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INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA – IFSC CÂMPUS JARAGUÁ DO SUL COMPONENTE CURRICULAR: TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC PROFESSOR(ES) DO TCC: RAUL FELIPE WESTPHAL ESTILOS DE LIDERANÇA NO SETOR TÊXTIL JARAGUÁ DO SUL-SC 2018 RAUL FELIPE WESTPHAL ESTILOS DE LIDERANÇA NO SETOR TÊXTIL Artigo apresentado como requisito parcial para a aprovação na Unidade Curricular de TCC, do curso Técnico em Vestuário Subsequente, do Instituto Federal de Santa Catarina, câmpus Jaraguá do Sul. Orientadora: Prof. Dra. Daiane Aparecida de Melo Heinzen Coorientador: Prof. Dr. Anjeéri Luiz Sadzinski JARAGUÁ DO SUL-SC 2018 Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. Analisar a influência dos estilos de liderança na gestão têxtil. Raul Felipe Westphal RESUMO: Este estudo teve como objetivo identificar a eficácia dos estilos de liderança em uma empresa têxtil de Jaraguá do Sul com base nas Teorias da Liderança. A metodologia utilizada é um estudo de caso que caracteriza-se como qualitativo. A coleta de dados foi obtida através de duas etapas, a primeira foi entrevista semiestruturada com o gestor do ramo têxtil. A segunda etapa foi o questionário elaborado com base na fundamentação teórica e a aplicação ocorre em todos os cargos de lideranças dos setores de Tinturaria e Acabamento têxtil. A coleta de dado ocorreu nos meses de setembro e outubro de 2018. Como resultado, foi identificado a presença dos três principais estilos de liderança do setor, onde se destacou o estilo democrático, o segundo estilo mais presente é o autoritário o por último aparece o estilo liberal sendo menos perceptivo. Palavras-chave: Teorias da Liderança. Liderança no Setor Têxtil. Eficácia do Líder. 1 INTRODUÇÃO O mundo está em constante evolução social, econômica, política e tecnológica, sendo recomendável que haja mudanças e renovações contínuas dentro das organizações. O tema liderança busca explicar questões importantes no ambiente organizacional. Para Kouzes e Posner (1997 apud Dutra, 2006. p.20) ‘’embora a palavra liderança passe a sensação de que aqueles que se encontram no topo são automaticamente líderes, distorce totalmente a função da liderança, pois ela não é um lugar, mas sim um processo’’, um processo necessário no meio organizacional, de Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. forma que são as pessoas que estão na liderança que definem objetivos e metas a serem alcançadas. Neste contexto, Chiavenato (2006) enfatiza três estilos principais: o líder autoritário, em que todas as decisões são dados ao líder; democrático, é o líder que sabe lidar com diferentes situações, ele conhece as pessoas que fazem parte de seu grupo e influência as pessoas para ajudar nas tomadas de decisões; e a liderança liberal, que é o estilo onde o líder influencia as pessoas de seus grupos a tomarem as decisões sozinhas, porém esses estilo utilizado tende a ser menos produtivo. Pesquisadores estudam o comportamento dos diferentes estilos de liderança a fim de verificar sua influência no desempenho organizacional. Diante disso, este estudo tem como objetivo ‘analisar a influência dos estilos de liderança no setor de tinturaria e acabamento têxtil’. Para isso, a pesquisa terá como objetivos específicos: verificar o estilo de liderança predominante nos setores; analisar a influência da formação do líder no estilo de liderança; identificar as características do líder conforme a sua atuação; verificar o resultado da produtividade com o estilo de liderança. Adicionalmente, pretende-se responder a seguinte pergunta de pesquisa, ‘para que o líder seja eficaz há necessidade que ele utilize diferente estilos de liderança, dessa forma, quais fatores influenciam os estilos de liderança no ambiente organizacional’? A pesquisa está estruturada da seguinte forma: o capítulo de fundamentação teórica apresenta as teorias de liderança, conceitos e evolução da liderança e estilos de liderança. O segundo capítulo mostra as metodologias utilizadas e no terceiro e último capítulo é apresentada a análise de dados a partir dos questionários obtidos e nas considerações finais se apresenta as conclusões da pesquisa, limitações e recomendações para trabalhos futuros. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 EVOLUÇÃO E CONCEITUAÇÃO DE LIDERANÇA Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. Os conceitos de liderança apresentam um caráter evolutivo das ideias, neste contexto, Fiorelli (2001 apud GONÇALVES, 2008 p.07) expõe que ‘’a falta de consenso sobre o assunto e o caráter evolutivo das ideias sugerem que liderança constitui algo situacional, dinâmico e profundamente ligado à natureza humana’’, a liderança está ligada a atitudes das pessoas em suas tomadas de decisões e dessa forma pode-se perceber como a liderança está presente nas características das pessoas. Para Janda (1960, p. 358): Liderança é um tipo especial de relacionamento de poder, caracterizado pela percepção dos membros de um grupo, no sentido de que outro membro tenha o direito de prescrever padrões de comportamento no que diz respeito à qualidade de membro desse