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Direito Processual Civil II trabalho sala especial

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Direito Processual Civil II Cada tópico abaixo deve ser devidamente fundamentado, de acordo com o novo CPC, a doutrina e jurisprudência do STJ 1. Petição Inicial (Requisitos, indeferimento da petição inicial, pedido e tipos de pedidos Improcedência liminar do pedido) 
Para que a demanda seja proposta, são exigidos determinados requisitos para a petição inicial, e estão previstos nos artigos 319,320 e 106 do NCPC.
 A petição inicial deve descrever dentro outras informações os elementos da demanda (partes , causa de pedir e pedido). 
Art. 319. A petição inicial indicará: 
I - o juízo a que é dirigida; I - o juízo a que é dirigida; 
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV - o pedido com as suas especificações;
 V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. 
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. 
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. 
Indeferimento da Petição Inicial:
 Caso a petição inicial apresente vício insanável, ou se sanável, o autor não emende a petição inicial no prazo designado o juiz deverá indeferi-la. É importante deixar claro que o indeferimento da petição inicial somente ocorre no inicio do processo ou seja, antes de ouvido o réu. 
Caso perceba a ausência de um dos requisitos da petição inicial somente depois deverá o juiz simplesmente extinguir sem resoluçãoo do mérito. Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015 Código de Processo Civil. Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: I - for inepta; I - for inepta; II - a parte for manifestamente ilegítima; III - o autor carecer de interesse processual; III - o autor carecer de interesse processual; IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321. IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
 § 1o Considera-se inepta a petição inicial quando: §: I - lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
 III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. 
§ 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. 
§ 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados. 
Demanda: Partes, Causa de Pedir e Pedido. 
A causa de pedir é um dos elementos da demanda. Segundo a teoria da individualização, na petição inicial deve estar descrito apenas fundamento jurídico, ou seja, apenas a relação jurídica que serve de base para o pedido. Para a teoria da substanciação, de outro lado, a causa de pedir que deve estar exposta na petição inicial, é constituída pelos fatos e pelos fundamentos jurídicos. O novo código de processo civil adotou a teoria da substanciação , ao prever no artigo 319 inc. III, que a petição inicial deve indicar “o fato e os fundamentos jurídicos do pedido”. 
Pedido: O pedido é o núcleo da petição inicial , o objeto da demanda , a pretensão material deduzida em juízo. O pedido pode ser imediato ou mediato. 
Imediato: é o provimento jurisdicional, é a espécie de sentença que é requerida ao órgão jurisdicional. 
Mediato: É o bem da vida postulado pelo autor. 
Requisitos do Pedido O pedido tem que ser certo e determinado, conforme os artigos 322 e 324 do Novo CPC. Pedido certo é aquele que é expresso no sentido de dizer o que é devido. Pedido determinado é aquele delimitado em relação á quantidade e qualidade. 
Art. 322. O pedido deve ser certo.
 § 1 o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios. 
§ 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé. 
Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las. 
Art. 324. O pedido deve ser determinado. 
§ 1o É lícito, porém, formular pedido genérico: I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. 
