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PARTE 3 LIMITE 3.1 Noc¸a˜o de Limite Nosso objetivo, neste cap´ıtulo, e´ compreender o conceito de limite. Para isto, considere as func¸o˜es abaixo. f1(x) = x 2 − x− 2 f2(x) = x 3 − 2x2 − x+ 2 x− 1 f3(x) = { x2 − x− 2, x 6= 1 2, x = 1 f4(x) = −|x2 − x− 2| Nossa intenc¸a˜o e´ tentar identificar alguma tendeˆncia dos valores das quatro func¸o˜es an- teriores quando as avaliamos em pontos do domı´nio cada vez mais pro´ximos de x = 1, sem contudo, chegar a x = 1. Para isto, montamos duas tabela, onde, do lado esquerdo, colocamos os pontos do domı´nio e, do lado direito, colocamos a imagem destes pontos para as func¸o˜es f1, f2, f3 e f4. Na primeira tabela, escolhemos valores de x que se aproximam de x = 1 por valores menores do que 1 e, na segunda, escolhemos valores de x que se aproximam de x = 1 por valores maiores do que 1. x f1(x) f2(x) f3(x) f4(x) 0.5 −2.25000000 −2.25000000 −2.25000000 −2.25000000 0.9 −2.09000000 −2.09000000 −2.09000000 −2.09000000 0.99 −2.00990000 −2.00990000 −2.00990000 −2.00990000 0.999 −2.00099900 −2.00099900 −2.00099900 −2.00099900 0.9999 −2.00009999 −2.00009999 −2.00009999 −2.00009999 x f1(x) f2(x) f3(x) f4(x) 1.5 −1.25000000 −1.25000000 −1.25000000 −1.25000000 1.1 −1.89000000 −1.89000000 −1.89000000 −1.89000000 1.01 −1.98990000 −1.98990000 −1.98990000 −1.98990000 1.001 −1.99899900 −1.99899900 −1.99899900 −1.99899900 1.0001 −1.99989999 −1.99989999 −1.99989999 −1.99989999 35 Ca´lculo 1A - Notas de Aula (em construc¸a˜o) - Prof a Denise 2015-1 36 Observe que, apesar das quatro func¸o˜es anteriores serem diferentes entre si, ao avaliar- mos os valores das func¸o˜es para pontos do domı´nio cada vez mais pro´ximos de x = 1, excetuando no pro´prio ponto x = 1, elas possuem valores iguais de imagens para os pontos selecionados. Isto acontece, pois as treˆs primeiras func¸o˜es so´ diferem no que diz respeito ao ponto x = 1 e, apesar da func¸a˜o f4 ser diferentes das outras treˆs func¸o˜es em mais pontos do domı´nio ale´m do pro´prio ponto x = 1, existe um intervalo aberto contendo o ponto x = 1, onde a func¸a˜o f4 e´ igual as quatro outras func¸o˜es para valores de x pertencentes a este intervalo. Mais precisamente, f1(x) = f2(x) = f3(x) = f4(x), ∀ x ∈ (0, 2). Lembrando que estamos interessados em tentar identificar algum comportamento es- pecial das func¸o˜es quando as avaliamos em pontos do domı´nio pro´ximos de x = 1, observando as tabelas anteriores, verificamos que, quando x se aproxima de x = 1, tanto por valores maiores do que 1 como por valores menores, parece que os valores de f1(x), f2(x), f3(x) e de f4(x) se aproximam de -2. Isto e´ de fato verdade. Inclusive, se fizermos o esboc¸o do gra´fico destas func¸o˜es, e´ fa´cil identificar este comportamento que todas as quatro func¸o˜es apresentam. Matematica- mente, para dizermos que os valores de f1(x), f2(x), f3(x) e de f4(x) se aproximam de −2 quando os valores de x va˜o ficando cada vez mais pro´ximos de x = 1 (lembrando que na˜o verificamos o que acontece quando x = 1), escrevemos como a seguir. lim x→1 x2 − x− 2 = −2 lim x→1 x3 − 2x2 − x+ 2 x− 1 = −2 lim x→0 f3(x) = −2 lim x→0 −|x2 − x− 2| = −2 Lemos lim