Buscar

EMPRESARIAl- direito societário

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ACEITE
Como já foi dito a aula passada na Letra de Câmbio o sacador ordena ao sacado que pague ao tomador a quantia literatizada nas condições e prazos da letra. Tal operação para concretização ou aperfeiçoamento depende do aceite desta ordem.
Aceite é a declaração pela qual o sacado compromete-se a realizar pagamento da soma indicada na letra no prazo especificado. Com o aceite este passa a ser responsável direto pela obrigação incondicional de pagar.
Consiste o aceite na simples assinatura do anverso do título ou no verso se acompanhada de expressão que indique aceitação. O aceite é facultativo porque nada obriga o sacado a assumir obrigação cambial.
A recusa do aceite, todavia permite ao portador cobrar o sacador imediatamente, posto que, neste caso ocorrerá o vencimento antecipado na forma do art. 43 da lei Uniforme. (DL 57.663 Anexo I). É possível, porém, que seja inserido na letra a cláusula “não aceitável” o que preservará o sacador do vencimento antecipado, mesmo diante da recusa do aceite.
Não se admite aceite parcial ou mesmo condicionado, salvo o que limita o aceite a determinada quantia, interpretando-se outras limitações e condições a recusa. Art. 26 da Lei Uniforme.
Entende-se como irretratável o aceite, porém pela regra incerta no art. 29 da Lei Uniforme, poderá o aceitante antes de restituir a letra riscar o aceite, em caso que interpretar-se-á como recusa. Presume-se feito antes da restituição salvo prova em contrário.
VENCIMENTO
O valor inscrito na letra realiza-se a qualquer momento pelo pagamento, mas só se torna exigível pelo vencimento, quando termina o prazo do crédito e a ordem de pagar deve ser cumprida.
O vencimento pode ser ordinário, quando há o término do prazo de crédito ou extraordinário quando há interrupção do prazo por fato anormal.
A Lei Uniforme estipula 4 modalidades de vencimento ordinário a saber:
1- À VISTA – aquela que ocorre no momento da apresentação ao sacado. Art. 34 da LU;
2- À DIA CERTO – tem o vencimento fixado em um determinado dia. Art. 37 da LU;
3- À CERTO TERMO DE DATA – o vencimento é fixado à dias, semanas, meses a partir da data do saque. O vencimento nestes casos ocorre no último dia do prazo sem contar o dia do saque. Ex.: saque em 02/05/2011 vencimento em 7 dias = 08/05/2011 – vencimento = 09/05/2011.
4- À CERTO TERMO DE VISTA – o prazo fixado para vencimento conta-se da vista (aceite), ou do protesto na falta dele.
VENCIMENTO EXTRAORDINÁRIO
Pode ocorrer o vencimento antecipado quando o beneficiário não consegue obter o aceite, salvo os casos da “Cláusula Não Aceitável”. Possibilita-se ainda o vencimento antecipado em casos de insolvência ou falência do vendedor.
PAGAMENTO
Via de regra extingue-se a obrigação cambiária pelo resgate da cambial, ou seja, presume-se paga a letra quando em poder de seu devedor.
Letra de Câmbio
INTRODUÇÃO
A letra de câmbio é uma ordem de pagamento (à vista ou a prazo) que o sacador dirige ao sacado para que este pague uma importância consignada a um terceiro denominado tomador.
Como toda ordem de pagamento, nela encontramos três personagens cambiários:
• EMITENTE/SACADOR ‐pessoa que emite o título.
• SACADO ‐pessoa que recebe a ordem e deve cumpri‐la.
• TOMADOR/BENEFICIÁRIO – pessoa que se beneficia da ordem de pagamento.
Diante da descrição das situações jurídicas das partes envolvidas na letra de câmbio, e sendo o sacador a pessoa que dá a ordem ao sacado para efetuar o pagamento ao beneficiário, tem‐se assim o seguinte exemplo para a redação de uma letra de câmbio:
“aos trinta dias do mês de outubro de ........, V.Sa.(sacado) pagará por esta única via de letra de
câmbio, a importância de R$.......(.................) ao Sr. Fulano de Tal (beneficiário). Local........,
data..........., assinatura (sacador)............”
O título é emitido pelo sacador e em seguida entregue ao beneficiário ou tomador, cabendo a este procurar o sacado para que proceda ao aceite. Isto concretizado, na data do vencimento o sacado deverá pagar ao beneficiário a quantia estabelecida na letra.