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção. 2. Improcedência liminar do pedido Julgamento conforme o estado do Processo De acordo o artigo 332 NCPC traz em seus incisos algumas hipóteses de o juiz julgar liminarmente improcedente o pedido de causa que dispense a fase instrutoria, independentemente da citação do réu. Trata-se da criação do instituto denominado improcedência prima facie, julgamento liminar de mérito ou, ainda , julgamento liminar de improcedência, como bem define Renato Castro. No direito processual brasileiro, já havia outra hipótese de julgamento liminar, qual seja, o indeferimento da petição inicial com base na decadência ou na prescrição, na forma do artigo 332 I, do NCPC. Tal decisão resolve o mérito ( Artigo 487,2,NCPC) e tem aptidão para fazer coisa julgada material. O dispositivo equivalente no código de 1976, o antigo artigo .285-A, tinha sua redação que seria cabível o julgamento prima facie nas causas em que a “matéria controvertida foi unicamente de direito”. No entanto, tal redação foi alvo de criticas pela doutrina, uma vez que como ainda não ocorreu a citação, não há como haver controversa. No novo código, a redação, agora do novo artigo 332 , foi modificada para “nas causas que dispensem a fase instrutória”. Em suma, se a causa que dispensar fase instrutoria tiver pedido que contrarie súmula ou acórdão, do STF ou do STJ, entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência ou sumula de Tribunal de Justiça sobre direito local, o juiz , independentemente de citação do réu, julgará liminarmente improcedente. Na sentença, para que o julgamento prima facie ocorra, é preciso , de acordo a jurisprudência dominante, a “reprodução” das sentenças anteriormente prolatadas para casos idênticos. Isto é “não basta apenas a menção a decisões anteriores proferidas pelo juízo, sendo imprescindível a sua reprodução e a demonstração dos paradigmas” CASTRO. De outro lado, havendo recurso de apelação interporto pelo autor , haverá juízo de retratação pelo juiz, que decidirá se mantem a sentença, ou a reforma e dá prosseguimento à ação (Artigo 332,III do novo CPC). O juízo de retratação, neste caso, está em sintonia com o principio da cooperação, que impõe dialeticidade entre o juiz e as partes. Caso mantida a sentença, será citado o réu para apresentar contrarrazões ao recurso. Como é provável que a causa esteja totalmente instruída (pois se aplicouo artigo 332), bem como houve contraditório (em razão da citação oportunizarão da apresentação das contrarrazões recursais), a jurisprudência tem entendido que existe a possibilidade de aplicação, por analogia, da Teoria da Causa Madura, prevista no artigo 1013 do CPC. 3. Respostas do réu e revelia O código de 1973 previa três espécies de respostas do réu: Contestação, Reconvenção e Exceção. O novo código alterou significativamente essa matéria e prevê apenas duas espécies de resposta do réu a petição inicial: Contestação: É a peça de defesa essencial ao contraditório. Na contestação o réu pode apresentar defesas processuais ou defesas substanciais (Materiais). Considerando o conteúdo da resposta, ás defesas substanciais (ou materiais) podem ser classificadas em diretas e indiretas. Diretas: A defesa é direta quando o réu nego o fato constitutivo do direito do autor. Indireta: É indireta a defesa quando o réu alega fato impeditivo instintivo ou modificado do direito do autor. De outro lado levando em consideração a finalidade da alegação, a defesa pode ser; Dilatória: Trata-se de alegação que apenas posterga o julgamento do mérito para momento posterior. Peremptória: Tem por objetivo atacar a pretensão do autor, conduzindo a extinção do processo sem resolução do mérito ou ao não acolhimento do pedido do autor. Prazo para contestação é de 15 dias. Revelia: A revelia é um fato, consistente na ausência de contestação no tempo e na forma legal. Se o réu não apresentar contestação , apresenta-la intempestivamente ou apresentar apenas na reconvenção, terá ocorrido a revelia. De outro lado, o oferecimento de petição especifica para alegar suspeição ou impedimento pode, se recebido com efeito suspensivo, suspender o prazo para contestar (Artigo 146 II , NCPC). Apos o julgamento do incidente, neste caso , devolve-se ao réu o que restava do prazo, a fim de que apresente contestação. A revelia produz um efeito material (ou substancial) e dois efeitos formais( ou processuais). 
Presunção de veracidade das alegações de fato formuladas pelo autor (Artigo 344, NCPC); No entanto, na revelia não produz esse efeito quando , havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; se o litigio versar sobre direitos indisponíveis; se a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável a prova do ato. 