x→x0 f(x) = L como “o limite de f(x) quando x tende a x0 e´ igual a L ”. A grosso modo, queremos dizer que os valores de f(x) va˜o ficando cada vez mais pro´ximos de L, a medida que x vai se aproximando de x0, sem contudo se igualar a x0. De fato, observe que em nenhuma tabela acima calculamos o valor de f(x0). Inclusive, x = 1 na˜o pertence ao domı´nio da func¸a˜o f2(x) = x3 − 2x2 − x+ 2 x− 1 . Vamos abaixo definir limite desta forma mais intuitiva, antes de defini-lo formalmente. DEFINIC¸A˜O 3.1.1: Escrevemos lim x→x0 f(x) = L e lemos “o limite de f(x), quando x tende a x0, e´ igual a L”, se pudermos ter os valores de f(x) arbitrariamente pro´ximos de L, bastando para isto tomar valores de x suficientemente pro´ximos de x0 (maiores e menores do que x0 mas, diferente de x0). Ca´lculo 1A - Notas de Aula (em construc¸a˜o) - Prof a Denise 2015-1 37 Exemplo 3.1.1: Esboce o gra´fico das func¸o˜es abaixo e use os mesmos para determinar os limites pedidos. a) g1(x) = x 2 − 5x+ 6, lim x→1 g1(x) b) g2(x) = x− 1, lim x→3 g2(x) c) g3(x) = x2 − 4x+ 3 x− 3 , limx→3 g3(x) d) g4(x) = { x− 1, x 6= 3 5, x = 3 , lim x→3 g4(x) 3.2 Noc¸o˜es de Limites Laterais Exemplo 3.2.1: Esboce o gra´fico da func¸a˜o h(x) = |x2 − 4x+ 3| x− 3 e verifique que quando x toma valores pro´ximos de 3, os valores de h(x) na˜o se aproximam de nenhum valor espec´ıfico. Com a verificac¸a˜o, no exemplo acima, de que quando x toma valores pro´ximos de 3, os valores de h(x) na˜o se aproximam de nenhum valor espec´ıfico, estamos concluindo que na˜o existe limite de h quando x tende a 3. Quando queremos dizer que uma func¸a˜o f na˜o possui limite quando x tende a x0, e´ usual escrevermos lim x→x0 f(x) = 6 ∃. Embora a func¸a˜o do Exemplo 3.2.1 na˜o possua limite quando x tende a 3, ela possui um comportamento interessante quando x tende a 3. De fato, quando tomamos valores de x pro´ximos de 3, mas maiores do que 3, h(x) se aproxima de 2, enquanto que, quando tomamos valores de x pro´ximos de 3, mas menores do que 3, h(x) se aproxima de −2. Esta situac¸a˜o descrita aqui, onde os valores de f(x) tendem a L1, quando x se aproxima de x0, mas por valores apenas maiores do que x0 reflete a existeˆncia do que chamamos de limite lateral a` direita. Da mesma forma, quando os os valores de f(x) tendem a L2, quando x se aproxima de x0, mas por valores apenas menores do que x0 estamos diante da existeˆncia do que chamamos de limite lateral a` esquerda. Matematicamente, estas afirmac¸o˜es sa˜o escritas como lim x→x+0 f(x) = L1 e lim x→x−0 f(x) = L2. Os limites laterais escritos acima sa˜o lidos, respectivamente, da seguinte forma: “o limite de f(x), quando x tende a x0 pela direita, ou por valores maiores do que x0, e´ igual a L1”e “o limite de f(x), quando x tende a x0 pela esquerda, ou por valores menores do que x0, e´ igual a L2”. No caso da func¸a˜o h do Exemplo 3.2.1, temos que lim x→x0 h(x) = 6 ∃, mas lim x→x+0 f(x) = 2 e lim x→x−0 f(x) = −2. A grosso modo, queremos dizer que os valores de f(x) va˜o ficando cada vez mais pro´ximos de L1 a medida que x vai se aproximando de x0 apenas por valores apenas Ca´lculo 1A - Notas de Aula (em construc¸a˜o) - Prof a Denise 2015-1 38 maiores do que x0 