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APS 1º SEMESTRE

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FACULDADE DA SERRA GAÚCHA – FSG 
CURSO DE DIREITO 
 
 
BRUNA RODRIGUES DIAS 
EMILIN TAÍS DA SILVA 
LINDARA CARPES DA SILVA 
MANOELA WINTER FERREIRA 
NATÁLIA PITTON 
 
 
 
 
 
 
UMA ANÁLISE HISTÓRICO – JURÍDICA ACERCA DA VIOLÊNCIA 
CONTRA A MULHER NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAXIAS DO SUL 
2017 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3 
2 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 5 
2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................ 5 
2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................. 5 
3 JUSTIFICATIVA.............................................................................................................. 6 
4 PROBLEMA ..................................................................................................................... 7 
5 A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER INSERIDA NO PROCESSO HISTÓRICO 
BRASILEIRO ...................................................................................................................... 8 
5.1 As origens da opressão: a figura feminina em meados de 1500 ................................ 8 
5.2 O Brasil Império e o crime de estupro sobre a mulher no Código Criminal de 1830
 ........................................................................................................................................... 9 
5.3 A violência verbal, sexual e física contra o sexo feminino no regime militar ......... 10 
6 O ÂMBITO JURÍDICO E A MULHER ........................................................................ 11 
6.1 O processo de conquista dos direitos civis femininos .............................................. 11 
6.2 O advento e a ingerência da Lei Maria da Penha na sociedade .............................. 12 
7 A VIOLÊNCIA E SUA PRESENÇA NO COTIDIANO FEMININO .......................... 14 
7.1 O conceito de violência e suas subdivisões ............................................................... 14 
8 DADOS ESTATÍSTICOS REFERENTES AOS ÍNDICES DE VIOLÊNCIA E 
CRIMES CONTRA A MULHER ..................................................................................... 16 
9 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 18 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 19 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente artigo possui como tema a violência contra a mulher no Brasil, utilizando-
se de uma análise histórica deste problema, assim como de dados coletados em estudos e 
pesquisas realizadas no país, através do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 
e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). 
Buscou-se abordar de forma clara e objetiva o assunto, que hoje já não mais é visto 
como um problema apenas da vítima e seu agressor, mas sim como uma questão que afeta a 
sociedade como um todo, transformando-se em um problema de saúde e segurança pública. 
Ao longo da história, as mulheres foram e são submetidas aos mais variados tipos de 
violência, configurando-se como uma desagradável expressão da realidade feminina e como 
uma violência que atravessa gerações e se perpetua no tempo. 
A mulher vista como o “sexo frágil” ou como propriedade do homem, aparentemente 
parece ser uma coisa do passado, mas este pensamento arcaico está firmemente fixado na 
sociedade, fazendo com que a realidade das mulheres agredidas se torne cada vez pior, e 
acabe dificultando a realização da denúncia contra o agressor. 
As vítimas de violência, seja ela física, psicológica ou sexual, acabam desenvolvendo 
sérios problemas físicos e emocionais, já que tais agressões podem trazer danos e sequelas 
irreversíveis. A opressão chega as fragilizar tão seriamente, que por muitas vezes a mulher 
acaba por não denunciar as agressões, silenciando o seu sofrimento. Este silêncio, além de 
aumentar a impunidade, consequentemente aumenta também o risco à que essas mulheres são 
expostas. 
A partir do ano de 2006, começou a vigorar a lei 11340/06, popularmente conhecida 
como Lei Maria da Penha. Através de sua emergência, parecia que a realidade iria mudar, já 
que a partir de então as mulheres teriam uma lei para respaldá-las. Contudo, as agressões e 
assassinatos perpetrados não cessaram, explicitando assim que o que necessita ser modificada 
é a mentalidade machista da sociedade. 
Inicialmente, será feita uma análise histórica da violência contra a mulher a partir do 
período pré-colonial e estendendo-a até o Brasil republicano. 
No tópico seguinte, será averiguada a trajetória da conquista dos direitos civis 
femininos, seguida pela abordagem dos impactos que a lei nº 11.340/06 trouxe para a 
sociedade brasileira. 
4 
 
Por conseguinte, o conceito de violência e suas subdivisões serão discutidos. 
Após, será apresentado um balanço dos tipos mais decorrentes de violência cometidas 
contra a mulher no Brasil, fazendo uma apreciação crítica das informações apresentadas. 
Posteriormente, estatísticas serão explicitadas mediante estudos e pesquisas realizados 
no país, apresentando os números referentes a violência contra a mulher e demonstrando as 
características desse crime. 
Por fim, as considerações finais serão apresentadas por intermédio de uma análise 
derradeira das conclusões a que chegou-se após o desenvolvimento do presente trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 Objetivo Geral 
 
Averiguar o desenvolvimento da violência contra o sexo feminino no âmbito social e 
jurídico ao longo dos diversos contextos históricos. 
 