grupo. Janda (1960) enfatiza a questão do poder dado a uma pessoa, de forma que o grupo confie e reconheça que essa pessoa tomará decisões corretas e prescreverá padrões de trabalhos para as pessoas de seu grupo. Já Roach e Behling (1984 p.46 apud BERGAMINI, 2009, p.3) ‘’Liderança é o processo de influenciar as atividades de um grupo organizado na direção da realização de um objetivo’’. Liderança está voltada aos objetivos das organizações, que buscam alcançar as metas propostas e para chegar a esses objetivos a liderança deve guiar e manter as pessoas na direção correta. Para Jacobs e Jaques (1990 apud GONÇALVES, 2008 p.08) “liderança é um processo de dar propósito e direçãosignificativa ao esforço coletivo e provocar o desejo de despender este esforço para se atingir o objetivo”. Segundo Bennis (1996 apud GONÇALVES, 2008 p.07) “a liderança é como a beleza: difícil de definir, mas fácil de reconhecer’’. Para o autor liderança é algo quase indefinido, já que cada pessoas tem uma forma de definir e reconhecer o que é liderança. As pessoas dependem de líderes, já que são essas pessoas que irão tomar decisões importantes e buscar um equilíbrio entre as organização e seus funcionários. Porém cada pessoa tem um modo diferente de agir, já que para cada situação o líder Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. para ser efetivo deverá conhecer o de seu grupo de trabalho para utilizar o estilo de liderança que mais se adapta a situação momentânea. 2.2 TEORIAS DA LIDERANÇA Considerando o caráter evolutivo do conceito de liderança, emergem novas concepções e teorias, ‘’o tema liderança há muito tempo tem sido investigado, por isso justifica-se a apresentação de variadas abordagens e definições. No entanto, devido ao conceito estar em contínua evolução, já existe grande quantidade de concepções’’ (Dutra, 2006 p.22). Segundo Lara (2012, p.3), ‘’A liderança é exercida, em algum momento, pela maioria das pessoas, mas o verdadeiro líder tem a liderança como parte de suas atitudes cotidianas’’. Dessa maneira pode-se dizer que as pessoas acabam exercendo o papel de liderança no seu cotidiano, porém existem pessoas que o aspecto de liderança se desenvolve de forma que liderar começa a ser algo natural que está presente em todas suas atitudes. Para Yukl (1998), ‘’a liderança tem sido definida em termos de traços, comportamentos, influência, padrões de interação, papel dos relacionamentos e ocupação de uma posição administrativa’’. Para que ocorra a compreensão sobre o estudo de liderança é preciso que haja a interpretação do conjunto de todos os pontos de vista dos autores, a fim de que se tenha uma visão mais abrangente do tema, já que a evolução histórica é constituída por três teorias que correspondem cada uma em determinado período (GONÇALVES, 2008). A teoria dos traços que marca o começo dos estudos sobre a liderança onde se caracterizou as primeiras definições sobre liderança dentro dos períodos compreendidos entre 1904-1948 Bergamini (1994 apud Gonçalves. 2008 p.11). Já a teoria comportamental busca a abordagem dos estilos de liderança, caracterizada no comportamento do líder em relação às pessoas de seu grupo, a qual teve início na década de 50 e prevaleceu até o final dos anos 60, Idem(1994 apud Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. Dutra, 2006 p.22). Logo após as definições sobre o comportamento do líder surgiu a teoria contingencial ou situacional, no final dos anos 60 e inícios dos anos 80. Esta teoria defende que o líder deve se adaptar a situação do seu cotidiano e utilizar diferentes estilos conforme a sua necessidade. Cada uma dessas abordagens sobre liderança mostra a transformação que o tema passa (Gonçalves, 2008). A seguir apresentam-se cada uma das teorias de liderança citadas. 2.2.1 Teoria dos Traços A teoria dos traços enfatiza as qualidades das pessoas e as características do líder. Os pesquisadores que defendem a teoria dos traços propõe que a liderança é uma característica de nascença, dessa forma expõem que a pessoa só se tornaria um líder se ela nascesse com os aspectos necessários para liderar. A partir de vários estudos realizados com o foco na teoria, os pesquisadores encontraram traços pessoais significativos e características da personalidade do líder, que apresentam a confirmação delas na prática (BENNIS e NANUS, 1988 apud GONÇALVES, 2008 p.12). Algumas dessas características encontradas nos estudos realizados seriam físicos, mentais, culturais dos líderes de forma que a liderança estaria voltada apenas a uma pequena parte da população, esses traços podem ser encontrados apenas em uma determinada classe de forma que a liderança fosse herdada pelos filhos dos líderes (Gonçalves, 2008). Para Gruber (2001 p.14): Embora tenham permanecido desprezadas durante muitos anos, a teoria dos traços voltou a ser utilizada a partir da década de 1980, em especial nas pesquisas que estudam traços relacionados à eficácia e ao sucesso em situações organizacionais específicas. Neste período, destacaram-se, também, os estudos sobre líderes corporativos fortes e sua capacidade de desenvolver um senso compartilhado de valores e da missão entre seus subordinados. O estudo para identificar os traços relacionados à eficácia dos líderes e o seu sucesso demonstram dificuldades em isolar os traços específicos dos líder já que cada pessoa tem características diferentes em sua personalidade isso acaba tornando cada Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. pessoa única, dessa forma em vez de identificar os traços de cada líder passou a identificar o comportamento assim surgindo a teoria comportamental. 