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Aterros Sanitários BÁRBARA MIGUEL CAIO REBULI EDUARDO DE PAULA MARCELA MAUA Thais nunes Professor: Dr. Renato Siman Métodos construtivos de aterros Terrenos Planos; Pouco Inclinado; Lençol freático profundo; Terreno com desnível; Área seca; Terro plano; Lençol freático raso; Projeto de aterro - NBR 8419/1992 Projeto de aterro - NBR 8419/1992 Critérios para projeto, implantação e operação - NBR 13.896/1997 Escolha da área: Critérios para projeto, implantação e operação - NBR 13.896/1997 Critérios obrigatórios na escolha da área: Não pode ocupar áreas sujeitas a inundações em períodos de retorno de 100 anos; Distância mínima de solo insaturado até o lençol feático: 1,50m; Predominancia de material no subsolo com coeficiente de permeabilidade inferior a 5 x 10-5 cm/s; Atender a legislação local de uso do solo; Critérios para projeto, implantação e operação - NBR 13.896/1997 Isolamento e sinalização: Cerca circundando toda a área de operação; Portão com estabelecimento de controle de acesso ao local; Sinalização com os dizeres “PERIGO - NÃO ENTRE”; Cerca viva arbustiva ao redor da instalação; Faixa de proteção sanitária de no mínimo 10 m de largura. Critérios para projeto, implantação e operação - NBR 13.896/1997 Outras condições gerais: Acessos internos e externos; Iluminação e força para execução de ações mesmo à noite; Comunicação interna e externa; Análise de resíduos com a caracterização, descrição sucinta do resíduo, galpões de estocagem temporária e incompatibilidades com outros resíduos; Critérios para projeto, implantação e operação - NBR 13.896/1997 Condições específicas: Proteção das águas subterrâneas e superficiais através de monitoramento; Impermeabilização do aterro, drenagem e tratamento do líquido percolado; Minimização de emissões e promoção de captação e tratamento adequado das emanações; Segurança do aterro através da segregação de resíduos e planos de emergência; Inspeção e manutenção; Procedimentos para registro de operação mantendo controle das ações no aterro; Plano de encerramento e cuidados para fechamento do aterro. Como funciona um ateRro Impermeabilização De acordo com a NBR 13.896/1997, a impermeabilização é a deposição de camadas de materiais artificiais ou naturais, que impeça ou reduza substancialmente a infiltração no solo dos líquidos percolados, através da massa de resíduos. Objetivos Garantir a separação do resíduo disposto do subsolo; Evitar contaminação do solo e águas superficiais e subterrâneas; Viabilizar coleta e tratamento de águas contaminadas e lixiviados captados do aterro; Viabilizar coleta, tratamento e valorização do biogás produzido; Prevenir danos ou riscos a segurança e saúde pública; Preservar o meio ambiente. Legislação NBR 08.418/1983 – Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos; NBR 10.157/1987 – Aterros de resíduos perigosos; NBR 08.419/1992 – Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos; Deve ser prevista uma impermeabilização inferior e/ou superior do aterro sanitário, quando solicitado pelo OECPPA Órgão Seccional Estadual de Controle da Poluição e Proteção Ambiental. IEMA no ES. NBR 13.896/1997 – Aterros de resíduos não perigosos; Sempre que as condições de geologia e tipo de solo no local escolhido é diferente de um depósito natural extenso e homogêneo de materiais com coeficiente de permeabilidade inferior a 10-6 cm/s e uma zona não saturada com espessura superior a 3,0 m; deve ser implantada uma camada impermeabilizante da superfície inferior. NBR 15.849/2010 – Aterros Sanitários de Pequeno Porte. Impermeabilização Número de Camadas; Inferior e/ou Superior. Impermeabilização Plantio de vegetação contra erosão Recobrimento com camada de terra Sistema de drenagem de gases Depósito de resíduos Sistema de drenagem de chorume e percolados Impermeabilização primária Sistema de detecção de vazamentos Impermeabilização secundária Sistema de rebaixamento de lençóis freáticos Solo Natural ETAPAS DE INSTALAÇÃO 1. PREPARAÇÃO DO SOLO Solo livre de materiais granulares, como pedriscos, raízes de arvores, dentre outros que possam perfurar a geomembrana; Evitar o puncionamento; Se nessa etapa for encontrado um veio rochoso, deverá ser previsto uma manta geotêxtil de alta gramatura, sob a geomembrana, para proteção mecânica Compactação e nivelamento Remoção de sólidos grandes Instalação logo após preparação 2. Preparação para ancoragem No contorno da área a ser impermeabilizada deve ser aberta uma valeta; Dimensões definidas conforme o projeto; Tem a função de ancorar a geomembrana, sendo posteriormente preenchida com solo.; A IGS Brasil recomenda os seguintes valores mínimos: 60 cm de distância da borda do talude, 30 cm de largura e 30 cm de profundidade. 3. Instalação Deve ser feita de forma a otimizar a obra técnica e economicamente; As mantas são posicionadas de acordo com a sequência prevista no projeto; A abertura das bobinas deve ser iniciada a partir da crista dos taludes e deve-se procurar evitar ao máximo a formação de rugas ou ondas; São feitas ancoragens temporárias com sacos de areia para evitar que as mantas se levantem por conta do vento. Se for inevitável o trânsito de veículos sobre a geomembrana já instalada, deve ser executada uma proteção. 4. Soldagem Para a soldagem, os traspasses devem estar limpos e sem umidade; É realizada a solda que pode ser por: Por termofusão: Utiliza um equipamento específico e consiste em fundir as geomembranas na região da emenda, os trapasses recomendados são de, no mínimo, 7,5 cm; Por extrusão: consiste em derreter um material de aporte de mesma propriedade da geomembrana, sendo indicado para fazer detalhes Nos cantos e interseções do aterro é recomendado que o número de soldas seja minimizado e, ao longo dos taludes, deve-se evitar emendas horizontais. 