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DIREITO PREVIDÊNCIÁRIO 1º bim

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DIREITO PREVIDÊNCIÁRIO
- Seguridade Social – art. 194, CF
Integra a saúde, previdência e assistência social. A previdência se divide em: regime geral de previdência e em regimes próprias de previdência. 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - eqüidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.  
PRINCÍPIOS 
a) Solidariedade – art. 3º CF
A idéia/preocupação da previdência é a “proteção da coletividade como um todo”. Há uma solidariedade, uma relação entre as gerações, quem trabalha hoje “paga’ a aposentadoria da geração anterior, e a próxima pagará o de hoje.
Principal princípio por ser criado para proteção da coletividade. Atualmente a entrada no mercado de trabalho tem sido tardio, o que pode interferir nessa relação.
	
b) Universalidade da cobertura e atendimento – art. 194, § único, I, CF
A universalidade se traduz na tentativa do legislador de cobrir todos os riscos sociais possíveis, quais sejam doença, morte e prisão, bem como o atendimento a todas às pessoas.
A CF prevê que a seguridade social, que é composta pelo atendimento de saúde (SUS), a previdência social e a assistência social, deve atender a maior número possível de demandas sociais, de riscos sociais, assim como deve tentar atender o maior número de pessoas, nacionais e estrangeiras, que necessitem do auxílio de qualquer um daqueles que compõem a seguridade social.
c) Seletividade e distributividade dos benefícios
Há uma limitação do legislador ao conceder os benefícios e pessoas beneficiadas, devido à falta e dinheiro, deste modo o legislador seleciona as hipóteses em que há mais necessidade para receber o benefício e os riscos que serão protegidos. 
O Estado utiliza como fundamento o Princípio da Reserva do Possível para selecionar os benefícios concedidos e as pessoas que poderão receber. 
Todo ano há uma atualização do teto máximo, em 2018 é o valor de R$5645,80.
d) Irredutibilidade do benefício
Valor nominal é o valor que o beneficiário recebe, o qual não pode ser reduzido, contudo a constituição determina o reajuste periódico, de modo a manter o valor real. Não há vinculação ao número de salários mínimos. 
Valor real é a atualização do nominal a cada ano. O valor nominal não muda, aposentou recebendo 4 mil reais, o valor nominal sempre será 4 mil, mais o real será atualizado todo ano.
Ex.: 2017 - Valor nominal R$4000,00 e valor real R$4000,00. Em 2018 – Valor nominal R$4000,00 e o valor real é o valor do ano anterior atualizado.
Ex.: Aposentou recebendo 4 mil reais o que equivalia a 08 salários mínimos. Hoje 4 mil reais equivale a 4 salários mínimos. Reduziu a quantidade de salários mínimos, mas o valor nominal continua o mesmo, após o reajuste o valor real será 5 mil reais.
Além de não poderem ser reduzidos, mesmo em situações de grave crise econômica (valor nominal), deve ser garantido aos benefícios o reajustamento periódico, para se manter o poder de compra (valor real).
e) Equidade na forma de participação ao custeio
Na idéia de uma distribuição equilibrada, as alíquotas cobradas são diferentes para alguns setores de empresas e pessoa, visto que algumas atividades geram mais riscos que outras.
Quanto maior o valor do salário, maior o valor da alíquota.
f) Diversidade na base de financiamento (art. 195, CF)
São diversas as formas de recolhimento dos valores que financiam a previdência: pelo governo, empresas e empregadores. Quando falta dinheiro o governo tem que injetar.
Obs: presunção absoluta de pagamento das contribuições devidas em virtude do vínculo de emprego: Presume-se sempre que os valores devidos pelo empregado à previdência social estão sendo pagos, na medida em que cabe ao empregador descontar a repassar tais valores ao INSS. Mesmo que não haja o pagamento pelo empregador ou mesmo o desconto no salário do empregado, presume-se, sem possibilidade de discussão, na medida em que é absoluta, que o pagamento foi feito e que os benefícios previdenciários são devidos ao segurado.
SEGURADOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 
O segurado da Previdência Social é toda pessoa física que exerce atividade (urbana ou rural) remunerada, efetiva ou eventual, com ou sem vínculo empregatício, bem como aquele que a lei define como tal (observadas exceções legais), ou que exerceu atividade remunerada no período imediatamente anterior ao chamado "período de graça".
