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Farmacologia Conceitos em farmacologia Vias de administração de medicamentos Farmacocinética É o estudo das substâncias que interagem com sistemas vivos por meio de processos Químicos. Farmacologia engloba o conhecimento da história, origem, propriedades físico-químicas, associações, efeitos bioquímicos e fisiológicos relacionado aos medicamentos. Pharmakon Logos+ Fonte: Katzung, 2003. FARMACOLOGIA Conceito & Definição https://www.google.com.br/search?q=desenho+de+dentista&tbm=i sch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwiPi72tx8jZAhXFulMK HcqgBVEQsAQIJQ&biw=1517&bih=707#imgrc=f1dxiC4Mpq6HfM: FARMACOLOGIA DEFINIÇÕES Fonte: http://www.betadaily.com Droga : substância química capaz de modificar a função dos organismos vivos, com finalidades medicamentosa ou sanitária. Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Fonte: Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Fármaco: designa uma substância química conhecida e de estrutura química definida dotada de propriedade farmacológica. Remédio: Todo meio utilizado com fins de prevenir ou curar doenças e seus sintomas. FARMACOLOGIA FASES FARMACOLÓGICAS (RESUMO) Fonte:http://easyclinic.pt/especialidades/clinica- dentaria/ DROGA ORGANISMO Fase Farmacocinética Fase Farmacodinâmica Vias de Administração Absorção Distribuição Biotransformação Eliminação Efeitos Fisiológicos Efeitos Bioquímicos Mecanismo de Ação Concentração no local do receptor Fase Farmacêutica FASE FARMACÊUTICA Investigação Farmacológica Fase pré-clínica Estudos em animais Fase clínica Fase I Voluntários sadios (Humanos) (Dose, Avaliação, Efeitos Adversos) Fase II Dosagem mais segura e eficaz Fase III Triagem clínica Eficácia terapêutica e segurança Indicação Clínica / Regulamentação Fonte: WWW.GOOGLE.COMVigilância Pós-comercialização CONCEITOS BÁSICOS Biodisponibilidade Medicamento similar – aquele que contém os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação. Identificado: nome comercial ou marca. Medicamento inovador – medicamento apresentando em sua composição ao menos um fármaco ativo que tenha sido objeto de patente. Medicamento de referência – medicamento inovador registrado (ANVISA) cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovados cientificamente. Medicamento genérico (intercambiável) geralmente produzido após a expiração ou renuncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade. Designado pela (DCB) ou, na sua ausência, pela (DCI). Resolução n0 391 de 09/08/99 Corresponde à fração do fármaco administrada que alcança a circulação sistêmica, incluindo a sua curva de concentração e tempo na circulação sistêmica. FASE FARMACOCINÉTICA Definição Fonte: http://images.veer.com Área da Farmacologia que estuda os processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção dos fármacos, ou seja, o que o organismo faz sobre o fármaco. Considera o caminho que o medicamento faz no organismo Movimento do fármaco “in vivo” Fonte: http://www.fotosearch.com FARMACOCINÉTICA CLÍNICA Ajuste da terapêutica em diferentes pacientes, tanto da resposta desejada quanto da toxicidade em função da concentração do fármaco em seu sítio de ação. Concentração Plasmática Produto Farmacêutico Liberação (Desintegração) Dissolução (Dispersão Molecular) Forma farmacêutica Biodisponibilidade Interação Fármaco / Organismo Lei n0 9787/99 Industria Farmacêutica ANVISA Genéricos CONCENTRAÇÃO TERAPÊUTICA Sítio de Ação - Receptores Dose & Intervalo de Administração EXCESSO Toxicidade ADEQUADO INSUFICIENTE Descartado erroneamente Efeito Desejável [ ] terapêutica Concentrações de efeito mínimo eficaz (limite mínimo) e efeito tóxico (concentração máxima tolerada, limite máximo). I.T. IT: Índice Terapêutico “Janela Terapêutica" Faixa de Concentração Eficácia/Toxicidade Amitriptilina – Faixa Estreita (I.T.