Buscar

Coesão e Coerência nova ortografia

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO:
	
	Pretendo nesse trabalho, abordar os conceitos de coerência e coesão, mostrando o papel e a importância de cada um desses mecanismos, não só para a leitura e a compreensão de textos, como também pra sua produção.
A coerência e a coesão contribuem para conferir textualidade a um conjunto de enunciados. Assim, a coerência é o resultado da possibilidade de se estabelecer alguma forma de unidade ou relação entre os elementos do texto. E a coesão se refere ao modo como os vocábulos se ligam dentro de uma sequência.
A coerência resulta da configuração que assumem os conceitos e relações subjacentes à sua superfície textual. É considerado o fator fundamental da textualidade, porque é responsável pelo sentido do texto. Envolve não só aspectos lógicos e semânticos, mas também cognitivos, na medida em que depende do partilhar de conhecimentos entre os interlocutores.
	E com isso observando o acordo ortográfico da língua portuguesa, assinado em Lisboa, em 1990 e a Câmara dos Deputados aprovou dia 21/02/2001. A exemplo do Brasil, os outros sete países onde o Português é a língua oficial: Portugal, Guiné Bissau, Angola, Moçambique, São Tomé, Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste também estão adotando o vocabulário ortográfico comum, nos termos do acordo.
	A reforma ortográfica, que atinge apenas 2% da escrita, deixa praticamente intactas as regras de acentuação gráfica, mas suprime o trema, simplifica as regras do hífen e elimina as consoantes mudas, como a letra "c" da palavra exacto. Este trabalho irá falar sobre as mudanças ocorridas com a Língua Portuguesa. 
Coesão e Coerência
	A Coesão e a Coerência são mecanismos fundamentais na construção textual. Para que um texto seja eficaz na transmissão da sua mensagem é essencial que faça sentido para o leitor. 
	Além disso, deve ser harmonioso, de forma a que a mensagem flua de forma segura, natural e agradável aos ouvidos.
	O que é coesão textual?
	Quando falamos de coesão textual, falamos a respeito dos mecanismos linguísticos que permitem uma sequência lógico-semântica entre as partes de um texto, sejam elas palavras, frases, parágrafos, etc. Entre os elementos que garantem a coesão de um texto,
As referências e as reiterações: Este tipo de coesão acontece quando um termo faz referência a outro dentro do texto, quando reitera algo que já foi dito antes ou quando uma palavra é substituída por outra que possui com ela alguma relação semântica. Alguns destes termos só podem ser compreendidos mediante estas relações com outros termos do texto, como é o caso da anáfora e da catáfora.
As substituições lexicais (elementos que fazem a coesão lexical): este tipo de coesão acontece quando um termo é substituído por outro dentro do texto, estabelecendo com ele uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia, ou mesmo quando há a repetição da mesma unidade lexical (mesma palavra).
Os conectores (elementos que fazem a coesão interfrásica): Estes elementos coesivos estabelecem as relações de dependência e ligação entre os termos, ou seja, são conjunções, preposições e advérbios conectivos.
A correlação dos verbos (coesão temporal e aspectual): consiste na correta utilização dos tempos verbais, ordenando assim os acontecimentos de uma forma lógica e linear, que irá permitir a compreensão da sequência dos mesmos.
	São os elementos coesivos de um texto que permitem as articulações e ligações entre suas diferentes partes, bem como a sequenciação das ideias.
Gêneros Textuais
	Os gêneros textuais são classificados conforme as características comuns que os textos apresentam em relação à linguagem e ao conteúdo. 
	Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os interlocutores (emissor e receptor) de determinado discurso. 
	São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do restaurante, bilhete ou lista de supermercado. 
	É importante considerar seu contexto, função e finalidade, pois o gênero textual pode conter mais de um tipo textual. Isso, por exemplo, quer dizer que uma receita de bolo apresenta a lista de ingredientes necessários (texto descritivo) e o modo de preparo (texto injuntivo).
Tipos de Gêneros Textuais
Texto Narrativo
	Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. A estrutura da narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho.
	Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos:
Romance
Novela
Crônica
Contos de Fada
Fábula
Lendas
Texto Dissertativo-Argumentativo
	Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo em que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese (desenvolvimento), nova tese (conclusão).
Exemplos de gêneros textuais dissertativos:
Editorial Jornalístico
Carta de opinião
Resenha
Artigo
Ensaio
Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado.
Texto Expositivo
Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por meio de recursos como: definição, conceituação, informação, descrição e comparação.
Alguns exemplos de gêneros textuais expositivos:
Seminários
Palestras
Conferências
Entrevistas
Trabalhos acadêmicos
Enciclopédia
Verbetes de dicionários
Texto Injuntivo
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que indica uma ordem, de modo que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor). Por isso, apresentam, na maioria dos casos, verbos no imperativo.
Alguns exemplos de gêneros textuais injuntivos:
Propaganda
Receita culinária
Bula de remédio
Manual de instruções
Regulamento
Textos prescritivos
Países que Assinaram o Tratado e as Novas Regras
	Assinado em 1990, o Acordo Ortográfico visa à padronização da ortografia da língua portuguesa. Os países Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, que formam a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), assinaram o tratado e cada um determinou prazos para que a reforma entrasse em vigor em seus territórios. 
	Em Portugal, as novas regras entraram em vigor no ano de 2009, já aqui, no Brasil, o prazo sofreu algumas alterações. Inicialmente, em território brasileiro, a renovação ortográfica entraria em vigor em janeiro de 2013. Porém, o governo brasileiro decidiu estender o período para implementação, mas, após polêmicas e críticas da sociedade, o governo adiou a entrada em vigor para 1° de janeiro de 2016.
	No Brasil, somente 0,6% (aprox) das palavras serão afetadas. Veja abaixo as mudanças:
Nova Ortografia O Que Mudou?
ALFABETO
Como era:
A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z
Como está:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
	Antes do acordo, tínhamos 23 letras em nosso alfabeto, agora, contamos com o acréscimo das letras K, W e Y, totalizando 26 letras no alfabeto do português brasileiro. Essa mudança ocorreu com a intenção de deixar “as coisas mais organizadas”. Como assim? Em nossa língua, temos nomes próprios e algumas abreviaturas que fazem uso dessas letras. A exemplo disso, 
temos: km, Yasmin, Wilson. Pensando nisso, o acordo procurou tornar oficiais as letras que já eram utilizadas pelos falantes do português.
TREMA
Deixará de existir em todas as palavras (ex: lingüiça será escrito como “linguiça”), com exceção para nome próprios
HÍFEN
Não será mais usado nos seguintes casos:
Quando o primeiro elemento termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente (Ex: extra-escolar será escrito como) “extraescolar”;
Quando o segundo elemento começar com r ou s. Nesse caso, a primeira letra do segundo elemento deverá ser duplicada (Ex: anti-semita e contra-regra serão escritos como “antissemita” e “contrarregra”;
Outra regra para o hífen é a de incluí-lo onde antes não existia, nos casos em que o primeiro elemento finalizar com a mesma vogalque começa o segundo elemento (ex: microondas e antiinflamatório serão escritos como “micro-ondas” e “anti-inflamatório”.
ACENTO DIFERENCIAL
Não se usará mais o acento para diferenciar:
“pêra” (substantivo – fruta) e “pera” (preposição arcaica)
“péla” (flexão do verbo pelar) de “pela” (combinação da preposição com o artigo)
“pára” de “para” (preposição)
“pêlo” de “pelo” (combinação da preposição com o artigo)“pólo” (substantivo) de “polo” (combinação antiga e popular de “por” e “lo”)
ACENTO CIRCUNFLEXO
Deixará de existir em:
palavras que terminam com hiato “oo” (Ex: vôo e enjôo serão escritos como “voo” e “enjoo”)
terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos dar, ler, crer e ver (ex: Lêem, vêem, crêem e dêem serão escritos como “leem”, “veem”, “creem” e “deem”)
ACENTO AGUDO
Será abolido em palavras terminadas com “eia” e “oia” (ex: idéia e jibóia serão escritos como “ideia” e “jiboia”.
Nas palavras paroxítonas, com “i” e “u” tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: “feiúra” e “baiúca” passam a ser grafadas “feiura” e “baiuca”
Nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i”. Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem
Ter tornado essas letras oficiais não significa que, agora, palavras como “quilo” e “quilômetro” passarão a ser escritas como “kilo” e “kilômetro”.
Conclusão
	Pode-se concluir com esse trabalho qual o verdadeiro objetivo da reforma ortográfica. O objetivo é acabar com as diferenças entre a grafia do Brasil e a dos demais países que têm o Português como sua língua oficial, e com isso aproximar as culturas destes países.
	Os brasileiros tiveram quatro anos para se adequar às novas regras. Durante esse tempo, tanto a grafia atual vigente como a nova que foram aceitas oficialmente. 	É importante ressaltar também que o acordo não interfere na língua falada, cada uma das nações de Língua Portuguesa mantém seus padrões de entonação e pronúncia. Essa diversidade de sotaques não será abalada.
Referências
SILVA Débora https://www.estudopratico.com.br/generos-textuais/
 
ARAÚJO Ana Paula de https://www.infoescola.com/literatura/generos-textuais/

Continue navegando