2.2.2 Teoria Comportamental Essa teoria surgiu no pós-guerra nos Estados Unidos no final dos anos 40, tem sua fundamentação amplamente democrática, com foco maior na motivação humana e concentrou-se os estudos em identificar o comportamento empregados pelos líderes de uma mesma organização. De acordo com Stoner e Freeman (1995, p. 361), ‘’a escolha do estilo de liderança deve ser influenciada por várias forças que existem no administrador, nos subordinados e na situação de trabalho”. Podendo dessa forma ocorrer variação do estilo de liderança empregado pelo líder. Para Maslow (2000 apud Bueno 2002, p.1) "quanto mais saudáveis nós somos emocionalmente, mais importantes se tornam nossas necessidades de preenchimento criativo no trabalho. Ao mesmo tempo, menos nós toleramos a violação de nossas necessidades para tal preenchimento." Para que as pessoas sejam produtivas em seu ambiente organizacional,deve-se haver um equilíbrio emocional de forma que tudo deve estar em perfeita harmonia, caso contrário as pessoas tendem a ser menos produtivas já que há necessidade de um preenchimento emocional. A teoria de motivação de Maslow propõe níveis em forma de pirâmide, na base da pirâmide fica as necessidades fisiológicas e de segurança, o topo da pirâmide encontra-se a auto-realização que é representada pelo individualização do ser. ‘’ À medida que um nível de necessidade é atendido, o próximo torna-se dominante (FERREIRA, DEMUTTI e GIMENEZ. 2010, p.4). Robbins (2002) define os níveis da pirâmide da seguinte forma: 1. Fisiológicas: incluem fome, sede, abrigo sexo e outras necessidades corporais. 2. Segurança: inclui segurança e proteção contra danos físicos e emocionais. 3. Sociais: Incluem afeição, aceitação, amizade e sensação de pertencer a um grupo. 4. Estima: Inclui fatores internos de estima, como respeito próprio, realização e autonomia; e fatores externos de estima, como Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. status, reconhecimento e atenção. 5. Auto-realização: a intenção de tornar-se tudo aquilo que a pessoa é capaz de ser; inclui crescimento, autodesenvolvimento e alcance do próprio potencial. Para Robbins (2002) a pirâmide divide-se em duas partes justificada pela diferença na natureza dos fatores de satisfação. As necessidades do nível baixo são as mais simples como remuneração, segurança no emprego e local de trabalho adequado, assim se a organização pagar um salário mais alto e dar segurança ao empregado suprirá o nível básico da pirâmide. Já o segundo nível são necessidades individuais de forma que cada indivíduo busca a própria auto-realização. Após serem identificado como cada líder se comporta e os níveis de satisfação das pessoas, a próxima teoria explica como que o comportamento do líder pode influenciar em sua eficácia. 2.2.3 Teoria Contingencial ou Situacional As teorias Contingencial ou Situacional têm como princípio básico a existência de diferentes estilo ou característica de liderança usados para diversas situações, dessa forma cada situação requer um estilo de liderança diferente. Segundo esta abordagem, o líder eficaz é o que tem a capacidade de se adaptar ao grupo de pessoas com determinadas características e condições extremamente variáveis. Para Bryman (2004 apud DUTRA, 2006 p.26) ‘’os defensores da abordagem contingencial colocam os fatores situacionais no centro de qualquer entendimento da liderança, buscando especificar as variáveis situacionais que moderam a efetividade das diferentes abordagens de liderança’’. ‘’Para explicar essas variáveis os estudiosos julgam que a principal ênfase deste grupo de estudo está dirigida à investigação, além da ação do líder sobre a atitude passiva do subordinado e das características comportamentais dos liderados’’ (BERGAMINI, 1994 apud DUTRA, 2006 p.27). Segundo Hersey e Blanchard (1986 apud DUTRA, 2006, p. 26): Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. Não existe um só modo de influenciar as pessoas. O estilo de liderança que uma pessoa deve adotar para influenciar indivíduos ou grupos de pessoas depende do nível de maturidade dos envolvidos. Esta maturidade varia em quatro níveis e inclui a dosagem certa de comportamento de tarefa (direção) e comportamento de relacionamento (apoio). O comportamento de tarefa é a forma que o líder se comporta para mostrar a direção para o seu grupo já que será ele que irá dizer as pessoa quem executa cada tarefa, como será feito, quando e onde acontecerá. Já o comportamento de relacionamento o líder conversa com frequência na busca da motivação de seu grupo e os encoraja a tomarem decisões difíceis (GONÇALVES, 2008). Para Cruz, Nune e Pinheiro (2010), a teoria contingencial analisa como os factores situacionais alteram a eficácia do comportamento e estilo de liderança do líder, essa abordagem descreve liderança de forma que nem as características dos líderes, nem o comportamento e nem os estilos de liderança formem líderes. O que realmente faz um líder é a adequação entre os estilos de liderança e as situações enfrentadas pelo líder. 