Há basicamente dois pressupostos básicos para alguém ter a condição de segurado do Regime Geral de Previdência Social - RGPS:
a) Ser pessoa física, pois é inconcebível a existência de segurado pessoa jurídica;
b) Exercer uma atividade laborativa, remunerada e lícita, pois o exercício de atividade com objeto ilícito não encontra amparo na ordem jurídica.
Os segurados do RGPS são classificados em: Segurados Obrigatórios; e Segurados Facultativos.
Segurados Obrigatórios
São aqueles que exercem atividade econômica e tem pelo menos 16 anos.
Empregado (art. 12 lei 8213/91)
São enquadrados como empregados, as seguintes pessoas físicas: aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação (jurídica) e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado.
Diretor Empregado: conforme a legislação previdenciária o diretor empregado é aquele que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, contratado ou promovido para cargo de direção das sociedades anônimas (S/A), mantém as características inerentes à relação de emprego. Em suma, é o indivíduo promovido ou contratado como empregado para cargo de direção em S/A, a fim de comandar a empresa, mantendo inclusive a subordinação.
Súmula nº 269 do TST
O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego.
Aprendiz: pessoa maior de 14 e menor de 24 anos, ressalvado o portador de deficiência, ao qual não se aplica o limite máximo de idade, sujeito à formação técnico-profissional metódica, sob a orientação de entidade qualificada, conforme disposto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é segurado empregado.
Obs.: não é só salário que conta, a bolsa escolar, auxílio alimentação, cursos profissionalizantes, entre outros.
Empregado temporário: aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário (ETT), por prazo não superior a 03 meses, prorrogável, presta serviço para atender à necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de outras empresas, na forma da legislação própria, é enquadrado como segurado Empregado.
Comissionado: o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo e em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, é considerado empregado.
Aposentado que continua trabalhando: Se o aposentado voltar a exercer atividade abrangida pelo RGPS, será segurado obrigatório em relação a essa atividade, e, por isso, pagará a contribuição previdenciária respectiva, nos termos do PCSS (§ 3º do art. 11 do PBPS).
Brasileiro que trabalha no exterior para empresa brasileira:O brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País, será considerado empregado.
Ocupantes de mandato eletivo: também considera empregado o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social (RPPS)
Reconhecimento de vínculo pela receita federal.
Empregado doméstico – lei 150/15. 
O empregado doméstico é “aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos” (art. 11, II, Lei n. 8.213/91). O correto enquadramento previdenciário impõe a presença de todos os elementos do conceito: a relação jurídica trabalhista tem como empregador uma pessoa física, que dá emprego ao segurado no âmbito de sua residência, para prestar-lhe e à sua família serviços de natureza contínua.
Contribuintes individuais
Os contribuintes individuais estão enumerados no art. 11, V, do PBPS, e art. 12, V, do PCSS. Essa classe de segurados não tem vínculo de natureza trabalhista, como empregados, com outras pessoas físicas ou jurídicas.
A classificação de segurado como Contribuinte Individual nasceu em 1999, quando o governo federal unificou as seguintes classes de segurados: Trabalhador Autônomo e Empresário. O Contribuinte Individual tem como característica a prestação de serviço em caráter eventual a várias empresas, SEM relação de emprego. Também é característica marcante o exercício de atividade econômica por conta própria.
 É o que no senso comum se denomina “trabalhador autônomo”, “por conta própria”.
Titular de firma individual: Esse enquadramento classifica o titular de firma individual, ou empresário (conforme a Lei n.º 10.406/2002 - Código Civil) como Contribuinte Individual, independentemente de ser a atividade urbana ou rural. Como exemplo, temos uma empresa de projetos de engenharia civil, cujo proprietário e consultor é engenheiro civil. Ele é empresário individual e contribuirá para a Previdência Social na qualidade de Contribuinte Individual.