Destacamos ainda que é possível que a letra de câmbio seja garantida por aval, isso ocorrendo, o avalista passa a ser responsável pelo pagamento da mesma forma que o avalizado. Assim, não sendo efetivado o pagamento do título na data de vencimento, poderá ser efetuado protesto, possibilitando assim posterior ação de execução judicial visando o recebimento da dívida.
REQUISITOS
A letra de câmbio é um título formal e para que seja emitida deve obedecer aos aspectos legais. Seus requisitos básicos segundo Fábio Bellote Gomes (2003:172) são:
a) A denominação letra de câmbio escrita no texto do documento.
b) A quantia que deve ser paga.
c) O nome do sacado, isto é, a pessoa que deve pagar.
d) O nome do tomador, isto é, a pessoa a quem o título deve ser pago.
e) A data e o lugar onde a letra é sacada.
f) A assinatura do sacador, isto é, a pessoa que emite o título.
COMO FUNCIONA A LETRA DE CÂMBIO COM ACEITE E SEM ACEITE
Letra de Câmbio Aceita ‐É a Letra de Câmbio assinada pelo devedor e poderá ser protestada por falta de pagamento, desde que vencido o título. Assim, no esquema acima, o “B” quando aceita a letra de câmbio torna‐se o obrigado principal.
Letra de Câmbio Sem Aceite ‐É a Letra de Câmbio sem assinatura do devedor e poderá ser protestada por falta de aceite, desde que não vencida. Neste caso o cartório intimará o devedor para que ele compareça em cartório para aceitá‐la (assiná‐la).
O protesto por falta de pagamento só se configurará após colhido o aceite do devedor.
SACADOR E BENEFICIÁRIO
Podemos notar que o modelo de Letra de Câmbio especificado acima, tem como sacador e beneficiário o Sr. ALBERTO ROBERTO DA SILVA, ou seja, a mesma pessoa. E isso é perfeitamente possível, senão veja o esquema abaixo.
ENDOSSO DA LETRA DE CÂMBIO
A pessoa a qual recebeu o endosso em seu favor (endossatária) será denominada 'credora', para fins de preenchimento do formulário de protesto.
Em havendo endosso, deverá ser transcrito no verso da Letra de Câmbio:
'Pague‐se a (fulano de tal....) assinatura do emitente (endosso em preto), ou a simples assinatura de quem está endossando (endosso em branco).
Exemplo: João emite um título em razão de Maria e coloca Pedro como sacado. Existem três relações:
1. Relação Cambiária ‐ O título
2. Relação entre João e Maria ‐ João ser devedor de Maria
3. Relação entre João e Pedro ‐ Pedro se obriga a aceitar a ordem de João
DÚVIDAS
A letra de câmbio só poderá ter juros se estiver escrito? Ou seja, mesmo que o título esteja vencido e não exista nada dizendo sobre cobrança de juros na letra de câmbio, o valor a ser pago será o constante no título sem acréscimo nenhum de juros?
R: Sim, pois em decorrência do princípio da literalidade só deverá haver cobrança do que está expressamente escrito no título. Ademais, juros judiciais são outra coisa.
O que ocorre com A (sacador/emitente) e B(sacado/devedor), na letra de câmbio, se:
B aceitar = A se torna apenas coobrigado e B se torna o obrigado principal
B não aceitar = A se torna apenas coobrigado e B não fará parte de nenhuma relação jurídica
B aceitar e não pagar = A deverá aguardar o protesto para ser obrigado a pagar e terá direito de regresso sobre B;
B aceitar parcialmente = A responderá pela diferença como coobrigado e B pela parte que aceitou;
B alterar a data (não aceitou) = Ocorre o vencimento antecipado e A é obrigado a pagar imediatamente.
A NOTA PROMISSÓRIA
Concluído o estudo referente à Letra de Câmbio e todas as suas características, passamos ao estudo de outros tipos de títulos de crédito. Nessa aula, veremos a nota promissória e iniciaremos o estudo da duplicata mercantil.
Conforme estudamos na aula passada, há dois tipos de títulos de crédito: a ordem de pagamento (ex. Letra de Câmbio – uma pessoa exige que outra pague a uma terceira valores) e a promessa de pagamento, cuja relação é linear.
A nota promissória é um título de créditona forma de promessa de pagamento, na qual o próprio emissor se obriga diretamente ao pagamento do crédito.
