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APOSTILA 03

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Estilos de Liderança
Liderança e Comunicação Organizacional | 59
Objetivos
Ao final desta unidade de aprendizagem, você será capaz de:
• Identificar os estilos de liderança apontados pelos 
principais estudiosos;
• Compreender as abordagens contemporâneas de liderança;
• Aplicar os estilos de liderança nos diferentes 
contextos organizacionais.
Liderança e Comunicação Organizacional | 61
1. O que é um Estilo de liderança?
Existem inúmeras formas de ser líder. A orientação do líder 
diante de suas funções manifesta-se em seu estilo de liderança.
Estilo de liderança é o perfil comportamental de 
um líder, que está relacionado à orientação que 
ele prefere adotar para exercer suas funções de 
liderança. (SOBRAL, 2013).
Abordaremos, nesta unidade de aprendizagem, as contribuições de 
Kurt Lewin e Rensis Likert, que produziram estudos clássicos sobre estilos 
de liderança. Além disso, veremos também como as bases colocadas por estes 
autores foram desenvolvidas em estudos posteriores, como por exemplo a 
teoria do Grid Gerencial e as abordagens contemporâneas da liderança.
2. Os Estilos Clássicos de Liderança
Os estudos realizados nas Universidades de Iowa e de 
Michigan, nos Estados Unidos, construíram a base para as teorias que 
analisam estilos de liderança. Essas teorias são consideradas abordagens 
clássicas. Vejamos, a seguir os tipos de lideranças clássicas.
62 | Liderança e Comunicação Organizacional
2.1 Liderança Autocrática, Democrática e Liberal
Os estudos realizados por Kurt Lewin (1890-1947) na 
Universidade de Iowa representaram uma das primeiras tentativas de 
identificar os estilos de liderança de um administrador. 
Os pesquisadores identificaram três estilos básicos de liderança:
• Estilo Autocrático
Representado pelos líderes que centralizam a autoridade e a 
tomada de decisão. Dessa forma, esses líderes determinam de modo 
autoritário a forma e os métodos de trabalhos, deixando pouco 
espaço para a participação e a autonomia dos funcionários.
• Estilo Democrático
Estilo dos líderes que delegam autoridade e buscam estimular 
o envolvimento e a participação dos funcionários nas tomadas de 
decisão, e na escolha da forma e dos métodos de trabalho. Este 
estilo pode ser apenas consultivo, já que o líder ouve as opiniões dos 
funcionário, mas toma a decisão sozinho. Ou então, o líder pode atingir 
um grau ainda mais democrático, em que os funcionários não apenas 
emitem opiniões, mas também participam efetivamente da própria 
tomada de decisão.
• Estilo Laissez-faire (liberal)
Resulta na liberdade total que o líder concede aos funcionários 
para decidir sobre a realização de seu trabalho. e na tomada de decisão.
Fonte: Adaptado de Sobral (2013).
Lewin não só identificou três estilos que se tornaram clássicos 
no estudo da liderança, como também, realizou diversas pesquisas, 
buscando identificar qual desses três estilos seria o mais eficaz para uma 
boa liderança. Lewin chegou às seguintes conclusões:
O estilo laissez-faire foi identificado como o mais 
ineficaz em todos os casos analisados. 
Liderança e Comunicação Organizacional | 63
Os estilos autocrático e democrático conseguiam 
resultados semelhantes quanto ao desempenho 
do trabalho dos funcionários. Mas sob a liderança 
democrática, estes funcionários revelavam ter maior 
satisfação no trabalho. 
Estudos posteriores deram continuidade à pesquisa de 
Lewin e passaram a defender o estilo democrático como o mais 
eficaz a longo prazo, porque favorecia uma maior motivação e 
satisfação da equipe traduzindo isso em um melhor desempenho.
A presidente da divisão de consumo da Johnson & Johnson, 
Maria Eduarda Kertész, no cargo desde 2011, adota um estilo 
democrático de liderança para criar o engajamento necessário 
para alavancar o crescimento da companhia, em um mercado 
cada vez mais disputado por concorrentes de peso. 