2.2 Objetivos Específicos 
 
Evidenciar como era vista e tratada pela sociedade a figura feminina desde o período 
pré – colonial brasileiro até a contemporaneidade, focando nas formas de opressão e violência 
a que eram submetidas; 
Apontar a evolução dos direitos civis da mulher no meio jurídico, analisando 
principalmente suas conquistas; 
Demonstrar a ingerência da Lei Maria da Penha na sociedade; 
Examinar e compreender as diferentes manifestações da violência contra a mulher em 
seu cotidiano na sociedade atual; 
Especificar quais tipos de violência contra a mulher possuem maior incidência no 
Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
3 JUSTIFICATIVA 
 
 Sabe-se que gradativamente a desigualdade de gênero e as relações sexistas estão 
sendo amplamente discutidas nas diversas esferas da sociedade. Desde a educação primária, 
prolongando-se até a vida adulta, as novas concepções sociais proporcionadas pelos 
movimentos feministas e pelos debates constantemente perceptíveis na mídia e nas relações 
sociais, estão consolidando a busca pela tão almejada isonomia de direitos e deveres entre os 
indivíduos. 
 Neste contexto, a mulher e seus direitos negados historicamente vêm sendo pleiteados, 
trazendo à tona como um dos pilares do assunto, a taxa exorbitante de violência que ainda é 
causada pela caracterização de “ser mulher”. 
Desse modo, o conteúdo deste artigo e a abordagem histórico-jurídica que ele engloba 
serão de suma importância, pois através da análise do desenvolvimento do papel feminino e 
dos reflexos que ele reproduz na sociedade, poderão ser descobertosos “porquês” dos altos 
indíces de crimes como a violência doméstica e o feminicídio, corriqueiros no cotidiano da 
mulher brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
4 PROBLEMA 
 
O sexo feminino é revestido por um histórico fortemente demarcado pela opressão, 
ainda mais se for considerado o fato de que sempre esteve em meio aos efeitos de uma 
sociedade patriarcal. Dentro destes efeitos, insere-se a violência em seus mais diversos 
segmentos, que acaba encontrando uma “justificativa” para sua existência nas relações de 
gênero, ou seja, na valorização diferenciada entre os sexos. 
O sistema normativo brasileiro, atualmente, combate a violência contra a mulher e 
respalda as vítimas, na tentativa de erradicar o crime e de tornar a segurança pública mais 
eficiente. Entretanto, ainda existem traços remanescentes do retrógrado Brasil colônia que 
permeiam o Brasil contemporâneo, e que contribuem para a continuidade da violência. 
 A partir disto questiona-se: quais foram os fatores que influenciaram na persistência da 
violência contra a mulher até os dias atuais? Levando em conta o sistema social que tem-se, 
quais são os meios que a sociedade e o Estado possuem para amenizar e futuramente, talvez, 
extinguir este crime? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
5 A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER INSERIDA NO PROCESSO HISTÓRICO 
BRASILEIRO 
 