A nota promissória é um título de crédito emitido pelo devedor, na forma de promessa de pagamento, como vimos acima e na aula anterior, a determinada pessoa, de certa quantia em certa data.
A nota promissória é título de crédito que representa promessa direta e unilateral de pagamento, à vista ou a prazo, efetuada, em caráter formal, pelo promitente-devedor (que diz que irá pagar a quantia ao fulano no dia X) ao promissário-credor (aquele que irá receber no dia X o valor prometido).
A Nota promissória, assim como a Letra de Câmbio, está regulada pelo Decreto n° 2.044/1908, e pelo Decreto n°. 57.663 de 24/01/1966, que promulga as convenções para adoção de uma lei uniforme em matéria de letras de câmbio e notas promissórias.
É lógico imaginar que, sendo a nota promissória um título que representa uma promessa de pagamento, não tem necessidade de aceite. Ora, no exemplo que usamos de Letra de Câmbio, Antônio (através da cártula) disse o seguinte: Xico deve pagar a Pedro o valor de R$ 100,00 em 24 de 03/2011, na cidade de Porto Alegre. Ora, para que seja perfectibilizada a obrigação, é necessário que Xico concorde com a obrigação que lhe foi imposta através do nosso conhecido aceite.
Sendo a nota promissória emitida pelo próprio devedor, que ali afirma que irá pagar o montante devido ao credor em data definida, sendo uma promessa, uma declaração unilateral do promitende-devedor, não há, portanto, necessidade de aceite, uma vez que a manifestação e ciência da dívida já são feitas implicitamente no ato da promessa unilateral.
Como a grande maioria dos títulos de crédito, a nota promissória constitui um título abstrato, ou seja, a sua emissão não exige causa específica, não necessitando, portanto, a indicação expressa do motivo que lhe deu origem. Isso quer dizer o que: o negócio que deu origem ao crédito exposto na nota promissória não consta no título. O que consta no título é somente a existência do débito, quem deve pagar e quem deve receber. O que deu origem ao montante devido, não aparece (princípio da autonomia, que estudamos bastante nas duas primeiras aulas).
Assim como na letra de câmbio em que, olhando somente o título, não se sabe que tipo de negócio deu origem ao mesmo.
Na nota promissória, diferente da letra de câmbio, não há o que se falar em saque, mas em emissão do título. O emitente do título se obriga, originária e diretamente, para com o tomador (beneficiário, credor). Assim, o promitente-devedor assume na nota promissória uma incondicional promessa de pagamento. A idéia de incondicionalidade permanece. Assim como na Letra de Câmbio, não posso colocar o seguinte texto: “Pagarei ao Asdrubal o valor de R$ 100,00 no dia 16/03/2011 caso ele entregue os sacos de arroz adquiridos”.
Um documento com essas características será um contrato, fugindo da idéia de título de crédito. A imposição de condição ao pagamento descaracteriza o título de crédito.
REQUISITOS DA NOTA PROMISSÓRIA
Os requisitos que a lei exige para a validade e eficácia da nota promissória estão disposto na Lei Uniforme de Genebra, mais precisamente em seu art. 75 do anexo I. São eles:
a) a denominação “nota promissória”.
b) promessa solene e direta de pagamento.
c) nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga (promissório-credor).
d) indicação da data de emissão da nota promissória.
e) assinatura do emitente (subscritor ou promitente-devedor).
O art. 75 fala dos requisitos essenciais. No entanto, a lei fala também em requisitos, de certa forma, acessórios, que estão dispostos no art. 76 da LUG, mas que por cautela e correção técnica devem ser incluídos quando da emissão do título. Eis os requisitos não essenciais:
a) data de vencimento do título (na sua ausência o título é pagável à vista).
b) lugar de pagamento da nota promissória (quando o título não especificar o lugar de seu pagamento, deve ser considerado como tal o lugar de sua emissão).
c) lugar de emissão.
Inexistindo o pagamento da nota promissória no prazo determinado pela mesma, o credor poderá promover o protesto do título. Nós vimos na Letra de Câmbio que pode existir o protesto por falta de aceite e o protesto por falta de pagamento. Uma vez que na nota promissória nós não temos a necessidade de aceite, o único tipo de protesto cabível para a cobrança do crédito na nota representado será o protesto pela falta de pagamento.
A nota promissória, por envolver somente duas partes, e ser bem mais comum no nosso dia-a-dia, acaba sendo de compreensão mais fácil.