e os valores de f(x) va˜o ficando cada vez mais pro´ximos de L2 a medida que x vai se aproximando de x0 apenas por valores apenas menores do que x0. Vamos tambe´m definir limites laterais desta forma mais intuitiva, antes de defini-los formalmente. DEFINIC¸A˜O 3.2.1: Escrevemos lim x→x+0 f(x) = L e lemos “o limite de f(x), quando x tende a x0 pela direita, ou por valores maiores do que x0, e´ igual a L, ”se pudermos ter os valores de f(x) arbitrariamente pro´ximos de L, bastando para isto tomar valores de x suficientemente pro´ximos de x0, com x maior do que x0. DEFINIC¸A˜O 3.2.2: Escrevemos lim x→x−0 f(x) = L e lemos “o limite de f(x), quando x tende a x0 pela esquerda, ou por valoresmenores do que x0, e´ igual a L, ”se pudermos ter os valores de f(x) arbitrariamente pro´ximos de L, bastando para isto tomar valores de x suficientemente pro´ximos de x0, com x menor do que x). Uma vez entendido os conceitos de limite e de limites laterais de uma func¸a˜o, vamos defini-los formalmente. 3.3 Definic¸o˜es Formais de Limite e de Limites Late- rais DEFINIC¸A˜O 3.3.1: Seja f uma func¸a˜o definida em um intervalo aberto contendo o ponto x0 (exceto possivelmente o pro´prio ponto x = x0) e seja L ∈ R. Dizemos que lim x→x0 f(x) = L se dado ε > 0, existe δ > 0, tal que 0 < |x− x0| < δ =⇒ |f(x)− L| < ε. DEFINIC¸A˜O 3.3.2: Seja f uma func¸a˜o definida em um intervalo daforma (x0, c) e seja L ∈ R. Dizemos que lim x→x+0 f(x) = L Ca´lculo 1A - Notas de Aula (em construc¸a˜o) - Prof a Denise 2015-1 39 se dado ε > 0, existe δ > 0, tal que x0 < x < x0 + δ =⇒ |f(x)− L| < ε. DEFINIC¸A˜O 3.3.3: Seja f uma func¸a˜o definida em um intervalo da forma (c, x0) e seja L ∈ R. Dizemos que lim x→x−0 f(x) = L se dado ε > 0, existe δ > 0, tal que x0 − δ < x < x0 =⇒ |f(x)− L| < ε. Agora que ja´ sabemos o que e´ limite, veremos na pro´xima sec¸a˜o algumas de suas pro- priedades. 3.4 Propriedades de Limite TEOREMA 3.4.1: O limite, quando existe, e´ u´nico. Isto e´ se limx→x0 f(x) = L1 e limx→x0 f(x) = L2, enta˜o L1 = L2. TEOREMA 3.4.2: Seja f uma func¸a˜o definida em um intervalo aberto contendo x0 (exceto possivelmente no pro´prio ponto x0). Enta˜o lim x→x0 f(x) = L⇔ lim x→x0 f(x)− L = 0. O Teorema 3.4.2 informa que se uma func¸a˜o f possui limite L quando x tende a x0, enta˜o a func¸a˜o g = f − L possui limite 0 quando x tende a x0. Pensando em termos gra´ficos, como o gra´fico de g e´ o gra´fico de f transladado de L unidade para cima ou para baixo, dependendo do sinal de L, temos que L− L e´ o limite para a func¸a˜o g. TEOREMA 3.4.3: Seja f uma func¸a˜o definida em um intervalo aberto contendo x0 (exceto possivelmente no pro´prio ponto x0). Enta˜o lim x→x0 f(x) = L⇔ lim x¯→0 f(x¯+ x0) = L. O teorema acima informa que para se calcular o limite { lim x→x0 f(x)}, caso seja u´til, e´ va´lido fazer uma mudanc¸a de varia´veis da forma x¯ = x − x0. Neste caso, observa- mos que quando x→ x0, temos que x¯ = x−x0 → 0 e que o valor do limite na˜o se altera. Ca´lculo 1A - Notas de Aula (em construc¸a˜o) - Prof a Denise 2015-1 40 Uma outra forma ainda de entender o Teorema 3.4.3 e´ pensar que ele informa que se uma func¸a˜o f possui limite L quando x tende a x0, enta˜o a func¸a˜o