5.1 As origens da opressão: a figura feminina em meados de 1500 
 
A sociedade colonial brasileira abrangeu uma estrutura social imersa em conceitos 
arcaicos desde seu nascimento. Ainda no período pré-colonial, no qual o território brasileiro 
era habitado pelos povos indígenas, a figura da mulher já era inferiorizada, a partir do 
ensinamento aos jovens meninos das tribos de que deveriam tratar seu sexo oposto de forma 
ínfera, pois o sexo masculino seria superior. Ou seja, os indícios da repressão emergiram 
precedentemente à influência portuguesa na América. (BASEGGIO; SILVA, 2015). 
Com a vinda da massa lusitana ao Brasil e a ascendência de um novo esqueleto social, 
os efeitos do patriarcado expandiram-se, abarcando não somente a mulher indígena, como 
também as mulheres negras (vindas do tráfico de escravos) e brancas, que apesar de viverem 
sob a configuração de livres e honradas “tinham pouco acesso à já escassa cultura existente na 
colônia”. (LAJOLO; ZILBERMAN, 1996, p. 135 apud OLIVEIRA, 2012, p. 5). 
Tendo o processo colonizatório sido firmado, estabeleceu-se uma nova divisão sexual 
de trabalho, que incumbiu à mulheres negras, conforme Baseggio e Silva (2015, p. 20-22), a 
tarefa de “ser escravas das famílias, assim, como também, geradoras de filhos fora do 
casamento dos grandes senhores”. Ou, em uma definição mais detalhada, tornaram-se “amas 
de leite, cuidavam da casa, prestavam serviços, e muitas vezes ainda eram submetidas às 
condições de violência sexual”. Este abuso, contraditoriamente ao que se acredita, poderia ser 
aplicado pelo próprio homem negro, que instruído pelo seu senhor, era ordenado à ir "carpir", 
quando na verdade havia sido submetido à ordem de estupro. (COLAVITE, 2015). 
Segundo Leila Mezan Algranti (1993, p. 141), o sistema escravocrata – senhorial 
inseria o sexo feminino em “uma sociedade onde condição legal, raça e ilegitimidade de 
nascimento, classificavam e distinguiam os indivíduos de acordo com os valores dos grupos 
dominantes, concedendo ou negando status de honra, dignidade e virtude”. Isto é, 
domesticidade, escravidão sexual, moral e física, isenção de direitos, cada indivíduo, de 
acordo com sua “tipificação social” estava sob a margem de alguma violência e/ou 
preconceito propiciado pelos valores sociais vigentes. 
 No que concerne à reputação feminina, por exemplo, tem-se a chamada condição de 
honra, da qual mulatas, negras e indígenas recebiam a titulação de “sem honra” por não 
9 
 
possuírem valor algum perante a sociedade. Desta maneira, frente aos diversos casos de 
abusos sexuais e estupros aplicados pelos seus próprios senhores ou demais homens, as 
integrantes destes grupos não recebiam respaldo legal algum, tornando o ato praticado 
impunível. (REIS et al, 2004). 
Vale ressaltar também, que o abuso "entre casais" dificilmente era punido, devido ao 
caráter monárquico da legislação “que acreditava no direito do homem sobre o corpo da 
mulher e que protegia os autores”. (COLAVITE, 2015, p. 21). 
 
5.2 O Brasil Império e o crime de estupro sobre a mulher no Código Criminal de 1830 
 
Como já abordado, o abuso sexual era um fato corriqueiro no cotidiano das mulheres 
do Brasil colonial, todavia, a legislação brasileira inseriu o estupro como um crime 
propriamente apenas em 1830, definindo-o como qualquer conjunção carnal forçada. Neste 
sentido, José Renato Martins (2012) afirma que a proclamação da independência brasileira em 
1822 e a implantação da Constituição do Império do Brasil foram fatores decisivos para a 
inserção de uma série de transformações ao âmbito penal da época, sendo uma delas a 
prescrita no artigo 179, XVII, da Constituição de 1824, que profere “organizar-se-ha quanto 
antes um Codigo Civil, e Criminal, fundado nas solidas bases da Justiça, e Equidade”. [sic] 
O Código Criminal de 1830 compreende o crime de violência sexual na seção "Dos 
Crimes Contra a Segurança da Honra" (Título II, Seção I), subdividindo-o em seis espécies, 
embora a "tipificação propriamente dita" esteja presente no artigo 222, que averigua como 
estupro a cópula carnal mediante violência e/ou ameaça com qualquer mulher honesta. A pena 
para o respectivo delito consistia na prisão de três a doze anos, e caso a violentada fosse 
prostituta, seria reduzida para um mês a dois anos. O crime também seria considerado 
inexistente caso a violentada se casasse com o agressor, conforme o artigo 2251. 
Posteriormente, com a derrocada da monarquia e o advento do regime republicano, 
outros Código Penais foram instituídos, reconfigurando o conceito de estupro no âmbito 
normativo até chegar-se à definição atual, presente no artigo 213, lei nº 12.015 de 2009, do 
Código Penal Brasileiro, no qual o estupro é definido como “constranger alguém, mediante 
 
1 Art. 225. “Não haverão as penas dos tres artigos antecedentes os réos, que casarem com as offendidas.” [sic] 
10 
 
violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se 
pratique outro ato libidinoso”. 
 