< 5) Fonte: http://2.bp.blogspot.com/_rT2zKLK32oU/TBVwgvMga6I/AAAAAAAAAWI/NwmF3We-gM0/s1600/medicamento.jpg FARMACOCINÉTICA VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Fonte: http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias Vantagem: Seguro/Econômico Desvantagem: Patologias do sistema digestivo, pH gástrico e presença de alimentos/absorção VIA ORAL OUTRAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Sublingual: Absorção através de pequenos vasos sangüíneos. Exemplo: Nitroglicerina (Angina) Retal: Uso em quadros de vômitos, tratamento local ou inconscientes. Evita 1ª Passagem (Fígado): Fármacos (Veia Cava Inferior) Supositórios: absorção irregular e irritação local. IV – Intravenosa: não pode ser: hemolítica, cáustica, não coagular as albuminas, não produzir embolia ou trombose, não conter pirogênio. Aplicação: Deve ser administrada lentamente e com monitorização constante IM - Intramuscular Tópica – (mucosa, pele e olho) Intra-arterial Intratecal Intraperitoneal Absorção Pulmonar VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Concentração - Pico 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 5 10 20 30 60 120 180 minutes co nc en tra tio n IV Oral Rectal Absorção de fármacos PROCESSOS FARMACOCINÉTICOS (Resumo) FARMACOCINÉTICA A farmacocinética é o estudo do destino dos fármacos no organismo após sua administração. Os processos farmacocinéticos são determinantes dos passos de uma prescrição medicamentosa, quando, além de dose, devem-se escolher via de administração – definida pelos processos de absorção, distribuição e biodisponibilidade – e intervalos entre as doses, calculados, geralmente, em função do tempo de eliminação de um fármaco. Processos Farmacocinéticos Processos ou princípios farmacocinéticos são as etapas que um medicamento tem até ser completamente eliminado do organismo. Farmacologia Absorção Biodisponibilidade Distribuição Excreção farmacocinética ABSORÇÃO Fonte: http://www.fotosearch.com/u13132187 Passagem da droga do seu local de aplicação até a corrente sangüínea. Fatores Envolvidos da Absorção: Concentração Lipossolubilidade Peso Molecular Grau de Ionização Vascularização Superfície de Absorção Permeabilidade Capilar Ligados aos Medicamentos Ligados ao Organismo Via de Administração, características fisiopatológicas, idade, sexo, peso corporal e raça do paciente. Membranas Celulares (Revisão) Dupla camada (lipídeos) com cadeias de hidrocarboneto orientadas para dentro, (característica hidrofóbica). As proteínas exercem função de receptores que proporcionam vias de sinalização elétricas ou químicas e alvos seletivos para a ação de fármacos. Mecanismos de transporte através de membranas Transporte passivo Transporte ativo Transporte facilitado Pinocitose (líquidos) Fagocitose (sólidos) Transporte através de Membranas (Fármacos) Drogas Ligadas não Atravessam as membranas Drogas Lipofílicas Acumulam-se Tecido Adiposo “Mal Nutrição” Albumina + Droga livre DIFUSÃO Fonte: http://farm3.static.flickr.com Difusão Facilitada: Participação de molécula transportadora (permeases), não há consumo de energia , substância move-se de acordo com o gradiente de concentração Transporte Passivo/filtração (Lipossolubilidade) Difusão Facilitada Utilizadas por Moléculas Não-Polares Ex: Anestésicos, tranquilizantes, Antibióticos, hormônios e sedativos. Difusão Simples Transporte Ativo Há gasto de ATP (adenosina trifosfato) perdendoum fosfato e virando ADP (adenosina difosfato) – Contra o Gradiente de Concentração (Bomba Na+/K+) Fonte: http://djalmasantos.files.wordpress.com/2010/09/ativo.jpg Transporte ativo: células do túbulo renal, trato biliar, barreira hematoencefálica e TGI. pH dos compartimentos biológicos Mucosa gástrica – pH 1 (aproximadamente) Mucosa intestinal – pH 5 Plasma – pH 7,4 A equação de Henderson-Hasselbach pode ser empregada na previsão do comportamento farmacocinético de fármacos Meio extracelular Meio intracelular HA H3O + + A- pka ácido base Fármacos com caráter ácido se acumulam no compartimento com pH mais básico e fármacos com caráter básico se acumulam no compartimento com pH mais ácido. EQUAÇÃO DE HENDERSON-HASSELBALCH Ácido fraco, terá boa absorção num meio ácido (pH ácido), pois, há uma ionização menor, AAS. “grau de dissociação” (ionização) “pouco ionizada” “mais ionizados, excreção fácil “ “Constante “ Relação pH e pka Polaridade Molecular, ionização e ph