historia da contabilidade ni XXI

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A CONTABILIDADE NO SÉCULO XXI
 Em todos os círculos e em todas as reuniões, o termo “globalização” se faz presente. Há grandes expectativas para o novo século que se iniciará logo mais. A globalização da economia fornecerá a todos nós novos cenários e, dentre estes, entre inúmeros outros aspectos, cabe questionar as tendências da profissão contábil, que , por si só, já representam um grande desafio para a classe contábil, visto que a colocam como ponto central de inúmeras simulações sobre o futuro diante do progresso que os países e as sociedades irão experimentar. 
 A integração econômica de países e regiões, onde são desenvolvidas todas as ações das empresas e a interação dos mercados, a contabilidade terá, como missão básica, a tarefa de bem informar a todos os agentes do desenvolvimento ligados ao esforço da integração.
 Em verdade, a profissão contábil transcende os interesses ligados ao desempenho econômico-financeiro das empresas. O objetivo maior da contabilidade situa-se na condição dela de oferecer respostas a todos os questionamentos da sociedade e dos usuários, através do conjunto de informações, capazes de evidenciar a situação patrimonial, a situação reditual e a situação econômico-financeira das entidades como um todo. O patrimônio aziendal, em constante movimento, modifica-se em virtude da dinâmica imposta pelo sujeito jurídico, através do conjunto de operações, gerando direitos e obrigações.
 Com a globalização, os agentes da profissão contábil tendem a internacionalizar-se, visto que os parâmetros básicos usados na avaliação, na mensuração e na estruturação de todos os demonstrativos devem ser harmonizados no mundo globalizado. Este é um tema muito complexo, visto que a normas de procedimentos e os princípios contábeis geralmente aceitos, absolutamente fundamentais e necessários para consolidar esta harmonização, não são uniformes em relação aos países que decidiram se integrar em um mercado comum ou regional. Para elucidar esta situação, existe forte influência das normas americanas ( IASC), das Diretivas ora em discussão na União Européia e das Normas Internacionais de Contabilidade (NICs) . Cabe acrescentar que, além das normas retro indicadas, outras instituições supra governamentais também tem o poder de influenciar sobre normas e procedimentos, entre estes , como exemplo, temos a OMC-Organização Mundial do Comércio.
 O processo da globalização ocasiona o surgimento de dependências econômicas entre países, motivados pelo crescente volume de negócios, tanto de mercadorias como de serviços, gerando um fluxo internacional de capitais cada vez maior, a custos sempre mais competitivos. Os efeitos decorrentes da difusão de novas tecnologias, com contínuo aperfeiçoamento, colocam as empresas diante de novos desafios, no sentido de que precisam produzir e oferecer bens de excelente qualidade a preços cada vez mais baixos, o que exige melhoria total do processo produtivo, do sistema de comercialização, do fluxo financeiro e também do método de gerenciamento, com controle total da atividade, tanto operacional quanto social, campo onde a contabilidade se movimenta com bastante desenvoltura e onde ela se torna necessária, fazendo parte integrante de um conjunto maior. Por isso, a contabilidade tem, como foco maior, todos os seus interesses centrados no conjunto patrimonial, através do registro de suas variações e a evidenciação das posições finais, colocando informações úteis e indispensáveis a todos que delas necessitam. O processamento dos registros tem se modificado ao longo do tempo, em virtude da evolução tecnológica, porém o método permanece imutável, sendo universalmente reconhecido, utilizado e considerado indispensável ao gerenciamento voltado para o sucesso da empresa.
 A contabilidade demonstra o passado da vida da empresa, deste o instante em que ela foi constituída, e chega ao presente mostrando a situação atual, e , de ora em diante, uma nova utilização está reservada para ela. Vem aí a contabilidade gerencial. É através desta que vamos prospectar as situações futuras, pelas simulações que podem ser feitas mediante as projeções dos programas orçamentários, projeção dos orçamentos de caixa, dos orçamentos de investimentos entre outros elementos necessários e indispensáveis para a administração lucrativa de uma empresa, quer ela esteja no Brasil ou em outro pais. Prof. Jorge Steyer