A nota promissória não pode ser emitida ao portador. No entanto, não há qualquer vedação no sentido de que o emitente entregue o título em branco ao credor, facilitando a circulação do título.
No entanto importante referir que, antes do protesto ou da cobrança do título, é obrigatório que seja preenchido o campo do credor, a fim de que sejam cumpridos todos os requisitos essenciais dispostos no art. 75 da LUG. O título incompleto não serve para basear ação de execução, pos lhe falta requisito essencial.
O AVAL NA NOTA PROMISSÓRIA
Inicialmente, podemos identificar dois sujeitos na nota promissória: o emitente-devedor e o tomador-beneficiário do crédito.
No entanto, pode haver um terceiro sujeito na nota promissória: o avalista. A assinar o título na qualidade de avalista, esse terceiro se obriga de forma solidária ao pagamento do débito. É espécie, como já vimos na letra de câmbio, de garantia.
FORMAS DE VENCIMENTO DA NOTA PROMISSÓRIA
O pagamento da nota promissória será feito na data ou no tempo indicado no título. Se não se determina o prazo para pagamento, entende-se que se trata de nota promissória à vista.
A nota promissória pode ser passada:
1. à vista;
2. em dia certo;
3. a tempo certo da data da emissão; neste caso, a data da emissão tem relevância.
Normalmente, quando da cobrança, a data de emissão não é nem mesmo analisada. No entanto, caso eu coloque que o valor deve ser pago trinta dias após a emissão do título, será a data de emissão relevante para configurar o devedor em mora, além da contagem de prazo prescricional.
ENDOSSO E PROTESTO
A nota promissória segue a grande maioria das regras trazidas na letra de Câmbio. Não é a toa que os dois tipos de título de crédito estudados até agira estão dispostos na mesma legislação.
Em razão disso, com exceção da inexistência de protesto por falta de aceite na nota promissória, como vimos anteriormente, todas as regras referentes a endosso e aval são as mesmas das letras de câmbio.
Viram como foi importante o estudo da Letra de Câmbio?
PRESCRIÇÃO NA NOTA PROMISSÓRIA
 Quanto aos prazos para a propositura de ação executiva baseada na nota promissória, o credor terá que observar os seguintes prazos prescricionais:
a) em 03 (três) anos a contar do vencimento do título, para o exercício do direito de crédito contra o promitente-devedor e seu avalista.
b) em 01 (um) ano a contar do protesto efetuado dentro dos prazos legais, para o exercício da competente ação executiva contra os endossantes e seus respectivos avalistas.
c) em 06 (seis) meses, a contar do dia em que o endossante efetuou o pagamento do título ou em que ele próprio foi demandado para o seu pagamento, para a propositura de ações executivas dos endossantes, uns contra os outros, e de endossante contra o promitente-devedor.
Não há diferença no que diz respeito à Letra de Câmbio, sendo desnecessário maior estudo.
Comentei com vocês a questão de que a lei protege o credor diligente. Assim, o credor deve cuidar os prazos acima referidos, sob pena de ter que ingressar com ação monitória ou ordinária, que têm trâmite mais lento e arriscado, pois há a maior possibilidade de acolhimento de teses de defesa.
PROTESTO
FUNÇÃO
Tornar público o descumprimento de uma OBRIGAÇÃO.ESPÉCIES: 
1. protesto por falta de pagamento
2. protesto por falta de aceite
3. protesto por falta de devolução do título
PROTESTO POR FALTA DE PAGAMENTO
Obrigação de pagar
PROTESTO POR FALTA DE ACEITE
A recusa do aceite produz o vencimento antecipado. 
Ana recusa dar o aceite e também a escrever isso.
PROTESTO POR FALTA DE DEVOLUÇÃO DO TÍTULO
Hoje é, normalmente, por boleto.
Quando enviavam-se as duplicatas, a empresa, às vezes, recebia a duplicata para...
dar o aceite e depois não a devolvia.
O PROTESTO PODE SER:
- facultativo ou
- obrigatório
A regra é que o protesto é FACULTATIVO.
Não é preciso protestar o título para executar.
Mas em algumas hipóteses, expressamente previstas EM LEI, o protesto é obrigatório.
Exemplos:
Salvo no cheque, a EXECUÇÃO DOS CO-DEVEDORES E SEUS AVALISTAS depende de protesto do título (não do devedor principal).
