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Ciência Política Conhecimentos Introdutórios O conhecimento cientifico: é a resposta necessária para a complexidade do mundo moderno. É a parte de uma metodologia que a o conhecimento cientifico é construído. Tem características como a racionalidade e a comprovação. Uma controvérsia é que existem dogmas no conhecimento científico. O fenômeno político: advém da disputa de poder entre os homens. O poder é algo que se impõe na sociedade, estabelecendo condutas, limitando a liberdade individual. É importante destacar que as normas de conduta são relativas a sociedade que estão inseridas. A política é a arte de conquistar, manter e exercer o poder. Ela está presente no cotidiano de todos. Surgimento da ciência política: dá-se com a intensa disputa de poderes em variadas situações, e estuda essa dinâmica de poderes. Ciência Política X História: historicamente, o primeiro conhecimento era o mítico, baseado em dogmas. Com o passar do tempo, surge o conhecimento metafísico, e finalmente, o conhecimento científico, pautado na busca de respostar racionais e com experimentação. Com o conhecimento cientifico, nascem as ciências. Esse fenômeno é chamado por Weber como ‘’desencantamento do mundo’’. A ciência política nasce para lidar com a necessidade dos homens de dominar uns aos outros. A ciência política é muito próxima com a história. A evolução histórica do estado será estudada. Ciência Política X Economia: com a economia, existe também muita proximidade, pois por exemplo, várias crises políticas têm relação muito próxima com crises econômicas. Além disso, bruscas mudanças na economia geram diferentes regimes políticos. Teorias políticas como a de Marx têm a economia como grande pilar. Ciência Política X Psicologia: A análise psicológica de um grupo é de grande importância para que se discuta um regime político. Por exemplo, um eleitor vota na maioria das vezes de acordo com seus interesses pessoais. Outro exemplo é a Guerra Fria. Ela foi uma guerra de nervos entre EUA x Ex-URSS, e não direta. Esta foi uma guerra baseada na análise do comportamento humano. Ciência Política X Direito: a principal relação entre direito e a ciência política é o fato de que no direito reside o poder, através das normas jurídicas. Ciência Política X Teoria Geral de Estado: a teoria geral do estado é um capítulo da ciência política, pois trabalha com as relações de poder na esfera pública, enquanto que a ciência política discute todas as relações de poder. Origem das Sociedades Concepção do impulso associativo naturalmente: o homem é um ser social, e vive em sociedade por natureza ou escolha. Essa necessidade de vier em sociedade é explicada por duas correntes: a da concepção do impulso associativo natural e a dos contratualistas. Na concepção do impulso associativo natural, os homens vivem em sociedade por uma necessidade biológica. Os Contratualistas: os contratualistas defendem que o ser humano optou por viver em sociedade, através do contrato social. *Equilíbrio Social: a corrente do equilíbrio social fala que o homem optou por viver em sociedade para evitar a guerra de todos contra todos. Hobbs diz que o ser humano não pode ter uma liberdade ampla, pois com essa liberdade o homem tende a praticar o caos. Locke defende que regras são necessárias, mas que essas regras devem ser as mínimas necessárias. Para ele, a intervenção do Estado deve ser mínima. *Desenvolvimento Humano: nessa corrente, o contrato social é produto do desenvolvimento humano. Os seres humanos, percebendo que unindo forças progridem, aderiram ao contrato social. O Estado Conceitos e elementos: o Estado é uma forma de organização política composta por 3 elementos: o povo, o território e a soberania. Obs1: o Estado sem território deixa de ser estado. O POVO: é o elemento humano do Estado. Povo é diferente de população, pois população é a soma das pessoas que se encontram no território do estado em um determinado momento, enquanto povo é o conjunto de pessoas que