2.3. ESTILOS DE LIDERANÇA A partir da década de 50 os estudos passaram de definições de liderança para quais os aspectos que um líder deve apresentar e como que esses aspectos influenciam em suas atitudes. Para Gonçalves (2008 p. 15 apud Bergamini, 1994): Os estilos de liderança aparecem logo no início da década de 50. Nessa época, os cientistas passaram a preocupar-se especificamente como o bom líder deve agir. Os pesquisadores dirigiram a sua atenção aos aspectos que caracterizam a dinâmica do comportamento do líder. Para Chiavenato (2003, p.124), ‘’as teorias sobre estilos de liderança são teorias que estudam a liderança em termos de estilos de comportamento do líder em relação aos seus subordinados”. Os estilos de liderança definem o comportamento do líder em Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. relação ao grupo de pessoas que estão em seu comando, dessa forma identifica-se o estilo empregados pelo líder. O estilo empregado pelo líder varia conforme a situação, cada líder tem um ou mais estilos que se identificam com sua personalidade, para o autor Quintella (1994) os estilos que definem um líder são Crítico, Treinador, Não intervencionista, Analista, Pacificador, Lutador, Inventor. Segundo Chiavenato (2003), foram identificados três comportamentos comuns: Como cita Chiavenato (2003, p.144): I. Liderança autocrática: o líder concentra as decisões para ele e impõe suas ordens ao grupo. O comportamento entre os liderados é de frustração, visto que prevalece um clima tenso e agressivo. Além disso, não há iniciativa para que eles sejam espontâneos e construam amizades entre si. Eles realizam suas tarefas sem nenhuma satisfação, e o trabalho só é realizado com a presençafísica do líder. II. Liderança democrática: o líder conduz e posiciona o grupo e estimula a participação democrática das pessoas. Apresenta formação de grupos de amizade, e o relacionamento entre o líder e os liderados é de maneira educada, honesta e espontânea. Além disso, o grupo trabalha num ritmo suave e seguro, com responsabilidade e comprometimento pessoal gerando um clima de satisfação no ambiente de trabalho. III. Liderança liberal ( laissez-faire ): o líder concede o poder das decisões totalmente aos liderados, fazendo com que eles fiquem à vontade e sem qualquer controle. Além disso, o grupo não executa com qualidade suas tarefas que são desenvolvidas ao acaso, mesmo produzindo de forma intensa. Percebe-se um forte individualismo e pouco respeito ao líder. Dessa maneira percebe-se que são estilos diferentes um do outro, tendo como a liderança autocrática aquela liderança autoritária na qual o líder toma todas decisões não deixando os seus subordinados se expressar ou dar suas opiniões, já na liderança democrática os líderes tendem a ouvir as pessoas nas tomadas de decisões e mantém o grupo sempre informado do que está acontecendo na empresa dessa forma transmitindo segurança e um tranquilo ambiente de trabalho aos subordinados. E a Liderança liberal tem uma forma totalmente diferente de pensar e agir, ela faz com que as tomadas de decisões aconteçam entre os subordinados, não dependendo da opinião do líder, esse estilo faz com que as pessoas trabalhem de forma mais intensa, mas pela falta da presença de um líder nas tomadas de decisões a produção acaba sendo de baixa qualidade. No entanto, Chiavenato (2003, p. 125) afirma que: Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. Na prática, o líder utiliza os três processos de liderança, de acordo com a situação, com as pessoas e com a tarefa a ser executada. O líder tanto manda cumprir ordens, como consulta os subordinados antes de tomar uma decisão, como sugere a maneira de realizar certas tarefas: ele utiliza a liderança autocrática, democrática e liberal. O desafio da liderança é saber quando aplicar qual estilo, com quem e em que circunstâncias e atividades. Dessa forma pode-se dizer que o estilo de liderança aplicado vai depender do estilo do grupo de pessoas que o líder vai coordenar, porém não tem como afirmar qual o melhor estilo usado pela liderança, que dependendo da situação ele deve ter que estar a frente do grupo, tomando decisões importantes nos momentos críticos. Já em outras decisões o líder consegue envolver as pessoas ouvir opiniões diferente sobre o assunto abordado dessa forma tomando a atitude mais correta fazendo com que as pessoas do grupo se sintam motivadas e o estilo liberal também se encaixa no cotidiano de um líder onde ele consegue testar e perceber a criatividade do grupo em suas tomadas de decisões. Não se pode afirmar qual estilo é o mais correto se levar em consideração que todos os estilos citados conseguem ser aplicados juntos, basta o líder saber o momento certo de se aplicar cada estilo (CHIAVENATO, 2003). Em outras palavras, as teorias dos estilos de liderança explicam como o comportamento