PEDIDO DE FALÊNCIA POR IMPONTUALIDADE
É outra hipótese da obrigatoriedade (art. 94, I, Lei n. 11.101).
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA.
Quando o devedor não cumpre a obrigação.
BUSCA E APREENSÃO DE BEM IMÓVEL (Lei n. 911/69)
Em se tratando de bem imóvel, é reintegração de posse, e outra lei.
NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL ou o PROTESTO DO TÍTULO
MECÂNICA DE UM PROTESTO
Apresento o título em cartório.
O tabelionato não tem competência para verificar além do EXAME FORMAL do título.
Após verificar se é perfeito, expedirá uma intimação para o devedor, para que no prazo de TRÊS DIAS subseqüentes, cumpra a obrigação ou diga porque não o faz, sob pena de ter o título protestado.
Ok. E quanto tempo um cheque pode ficar protestado sem ensejar danos morais contra o credor? 3 ou 5 anos? A partir da emissão do cheque ou da data do protesto? Qual a fundamentação legal? Obrigado.
(borges8@hotmail.com)
3 de fevereiro de 2012 16:29
maria da glória perez disse...
Existe um prazo para o protesto do cheque, que é contado da emissão: trinta dias, se emitido na mesma praça e sessenta dias se emitido em outra praça (outroo lugar do País ou no exterio), devendo o protesto ser feito no lugar de pagamento ou do domicílio do emitente. O protesto deixará de existir, automaticamente, passados cinco anos da inscrição. Entretanto, como o prazo para exigir a dívida é de três anos, há quem defenda que, passados três anos deve o credor retirar o título do cartório. Fica, ademais, anotado, que a inscrição de cheque prescrito enseja o pedido de danos morais. Um abraço e boa noite, 
 Vencimento
1. Conceito
 
 Vencimento é a indicação, expressa ou não, do momento em que o Título poderá ser apresentado pelo seu portador ao emitente ou demais obrigados
2. Modalidades
a) À vista;
 vencimento com a sua apresentação (art. 34 da LUG).
Art. 34. A letra à vista é pagável à apresentação. Deve ser apresentada a pagamento dentro do prazo de 1 (um) ano, a contar da sua data. O sacador pode reduzir este prazo ou estipular um outro mais longo. Estes prazos podem ser encurtados pelos endossantes.
O sacador pode estipular que uma letra pagável à vista não deverá ser apresentada a pagamento antes de uma certa data. Nesse caso, o prazo para a apresentação conta-se dessa data.
b) A certo termo de vista;
 vencimento a partir do aceite ou do protesto (art. 35 da LUG).
Art. 35. O vencimento de uma letra a certo termo de vista determina se, quer pela data do aceite, quer pela do protesto. Na falta de protesto, o aceite não datado entende-se, no que respeita ao aceitante, como tendo sido dado no último dia do prazo para a apresentação ao aceite.
c) A certo termo de data;
 indicação no título de determinado prazo após a sua emissão 
d) A dia certo.
 data indicada no próprio título
3. Regras para a contagem de prazo
Art. 36 e 37 da LUG
 a) se o vencimento for a um ou mais meses da data de sua emissão: recairá sobre o mesmo dia do mês correspondente;
 b) se o título for sacado a um ou mais meses e meio da data ou da vista: primeiro serão contados os meses inteiros e após o meio mês (15 dias);
 c) se vencimento for fixado para início, meado ou fim do mês: 1º dia, no dia 15 ou no último dia; 
Art. 36. O vencimento de uma letra sacada a 1 (um) ou mais meses de data ou de vista será na data correspondente do mês em que o pagamento se deve efetuar. Na falta de data correspondente, o vencimento será no último dia desse mês.
Quando a letra é sacada a 1 (um) ou mais meses e meio de data ou de vista, contam-se primeiro os meses inteiros.
Se o vencimento for fixado para o princípio, meado ou fim do mês, entende-se que a letra será vencível no primeiro, no dia 15 (quinze), ou no último dia desse mês.
As expressões "oito dias" ou "quinze dia" entendem-se não como 1 (uma) ou 2 (duas) semanas, mas como um prazo de 8 (oito) ou 15 (quinze) dias efetivos.
A expressão "meio mês" indica um prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 37. Quando uma letra é pagável num dia fixo num lugar em que o calendário é diferente do lugar de emissão, a data do vencimento é considerada como fixada segundo o calendário do lugar de pagamento.