Quando assumiu o cargo, Maria Eduarda tinha o desafio de levar 
a empresa a um outro nível no mercado, pois a marca estava 
sendo desafiada por concorrentes mais ágeis. Para engajar cerca 
de três mil funcionários, a presidente reuniu-se com a diretoria, 
juntou 30 líderes de diferentes áreas e, por fim, 700 gerentes de 
vendas e administrativos. 
Ao fim do evento, cada uma dessas pessoas escreveu uma carta 
endereçada a executiva. Ela garante que leu todas por, julgar que 
ali havia sugestões e críticas muito importantes. 
Mensalmente, executiva. toma café com funcionários, em grupos 
de 25 pessoas, que podem se inscrever livremente, independente 
da área de atuação. Nesses encontros, idealizados para ampliar 
o entrosamento e engajar as equipes, ela fala de resultados e do 
momento específico da empresa. A presidente acredita que o A 
presidente é manter o canal aberto e esclarecer todas as dúvidas.
Fonte: Licht (2013)
Na prática
64 | Liderança e Comunicação Organizacional
Qual seria o estilo de liderança predominante entre os 
executivos brasileiros? O que você acha?
Segundo Sobral (2013), uma pesquisa realizada pela 
consultoria Hay Group com executivos brasileiros detectou 
os principais estilos de liderança adotados pelos brasileiros, 
comparando o ponto de vista dos empregados com o ponto 
de vista dos executivos. 
O estilo democrático foi considerado o dominante, mas a 
pesquisa também mostrou que os executivos brasileiros 
fazem uso, em diferentes graus, de todos os estilos.
Pesquisas que comparam estilos de liderança em diferentes 
países mostram que no Brasil, pode-se falar na existência de 
um estilo paternalista de liderança, no qual o líder tende a 
agir de modo compreensivo e protecionista, como se fosse 
um amigo ou familiar. 
Este estilo está presente nas organizações brasileiras, como 
fruto de um traço marcante da cultura de nosso país.
O alemão Frank Liesner, de 35 anos, chegou ao país em 2008 para 
se tornar diretor-financeiro para o Mercosul da Henkel, empresa 
alemã de produtos químicos. E logo percebeu a força dos líderes 
paternalistas na cultura local. 
Acostumado com o jeito germânico de liderança, frio e 
assertivo, Liesner teve que se ajustar às necessidades de sua 
equipe brasileira: “Tomei aulas de cultura local e aprendi 
que, para engajar uma equipe, eu precisava ser mais caloroso 
e protetor”, disse o executivo.
Fonte: Tozzi (2010)
2.2. Liderança Orientada Para as Pessoas e Liderança 
Orientada Para Tarefas
Uma das mais importantes contribuições ao estudo dos estilos 
Saiba mais
Na prática
Liderança e Comunicação Organizacional | 65
de liderança veio da Universidade de Michigan, com a pesquisa realizada 
por Rensis Likert (1903-1981). 
Essa pesquisa também tinha o objetivo de identificar 
as características comportamentais (estilos) capazes de gerar um 
desempenho mais eficaz do líder. Dessa forma, Likert definiu dois 
estilos básicos de liderança:
Líder
Liderança orientada para a tarefa (ou 
para a produção)
Liderança orientada para as 
pessoas
Estilo de liderança que enfatiza os aspectos 
técnicos da tarefa, e consideram os 
indivíduos como um mero recurso para 
chegar a este fim.
Estabelece objetivos.
Tabela 1 - Estilos de Liderança de Likert
Likert defendia que os melhores índices de satisfação e de 
produtividade no trabalho eram obtidos pelos líderes orientados para as 
pessoas. Essas ideias influenciaram bastante a área de gestão de pessoas 
nas organizações e orientaram políticas voltadas para a valorização dos 
funcionários.
Mas será que os estilos de liderança são assim tão opostos? 
Os pesquisadores da Universidade do Texas, Robert Blake e 
Jane Mouton foram os primeiros a defender que: tanto a preocupação 
com as pessoas quanto a preocupação com a produção deveria fazer 
parte do estilo de um líder que busca alcançar o melhordesempenho. 
