
GRANDE-DO-SUL/SANTO-ANGELO. Acesso em 03, Nov. de 2017.
FONSECA, José Wladimir Freitas Da. Elaboração e Análise de Projetos: a Viabilidade Econômico-Financeira. São Paulo: Atlas. 
2012.
GITMAN, Lawrence Jeffrey; MADURA, Jeff. Administração financeira: uma abordagem gerencial. São Paulo; Pearson/Addison 
Wesley, 2008.
83REVISTA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE
RBC nº 229. Ano XLVII. Janeiro/fevereiro de 2018
GROPPELLI, A. A.; NIKBAKHT, Ehsan. Administração financeira. 3ª ed. São Paulo. 2010.
HOJI, Masakasu. Administração Financeira e Orçamentária: matemática financeira aplicada, estratégicas financeiras, orçamento 
empresarial. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
IBGE. Cidades. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/santo-angelo/panorama. Acesso em 03, Nov.de 2017.
IUDÍCIBUS, Sergio de (Coord.) Contabilidade Introdutória. 11 ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
KASSAI, José Roberto; Kassai, Silvia, et. al. Retorno de investimento: Abordagem Matemática e contábil do lucro empresarial. 
2 ª ed. São Paulo: Atlas, 2000.
KOTLER, Philip. ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 12ª ed. São Paulo: Pearson: Prentice Hall, 2007.
LAPPONI, Juan Carlos. Projetos de investimentos. São Paulo: Unidas, 2000.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 16 ª ed. São Paulo: Atlas, 2012.
OLIVEIRA, Luís Martins de; PEREZ JUNIOR, José Hernandes; SILVA, Carlos Alberto dos Santos. Controladoria estratégica: textos 
e casos práticos com solução. 9 ª ed. São Paulo: Atlas, 2013.
OLIVEIRA, Marina Magda. Instrumentos da Contabilidade Gerencial e sua contribuição para o desempenho em micro e 
pequenas empresas: um estudo com gestores da região metropolitana de belo horizonte. Projetos, dissertações e teses do 
Programa de Doutorado e Mestrado em Administração, v. 11, n. 1, 2017.
PORTER, Michael E. Competição=on competition: Estratégias Competitivas Essenciais. 2ª ed. Rio de Janeiro: Campus,1999.
ROCHA, Carmo do José Keule; A Constituição de um escritório de contabilidade: Um estudo sobre a viabilidade do 
empreendimento. Belém, 2004.
RODRIGUES, Igor Cardoso; SANTOS, Geovane Camilo. O Custo Efetivo do Escritório Contábil Consulte Contabilidade e 
Consultoria Empresarial na Prestação de Serviço em uma Empresa Optante pelo Lucro Real. RAGC, v. 4, n. 16, 2016.
RUSCH, J.; SEIBERT, R. M.; SALLA, N. M. G.; RUSCH, T. F. M. Estudo de Viabilidade Econômico-Financeira para Implantação 
de uma Estufa Hidropônica em uma Propriedade Rural no Interior de Santo Ângelo –RS. Revista Eletrônica do CRCRS. V. 1, p. 
6-31, 2014. 
SINDESC – Sindicato dos empregados em escritórios de contabilidade do Rio Grande do Sul. Convenção coletiva de trabalho 
2015. Disponível em: http://www.sindesc.com.br. Acesso em 07/11/2017.
SOUZA, Luiz Eurico de. Fundamentos de Contabilidade Gerencial: Um instrumento para Agregar Valor. Curitiba: Juruá, 2008.
SOUZA, Sérgio Adriano. Contabilidade Geral 3D. Rio de Janeiro: Método, 2012.
THOMÉ, Irineu. Empresas de Serviços Contábeis - Estrutura e Funcionamento. São Paulo: Atlas, 2001.
VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2010.
__________. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 15ª. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
WOILER, Samsão. MATHIAS, Washington Franco. Projetos: Planejamento, elaboração, análise. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.
YIN, Robert. Estudo de caso: Planejamento e métodos. 5ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.

Continue navegando