Quando uma letra sacada entre duas praças que em calendários diferentes é pagável a certo termo de vista, o dia da emissão é referido ao dia correspondente do calendário do lugar de pagamento, para o efeito da determinação da data do vencimento.
Os prazos de apresentação das letras são calculados segundo as regras da alínea precedente.
Estas regras não se aplicam se uma cláusula da letra, ou até o simples enunciado do título, indicar que houve intenção de adotar regras diferentes.
4. Antecipação do vencimento
 a) recusa total ou parcial do aceite (LUG, art. 43, 1º);
Art. 43. O portador de uma letra pode exercer os seus direitos de ação contra os endossantes, sacador e outros coobrigados:
no vencimento;
se o pagamento não foi efetuado;
mesmo antes do vencimento:
1º) se houve recusa total ou parcial de aceite;
 b) nos casos de falência do aceitante (art. 19, II, Dec. nº 2.044/1908)
Direito Empresarial – CHEQUE
Regulado pela Lei nº 7.357/85 (Lei do Cheque).
Conceito – é uma ordem de pagamento à vista e em dinheiro, emitida pelo sacador, em seu favor ou de terceiro, contra o sacado (banco ou instituição assemelhada), sobre provisão de fundos em poder do sacado, mas à disposição do emitente.
É meio de pagamento e não papel de curso forçado (Rubens Requião).
Não tem poder liberatório como a moeda.
Até a Lei nº 8.002/90, o cheque era considerado papel de curso forçado e o beneficiário se obrigava a aceitá-lo se fosse visado, administrativo ou na hipótese de se condicionar a entrega da mercadoria após a sua liquidação.
O artigo 92 da Lei nº 8.884/94 revogou a Lei nº 8.002/90 e atualmente não existe no direito brasileiro obrigação de se aceitar pagamento em cheque.
Na emissão do cheque há três relações jurídicas distintas: a do emitente e o beneficiário, a do emitente e o sacado e a do beneficiário e o sacado. A única relação de natureza cambiária é a do emitente e o beneficiário. O artigo 6º proíbe a dação de aceite.
O sacado (banco) não assume obrigação cambial pois apenas se obriga a pagar certa importância retirada dos próprios fundos do sacador.
Natureza jurídica – Cheque é uma ordem de pagamento à vista. É a tese majoritária.
Figuras do cheque
a) Sacador ou emitente – é o devedor direto do título, aquele que dá a ordem de pagamento. O emitente do cheque tem de ter capacidade. Incapazes não podem assumir obrigação cambial, embora alguns admitam que analfabetos podem se obrigar por meio de mandatário com poderes especiais. Cheque assinado a rogo de analfabetos não tem validade. É válida, porém, a obrigação contraída por quem se limite a escrever precariamente o nome. A morte ou a incapacidade do sacador não invalidam os efeitos do cheque (artigo 37).
b) Sacado(banco ou instituição financeira) – é a instituição financeira ou assemelhada contra quem a ordem foi dada. Exceção feita ao cheque administrativo, em que o sacado é o próprio emitente do cheque, o sacado não pode ser responsabilizado pela ausência ou insuficiência de fundos. Como o cheque não admite a figura do aceite, o sacado não tem nenhuma obrigação cambial e não pode ser sujeito passivo de ação movida pelo credor.
c) Beneficiário – é aquele em favor de quem a ordem foi dada.
Cheque pós-datado – pós-datado quer dizer “datado para depois”. É o que se diz em linguagem comum, “pré-datado”. Como dito, cheque é uma ordem de pagamento à vista. 
Qualquer menção em contrário reputa-se não escrita.
A pós-datação não impede que o portador apresente o cheque em qualquer data e nem autoriza o sacado (banco) a deixar de pagá-lo na apresentação se houver fundo disponível. A jurisprudência vem admitindo o ressarcimento dos danos sofridos pelo emitente se a pós-datação não for observada, sem prejuízo da execução contra o emitente, pelo fato da aposição de data futura implicar vinculação do cheque a um contrato entre emitente e beneficiário. Nessa hipótese, o cheque assume feição de instrumento de crédito.
Função econômica – o cheque substitui com vantagem a movimentação de valores monetários nos meios comercial e social. Pela compensação, constitui uma forma de liquidação de débitos e créditos.
Forma – o cheque deve adotar necessariamente a forma nominativa, salvo permissão legal de cheques ao portador, até determinada importância. A inserção da cláusula não à ordem determina a transmissão do cheque através de cessão ordinária de créditos.