g, definida como g(x) = f(x−x0) tambe´m possui limite L, mas agora quando x tende a 0. Pensando em termos gra´ficos, como o gra´fico de g e´ o gra´fico de f transladado de x0 unidade para esquerda ou para direita, dependendo do sinal de x0, temos que o que acontece, para a func¸a˜o f , para pontos pro´ximos a x0 (os valores de f(x) tendem a L), vai acontecer para a func¸a˜o g, so´ que agora para pontos pro´ximos a 0. Exemplo 3.4.1: Sabendo que lim y→0 sen y y = 1, calcule lim x→3 sen (x− 3) x− 3 = 1. TEOREMA 3.4.4: Seja f uma func¸a˜o definida em um intervalo aberto contendo x0 (exceto possivelmente no pro´prio ponto x0). Enta˜o lim x→x0 f(x) = 0⇔ lim x→x0 |f(x)| = 0. Observac¸a˜o 3.4.1: Note que e´ fundamental no Teorema 3.4.4 que o valor do limite seja 0, pois caso contra´rio, e´ poss´ıvel ter limx→x0 |f(x)| = L 6= 0, sem que sequer exista limx→x0 f(x). Por exemplo, para a func¸a˜o f(x) = { −1, se x < 0 1, se x ≥ 0 , temos que limx→0 |f(x)| = 1 6= 0, enquanto que na˜o existe limx→0 f(x). TEOREMA 3.4.5: Se limx→x0 f(x) = L e existe δ > 0 tal que h(x) = f(x) para todo x ∈ (x0 − δ, x0) ∪ (x0, a+ δ), enta˜o existe limx→x0 h(x) e lim x→x0 h(x) = lim x→x0 f(x) = L. O Teorema 3.4.5 informa que, se existe um intervalo aberto contendo o ponto x0, ex- cetuando possivelmente o pro´prio ponto x0, onde duas func¸o˜es sa˜o iguais, caso uma delas tenha limite, enta˜o a outra tambe´m tera´ limite e eles sera˜o iguais. Casos deste tipo aconteceram com as func¸o˜es f1, f2, f3 e f4 da sec¸a˜o anterior e com as func¸o˜es g2, g3 e g4 do Exemplo 3.1.1 (b), (c) e (d). TEOREMA 3.4.6: (Teorema do Confronto ou do Sandu´ıche) Se existe δ > 0 tal que g(x) ≤ f(x) ≤ h(x) para todo x ∈ (x0 − δ, x0) ∪ (x0, x0 + δ), e limx→x0 g(x) = limx→x0 h(x) = L, enta˜o existe limx→x0 f(x) e lim x→x0 f(x) = L. Ca´lculo 1A - Notas de Aula (em construc¸a˜o) - Prof a Denise 2015-1 41 O Teorema 3.4.6 informa que se existe se existe um intervalo aberto contendo o ponto x0, excetuando possivelmente o pro´prio ponto x0, onde uma func¸a˜o f e´ menor ou igual a` func¸a˜o h e maior ou igual a` func¸a˜o g, enta˜o, existindo o limite das func¸o˜es que esta˜o “ensanduichando”a func¸a˜o f e sendo estes limites iguais, como a func¸a˜o f esta´ ”apri- sionada”pelas outras duas func¸o˜es, ela sera´ forc¸ada a ter o mesmo limite das func¸o˜es que a “ensanduicham”. Exemplo 3.4.2: Utilize o gra´fico das func¸o˜es g(x) = −|x| e h(x) = |x| para verificar que limx→0 |x| = 0 e limx→0−|x| = 0. Agora utilize estes limites e o Teorema do Con- fronto para mostrar que lim x→0 x sen ( 1 x ) = 0. TEOREMA 3.4.7: (Teorema do Anulamento) Se limx→x0 f(x) = 0 e se existem M > 0 e δ > 0 tal que |g(x)| ≤M para todo x ∈ (x0− δ, x0)∪ (x0, x0+ δ), enta˜o existe limx→x0 f(x)g(x) e lim x→x0 f(x)g(x) = 0. O Teorema do Anulamento afirma que o limite do produto de duas func¸o˜es, onde uma delas vai a zero e a outra e´ limitada numa vizinhanc¸a do ponto x0, e´ zero. Observe que, caso a func¸a˜o g seja limitada na˜o apenas em um intervalo aberto contendo x0, mas em todo o seu domı´nio, trivialmente vale o Teorema do Anulamento. E´ essencial que a func¸a˜o que na˜o tende a zero seja limitada (em todo o seu domı´nio ou apenas em