Não intimação dos atos e termos do processo, salvo se já tiver advogado constituído nos autos (Artigo 346, NCPC) 
Julgamento antecipado do mérito (Artigo 355 II , CPC) É o segundo efeito formal (ou processual) da revelia. Disse que o julgamento é antecipado por que ocorre sem que seja aberta a fase de instrução processual, julgando-se o processo com base nas alegações e provas já produzidas. A par desses efeitos jurídicos da revelia, é preciso expor algumas peculiaridades do instituto. De outro lado, não pode se confundir a revelia, que é o fato de não ser apresentada contestação no prazo e formas legais com os seus efeitos. 
Reconvenção: A reconvenção que , pelo CPC de 1973 , deveria obrigatoriamente ser apresentada da forma de peça autonomia pode ser tanto formulada na própria contestação como por peça autonomia ARTIGO 343 NCPC. A reconvenção não gera processo novo . Ampliação objetiva do processo, pois se acrescenta nova causa de pedir e novo pedido. 
4 - Coisa julgada (Conceito, limites, efeitos e modo de produção da coisa julgada) Da Sentença da Coisa Julgada Em termos legais, de acordo com o artigo 162 (NCPC, Artigo 203), sentença é um ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos artigos 267 e 269 (NCPC, Artigo 485 e 487). De acordo com a doutrina atual, a sentença é definida pelo seu conteúdo quando verifica-se essa decisão é apto para encerrar uma fase do processo, com ou sem enfrentamento do mérito. Espécie de sentenças: As sentenças podem ser terminativas quando implicar em algumas das situações previstas no artigo 267 (NCPC, Artigo 485), ou definitivas quando implicar em alguma das situações previstas no artigo 269 (NCPC , art. 487). Estrutura da sentença: Compõe-se de três elementos: 
Relatório: É a parte inicial , onde constam as identificações das partes relato do pedido do autor, e da resposta do réu e as principais ocorrências da vida durante o desenrolar do processo. Motivação: Impõe que todas as decisões judiciais sejam fundamentadas sob pena de nulidade. Ao fundamentar sentença, o juiz deve indicar os fatos que ficaram comprovados e os meios que se valeu par fundamentar seu convencimento, apontando a regra jurídica aplicável, por meio da subsunção do fato a norma. 
Dispositivo: No dispositivo o juiz resolve as questões que lhe forma postas em julgamento, e nesse elemento que ele diz se o direito se procede ou improcede a pretensão do autor. E no dispositivo da sentença que recai a coisa julgada material (Artigo 469 NCPC, artigo 504). Correção da Sentença: A regra geral é de que uma vez lançada a sentença, ela somente será modificada por decisão hierarquicamente superior, provada mediante recurso. Coisa Julgada A coisa julgada, nos termos do artigo 467 (NCP, artigo 502) é uma qualidade dos efeitos da sentença que a torna imutável e indiscutível vez que não pode mais ser desafiada por recurso. A coisa julgada aqui tratada refere-se a coisa julgada material que recai sobre a sentenças definitivas (de mérito) , haja vista que as sentenças terminativas (NCPC, Art 485) por serem prolatadas em virtude de uma deficiência forma do processo, admite que a causa seja novamente posta em julgamento, incidindo sobre eles portanto a coisa julgada formal. A coisa julgada afeta apenas as partes do processo, não podendo prejudicar , nem beneficiar terceiros que não participaram da relação processual. Nessa linha os “terceiros intervenientes” estarão sujeitos vez que atuaram na relação processual, cada qual a sua medida. 
Bibliografia: 
Humberto Theodoro Júnior, Curso De Direito Processual Civil, vol. I, 2016; 
Exame OAB 7º edição atualizada
OAB Doutrina Simplificada 4º edição 2016 editora ridel
Novo Código de Processo Civil 
FACULDADE PITÁGORAS 
CURSO DE DIREITO 
 
 
Direito Processual Civil ll 
 
 
Professora: Narda 
                       
 
Aluna : Pollyanna Martins Ribeiro    
RA: 1299123120                                        
 
 
 
 
 
 
 
  
 
10º PERÍODO 
BELO HORIZONTE 
Abril – 2018

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