5.3 A violência verbal, sexual e física contra o sexo feminino no regime militar 
 
No período que compreende os anos de 1964 a 1984, o governo brasileiro foi dirigido 
por militares e marcado por uma intensa violação dos Direitos Humanos, estando a população 
constantemente à mercê da tortura e da violência. Houve o cerceamento das liberdades 
individuais, como também uma forte repressão. Para o sexo feminino, a época representava a 
libertação da mulher do papel de submissão que havia perdurado por séculos, para a 
transformação em uma militante que desejava adentrar ao "espaço masculino". (TOMAZONI, 
2015). Contudo, isto não as isentou das consequências geradas pela ditadura. 
A violência verbal (utilizada em conjunto com a violência física ou não), era aplicada 
tendo em vista a percepção do agressor da mulher militante como uma invasora do espaço 
político pertencente apenas aos homens, buscando através de palavrões e xingamentos, 
desmerecê-la pela sua condição de mulher e militante. (GRACIA, 2014). 
No processo de tortura, se estabelecia uma relação de poder entre os repressores e as 
mulheres, sustentada pela violência. Nas palavrasde Marco Aurélio Garcia (1997, p. 327), 
"cabe às mulheres uma cota suplementar de sofrimento que resulta da violência sexual 
(estupros, às vezes seguidos de gravidez) ou dos rituais de humilhação a que são submetidas 
em função de sua condição feminina”. O torturador se apossava dos mais diversos métodos, 
desde choques até agressões genitais e introduções de objetos, com a finalidade de destruir a 
autoimagem física e sexual da mulher, como também ameaçar a função materna que deveria 
ser desempenhada por ela futuramente. (GRACIA, 2014). 
Conforme Larissa Tomazoni (2015), a reinserção das mulheres sobreviventes na 
sociedade foi árdua, levando em consideração o embaraço e o impacto na identidade de cada 
uma produzido pela traumatizante experiência. Foi necessário um cotidiano de adaptação 
individual e social, como também a ocultação do passado revolucionário, para que atividades 
como a entrada no mercado de trabalho ou na vida acadêmica se tornassem possíveis. 
 
11 
 
6 O ÂMBITO JURÍDICO E A MULHER 
 
 6.1 O processo de conquista dos direitos civis femininos 
 
A observação recapitular de fatos históricos, revela que a mulher sempre foi vista 
como submissa e frágil. O próprio Direito Romano privava a mulher da capacidade jurídica, 
recebendo direitos de igualdade há pouco tempo. No Brasil, a evolução dos direitos femininos 
seguiu de forma atrasada comparado a alguns países, pois enquanto colônia conduzia-se pelas 
leis portuguesas, fato que protelou o desenvolvimento do Direito brasileiro, e por conseguinte, 
o direito das mulheres. (MIRANDA, 2011). 
Em meados do século XIX, a autonomia da mulher era nula, pois enquanto solteira o 
pai decidia, e enquanto casada era ''propriedade '' do cônjuge. Conforme Freitas (2003, p. 147, 
148) 
nos artigos 148 e 149 da Consolidação, o marido é quem estava em “posse e cabeça 
do casal”, ou seja, era o responsável pela administração do patrimônio, salvo no caso 
de seu falecimento, hipótese em que a mulher tornava-se a “cabeça” do casal, se no 
tempo da morte com ele vivia em casa “teúda e manteúda”. [sic] 
No mesmo século, Dom Pedro I cria a primeira Assembleia Nacional Constituinte do 
país, onde só quem recebesse mais de 200.000 réis anuais poderia votar (sendo excluídos 
negros e mulheres). 
No Código Civil de 1916 (revogado pelo Código de 2002), nos direitos e deveres, a 
mulher enquanto solteira é igual ao homem. Contudo, o Artigo 6º, II, do Código Civil, 
revogado, define: “são incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: II - 
As mulheres casadas, enquanto subsistir a sociedade conjugal”. Logo, sem capacidade 
jurídica, e para certos atos civis era necessário o aval do marido, como por exemplo, trabalhar. 
(BICEGLIA, 2002). 
Somente em fevereiro de 1932 a mulher ganha direito ao voto (não obrigatório), desde 
que tivesse 21 anos e renda própria. Estas restrições foram eliminadas apenas em 1934, onde a 
Constituição Federal decretou que poderiam votar com 18 anos. Dessa forma, pela primeira 
vez, o poder Legislativo brasileiro executou uma medida em prol da situação jurídica da 
mulher, vetando expressamente privilégios por motivo de sexo. Além disso, em 1962, foi 
publicado o Estatuto da Mulher Casada (Lei nº 4.121/62), que aboliu a incapacidade relativa 
12 
 