um intervalo aberto contendo x0) para que possamos aplicar o Teorema do Anulamento. Exemplo 3.4.3: Calcule os limites abaixo. a) lim x→0 x sen ( 1 x ) b) lim x→0 x ( 1 x ) TEOREMA 3.4.8: lim x→x0 c = c, para todo x0 ∈ R e c ∈ R. TEOREMA 3.4.9: lim x→x0 mx = mx0, para todo x0 ∈ R e m ∈ R. TEOREMA 3.4.10: lim x→x0 xn = xn0 , para todo x0 ∈ R e n inteiro positivo. TEOREMA 3.4.11: lim x→x0 n √ x = n √ x0, para todo x0 ∈ R se n e´ inteiro positivo ı´mpar e para todo x0 > 0 se n e´ inteiro positivo par. Ale´m disso, lim x→0+ n √ x = 0, se n e´ inteiro positivo par. TEOREMA 3.4.12: Se limx→x0 f(x) e limx→x0 g(x) existem, enta˜o Ca´lculo 1A - Notas de Aula (em construc¸a˜o) - Prof a Denise 2015-1 42 a) lim x→x0 (f + g)(x) = lim x→x0 f(x) + lim x→x0 g(x); b) lim x→x0 (kf)(x) = k lim x→x0 f(x), onde k ∈ R; c) lim x→x0 (fg)(x) = lim x→x0 f(x) lim x→x0 g(x); d) lim x→x0 ( f g ) (x) = lim x→x0 f(x) lim x→x0 g(x) se lim x→x0 g(x) 6= 0. Exemplo 3.4.4: Gustavo resolveu a questa˜o de limite da prova lim x→0 x sen ( 1 x ) da forma abaixo. Ele acertou ou errou? Por queˆ? Se errou, onde esta´ o erro? Se acertou, quais teoremas utilizou? lim x→0 x sen ( 1 x ) = lim x→0 x. lim x→0 sen ( 1 x ) = 0. lim x→0 sen ( 1 x ) = 0. TEOREMA 3.4.13: Seja f uma func¸a˜o polinomial, enta˜o lim x→x0 f(x) = f(x0), para todo x0 ∈ R. TEOREMA 3.4.14: Seja f = p q uma func¸a˜o racional, enta˜o lim x→x0 f(x) = f(x0), para todo x0 ∈ Dom(f), isto e´ para todo x0 tal que q(x0) 6= 0. TEOREMA 3.4.15: Se lim x→x0 f(x) existe, enta˜o lim x→x0 (f(x))n = ( lim x→x0 f(x) )n para todo n e´ um inteiro positivo. TEOREMA 3.4.16: Se lim x→x0 f(x) existe, enta˜o lim x→x0 n √ f(x) = n √ lim x→x0 f(x) para todo n inteiro positivo ı´mpar e se lim x→x0 f(x) > 0, para todo n inteiro positivo par tambe´m. TEOREMA 3.4.17: lim x→x0 f(x) existe, enta˜o lim x→x0 |f(x)| = ∣∣∣∣ limx→x0 f(x) ∣∣∣∣. TEOREMA 3.4.18: lim x→x0 f(x) = L se e somente se lim x→x+0 f(x) = L = lim x→x−0 f(x). Exemplo 3.4.5: Calcule os limites abaixo, quando eles existirem. a) lim x→0 4x2 + 3x3 + 9x+ 5 b) lim x→1 x2 + x+ 1 x+ 2 Ca´lculo 1A - Notas de Aula (em construc¸a˜o) - Prof a Denise 2015-1 43 c) lim x→1 x2 + x− 2 x+ 2 d) lim x→5 3 √ 3x2 − 4x+ 9 e) lim x→8 x1/3 + 3 √ x 4− 16 x f) lim x→1 x3 − 2x2 − x+ 2 x− 1 g) lim x→0 √ x+ 3−√3 x h) lim x→9 x− 9√ x− 3 i) lim x→0 (1 + x)3 − 1 x j) lim x→2 (x2 − 5x+ 6) cos( 1 x− 2 ) Sugesta˜o: Para resolver alguns dos exemplos acima, lembre-se das seguintes igualda- des: (a− b)(a+ b) = a2 − b2 (a− b)(a2 + ab+ b2) = a3 − b3 (a+ b)(a2 − ab+ b2) = a3 + b3 Abaixo fornecemos ainda alguns teoremas interessantes sobre limites, mas que apre- sentam cara´ter menos pra´tico na soluc¸a˜o de exerc´ıcios. TEOREMA 3.4.19: Se existe limx→x0 f(x), enta˜o f e´ limitado numa vizinhanc¸a do ponto x0. Isto e´, existem M > 0 e δ > 0 tal que |f(x)| ≤ M para todo x ∈ (x0 − δ, x0) ∪ (x0, x0 + δ). TEOREMA 3.4.20: Se limx→x0 f(x) = L e limx→x0 g(x) = M , onde L < M , enta˜o existe δ > 0 tal que f(x) < g(x) para todo x ∈ (x0 − δ, x0) ∪ (x0, x0 + δ). COROLA´RIO 3.4.1: Se limx→x0 f(x) = L > 0, enta˜o existe δ > 0 tal que f(x) > 0 para todo x ∈ (x0 − δ, x0) ∪ (x0, x0 + δ).
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