3. Os Estilos de Liderança no Grid Gerencial
Blake e Mouton, publicaram em 1964, o livro The Managerial 
Grid (O Grid Gerencial). 
66 | Liderança e Comunicação Organizacional
O Grid Gerencial é uma matriz onde os estilos de liderança são 
classificados em vários níveis, conforme se aproximam mais ou menos 
da orientação para pessoas ou para a produção. 
Segundo a teoria, a maior eficácia é obtida por líderes que 
conseguem otimizar essas duas dimensões. 
De acordo com as diversas gradações possíveis entre estes 
dois estilos, os autores chegaram a cinco estilos de liderança. Vamos 
conhecê-los a seguir:
• Liderança de clube de campo: Tem uma grande 
preocupação com as pessoas e pouca preocupação com a 
produção, focando mais no ambiente amigável e em formas 
de trabalho confortáveis para as pessoas. Faz a empresa 
parecer um clube, por isso o estilo foi chamado de “estilo 
clube de campo”.
• Liderança empobrecida: Expressa uma situação na qual 
não existe preocupação do líder com os liderados e nem 
com a produção a ser realizada.
• Liderança meio-termo: Representa um ponto intermediário, 
no qual o líder tem uma preocupação moderada com os 
subordinados e com a realização da tarefas.
• Liderança de equipe: Expressa o grau máximo de 
liderança do grid, no qual a preocupação com os 
empregados é muito elevada. O mesmo acontece com 
o desempenho na realização das tarefas e com o nível 
da produção. É o estilo de liderança que tenderia a 
obter maior desempenho e satisfação e menor 
absenteísmo e rotatividade.
• Liderança de tarefa: Expressa o estilo do líder preocupado 
exclusivamente com a tarefa, como se as pessoas fossem 
máquinas utilizadas para a finalidade máxima da produção.
Liderança e Comunicação Organizacional | 67
Blake e Mouton defendem que o treinamento em uma 
única dimensão ou centrada apenas nos empregados ou 
apenas nas tarefas, não é suficiente para desenvolver líderes 
eficientes. Os líderes devem ser treinados para que ambas 
as dimensões sejam contempladas, alcançando o nível de 
liderança de equipe. Caso um líder seja fraco em uma 
destas duas dimensões, deve atuar em conjunto com outro 
líder, alinhado aos mesmos objetivos, e que seja capaz de 
compensar esta fraqueza.
4. Abordagens Contemporâneas da 
Liderança
Quando falamos de liderança, estamos falando sobre as 
competências necessárias que o responsável pela gestão de uma equipe 
deve possuir. Cada organização tem suas características, seu processo de 
trabalho, sua estrutura e diferentes situações nas quais o líder precisa agir. 
Se cada empresa possui características e situações específicas, 
é possível ter apenas um estilo de liderança para todas? Segundo as 
modernas teorias sobre liderança, como a Teoria Contingencial, isto não 
seria possível. Na visão contingencial, não se pode utilizar o mesmo estilo 
de liderança em todas as situações existentes, sendo necessário utilizar o 
estilo que melhor se enquadra nas características de cada situação.
Deste modo, o estilo de liderança mais adequado dependerá 
do contexto organizacional dessa organização e das características das 
diversas situações que podem ocorrer nesse ambiente. 
Por conta deste fato, as visões modernas sobre liderança estão 
dando grande destaque às chamadas variáveis situacionais, que são os 
elementos que caracterizam a situação onde o líder está atuando. Estas 
variáveis se combinam aos estilos de liderança, tendo forte impacto no 
sucesso ou no fracasso de um líder. 
Importante
68 | Liderança e Comunicação Organizacional
Uma pesquisa realizada pela consultoria Hay Group (2010) aponta 
a importância de adotar diferentes estilos de liderança, aplicando 
o mais apropriado a cada circunstância. A pesquisa mostrou que 
executivas de sucesso lideram de maneiras diferentes com maior 
frequência do que os homens bem-sucedidos. 