Modalidades de Cheque
a) Cheque visado – é aquele em que o sacado, a pedido do emitente ou do portador legitimado, declara a suficiência de fundos do sacador e deles separa o equivalente ao valor do cheque, com débito imediato à conta do sacador, até o prazo de apresentação do título. O visto é a declaração por meio da qual o sacado garante a existência de fundos no momento da apresentação do cheque. O cheque visado tem de ser nominal e não-endossado. O visto não equivale ao aceite do banco.
b) Cheque cruzado – o cruzamento do cheque é a aposição de dois traços paralelos no anverso do título com o objetivo de evitar a sua circulação. O cruzamento é irretratável.
O cruzamento pode ser:
· Em branco ou geral – não contém a designação de um banco em especial onde deva ser depositado. Só pode ser pago pelo sacado a banco ou a cliente do sacado, mediante crédito em conta.
· Especial – contém entre os dois traços a indicação do nome do banco. Só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado ou se este for o próprio sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta.
c) Cheque administrativo – é um cheque sacado por um banco contra um de seus estabelecimentos, filial ou sucursal. Nesse caso, o banco emitente é sacado e sacador ao mesmo tempo. Há remessa de numerário de uma agência para outra. Só pode ser emitido nominativamente. Cabe ação de execução contra o banco emitente no inadimplemento da obrigação assumida.
d) Cheque-viagem – é um cheque vendido por bancos, com prévia autorização do Banco Central, para ser pago em sucursais ou filiais situadas no país ou no exterior. Dá maior segurança e conforto aos viajantes porque evita o transporte de dinheiro.
e) Cheque fiscal – modalidade de cheque emitida por autoridade fiscal para restituição de um tributo pago a maior. É obrigatoriamente nominal.
f) Cheque para se levar em conta – impede o recebimento do valor nele contido e só permite depósito em conta. Não admite endosso.
Apresentação do Cheque – o cheque deve ser apresentado ao sacado nos seguintes prazos:
· Em 30 dias, se emitido no mesmo município da agência pagadora do sacado (Lei do cheque, artigo 33).
· Em 60 dias, se emitido fora da praça em que deve ser pago.
 Observações:
· O sacado pode pagar um cheque apresentado fora do prazo legal se não estiver prescrito e houver provisão de fundos (Lei do Cheque, artigo 35, parágrafo único).
· O cheque tem de ser apresentado dentro do prazo para que o credor tenha direito de ajuizar ação cambial em face dos coobrigados. A perda desse prazo implica a perda do direito de regresso em relação a eles (Artigo 47, II, Lei do Cheque). O prazo para apresentação do cheque é requisito de procedibilidade da ação de execução contra os coobrigados, e não em relação ao obrigado direto/emitente (Súmula nº 600 do STF).
· A apresentação do cheque fora do prazo é irrelevante para o emitente ou sacador, exceto se no momento da apresentação já não houver fundos disponíveis, por culpa que não lhe seja imputável (Lei do Cheque, artigo 47, I e § 3º. São exemplos dessa hipótese a falência ou a liquidação do banco, o confisco, etc). 
PRESCRIÇÃO DO CHEQUE E AÇÃO DE EXECUÇÃO
A ação cambial prescreve nos seis meses subseqüentes ao término do prazo para apresentação do cheque (art. 59).
Há quem defenda que o início do prazo prescricional se dá com a efetiva apresentação do cheque ao banco sacado.
A prescrição acarreta a perda da executoriedade do cheque, que, a partir daí, só pode ser cobrado em ação ordinária de cobrança ou monitória porque se transforma em título quirógrafo.
O credor deve ajuizar ação no prazo de dois anos, com base no princípio que veda o enriquecimento ilícito (art. 61).
Para os cheques pós-datados, há quem entenda que a prescrição se conta do dia da apresentação e não do término do prazo, como forma de punir o credor que descumpriu obrigação de não-fazer.
Sujeitos passivos da ação cambial 
Há divergência na doutrina. Para uns, são todos os coobrigados; para outros só o emitente. Alguns ainda excluem os avalistas.
O credor também pode ajuizar ação de cobrança em 5 anos, com base na causa originária de emissão do cheque (art. 62).
Sujeitos passivos da execução do cheque
Em regra, o portador do cheque pode promover a sua execução (art.47) contra o emitente e seu avalista, sem necessidade de protesto ou de observância do prazo para apresentação do cheque (art. 33). 
