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Moratória e Parcelamento de Tributos

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Moratória
É a prorrogação do prazo ou a outorga de novo prazo, se já findo o original, para o cumprimento da obrigação principal.
É dada em circunstâncias excepcionais, como calamidade pública e desastres naturais. 
Por se tratar de prorrogação para o cumprimento da obrigação principal, a moratória depende, necessariamente, de lei e pode ser concedida em caráter geral ou individual, nos termos do artigo 152 do CTN:
Art. 152. A moratória somente pode ser concedida:
I - em caráter geral: 
a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se refira; 
b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações de direito privado;
II - em caráter individual:
por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior.
A União pode conceder a moratória quanto a tributos de competência dos outros entes federativos.
Art. 155 do CTN que determina que a concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogada de ofício “sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor (…)”.
Destaque-se que a moratória concedida em caráter geral por ser um ato administrativo vinculado, gera o direito adquirido ao contribuinte. Dessa forma, não há que se falar em revogação da moratória, mas, como bem disposto por COSTA (2015), “se o interessado não preenchia os requisitos legais necessários e, ainda assim, a moratória foi concedida, esta deve ser objeto de anulação (…)”.
E, nos casos em que o interessado deixou de satisfazer as condições após a concessão da moratória, esta deve ser cassada, de modo que, em ambos os casos, deve haver o acréscimo de juros de mora.
Moratória autônoma: é a regra, cujo próprio ente competente para instituir e cobrar o tributo concede a moratória.
Ex: IPTU – Município institui.
Moratória heterônoma: é aquela que – por força do art. 152, I, b, permite que a União conceda moratória de tributos fora de sua competência. Logo, concede moratória de tributos de competência dos estados e dos municípios.
São requisitos específicos à concessão da moratória (art. 153, CTN):
1. Prazo de duração do favor;
2. As condições da concessão do favor, em caráter individual;
3. Os tributos a que se aplica;
4. Se o caso, o número de prestações e seus vencimentos;
5. Se o caso, as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter individual.
(art. 154, CTN), diz que, em regra, a moratória só se aplica aos créditos já constituídos quando da data da moratória.
Mas, excepcionalmente, a lei pode dispor de forma contrária, concedendo moratória a créditos futuros, cujo fato gerador, inclusive, não ocorreu.
 
*Ademais, a moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele (art. 154, parágrafo único do CTN) e em caso de moratória individual, a concessão não constitui direito adquirido (art. 155 do CTN). Logo, pode ser revogada quando descumpridos os requisitos.
Assim, uma vez revogada de ofício a moratória, cobrar-se-á o crédito tributário acrescido de juros de mora, com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiros em benefício daquele e sem imposição de penalidade, nos demais casos.
PARCELAMENTO
O parcelamento é a divisão do montante do tributo devido e seus acréscimos (multas, juros, etc.) em parcelas periódicas, configurando nova oportunidade para satisfação do crédito tributário não pago à época e forma próprias.
O parcelamento difere da moratória, porque: a) na moratória a divisão em parcelas é excepcional, enquanto no parcelamento é essencial; b) a moratória suspende o crédito antes de seu vencimento original, e o parcelamento suspende o crédito já vencido e impago.
O parcelamento deve ser concedido por Lei (em regra, ordinária), a cargo do ente tributante competente, que estabelecerá a forma, alcance e condições.
*“O prazo da prescrição interrompido pela confissão e parcelamento da dívida fiscal recomeça a fluir no dia em que o devedor deixa de cumprir o acordo celebrado.” (ex-TFR, Súmula 248)

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