A presidente da General Electric Healthcare para a América 
Latina, Claudia Goulart conta que atua, em muitas situações, 
segundo o estilo coercitivo: “Em equipes multidisciplinares e 
geograficamente distantes, como a minha, não é eficaz liderar 
democraticamente”, afirma a presidente.
Fonte: Spotorno (2010).
4.1 Liderança Transacional e Transformacional 
No contexto das organizações do século XXI, os estudos 
sobre liderança vêm apontando uma gama de variáveis às quais 
se submete a figura do líder. Diante disso, novas abordagens têm 
analisado a liderança como um processo complexo e composto de 
múltiplas dimensões, oferecendo uma visão mais compatível com o 
atual ambiente de negócios das empresas. Um destes estudos tornou-
se muito difundido na área de liderança e foi desenvolvido pelo 
historiador americano James Burns (1978), que identificou dois tipos 
básicos de líder:
Transacional Transformacional
Vamos conhecer agora um pouco sobre a liderança transacional.
Segundo Kuhnert e Lewis (1987), a liderança transacional 
é caracterizada como um processo de troca entre líderes e liderados. 
Esse estilo se aproxima de um estilo gerencial, pois a liderança está 
fortemente relacionada às recompensas que o líder oferece para obter o 
comprometimento dos seguidores com os objetivos traçados. Os líderes 
Na prática
Liderança e Comunicação Organizacional | 69
transacionais se esforçam para satisfazer os desejos dos liderados, que 
em troca, recompensam o líder com o cumprimento da tarefa. 
Podemos ver que os líderes transacionais engajam os seguidores 
em uma relação de mútua dependência, na qual a contribuição de cada 
lado é devidamente recompensada. Sua influência é uma consequência de 
sua habilidade para reconhecer e preencher as expectativas dos liderados. 
É importante notar que este tipo de intercâmbio ou transação 
que ocorre entre líderes e liderados não se restringe apenas às vantagens 
financeiras, mas envolve trocas de natureza política e psicológica como, por 
exemplo, proteção, segurança, status ou autonomia (KIRKBRIDE, 2006).
Como você deve ter percebido, variados elementos podem fazer 
parte do “pacote” de transações entre os líderes e liderados. 
Nessas trocas, é importante que o líder deixe claro o papel 
que os seguidores devem desempenhar, além do padrão de desempenho 
a ser alcançado e o que os seguidores podem ganhar com isso, pois 
é assim que os seguidores realizam os objetivos pessoais enquanto se 
dedicam a cumprir a missão estabelecida. 
Segundo Sobral (2013), este tipo de líder é ideal para situações 
de estabilidade organizacional. Em organizações com estruturas formais 
e rígidas, a expectativa gira em torno do cumprimento de metas 
preestabelecidas. Uma vez atingidas estas metas, o indivíduo recebe sua 
recompensa, pactuada com o líder anteriormente. 
Esse tipo de abordagem possui críticas? Sim. 
A principal crítica a esta abordagem é que, uma vez que a 
meta tenha sido alcançada, o liderado não se sente incentivado a realizar 
tarefas que estejam acima das expectativas anteriormente combinadas. 
Outra limitação associada a este estilo de liderança ocorre 
quando o líder não tem o controle sobre os recursos que podem ser 
usados como recompensas aos seguidores. Neste caso, você pode imaginar 
como o poder de barganha do líder fica diminuído, não é mesmo?
70 | Liderança e Comunicação Organizacional
Vamos agora conhecer, as características da abordagem 
transformacional.
Na liderança transformacional, o líder cria uma visão 
de futuro e é capaz de inspirar os liderados a segui-la. A ideia de 
transformação é muito importante nesse caso, pois o líder trabalha 
intensamente para que os seguidores transformem crenças, valores e 
adotem uma nova visão norteadora para suas ações. Podemos perceber, 
então, que o principal papel realizado pelo líder transformacional é o 
papel de agente de mudanças.
Segundo Kouses e Posner (1997,p. 33), a liderança 
transformacional seria “uma arte de mobilizar os outros para que estes 
queiram lutar por aspirações compartilhadas”. 