Há exceção: na hipótese do artigo 47, § 3º, da Lei do Cheque, se o portador não apresentar o cheque em tempo hábil ou não comprovar a recusa de pagamento pelo protesto ou por declaração do sacado perde o direito de execução contra o emitente se este tinha fundos disponíveis durante o prazo de apresentação e os deixou de ter por fato que não lhe seja imputável. 
O portador do cheque também tem ação em face dos endossantes e seus avalistas se o cheque for apresentado em tempo hábil (mesma praça – 30 dias; praças diferentes – 60 dias) e a recusa de pagamento for comprovada pelo protesto ou por declaração do sacado, escrita e datada sobre o cheque.
Foro próprio
A ação de execução deve ser proposta no local do pagamento do cheque. Podem ser incluídos a importância do cheque não-pago, os juros legais desde a apresentação, as despesas feitas e a compensação pela perda do valor aquisitivo da moeda.
Protesto
O protesto é um ato extrajudicial, cartoriano, que atesta a mora do devedor. A Lei do Cheque impõe a observância do protesto como requisito da ação de execução do portador contra os coobrigados (endossantes e avalistas), admitindo, contudo, a substituição do protesto por carimbo ou declaração escrita e datada do banco sacado. Deve ser feito no lugar de pagamento do título ou no domicilio do emitente, antes da expiração do prazo de apresentação do cheque (art. 33). Se o sacado estiver em regime de intervenção, liquidação extrajudicial ou falência não há necessidade de protesto (art. 47, § 4º).
O protesto do cheque é requisito da ação de falência contra o devedor (emitente), não bastando a declaração do banco sacado.
Revogação ou contra-ordem
Revogação ou contra-ordem é a desconstituição da ordem dada. É necessariamente escrita e deve indicar os motivos pelos quaisé feita. Não cabe ao sacado julgar a conveniência ou a relevância desses motivos. É ato exclusivo do emitente e só produz efeitos depois de expirado o prazo de apresentação do cheque. Se o cheque for apresentado no prazo, tem de ser pago pelo sacado.
Oposição ou sustação
Diferentemente da contra-ordem, a oposição ou sustação não retira a ordem dada. Apenas impede temporariamente que “o possuidor ilegítimo” receba o valor do cheque. Podem opor-se ou sustar um cheque o emitente e o portador legitimado, a qualquer momento, desde que fundados em relevante razão de direito (ex.: roubo, furto, extravio, etc). A sustação desfundamentada pode tipificar estelionato (CP, art. 171, § 2º).
Emissão de cheques sem provisão de fundos
Súmulas 246 e 521 do STF.
Emissão de cheques sem provisão de fundos tipifica estelionato. Exige dolo do agente. A culpa não o tipifica. O pagamento do cheque até o recebimento da denuncia extingue a punibilidade. 
Não há fraude se a vítima sabia da insuficiência de fundos. Verifica-se a existência de fundos do emitente no momento da apresentação do cheque e não quando da sua emissão.
O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia não obsta o prosseguimento da ação penal (Súmula 554, do STF).
Juros
Como o cheque é uma ordem de pagamento à vista, a lei não admite a cobrança de juros compensatórios. Admite-se a cobrança de juros moratórios porque o portador não pode ser privado do recebimento da importância do cheque (art.10).
Assinatura falsa
Súmula 48 do STJ
As obrigações contraídas no cheque são autônomas e independentes. A assinatura do cheque cria obrigações para o emitente ainda que se trate de incapaz que não possa se obrigar por cheque ou de assinatura falsa, atribuídas a pessoas fictícias ou que, por qualquer outra razão, conste do cheque (art. 13 – Princípio da Autonomia). 
O sacado responde pelo pagamento do cheque falso, falsificado ou alterado, salvo culpa exclusiva ou concorrente do emitente ou do portador do cheque (art. 39, parágrafo único e Súmula nº 28 do STF).
Conta conjunta bancária
É tema polêmico.
A tese majoritária entende que na abertura da conta conjunta bancária o titular e os co-titulares são solidários ativos perante o banco porque cada um pode movimentar livremente a conta toda.
Os co-titulares, ainda que marido e mulher, não são devedores solidários perante o portador de cheque emitido por qualquer um deles sem suficiente provisão de fundos, pois a responsabilidade pela emissão de cheques sem provisão de fundos é específica e exclusiva de quem emitiu a cártula (Princípio da Literalidade)

Outros materiais