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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL ENG 120 – TOPOGRAFIA • Irradiação ( pontos temáticos) Profª. Kilcy Costa Ferraz Pontos de Apoio, segundo NBR 13.133, são: “pontos, convenientemente distribuídos, que amarram ao terreno o levantamento topográfico e, por isso, devem ser materializados por estacas, piquetes, marcos de concreto, pinos de metal, tinta, dependendo da sua importância e permanência.” Marco de concreto Ponto pintado na calçada Chapa metálica MATERIALIZAÇÃO E LEVANTAMENTO DOS PONTOS DE APOIO • Consiste em definir os acidentes naturais e artificiais existentes na área a ser levantada tais como: limite do imóvel, estradas, cursos d’água, pontos que definem o relevo, benfeitorias etc. • Emprega‐se diferentes métodos como o método do alinhamento, das ordenadas, irradiação, interseção angular, etc. LEVANTAMENTO DOS PONTOS TEMÁTICOS MÉTODOS DE LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO Para pontos temáticos • Irradiação • Alinhamento • Interseção Para pontos de apoio • Triangulação • Poligonação (Caminhamento) • Trata-se de um levantamento simples, cuja precisão depende do trabalho do operador (pois não há controle de erros como foi visto no método do Caminhamento) • Processo aplicado em pequenas áreas. • Geralmente utilizado como método auxiliar ao Caminhamento. IRRADIAÇÃO Neste método o equipamento fica estacionado sobre um ponto e faz-se a “varredura” dos elementos de interesse próximos ao ponto ocupado, medindo direções e distâncias para cada elemento a ser representado. Levantamento por irradiação IRRADIAÇÃO Durante a execução de um levantamento de detalhes é importante elaborar um croqui da área que está sendo levantada, associando um nome ou número a cada feição ou ponto levantado, e a mesma indicação deve ser utilizada na caderneta de campo. Isto visa facilitar a elaboração do desenho final. A figura ao lado apresenta um croqui elaborado durante um levantamento de detalhes. Em campo: • A única condição exigida pelo método é de que do ponto escolhido (dentro ou fora da área) seja possível visar todos os vértices do perímetro para o cálculo de pequenas áreas; • Daí, como no caminhamento, anota-se as distâncias horizontais e os ângulos entre a estação e o ponto visado. Estação (MP) dentro da área Estação (MP) fora da área Em campo: • Quando se tem lados curvos, há necessidade de se fazer um maior número de irradiações, de forma que estas permitam um bom delineamento das curvas • Em áreas extensas, pode-se utilizar associação de irradiações (duplas, por exemplo) Em campo: • Lembre-se do caminhamento comentado nas últimas aulas. • O ponto E foi colocado como estação para se realizar as irradiações • A partir deste ponto, foram medidos distâncias (LA, LB, LC, LD) e ângulos (αA, ..., αD) DC A C D NM LA LB αAB LC αBC LD αCD αDA DB DA DD E B Exemplo prático Planilha de campo: Estação Ponto Visado Ângulo lido L E A 120°30’ 60,00 B 71°15’ 70,00 C 105°10’ 50,00 D 63°55’ 55,00 Em relação ao Caminhamento, a vantagem é de se utilizar apenas uma estação Em escritório: Etapas a serem seguidas: 1. Ajustamento angular 2. Cálculo dos lados da poligonal (distância horizontal, que no Caminhamento foi obtida por DH = 100 x (FS-FI) ou trena) 3. Cálculo dos azimutes 4. Cálculo das coordenadas parciais 5. Cálculo das coordenadas totais e da área Exemplo prático Estação Ponto Visado Ângulo Lanterior Lposterior E A 120°30’ 60 70 B 71°15’ 70 50 C 105°10’ 50 55 D 63°55’ 55 60 A C D NM LA =60 LB =70 αAB LC = 50 αBC LD =55 αCD αDA DB DA DD E B Exemplo prático Em escritório: 1. Ajustamento angular: Desta forma: Estação Ponto Visado Ângulo Correção Ângulo corrigido E A 120°30’ B 71°15’ C 105°10’ D 63°55’ ∑ = 360°50’00’ ∑ = 360°00’00’ OK! Exemplo prático - 0° 12’30” - 0° 12’30” - 0° 12’30” - 0° 12’30” 120°17’30” 71°02’30” 63°42’30” 104°57’30” 2. Cálculo dos lados da poligonal: No método do caminhamento, a obtenção foi feita indiretamente, pela leitura de mira: DH = 100 x (FS – FI) ou trena Como é feito no método da Irradiação? Exemplo prático 2. Cálculo dos lados da poligonal: Utiliza-se a Lei dos cossenos Lei dos cossenos: a2 = b2 + c2 – 2.b.c.cosα B c Estaçã o Ponto Visado Ângulo corrigido Lado anterior Lado posterior DH E A 120°18’46,2” B 71°02’49,8” C 104°56’06” D 63°42’18” 60 70 50 55 70 50 55 60 A C a b α c B DH Exemplo prático A B C D 60 70 αAB 50 αBC 55 αCD αDA 71,60 60,84 E NV 83,32 112,87 2. Cálculo dos lados da poligonal: Exemplo prático 150°0’00” 3. Cálculo dos azimutes: Fazendo-se uma analogia ao processo de obtenção de azimutes do caminhamento, tem-se, por exemplo: AzBC = AzAB + AiB + 180° AzBC = AzAB + (βB + γB) + 180° A B C D 60 70 αAB 50 αBC 55 αCD αDA 71,60 60,84 E γB βB NV 83,32112,87 Exemplo prático 3. Cálculo dos azimutes: Utiliza-se a Lei dos senos Lei dos senos: A B C c a b α Estação Ponto Visado Ângulo corrigido Az E A 120°18’46,2” B 71°02’49,8” C 104°56’06” D 63°42’18” 150°00’00” β γ a/senα = b/senβ = c/senγ Exemplo prático 3. Cálculo dos azimutes: Utiliza-se a Lei dos senos A B C D 60 70 αAB 50 αBC 55 αCD αDA 71,60 60,84 E γB βB Nv 83,32112,87 112,87/senαAB = 60/sen βB Sen βB = 60.sen120°18’46,2” / 112,87 βB = sen-10,46 = 27,32° 71,61/senαBC = 50/sen γB sen γB = 50.sen71°2’49,8” / 71,60 γB = sen-10,66 = 41,34° AiB = 27,32° + 41,34° = 68,66°= 68°39’36” AzB = 150° + 68,66° - 180°= 38°39’36” Exemplo prático 3. Cálculo das coordenadas parciais, coordenadas totais e área: • Processo semelhante ao visto para o método do Caminhamento. • ∆X=d(senAZ) • ∆Y=d(cosAz) Exemplo prático Exemplo como método auxiliar ao caminhamento. ESTACA PONTO VISADO ÂNGULO HORIZON TAL(A.I) AZIMUTE LIDO AZIMUTE CAL. DH(m) OBS 1 2 134°15’23” 2 3 88°40’00” 123 Apoio 3 4 92°50’10” 345 Apoio 4 1 87°59’50” 220 Apoio 4 A 76°12’32” 112 Poste 1 2 90°30’40” 435 Apoio
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