Esse estilo de liderança requer que o líder tenha elevada 
capacidade de articular uma visão e de congregar as pessoas em 
torno dela. 
A abordagem transformacional é um estilo de liderança adequado 
às situações de mudança ou de inovação na organização, e que geralmente 
leva a um nível de performance que supera as expectativas iniciais. 
Por isso, a capacidade de inspirar seguidores é um elemento-
chave neste estilo de liderança.
Para Rego e Cunha (2005), o líder transformacional possui 
as seguintes formas de atuação:
1. Articula uma visão ambiciosa, porém realista e 
compreensível pelos liderados, em consonância com a visão 
institucional, na qual todos se espelham.
2. Lidera pelo exemplo, sendo um modelo referencial nas suas 
atitudes e condutas éticas, nos aspectos morais e legais.
3. Transmite elevadas expectativas de desempenho aos 
Liderança e Comunicação Organizacional | 71
liderados, demonstrando confiança e sendo exigente em 
relação aos resultados esperados.
4. Promove a aceitação dos objetivos da equipe e da 
organização entre os liderados, fomentando a cooperação e 
empenho individual em prol do coletivo.
5. Trata os liderados de forma individualizada, atentando 
às necessidades e encorajando-os ao desenvolvimento 
pessoal e profissional, a partir de feedbacks e delegação de 
responsabilidades.
6. Estimula, intelectualmente, os liderados, aumentando a 
consciência dos problemas e alimentando o pensamento 
inovador e criativo.
Bass e Avolio (1990) realizaram pesquisas que indicaram 
grande efetividade da liderança transformacional. Comparada com a 
liderança transacional, ela apresentou os seguintes resultados: 
• Índices mais baixos de rotatividade.
• Produtividade maior.
• Maior satisfação dos funcionários.
Líder transacional – Guia os seguidores na direção dos objetivos 
em troca de recompensas individuais.
Líder transformacional – Inspira os seguidores a ultrapassar 
interesses individuais, em favor das metas da organização. 
4.2 Liderança Carismática
Muitas vezes, o perfil da liderança transformacional é tomado 
como sinônimo de liderança carismática. Entretanto, alguns autores, como 
Sobral (2013) e Robbins (2010), analisam o líder carismático como aquele 
que é visto pelos próprios seguidores como um possuidor de atributos 
heróicos ou extraordinários. Muitas vezes, este líder é cultuado e envolvido 
por uma espécie de aura com elevado grau de afetividade e de empatia.
Importante
72 | Liderança e Comunicação Organizacional
A teoria da liderança carismática é baseada nos estudos do 
sociólogo alemão Max Weber (1864-1920), que definiu carisma 
como:: “Uma qualidade pessoal considerada extraordinária e em 
virtude da qual se atribuem a uma pessoa poderes ou qualidades 
sobrenaturais, sobre-humanos ou totalmente fora do cotidiano, 
(...) pela qual a pessoa é tomada como exemplar e, portanto, 
como líder ”. (WEBER, 2000, p. 158).
O líder carismático normalmente é visto na vida política, 
enchendo praças e atraindo seguidores em torno de alguma ideologia. 
Líderes religiosos também costumam apresentar atributos carismáticos, 
cuja força conquista multidões de fiéis.
Para Bergamini (2008), existem alguns indicadores da presença 
da liderança carismática. São eles:
• Confiança dos liderados em relação às crenças disseminadas 
pelo líder.
• Congruência dos ideais e crenças do líder e liderados.
• Aceitação incondicional do líder pelos liderados e afeição 
destes ao líder.
• Obediência espontânea às diretrizes do líder.
• Envolvimento emocional dos seguidores com a missão da 
organização.
• Altos níveis de desempenho.
O líder carismático é visto como alguém dotado de características 
extraordinárias. Ele é capaz de entusiasmar os seguidores, 
mobilizando-os em direção a uma visão de forte apelo emocional.