nas tomadas de decisões influenciam nas atitudes de seus subordinados. Quintella (1994) propõe novos estilos de liderança, suas características e levanta os aspectos positivos e negativos de cada estilo conforme apresentados no Quadro 1. Quadro 1: Avaliação do estilo de liderança Estilo de liderança Aspecto negativo (do líder) Aspecto positivo (do líder) Crítico Ditador, assume posições repressoras e autoritárias; raramente são abertos a novas idéias e procedimentos Informado, avalia com competência, analisa prós e contra e transmite segurança. Treinador Sufoca e manipula o funcionário. Motivador, encoraja os colaboradores e estimula o desenvolvimento profissional. Sabe ouvir e preocupa-se com s saúde física, mental e econômica Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. do funcionário. Não intervencionista Solitários omissos, não se preocupam com o bem estar dos funcionários nem com qualquer relação interpessoal. Libertadores, não interferem, portanto os colaboradores ficam livres para impor seu próprio ritmo de trabalho. Analista Computadores permanentes processam dados e freqüentemente são inadequados no relacionamento com o lado humano. Comunicadores, extremamente potentes por sua habilidade em coletar dados analisá-los e estimar probabilidades. Pacificador Obediente, um autêntico capacho, manso, não oferece resistência, torna-se chato porque deseja agradar a todos e raramente consegue. Negociador por excelência, promove uma atmosfera equilibrada e gera um bom ambiente de trabalho. Lutador Rebelde e hostil, joga pesado com golpes baixos, quer vencer a qualquer preço. Tem sede de vingança quando as coisas vão mal. Direciona sua agressividade para estimular a integração com seus colaboradores. Luta pelo sucesso da equipe contra os competidores. Tem senso de justiça e integridade. Inventor Cientista louco, sempre quer inventar algo novo, isola-se para criar idéias na esperança de que seja aprovado pelos outros. Criadores apreciados por seu fluxo de novas idéias e entusiasmo energizantes. Contadores de histórias e geradores de clima de criatividade entre seus colaboradores. Fonte: Quintella (Manual de Psicologia organizacional da consultoria vencedora, p. 155, 1994). A partir da avaliação dos estilos de liderança de Quintella (1994) percebe-se que cada um dos estilos tem suas peculiaridades, de forma que o líder crítico eles executará as ordens e seguirá o padrão e os métodos de trabalho propostos pela organização. O ponto negativo deste estilo é ser autoritário, não ouvindo as pessoas de seu grupo, porém, o líder é a pessoa que estará informado de tudo que está acontecendo já que controla o seu grupo. Líder treinador, sua maior qualidade é a tentativa de especializar seu grupo e buscar cada vez mais o conhecimento sobre a área que atuam,assim, se tornando excelentes profissionais, mais acaba sufocando as pessoas por estar sempre buscando saber como está a vida na organização e pessoal. Líder não intervencionista são os líderes que não mantém uma relação de amizade com as pessoas de seus grupos, eles só estão preocupados com atingimento Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. das metas e os resultados, dessa forma as pessoas acabam trabalhando cada uma em seu ritmo já que o líder dá espaço para elas. Líder analista é a pessoa que está sempre coletando dados para saber como anda cada pessoa e seus processos na organização, sabem se comunicar e criar probabilidades diante de problemas, porém, por eles terem dados detalhados das pessoas não tomam decisões voltadas ao lado humano e sim a números. Líder Pacificador criar um ambiente de trabalho tranquilo já que sabe negociar com as pessoas para que elas o ajudem, mais acaba cometendo erro por tentar agradar todo mundo e tenta ajudar todas as pessoas de seu grupo, esse líder tenta agradar todos não conseguindo dizer não. Líder lutador é uma pessoa leal que sabe como motivar sua equipe e estimula elas a competir para chegar nos objetivos, porém, está disposto a fazer tudo que for necessário para atingir suas metas mesmo que tenha que usar de sua força. O líder inventor está sempre criando coisas novas e cheio de novas ideias, estimula em seu ambiente de trabalho um clima onde as pessoas sejam criativas e entusiastas. Para o autor os estilos citado definem o comportamento do líder e a partir dos estilos de lideranças já existentes surgiu um novo estilo que (ARÁUJO e FERREIRA 2009, p.48) ‘’foca no desenvolvimento pessoal e profissional, tendo o resultado como conseqüência, são características do estilo coaching’’. O coaching como estilo de liderança, a abordagem utilizada é que ‘’o líder assume responsabilidade de maximizar a consciência e a autoconfiança e não apenas expande as habilidades e competências, mas também motiva, potencializa e enriquece o trabalho em equipe’’(WOLK 2008 apud ARAÚJO e FERREIRA, 2009 p.9). O coach pode ser dividido em coach interno e coach externo, porém é o coach interno que quando usado dentro do ambiente de trabalho acaba sendo visto como um estilo de liderança, já que essa pessoa está ligada diretamente a organização, o coaching deve ser utilizado pelos líder para treinar e capacitar as pessoas de seu grupo. Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. O coach externo tem o intuito de minimizar as falhas no processo de gestão, essa pessoa é alguém que vem de fora da empresa para ajudar executivos a esclarecer suas incertezas e tenha alguém que possam confiar e discutir os assuntos organizacionais, essas pessoas não seguem regras, normas e procedimentos padrões da organização (ARAÚJO e FERREIRA, 2009). A contribuição obtida com o estilo coaching seria para ‘’ alcançar um ambiente verdadeiro de gestão, no qual as pessoas assumem responsabilidades sobre as atividades, desenvolvem a capacidade de tomada de consciência sobre si e sobre o contexto’’ (WHITMORE, 2006 apud FERREIRA, 2008). Com um método totalmente diferente do métodos tradicionais de gerenciamentos onde acontece o comando e controle da gestão na organização o coach é mais que um simples supervisor, ele facilita a aprendizagem, promoverá o apoio através da estimulação do seu potencial, para que dessa forma o líder alcance os objetivos propostos (ARAÚJO e FERREIRA, 2009 p.10). 3 METODOLOGIA A abordagem para a realização desta pesquisa será qualitativa. De acordo com Minayo e Sanches (1993) ‘’ela procura aprofundar a compreensão de problemas, de pessoas e de relacionamentos, abrindo perspectivas para estudos posteriores’’. A abordagem qualitativa busca compreender os problemas ao levantar dados mais detalhados e rico em informações para que dessa forma obtenha a respostas do problema gerando novos problemas. Já para Silva (2010 p. 6) a pesquisa qualitativa ‘’trabalha com valores, crenças, representações, hábitos, atitudes e opiniões. Ela aprofunda a complexidade de fenômenos, fatos e processos; passa pelo observável e vai além dele ao estabelecer inferências e atribuir significado ao comportamento’’. A coleta de dado tende a ser mais objetiva onde se deve focar no problema e aprofundar o conhecimentos sobre o problema para que de forma complexa chegue ao objetivo. Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. A presente pesquisa buscará analisar a influência dos diferentes estilos de liderança, onde a abordagem qualitativa se adapta em um contexto mais harmônico, porque permite a explicação de comportamentos e sentimentos, o que torna o objetivo do estudo dinâmico e contextualizado (SILVA. 2010). A estratégia de pesquisa utilizada neste trabalho será caracterizada através de um estudo de caso. O estudo de caso diferentemente de outros métodos utilizados como experimento e o levantamento, não ocorre numa sequência rígida já que seu planejamento tende a ser mais flexível e com frequência, o que se desenvolve em um etapa, determina as alterações das etapas seguintes (Gil 2010). Dessa forma segundo Yin (2005) ‘’ o uso do estudo de caso é adequado quando se pretende investigar o como e o porquê de um conjunto de eventos contemporâneos’’. O estudo de caso é utilizado para se investigar e ter respostas de acontecimentos e fenômenos que ocorrem no contexto da vida real. Para Gil (2010) a definição do estudo de caso abordado em uma pesquisa dependerá do propósito da pesquisa já que o estudo pode-se definir em um estudo de caso único ou de casos múltiplos. O estudo de caso único é o mais comum a ser utilizado já que ele busca se referir a apenas um indivíduo, um grupo, uma organização, um fenômeno, etc... Dessa forma a pesquisa está voltada a encontrar resposta de um único tema ou fenômenoocorrente no cotidiano, de forma que tenha o foco direto ao que busca. Há uma grande necessidade de se utilizar de diferente técnicas de coleta de dados, as mais comuns são mediante entrevistas, observação e análise de documentos, para que dessa maneira o estudo de caso tenha maior credibilidade aos resultados. Assim, o estudo de caso como estratégia de pesquisa compreende um método que abrange tudo – tratando da lógica de planejamento, das técnicas de coleta de dados e das abordagens específicas à análise dos mesmos. Nesse sentido, o estudo Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. de caso não é nem uma tática para a coleta de dados nem meramente uma característica do planejamento em si, mas uma estratégia de pesquisa abrangente (YIN, 2005). A coleta de dados será realizada através de entrevistas e aplicação de questionários . A entrevista semipadronizada, para Flick (2009 p.149) se ‘’desenvolveu essa abordagem nas décadas de 1980 e de 1990 para estudar teorias subjetivas em campos como escolas e outras áreas de trabalho profissional’’. ‘’O Termo teoria subjetiva refere-se ao fato de os entrevistado possuírem uma reserva complexa de conhecimento sobre o tópico em estudo’’(FLICK, 2009 p.149). Dessa forma a entrevista semipadronizada tem um formato onde não ocorre a necessidade de seguir um roteiro deixando o entrevistado mais à vontade, e as perguntas utilizadas são as que melhor se encaixam no momento da entrevista. Já os questionários ‘ ’são formulários utilizados para relacionar ou registrar os dados a serem coletados. Podem ser constituídos de questionários, ou tópicos para entrevistas, formulários para anotações de observações e outros’’ (DUTRA, 2006 p.48). Assim, a coleta de dados será realizada em duas etapas. A primeira etapa será aplicado questionário com nove auxiliares, seis supervisores e dois coordenadores nos setores de acabamento e tinturaria, com objetivo de identificar os estilos de liderança presentes no setores. E na segunda etapa será realizada uma entrevista semi estruturada com um gestor da empresa, o qual é responsável pelo gerenciamento dos líderes nos setores citados. O levantamento de dado será no período de agosto a setembro de 2018. Após a coleta dos dados será realizada análise dos dados. Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. 4 ANÁLISE DE DADOS Este capítulo contém os resultados dos dados levantados. É apresentado o perfil dos participantes junto a uma análise voltada às características da liderança para atender os objetivos propostos. A amostra deste estudo é constituída por 17 líderes, que ocupam cargo de liderança nos setores de acabamento e tinturaria têxtil. A primeira etapa do questionário foi para identificar o perfil dos respondentes, conforme mostrado nas Figuras 1 a 12. A primeira pergunta foi para mapear a idade dos lìderes nos dois setores analisados. Verificou-se que a maioria dos lìderes estão na faixa etária entre 41 a 45 anos, logo depois ocorre uma variação de idade dos líderes, entre 25 até 51 anos ou +. A idade com maior número de líderes (41 a 45 anos) está relacionada ao conhecimentos técnico que essas pessoas possuem, já que nos setores apresentados existe um plano de carreira onde é necessário atender alguns requisitos, entre eles, o fator tempo, para assumir a função de liderança. Em seguida, apresenta-se o gênero da liderança. Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. Verifica-se que a maior parte dos líderes atuantes são do sexo masculino (76,5%) e apenas 23,5% do total são mulheres que estão em cargos liderança nestes setores. Quanto ao tempo de empresa, destaca-se que a maior parte dos líderes (29,4%) apresenta de 6 - 10 anos na empresa. No entanto, também verifica-se que há pessoas com pouco tempo de empresa no cargo de liderança (de 01 a 05 anos) e líderes antigos, com mais de 21 anos de empresa. Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. Cada área tem um coordenador, onde os supervisores (08) respondem a estes coordenadores e os auxiliares (08) estão subordinados aos supervisores, ou seja, cada supervisor tem um auxiliar para o ajudar nas questões técnicas e operacionais. Quando se trata da questão tempo de trabalho na função, percebe-se que a maioria (47,1%) dos entrevistados estão a pouco tempo no cargo de liderança. Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. Verifica-se que cada supervisor tem um grupo de 16 ou mais pessoas para liderar (70,9%), o que justifica-se a necessidade de cada supervisor ter um auxiliar para o ajudar nos trabalhos técnicos e operacionais. Quanto a formação acadêmica, destaca-se o nível técnico completo como principal formação da equipe de liderança. Esse fato é resultado da valorização que a empresa dá para a formação técnica. Inclusive, atualmente, para exercer cargo de liderança, tem-se como pré-requisito ter o curso técnico. Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. A segunda etapa do questionário, apresentada abaixo, irá analisar os estilos de liderança, suas características, comportamento e aspectos dos líderes. Foram feitas afirmações que identificam os três principais estilos de liderança , sendo agrupado no gráfico abaixo. Verificou-se que o perfil que obteve destaque foi o perfil democrático esse é o líder que sabe lidar com diferentes situações, ele conhece as pessoas que fazem parte de seu grupo e influência as pessoas para ajudar nas tomadas de decisões. Observa-se que o perfil autoritário também está presente na qual o líder toma todas decisões não deixando os seus subordinados se expressar ou daropiniões ele também encontra-se presente nos setores, já o perfil liberal tem uma forma totalmente diferente de pensar e agir, ela faz com que as tomadas de decisões aconteçam entre os subordinados, não dependendo da opinião do líder esse é o estilo menos presente nos setores. Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. Observou-se o comportamento que se destacou nos líderes foi o líder crítico, aquele que transmite segurança ao seu grupo e busca estar informado e ditando o ritmo de seu grupo, mas nota-se também que há uma variação entre os líderes treinadores, inventores e pacificadores. Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. As características mas presentes nos líderes são justo (76,5%), organizado (70,6%), seguro (64,7%), confiante (58,8%), motivador (58,8%) e líderes que gostam de novas idéias (58,8%). Nenhum respondente se denominou ser hostil, despreocupado e tímido porém, apenas uma pessoa se denominou ser autoritário. O gráfico acima, mostra que o líder procura motivar a equipe para que alcancem a produtividade quando a meta não é atingida, que representa o estilo democrático. Já quando perguntado se os líderes procuram quem causou algum problema para que essa pessoa seja punida, 8 pessoas afirmaram fazer isso e 9 pessoas não buscam os responsáveis, essa é uma questão que demonstra um pensamento autoritário. Por último a questão que demonstra o perfil liberal, a produtividade fica abaixo da meta você espera os outros encontrarem o motivo para aí ver o que pode ser feito, todos os líderes responderam que não. Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. Quando perguntado a reação quando atingido a meta produtiva as respostas variam entre os estilos liberal e democrático onde ambas as perguntas tiveram 15 respostas positivas e apenas 2 negativas. Já na questão voltada ao perfil autoritário, 4 pessoas concordam que não foi mais que a obrigação da equipe atingir a meta, e 13 pessoas discordam dessa afirmação. Essa questão teve uma variação, porém quando perguntado o que pode estar relacionado com a baixa produtividade e os perfis democrático e autocrático obtiveram 14 respostas positivas e apenas 3 negativas. Já na questão sobre o perfil liberal onde o motivo da baixa produtividade é a ausência do líder foram 13 sim e apenas 4 não. Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Para atender o objetivo geral desta pesquisa, identificou-se os estilos de liderança nos setores de acabamento e tinturaria têxtil de uma empresa de Jaraguá do Sul (SC). Os resultados da pesquisa mostram que os líderes utilizam três estilos de liderança (autocrático, democrático e liberal) simultaneamente para liderar a sua equipe, predominando o estilo democrático. Nas tomadas de decisão concentram as decisões todas para si, mas permitem que os funcionários opinem. No seu comportamento demonstram ser críticos, líderes que transmitem segurança e exigem padrões de trabalho para cada procedimento executado. Através de entrevista com o gestor da área, verificou-se sua influência no estilo de liderança democrático, o qual mostrou-se predominante. Para o gestor, a ideia principal de quem está à frente de uma equipe é ouvir as pessoas e passar confiança entre os profissionais de diferente níveis hierárquicos, dessa forma os líderes têm liberdade para participar das decisões e ele ainda afirma que esse estilo acaba tirando as pessoas de sua ‘zona de conforto’ já que eles tem que pensar em soluções para resolver os problemas de sua área. Analisando o comportamento do líder em relação a produtividade, pode-se verificar que o líder motiva e orienta sua equipe e procura analisar os dados para identificar o que pode ser melhorado. Outro ponto importante analisado foi a formação acadêmica, destaca-se o nível técnico completo como principal formação da equipe de liderança. Esse fato é resultado da valorização que a empresa dá para a formação técnica. Inclusive, atualmente, para exercer cargo de liderança, tem como pré-requisito ter o curso técnico. Quanto às características presentes nos líderes, destacam-se pessoas organizadas que transmitem segurança para sua equipe, demonstram confiança e são Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. justos nas tomadas de decisões, procuram sempre motivar as pessoas para que elas tragam novas ideia, podendo ser considerados aspectos que influenciam na eficácia dos estilos de liderança. Adicionalmente, os comportamentos que se destacam fazem parte dos aspectos que influenciam na eficácia do líder e são eles o líder crítico, treinador, inventor e pacificador. Por fim, pode-se afirmar que para maximizar sua eficácia, recomenda-se que o líder utilize diferentes estilos de liderança, dessa forma ele influencia as pessoas de forma positiva ou negativa conforme o seu comportamento. A empresa passa por uma mudança em sua gestão, já que o pensamento da gestão anterior sobre liderança era que o líder deveria ser autoritário, as pessoas apenas devem fazer o que é mandado e dificilmente eram abertos a novas opiniões ou ideias, porém, pode-se observar uma mudança significativa com a implantação da gestão participativa, onde os líderes estarão presentes nas tomadas de decisões e tem liberdade para dar suas opiniões, dessa forma passando a ouvir mais as pessoas e suas ideias, corroborando com os resultados desta pesquisa. Como sugestão para estudos futuros, recomenda-se identificar a satisfação dos operadores conforme os estilos de liderança e se o estilo de liderança interfere ou não produtividade da empresa. As limitações da pesquisa foram os número reduzido de líderes que responderam o questionário, o tempo insuficientepara coletar e analisar os dados. Ressalta-se que, não se pode generalizar os resultados já que os dados obtidos foram limitados apenas a dois setores. Raul Felipe Westphal, acadêmico do Curso Técnico em Vestuário do IFSC, campus Jaraguá do Sul. E-mail: areleague@gmail.com. REFERÊNCIAS ARAÚJO, K. e FERREIRA, M.A.A: Revista Administração em Diálogo, n. 13, v. 2, 2009, p. 47-72 BERGAMINI, C. Motivação nas organizações. 5o. Ed. São Paulo: Atlas, 2008 BLANCHARD, K. H., Liderança e o gerente-minuto. 14 ed. Rio de Janeiro: Record, 2002 CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. rev. e atual. 8ª reimpressão. Rio de Janeiro:Elsevier, 2003. Cruz, M.R.P, Nune, A.J.S e Pinheiro, P.G:Teoria Contingencial de Fiedler: aplicação prática da escala Least Prefered Co-Worker (LPC), 2010 p.4. Dutra, N. H. 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