Diretor não empregado – súm 269: O diretor empregado, como já foi visto, é enquadrado como Empregado. O diretor não empregado, por sua vez, é enquadrado como Contribuinte Individual. E o que vem a ser o diretor não empregado? É aquele que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja eleito, por assembléia geral dos acionistas, para cargo de direção das sociedades anônimas (S/A), não mantendo as características inerentes à relação de emprego. Nesse caso, não existe o vínculo empregatício!
Sócio que recebe remuneração: o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho e o administrador não empregado na sociedade por cotas de responsabilidade limitada urbana ou rural se enquadram como contribuinte individual.
Sindico que recebe remuneração: Quanto ao síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção do condomínio, só serão enquadrados como contribuinte individual se receberem remuneração. A isenção da taxa de condomínio, a partir de 06.03.1997 (publicação do Decreto n. 2.172/97, antigo RGP), equivale à remuneração, razão pela qual, também nesse caso, o síndico está enquadrado como contribuinte individual (IN 45/2010). O sindico que não recebe remuneração é segurado facultativo. 
Autônomo: pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não.
MEI: se enquadram como contribuintes individuais o Micro Empreendedor Individual — MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar n. 123, de 14.12.2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais.
Trabalhador avulso
Trabalhador Avulso é aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do Órgão Gestor de Mão de Obra (no caso de atividades portuárias), nos termos da Lei n.º 12.815/2013 (Nova Lei dos Portos), ou do Sindicato da Categoria (no caso de atividades não portuárias).
Segurado Especial 
Respeitando as peculiaridades de alguns trabalhadores, o art. 195, § 8º, prevê contribuição para a Seguridade Social em regime diferenciado para “o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes”, que incidirá “mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização de sua produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei”.
Pequeno produtor rural: é o produtor rural, proprietário ou não da propriedade rural, que desenvolve atividades agrícolas, pastoris ou hortifrutigranjeiras.
Trabalhador em economia familiar.
Pescador: é o que faz da pesca seu principal meio de vida ou sua profissão, exercendo-a de maneira individual ou em regime de economia familiar, dentro das limitações e imposições previstas na legislação previdenciária
Segurados Facultativo
O segurado facultativo, por definição, é a pessoa maior de 16 anos que não possui renda própria, mas deseja contribuir para o RGPS com intuito de usufruir dos benefícios previdenciários. Dentre o rol facultativo do art. 11 do RPS, são segurados facultativos:
Dono de casa;
Sindico sem remuneração;
Estudante/estagiário;
 Preso.
DEPENDENTES PREVIDENCIÁRIOS – art. 16 lei 8213/91
A legislação previdenciária define que existem dois tipos de beneficiários do RGPS (Regime Geral da Previdência Social): as pessoas físicas classificadas como Segurados e como Dependentes. 
Conforme dispõe a Lei n.º 8.213/1991, existem três classes de beneficiários do RGPS na condição de dependentes do segurado, a saber: 
1.ª classe: O cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. 
- Nesta classe há presunção absoluta da dependência.
- Pagamento de pensão ao ex-companheiro desde que já recebesse pensão por conta do divórcio.
- Maioridade previdenciária 21 anos.
- Emancipação não é mais dependente.
A maioria previdenciária é atingida aos 21 anos, quando cessa o benefício previdenciário recebido em virtude da menoridade, com a pensar por morte. Mesmo que o filho esteja estudando, o entendimento majoritário é que se mantém tal idade, pois não há na lei nenhuma situação excepcional.
 2.ª classe: Os pais.
- Deve ser comprovada a dependência. 
3.ª classe: O irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. 
- Deve provar a dependência.
Auxílio reclusão e Pensão por morte: 
A relação jurídica entre os dependentes e a Previdência Social (INSS) só se forma quando o segurado já não tem direito a nenhuma cobertura previdenciária. Só entram em cena os dependentes quando sai de cena o segurado. E isso acontece apenas em 02 situações: na morte ou no recolhimento à prisão. 
Ocorrendo um desses eventos, a proteção social previdenciária é dada aos que dependiam economicamente do segurado e que, com sua morte ou prisão, se vêm desprovidos de seu sustento. Somente esses 02 eventos — morte e recolhimento à prisão — são contingências com proteção previdenciária garantida na CF (art. 201, V), mediante concessão de pensão por morte e auxílio-reclusão.
RELAÇÃO ENTRE AS CLASSES
Ordem para estabelecimento de benefícios – art.16.