guarda com o estado vinculo de identidade e compromissos estatais. O povo é elemento essencial para o Estado e a população não, porque só o povo pode exercer poder sobre um país. Obs2: o mesmo indivíduo pode fazer parte de mais de uma nação (nação = grupo de pessoas que se identificam culturalmente). O TERRITÓRIO: área do globo terrestre sob a qual o Estado exerce soberania. A SOBERANIA: é o poder do próprio Estado, que caracteriza o Estado como tal, e tem duas dimensões: externa e interna. Soberania política externa: significa que um estado tem soberania sobre estados de outras nações. Soberania política interna: a imperatividade do poder estatal, ou seja, o Estado impõe normas e as aplica. Surgimento do Estado: existem diversas explicações para justificar a criação estado, das quais: teoria da potencialidade, familiar, conquista e patrimonial. TEORIA DA POTENCIALIDADE: foca na criatividade humana em desenvolver meios para a vida sedentária ao invés de nômade, gerando a noção de território. TEORIA MAILIAR: também é vinculada com a criatividade, mas com foco no núcleo das relações familiares. TEORIA DA CONQUISTA: se baseia na rivalidade dos grupos nômades que do processo de conflito origina o sedentarismo, a divisão de trabalho e finalmente o Estado. TEORIA PATRIMONIAL: parte do pressuposto que os nômades em um determinado momento, desenvolvem a noção de território, e então, a divisão de trabalho e Estado. O Estado Antigo: o Estado antigo permitiu pela primeira vez a dissociação entre a moral e o direito. Além disso, diminuiu o caráter mítico das sociedades remotas, destacando-se a China, que comparada a outros países, tinha um grau de desenvolvimento humanista muito superior. O Estado antigo que tem como traços a teocracia, no ocidente, se inicia com a Grécia e Roma. O Estado na Idade Média: é dividido em Alta Idade Média e Baixa Idade Média respectivamente. Inicialmente não havia um estado centralizado, a sociedade era organizada em feudos, sem uma soberania sólida, fator que acaba extinguindo a presença de um Estado. Como não havia soberania, existiam senhores feudais mais poderosos que o próprio rei. O direito medieval segue o modelo de pluralismo jurídico (um território sujeito a vários ordenamentos jurídicos), responsável por vários conflitos. O Common Law, importante até os dias atuais, nasce nesse período. O Estado Moderno: decorrente do fim da idade média, na gênese do absolutismo, considerado um período de transição entre o feudalismo decadente e o capitalismo ascendente. Nesse modelo, o pluralismo jurídico é substituído pelo monismo jurídico, o Estado se impões perante a religião, explodem reformas protestantes, Maquiavel e Hobbes elaboram ‘’O príncipe’’ e ‘’Leviatã’’, respectivamente, em defesa do Estado absolutista. Devido ao monismo jurídico, o Rei tinha liberdade para legislar independentemente. Esse monismo também viabilizou o capitalismo, pois um direito único dava segurança as relações comerciais. Em 1679 é estabelecido o Habeas Corpus, uma lei para que ninguém seja preso de forma arbitraria. Ainda no século XVII, na Inglaterra, a burguesia percebe que o rei não é mais necessário e o derruba, colocando no lugar um sistema parlamentarista forte. Esse movimento foi chamado de ‘’A Revolução Gloriosa’’. Na ‘’Revolução Gloriosa’’, o rei assina o Bill Of Rights, um documento que mantém o cargo de rei, mas lhe tira a soberania e o poder absoluto. Importante observar que Locke quem propôs a criação de 2 poderes: executivo e legislativo.Em 1789 vem a Revolução Francesa, munida de ideais iluministas. A Revolução Francesa assassina o rei e destrói o Estado absoluto. Com o iluminismo passa a existir os chamados direitos universais do homem e do cidadão, e a possibilidade de um Estado laico. Em tese, a Revolução Francesa traz o conceito de igualdade a todos perante a lei. Nesse novo sistema, a burguesia passa a criar as leis indiretamente. O conceito de liberdade destrói a igualdade material.
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