do meio: ph > pka Ácido: Forma ionizada Base: Forma não- ionizada (B) ph < pka Ácido: não – ionizado (HA) Base: ionizado Ácido Acetil Salicílico - AAS Ácido orgânico fraco, pKa 3,7 Rapidamente absorvido no estômago. Eliminado na forma de saliciliato. Alcalinização da urina aumenta a eliminação de salicilato. HASac + H2O = ASac - + H3O + Inibe a biossíntese das prostaglandinas ! Anestésicos Locais Base Fraca - pKa em torno de 8 a 9 Bloqueiam de modo reversível a condução de impulsos ao longo dos axônios dos nervos e outras membranas excitáveis que utilizam canais de sódio com principal meio de geração de potenciais de ação. Xilocaína LIPOFILIA E LATÊNCIA Quanto maior a fração não ionizada, maior é a facilidade de penetração => maior potência (menor latência). Latência (tempo decorrido entre administração e efeito). Potência: Capacidade da molécula interferir na estrutura e de inibir o funcionamento dos canais iônicos. Relacionada com a ligação (proteínas e lipofilia) de um determinado composto. Quanto maior for a ligação das proteínas plasmáticas menor será a potência e menor a sua toxicidade Coeficiente de partição: Coloca-se o fármaco num meio com 2 fases: aquosa e lipofílica; agita-se e mede-se a quantidade dissolvida. > Lipofilia < latência Quanto maior for a lipofilia (coeficiente de partição), maior será a potência (melhor penetração). PRÓ-FÁRMACO Fonte: CHIN & FERREIRA. 1999. Introdução de novos fármacos na terapêutica através dos processos de modificação molecular. Latenciação: transformação do fármaco em forma de transporte inativo que, “in vivo”, mediante reação química ou enzimática, libera a porção ativa no local de ação. Uso: quimioterápicos específicos contra os maiores desafios da Ciência na atualidade: AIDS e câncer INFLUÊNCIA DO PH NA ABSORÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE DROGAS: pka pH • drogas ácidas: ionizam-se pouco no estômago, portanto são bem absorvidas. Ionizam-se quase completamente no intestino ou no sangue, permanecendo nesses compartimentos. • drogas básicas: ionizam-se quase completamente no estômago, não sendo bem absorvidas pela mucosa estomacal. Ionizam-se muito pouco no intestino ou no sangue, sendo absorvidos pela mucosa intestinal. Fatores Maior absorção Menor absorção Concentração (dosagem) Maior Menor Peso molecular Pequeno Grande Solubilidade Lipossolubilidadea Hidrossolubilidade Ionização Forma não-ionizada Forma ionizada Forma farmacêutica Liquidab Sólida Dissolução das formas sólidas Grandec Pequena pH localAcidoAlcalino Ácidos fracos Bases fracas Bases fracas Ácidos fracos Área absortiva Grande Pequena Espessura de membrana absortiva Menor Maior Circulação local Granded Pequena Condições fisiológicas Menstruação Puerpério — Condições patológicas Inflamação Ulceração Queimaduras Edema Choque Fatores que influenciam a absorção de fármacos Polaridade do fármaco – grau de ionização; Lipossolubilidade; Peso molecular; Concentração; Estabilidade química Portas de entrada Trato gastrointestinal; Parede capilar (sangue) O que pode interferir na absorção Formas de absorção Absorção oral Suco gástrico → esvaziamento gástrico → duodeno → circulação porta → fígado → circulação sistêmica. A absorção de fármacos lipossolúveis aumenta com a ingestão de alimentos ricos em gorduras. O aumento do pH do suco gástrico dificulta a absorção de ácidos fracos no estomago. Retardo e aceleração do esvaziamento gástrico, afeta a velocidade de absorção nos primeiros segmentos intestinais. Absorção retal Pode ser errática ou incompleta, especialmente em pacientes com motilidade intestinal aumentada. Absorção cutânea É muito lenta e ineficaz para a maioria dos fármacos, pois a pele integra funciona como barreira. Absorção (por via respiratória) A grande área absortiva (que se estende da mucosa nasal ao epitélio alveolar), a vascularização praticamente justaposta às membranas e o rico fluxo sanguíneo justificam o alcance de picos séricos tão precoces como os obtidos com a via intravenosa Absorção intramuscular Geralmente rápida, havendo pronto início dos efeitos terapêuticos Absorção subcutânea e submucosa Rápida, pois o fármaco só necessita ultrapassar as células endoteliais para chegar à corrente circulatória. O fluxo sanguíneo é o maior determinante da velocidade de absorção. Absorção intraperitoneal Rápida, por envolver superfície ampla e ricamente vascularizada. 