da mulher, mas que, em contrapartida, ainda manteve o homem como cabeça do casal. 
(YAMAMOTO, 2011). 
Apenas com a Constituição de 1988 é que homens e mulheres foram considerados 
iguais, através do Art. 5º, I: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
 I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição. 
Outro importante fato ocorreu em 18 de dezembro de 1979, onde realizou-se a 
Convenção sobre Eliminação de todas as formas de Discriminação contra a Mulher, adotada 
pela Resolução 341/80 da Assembleia Geral das Nações Unidas, que buscava a plena 
igualdade entre o homem e a mulher. Posteriormente, em novembro de 1995, a chamada 
''Convenção de Belém do Pará'' trazia a definição de violência doméstica em seu artigo 1º, 
sendo legitimada pelo Brasil, onde complementou o evento citado anteriormente. Finalmente, 
em 07 de agosto de 2006, foi publicada a Lei n.º 11.340, considerada um marco na luta pelos 
direitos das mulheres. (DIAS, 2007 apud CABETTE, 2013). 
 
6.2 O advento e a ingerência da Lei Maria da Penha na sociedade 
 
Segundo a autora Andréa Karla Cavalcanti Da Mota Cabral de Oliveira (2011, p. 10), 
a “Lei nº 11.340/2006 - Lei Maria da Penha – que cria mecanismos para coibir e evitar a 
violência doméstica e familiar contra a mulher torna-se emblemática na luta pelos direitos 
femininos”. Sendo assim, todo ato de violência, seja ele físico, moral ou psicológico no qual a 
mulher é submetida, pode ser denunciado por qualquer pessoa da sociedade (como a própria 
vítima). 
Ao proferir sobre esta lei, deve-se lembrar do caso pioneiro que influenciou 
diretamente sobre sua fundação: o caso de Maria da Penha Maia Fernandes, que está relatado 
no livro chamado “Sobrevivi... posso contar”, publicado em 2010. Em 20 de agosto de 1998, 
Maria da Penha denunciou a violência cometida por Marco Antônio Heredia Viveiros em sua 
residência, em Fortaleza, durante os anos de união matrimonial, que alcançou tentativas de 
homicídio e agressões que a levaram a sofrer paraplegia irreversível, em 1983. (BARBOSA, 
2013). 
13 
 
O caso gerou uma denúncia sobre o Estado à Comissão Interamericana de Direitos 
Humanos (CIDH) e à Organização dos Estados Americanos (OEA), acusando o governo 
brasileiro de negligência e omissão ao longo de 15 anos sem tomar as medidas necessárias 
para punir o agressor. (TELES, 2012). 
A partir desse caso e de todo contexto histórico menosprezando ou discriminando a 
condição da mulher, iniciou-se no Brasil os movimentos feministas. A autora Regina Célia A. 
S. Barbosa (2013, p. 4) ressalta que 
restritas às estreitas esferas de atividade na vida da sociedade, as mulheres tem as suas 
oportunidades de educação e direitos humanos básicos negados, sujeitas à violência, 
são frequentemente tratadas com desprezo e acabam por não compreender seu 
potencial verdadeiro. Velhos padrões de submissão refletidos na cultura popular, na 
literatura, na arte, na política, continuam a impregnar todos os aspectos da vida. A 
despeito do avanço dos direitos políticos e civis das mulheres no Brasil, muito ainda 
necessita ser feito para a elevação da condição da mulher em nosso país. Este 
panorama de desigualdades e excesso de poder dos homens gera, consequentemente, 
casos de violência doméstica contra a mulher. 
Atualmente, em 2017, ainda pode-se encontrar uma intensa desigualdade de gênero, 
porém, também pode-se evidenciar diversos movimentos feministas e principalmente, a 
atuação de mulheres exigindo uma posição na sociedade e lutando para conquistar seus 
direitos. Sobre a desigualdade entre os sexos, Cecília Sanderberg (2004, p. 7) declara que “o 
gênero abriu os caminhos para a desconstrução e para a desnaturalização do masculino e 
feminino”. 
Claudia Bragança Pedro (2010, p. 8) argumenta que sobre o feminismo 
é fundamental que o Estado invista cada vez mais nas Políticas Públicas voltadas para 
mulheres, e que o protagonismo do movimento feminista amplie a presença das 
mulheres na cena pública na luta pela garantia de direitos conquistados e ampliação de 
novos direitos. Trata-se, entretanto, de um movimento que não se consolida à revelia 
da construção do conceitode gênero, uma conquista das mulheres, mas sim na 
consolidação das mulheres enquanto sujeitos sociais e protagonistas de sua história. 
Logo, que o sexo feminino tenha sua importância histórica e social reconhecida pela 
sociedade contemporânea, e que simultaneamente o sistema governamental promova projetos 
que possibilitem à todas as mulheres o acesso as mais diversas oportunidades, seja no no 
âmbito educacional, econômico, trabalhista ou político. A autora também deixa claro a 
essencialidade do feminismo brasileiro, que mesmo após todos seus triunfos, deve permanecer 
engajando a massa feminina na construção de uma sociedade nos moldes da lei: homens e 
mulheres iguais em direitos e obrigações. 
 