Saiba mais
Importante
Liderança e Comunicação Organizacional | 73
Síntese
Nesta unidade de aprendizagem, abordamos as diferentes 
perspectivas em relação aos estilos de liderança. Podemos destacar:
Estilos de liderança 
de Likert
Liderança orientada para a tarefa/produção.
Liderança orientada para as pessoas.
Estilos de liderança 
de Lewin
Estilo autocrático. 
Estilo democrático. 
Estilo Laissez-faire (liberal).
Estilos de liderança no 
Grid Gerencial
Liderança de clube de campo.
Liderança empobrecida.
Liderança meio-termo.
Liderança de equipe. 
Liderança de tarefa.
Liderança transacional
Guia os seguidores na direção dos objetivos, em troca 
de recompensas individuais.
Liderança 
transformacional
Inspira os seguidores a ultrapassar interesses individuais, 
em favor das metas da organização.
Liderança carismática
Entusiasma os seguidores, mobilizando-os em direção a 
uma visão de forte apelo emocional.
 
Fonte: (CHIAVENATO, 2014, p.64).
Liderança e Comunicação Organizacional | 75
Leitura Complementar
PANDYA, Mukul. Liderança Duradoura: o que você pode 
aprender com os 25 maiores líderes de negócios de nossos tempos. Porto 
Alegre: Bookman, 2007.
O livro relata a trajetória e o estilo de grandes líderes da 
atualidade, que se destacaram por terem ideias novas e lucrativas, com 
grande influência na sociedade e no mundo de negócios. 
Dentre os líderes selecionados estão Jeff Bezos (Amazon), Steve 
Jobs (Apple), Warren Buffet (Berkshire), Andy Grove (Intel) e Peter 
Drucker (educador). Leia o livro na biblioteca virtual da Unigranrio.
Liderança e Comunicação Organizacional | 77
Referências Bibliográficas
BASS, Bernard; AVOLIO, Bruce. The implications of transactional 
and transformational leadership for individual, team and 
organizational development. Research in Organizational Change and 
Development, v. 4, 1990, p.231-272.
BERGAMINI. O líder eficaz. São Paulo: Atlas, 2008.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos 
recursos humanos nas organizações. Barueri: Campus, 2014.
KOUZES, J. M.; POSNER, B. O desafio da liderança. Rio de Janeiro: 
Campus, 1997.
KIRKBRIDE. Paul. Developing transformational leaders: the full 
range leadership model in action. Journal of Human Relations, 2006. 
KOUZES, James M; POSNER, Barry Z. O Desafio da Liderança. 7ª 
ed., Rio de Janeiro: Campus, 1997. 
KUHNERT, Karl; LEWIS, Philip. Transactional and 
Transformational Leadership: A Constructive/Developmental 
Analysis. Academy of Management Review 12, 1987, p.648-657.
LICHT, Lilian. Maria Eduarda Kétesz: aberta a sugestões e sempre próxima 
dos funcionários. Jornal Valor Econômico. Caderno Carreira, 8 Mar 2013. 
LUSSIER, Robert N.; ACHUA, Christopher F. Leadership: theory, 
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78 | Liderança e Comunicação Organizacional
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do perfil deificado da liderança transformacional. Revista de Ciências da 
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REGO, A.; CUNHA, M. A essência da liderança. Lisboa: RH, 2005.
ROBBINS, Stephen. Comportamento organizacional. São Paulo: 
Pearson, 2010.
SOBRAL, Felipe. Administração: teoria e prática no contexto 
brasileiro. 2ª ed. São Paulo: Pearson, 2013.
SPOTORNO, Karla. Qual é o melhor estilo de liderar? Revista Época 
Negócios, 4 Mar 2010. Disponível em: http://epocanegocios.globo.
com/Revista/Common/0,EMI125303-16363,00-QUAL+E+O+MELH
OR+ESTILO+DE+LIDERAR.html.
TOZZI, Eliza. Em cada país, um tipo de líder. Revista Você S/A. 1 Jul 
2010. Disponível em: exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/145/
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WEBER, Max. Economia e sociedade. Brasília: UnB, 2000.

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