2. Biodisponibilidade É a fração do fármaco administrado que alcança a circulação sistêmica quimicamente inalterada. Fatores que alteram a biodisponibilidade Efeito de primeira passagem Cirrose hepática Diminuição da vascularização do fígado Atividade de enzimas metabólicas do fígado 3. Distribuição O fármaco penetra na circulação sistêmica por administração direta ou após absorção a partir do sitio de aplicação. Do sangue distribui-se aos diferentes tecidos do organismo, funcionalmente classificados em suscetíveis, indiferentes e emunctórios. A velocidade e extensão da distribuição dependem do fluxo sanguíneo tecidual, propriedades físico-químicas do fármaco, características da membrana através da qual será transportado e sua ligação a proteínas plasmáticas e teciduais Volume de distribuição: relaciona a quantidade total de fármaco no plasma ou no fluido. Refere- se ao volume de fluido que seria necessário para armazenar todo o fármaco contido no corpo na mesma concentração presente no fármaco. Genéticos; Idade; Diferenças individuais; Fatores ambientais (fumar); Propriedades químicas dos fármacos; Via de administração Dosagem; Sexo; Alterações entre fármacos durante o metabolismo Fatores que alteram o metabolismo 4. Excreção Os compostos são removidos do organismo para o meio externo. Fármacos hidrossolúveis, carregados ionicamente, são filtrados nos glomérulos ou secretados nos túbulos renais, não sofrendo reabsorção tubular, pois tem dificuldade de atravessar a membrana. A velocidade do processo depende da fração livre do fármaco, taxa de filtração glomerular e fluxo plasmático renal. Os que são essencialmente secretados pelos túbulos renais utilizam a difusão simples (quando lipossolúveis) ou sistema de transporte ativo. Excreção Ocorre principalmente por via renal, seja por filtração glomerular ou secreção tubular. Em menor grau, as drogas podem ser eliminadas na bile e em outros fluidos corporais. * Em certos casos, uma alteração no pH da urina pode fazer com que drogas que atingiram o túbulo renal retornem à corrente sanguínea (reabsorção tubular). A dose recomendada deuma droga pressupõe função normal do fígado e rim. 40 Vamos pensar um pouco? CASO I Paciente A.C, 30 anos, dá entrada no hospital devido a uma infecção causada pelo Chlamydia e lhe é receitado TETRACICLINA VO, 6,625-12,5 mg/kg, 6/6h. Porém por ser uma droga que apresenta caráter ácido,lhe causa grande ardência epigástrica e por isso é pedido leite ou um antiácido. O seu pedido é negado, por quê? R- A tetraciclina apresenta caráter ácido e o leite ou um antiácido, caráter básico. Dessa forma iria CASO II Paciente J.P, 36 anos dá entrada no hospital devido a uma infecção bactericida causada pela Mycobacterium leprae (hanseníase) e lhe é receitado DAPSONA, VO, 100 mg/dia + 600 mg/dia de RIFAMICINA, durante 2 anos (lhe é recomendado também o uso da Dapsona durante 10 anos). Devido a intensidade do medicamento é recomendado que administre o medicamento com alimentos. Por quê? Caso III Paciente A.C após uma cirurgia plástica foi medicada e aconcelhada a usar VARFARINA como anticoagulante. Uma semana após, devido dores, rigidez, calor local, vermelhidão e inchaço nas juntas causado pela artrite reumática se auto- medica com CETOPROFENO. Logo após, passou a apresentar pequenas hemorragias. Como se explica esse acontecimento mediante o uso de um anticoagulante? CASO IV Paciente H.M, diabética, faz uso constante do GLIBENCLAMIDA como antidiabético, após sentir dores como cristais nas articulações, artrite inflamatória, inchaço, vermelhidão, dor e rigidez, suspeita de Gota, doença caracterizada pela elevação do ácido úrico no sangue, toma FENILBUTAZONA, antiinflamatório não esteróide. Alguns dias depois ao fazer exames de rotina, percebe que sua glicemia está alta. O que pode ter acontecido?
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