14 
 
7 A VIOLÊNCIA E SUA PRESENÇA NO COTIDIANO FEMININO 
 
7.1 O conceito de violência e suas subdivisões 
 
A origem etimológica da palavra violência deriva do latim violentia, que diz respeito 
ao adjetivo, violento. Já o termo violare, indica o tratamento utilizando-se da violência, isto é, 
profanar e transgredir. Ambas as palavras devem ser associadas à vis, que remete a força em 
execução. Logo, o conceito vai além de uma mera força, podendo sugerir também o próprio 
abuso desta. (CAVALCANTI, 2007 apud C. F. RITT; E. RITT, 2014). 
Conforme Minayo e Souza (1998), a caracterização da violência pode ser 
compreendida como como um ato de má – fé, exercido mediante uma intencionalidade e 
perpetrado por um indivíduo ou grupo que tenha como intuito causar prejuízos físicos, sociais 
ou psicológicos a outrem. 
A violência doméstica, como uma das diversas expressões da violência, insere-se no 
âmbito familiar, isto é, ocorre entre pessoas da mesma família, podendo ser executada, por 
exemplo, entre pais e filhos. Sendo um fenômeno de intensa complexidade, pode existir nas 
mais diversas fases do ciclo vital feminino, gerando consequências não só no físico da 
mulher, bem como na sua vida social, por intermédio de manifestações físicas, psicológicas e 
sexuais. 
 A violência física, caracteriza-se pelo uso da força física somada ao intuito de ferir, 
como também, pela utilização de armas que provoquem lesões externas, internas, ou ambas. 
Ocorre por intermédio tapas, empurrões, estrangulamentos, cortes, dentre outros meios, e 
pode ser agravada caso o agressor esteja sob o efeito de uma embriaguez ou de um transtorno 
explosivo. (COELHO; SILVA; LINDNER, 2014). 
 A violência psicológica, conforme o artigo 7º, II, da Lei nº 11.340 é entendida 
como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou 
que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou 
controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, 
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, 
perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do 
direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e 
à autodeterminação. 
 Contudo, ainda que esta forma de manifestação não proporcione marcas evidentes, 
representa uma violação dos direitos humanos femininos, pois gera sérios reflexos na saúde 
mental da mulher e pode se tornar um estímulo na reprodução aos demais tipos de violência. 
15 
 
 Por fim, a violência sexual. Esta categoria surge sustentada no pensamento machista e 
patriarcal, que prevê o poder do homem sobre a mulher e seu corpo. Coelho, Silva e Lindner 
(2014, p. 24) proferem que este tipo 
inclui atos como estupros (penetração forçada) dentro do casamento ou namoro, por 
estranhos ou mesmo em situações de conflitos armados. Também inclui assédios 
sexuais: atos e investidas, na forma de coerções e de pagamento ou favorecimento 
sexual nas relações hierárquicas (de trabalho ou escolares). 
 Desta forma, o crime é baseado na falta de consentimento da mulher, mediante 
ameaças ou coações do agressor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
8 DADOS ESTATÍSTICOS REFERENTES AOS ÍNDICES DE VIOLÊNCIA E 
CRIMES CONTRA A MULHER 
 