5. Instalação de drenos Para passagem de tubos pela manta, se necessário, é feito um furo - sem a necessidade de se usar uma ferramenta especial. As emendas com tubos são feitas também por meio de extrusão, com o reforço de uma abraçadeira de inox; NBR 16.199/2013 - Geomembranas termoplásticas - Instalação em obras geotécnicas e de saneamento ambiental. 2a- Declividade 2b- Drenos centrais 2c- Drenos secundários 6. Fiscalização A fiscalização deve ser realizada periodicamente, a começar pela avaliação da qualidade do material empregado que devem atender a norma integralmente A fiscalização da aplicação da manta pode ser realizada pelo fabricante, mas o contratante pode optar por incluir esse serviço no escopo do projetista Recomenda-se inspecionar visualmente a parte externa do material recebido na obra: a manta não pode apresentar perfurações, bolhas, cortes ou rachaduras; A fiscalização da obra deve verificar todas as etapas da instalação, desde as condições da superfície de apoio até a ancoragem definitiva, assim como os equipamentos de solda e de ensaios para controle de qualidade; Geomembranas Produto bidimensional, de baixíssima permeabilidade, composto predominantemente por asfaltos, elastômeros ou plastômeros, utilizado para controle de fluxo e separação, nas condições de solicitação. A norma da ABNT que se refere às geomembranas é a NBR 15.352/2006, "Mantas Termoplásticas de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) e de Polietileno Linear (PEBDL) para Impermeabilização". Possuem características que se ajustam as necessidades de um sistema de impermeabilização de aterros: estanqueidade, durabilidade, resistência mecânica, resistência a intempéries, compatibilidade com os resíduos a serem dispostos. Ensaios em geomembrana Determinação de propriedades físicas Dureza, espessura, densidade e etc Determinação de propriedades mecânicas; Tração, resistência ao rasgamento, resistência ao puncionamento e etc Propriedades de durabilidadeda geomembrana Resistência a intempéries, resistência à degradação química, termina e biológica, resistência a atrito de interfaces, resistência a sodas, resistência a fissuramento sob tensão, PEAD – Polietileno de alta densidade É o geossintético mais utilizado em aterros sanitários; Possui permeabilidade em torno de 10-12 cm /s; Boa resistência contra diversos agentes químicos; Boas características mecânicas; Bom desempenho a baixas temperaturas; Relativamente rígido. Barreira impermeabilizante dupla com sistema de detecção de vazamentos Resíduos perigosos Geotêxtil para separação do resíduo e meio drenante; Geomembranas primária e secundária para proteção do solo de fundação e evitando que os líquidos percolados ESTUDO DE CASO: Marca Ambiental Informações gerais: No mercado capixaba desde 1995 - primeiro aterro sanitário privado do Espírito Santo Resíduos Classes I e II A, B de municípios, indústrias, portos, aeroportos, de estabelecimentos de serviços de saúde, dentre outros. 1.500 toneladas/dia de resíduo Municípios atendidos: Vitória; Cariacica; Serra; Viana; Domingos Martins; Marechal Floriano; Santa Leopoldina. Localização BR 101 - KM 282 – NRP – Cariacica/ES Vitória 26 km, Cariacica 15 km e Serra 37 Km A CTR Marca Ambiental Área: 2.207.255 m² Resíduos perigosos – classe 1 Aterros industriais especiais: Células impermeabilizadas com camadas de argila compactadas; Dupla impermeabilização com mantas de polietileno de alta densidade (PEAD) – com 2 mm de espessura e geotêxtil; Sistema de drenagem interna e fechamento superior. Fonte: Empresa Marca Ambiental. Fonte: Empresa Marca Ambiental. NÃO-PERIGOSOS - CLASSE II A Células impermeabilizadas com camadas de argila compactada; Impermeabilização com mantas de polietileno de alta densidade (PEAD); Rede de drenagem e tratamento de líquidos percolados (chorume); Sistema de tratamento do biogás; Processo de recomposição de taludes e revegetação das células. Fonte: Empresa Marca Ambiental. Fonte: Empresa Marca Ambiental. TRATAMENTO BIOGÁS Gás formado pela decomposição dos resíduos; Objetivo: Oxidação térmica (queima) do biogás reduzindo o metano (CH4) presente, convertendo-o em gás carbônico (CO2), água e traços de demais produtos de combustão. Fonte: Empresa Marca Ambiental. Fonte: Empresa Marca Ambiental. Flares Drenos verticais Flares Dispositivo do sistema de segurança das tubulações, que são utilizadas para a passagem dos gases. Realiza a queima controlada dos gases. Fonte: Empresa Marca Ambiental. Tratamento de Percolado (Chorume) Processo de remoção de agentes contaminantes presentes no efluente; 70m³/dia. Fonte: Empresa Marca Ambiental. Fonte: Empresa Marca Ambiental. Tratamento de Percolado (Chorume) Lagoas de estabilização: Anaeróbia; Aeração forçada; Decantação; Canal de fitorremediação. IMPERMEABILIZAÇÃO DAS CÉLULAS Fonte: Empresa Marca Ambiental. RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS - CLASSE II B Células que dispensam a impermeabilização do solo com a utilização de geomembrana, devido a característica inerte destes resíduos; E agora, como sei a qualidade dos aterros sanitários? Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos (IQR) (1997-2011): E agora, como sei a qualidade dos aterros sanitários? Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos (IQR) (2012-Presente):
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