Divisão igualitária de valores.
Extinção de dependente da mesma classe encerra os benefícios.
O valor do benefício previdenciário será dividido em proporções iguais entre os dependentes da mesma classe. No exemplo, com esposa e três filhos,cada um receberá 25% (1/4) da pensão por morte. Havendo a morte de um dos dependentes ou o atingimento da maioria na hipótese dos filhos, haverá a redistribuição da quantia em relação aos dependentes que permanecerem.
Se tiver 02 filhos menores, pais e irmãos dependentes, como possui pessoas da 1ª classe, só eles vão receber, ou seja, os 02 filhos até completarem 21 anos cada iram receber 50% do valor. Quando o primeiro filho completar 21 anos, o segundo passará a receber 100% até completar 21 anos. Quando o segundo filho completar 21 anos encerra o benefício para todas as pessoas.
PERÍODO DE GRAÇA (art. 15 da lei 8213/91)
Período em que a pessoa não esta contribuindo, mas esta protegida pela previdência (não conta como tempo de contribuição ou carência).
O período de graça é o tempo em que o segurado pode ficar sem realizar o pagamento das contribuições previdenciárias, sem perder aquela qualidade, ou seja, mantendo-se filiado ao sistema previdenciário e com todos os direitos, todos os benefícios garantidos. A depender da situação, o período de graça pode não possuir tempo máximo, como no recebimento de benefício previdenciário, assim como pode ser um limite estabelecido em lei, como 12, 24 ou 36 meses.
Regra Geral: quem está no goza do benefício não tem limite de prazo;
- 12 meses após a cessação do benefício por incapacidade;
- 12 meses após a cessação das contribuições;
- 24 meses se tiver mais de 120 contribuições;
- 36 meses quando desempregado se tiver mais de 120 contribuições (é necessário prova do desemprego);
- 6 meses segurado facultativo;
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício; (regra geral)
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória;
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar;
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social.
§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos
CARÊNCIA (art. 24 da lei 8213/91)
Número de contribuições e tempo de contribuição. Ex entre 31/11/2017 e 01/12/2017.
- Contagem a partir da primeira contribuição em dia;
- Contribuições sobre o 13° salário.
- Carências:
-- Auxílio doença (comum) e aposentadoria por invalides – 12 contribuições. Quando o acidente for por qualquer natureza, doença e acidente de trabalho não precisa de carência.
-- Salário maternidade, contribuição individual, especial, facultativo, é necessário 10 contribuições. Empregado doméstico e avulso não há carência.
Obs.: antecipação do parto 
- Aposentadorias : 180 contribuições
- Pensão por morte e auxílio reclusão não há carência.
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições mensais.  
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do art. 11 e o art. 13: dez contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei.        
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.          
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente; 
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei;
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional.
VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.  
Art. 27.  Para cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições
I - referentes ao período a partir da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), no caso dos segurados empregados, inclusive os domésticos, e dos trabalhadores avulsos;
II - realizadas a contar da data de efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, no caso dos segurados contribuinte individual, especial e facultativo, referidos, respectivamente, nos incisos V e VII do art. 11 e no art. 13. 
 
Art. 27-A.  No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a concessão dos benefícios de que trata esta Lei, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com metade dos períodos previstos nos incisos I e III do caput do art. 25 desta Lei.  
SALÁRIO DE CONTRIBUILÇÃO
Salário de contribuição é o valor que serve de base de incidência das alíquotas das contribuições previdenciárias, fração numérica com a qual, aplicando-se a alíquota, se obtém o montante da contribuição a ser recolhida para a Previdência Social.
O salário de contribuição possui o seu valor mínimo como “um salário mínimo”, sendo que o máximo para 2018 é de R$5.645,80. Os percentuais são de 8%, 9% e 11%, a depender da faixa salarial do empregado, alcançando o valor máximo mensal de aproximadamente R$621,00.
- Valores: mínimo será o valor do salário mínimo e o valor máximo será ao empregado R$5645,80 (2018) e ao empregador o valor integral.
- Porcentagem de contribuição
Empregado: 8%, 9%, 11% do teto
Empregador 20% do salário.

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