Estatisticamente, os números registrados por estudos e pesquisas realizadas pelo 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica 
Aplicada (Ipea), e dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da 
Saúde, apontam números assustadores e extremamente alarmantes sobre a violência contra a 
mulher no Brasil. 
Segundo pesquisa do IBGE, divulgada no ano de 2010, dentre a imensa maioria dos 
casos de violência, 92,5% são denunciados pela própria mulher vítima das agressões, que 
decidem sair da omissão e, cansadas dessa sofrida realidade, propõe-se a relatar as agressões. 
Dentre os dados, 50,4% das vítimas possuem idade entre 20 e 34 anos, e em 41,8 % dos 
casos, possuem ensino médio ou superior completos. 
Os dados indicam também que em 68,7% dos casos registrados no ano de 2009 pela 
Central de Atendimento a Mulher, a agressão é cometida pelo marido, namorado ou 
companheiro da vítima, o que torna ainda mais difícil a denúncia, devido ao fato da violência 
afetar gravemente o psicológico das violentadas. Em 44,1% dos casos atendidos, além da 
dependência emocional em relação ao seu companheiro, a mulher possui também algum tipo 
de dependência financeira. 
O feminicídio é a agressão máxima e fatal cometida contra a mulher, geralmente 
perpetrado por homens, e em 50,3% dos casos efetuados por familiares. No período de 2001-
2006, anterior à emergência da lei nº 11.340/06, o Brasil registrava para cada 100 mil 
mulheres, 5,28 feminicídios, e no período entre 2007-2011 registrou 5,22. Segundo estudos 
do Ipea, divulgado em 2013, é possível observar um pequeno decréscimo nas taxas deste 
crime no ano de 2007 imediatamente após a vigência da lei, já que este ano registrou 4,74. 
O mesmo estudo aponta que em 61% dos casos as mulheres vítimas do feminicídio 
eram negras, sendo as principais vítimas em todas as regiões do país, com exceção da região 
Sul, as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste possuem índices elevados de óbitos dessas 
mulheres, 87%, 83% e 68%, respectivamente . 
Os feminicídios foram efetuados em 50% dos casos através de armas de fogo; em 34% 
dos casos por meio de instrumento perfurante, cortante ou contundente; em 6% foram através 
de enforcamento ou sufocação; em 3% por meio de maus tratos e 7% dos casos não tem causa 
definida. No que concerne ao local do crime, em 29% dos casos os óbitos acontecem no 
17 
 
domicílio da vítima, 31% em via pública, e 25% dos casos ocorrem em hospitais ou outros 
estabelecimentos de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9 CONCLUSÃO 
 
Em vista dos argumentos apresentados, é se levado a acreditar que nos últimos tempos 
tem-se um expressivo aumento quantitativo de violência contra mulheres em todo território 
brasileiro. A persistência desses crimes se prolonga desde os primórdios da humanidade, na 
qual a mulher era tratada com desigualdade diante dos homens, como um ser inferior, frágil, 
dentre outros termos (fato esse ainda vigente em algumas partes do mundo, considerando-a 
como cidadã de segunda classe). Logo, adquirir a plena capacidade para atos da vida civil 
consolidou-se como uma tarefa árdua, para só após um longo processo o Estado compreender 
a real desigualdade, e tomar as devidas providências. 
Hodiernamente, existem serviços de atendimento à mulher em situação de violência, a 
exemplo das delegacias especializadas, casas-abrigos, centros de referência, entre outros que 
estão previstos na Lei11.360/2006, Lei Maria da Penha. Porém, é preciso que haja um maior 
interesse do Estado em melhorar os serviços oferecidos, tanto no que concerne ao número 
destes órgãos de auxílio às vítimas, por exemplo, como a infraestrutura dessas instituições que 
envolverão tanto a estrutura física, como a capacitação de profissionais que trabalham na área. 
Também não se pode deixar de mencionar a ação do movimento feminista para 
implementação de políticas públicas e o rompimento da lógica patriarcal de gênero. 
Pode-se concluir, portanto, que a mulher deve possuir o direito de não sofrer agressões 
no espaço público ou privado, a ser respeitada em suas especificidades e a ter garantia de 
acesso aos serviços da rede de enfrentamento à violência contra a mulher, no momento em 
que passar sofrer algum tipo de agressão, seja ela física, moral, psicológica ou verbal. 
Entretanto, acima de tudo, para que a erradicação e decrescimento do crime seja possível, é 
imprescindível o envolvimento do sexo masculino na superação dessa cultura violenta, para 
que dessa forma haja a equidade. 
 
 
 
 
 
 
 
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