Embriologia UFRRJ- Resumo placentação e anexos embrionários

Prévia do material em texto

Embriologia- Placenta e anexos embrionários
Embriologia- Placenta e anexos embrionários
A Placenta pode ser definida como um órgão transitório formado por tecidos maternos e fetais.
Inicialmente o embrião é nutrido pela secreção das glândulas uterinas (histiotrofo ou leite uterino).
Com o desenvolvimento do embrião, há a necessidade do estabelecimento de conexão entre os tecidos fetais e maternos.
Placentação:
Logo após o estabelecimento do córion, a placenta inicia a sua formação, originando as vilosidades coriônicas. Nos mamíferos em geral, no início da placentação o embrião está na fase de disco embrionário bilaminar.
Funções da placenta:
-Transferir nutrientes do sangue materno para o embrião/feto;
-Eliminação de produtos da excreção;
-Transporte de gases
-Secreção endócrina. Ex.: HCG, progesterona, estrogênio, etc.
Há diversos tipos de classificação da placenta!
-Quanto à forma;
-Natureza dos tecidos extra embrionários que constituem a placenta;
-Nº de camadas que separam o sangue materno-fetal;
-Perda de tecido materno no momento do parto
1)Classificação da placenta quanto à forma:
A-Difusa (ex.: suínos e equinos)
O córion do feto se junta com a mucosa uterina e as trocas necessárias ocorrem em toda a superfície.
B-Cotiledonária (ex.: ruminantes)
Há a união de vilos coriônicos em pontos isolados, formando placentomas e só neles ocorrem trocas.
C-Zonária (ex.: carnívoros)
Há a formação de uma espécie de cinta ou faixa na porção mediana.
D-Discoidal (ex.: primatas, roedores)
As vilosidades se concentram em uma região em forma de disco.
E-Bidiscoidal (ex.: primatas)
Formação de vilosidades em duas porções da placenta.
2)Classificação da placenta quanto à natureza dos tecidos extra embrionários que contribuem para a sua formação:
Placenta coriovitelina
Funcional em carnívoros e equinos.
Placenta corioalantóide
Funcional em todos os animais domésticos.
Vilosidades coriônicas: Formadas no córion de todos os mamíferos.
-Vilosidades coriônicas primárias: Citotrofoblasto + Sinciciotrofoblasto.
-Vilosidades coriônicas secundárias: Eixo de mesoderma extra embrionário circundado por citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto.
-Vilosidades coriônicas terciárias: O eixo de mesoderma diferencia-se em vasos sanguíneos e tecido conjuntivo.
Membrana placentária:
Antigamente chamada de barreira, mas como ocorrem trocas, hoje denomina-se membrana. Substâncias boas e ruins podem atravessar a membrana. Como alguns exemplos, temos:
Boas: Oxigênio, nutrientes, água...
Ruins: Drogas, CO, venenos, vírus (Rubéola, citomegalovírus...), Toxoplasma...
3)Classificação da placenta quanto à relação meterno-fetal:
A)Epitélio-corial: Placenta adeciduada, característica de equinos e suínos.
B)Sindesmocorial (mesocorial): Placenta adeciduada, característica de ovelhas.
C)Endotéliocorial: Placenta deciduada, típica de carnívoros.
D)Hemocorial: Placenta deciduada, típica de primatas, roedores, algumas espécies de morcegos e coelhos.
4)Classificação da placenta quanto a perda de tecido materno no memento do parto:
Deciduadas e adeciduadas ou não deciduadas.
Reação decidual: É uma modificação nas células do endométrio que acumulam glicogênio e lipídios. Nas espécies de mamíferos em que isso ocorre, o endométrio é denominado decíduo (e placenta deciduada).
Áreas de decídua do endométrio de primatas e roedores:
-Decídua basal: Parte da decídua abaixo do concepto;
-Decídua capsular: Recobre o concepto;
-Decídua parietal: Parte restante da decídua
Cotilédones: Estruturas presentes nas placentas dos mamíferos, que contêm uma ou mais vilosidades no seu interior. Caso os cotilédones fiquem no útero após o parto, há o risco de infecção.
Carúnculas: Projeções definidas na superfície do endométrio. Possuem glânculas, podem ser côncavas ou convexas.
Placenta em primatas e roedores:
-Classificada como deciduada.
Componentes da placenta:
-Parte materna da placenta: Decídua basal
-Parte fetal da placenta: Córion viloso ou frondoso
Anexos embrionários:
1)Âmnio e líquido amniótico
-Reveste a vesícula amniótica;
-Absorve impactos e permite movimentos fetais
Patologias relacionadas a altrações no volume do líquido amniótico:
Polihidrâmnio: Volume excessivo de líquido amniótico.
Oligohidrâmnio: Escassez de líquido amniótico.
2)Cordão umbilical
Nos potros o cordão umbilical é composto por uma veia, duas artérias umbilicais e pelo úraco.
3)Saco vitelino
O mesoderma associado ao saco vitelino dá origem a vasos sanguíneos. O endoderma origina o intestino primitivo. O endoderma origina células germinativas
que originarão os gametas.
4)Alantóide
É um divertículo do saco vitelino que cresce em direção ao pedículo do embrião. Em ruminantes e suínos assume forma de “T”.
-Participa da estrutura da placenta;
-Origina o úraco (cordão fibroso) que vai da vesícula urinária à região umbilical que dará origem ao ligamento umbilical mediano.