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Nesta aula, entenderemos os conceitos de imunoterapia, os tipos de imunizações, o mecanismo de vacinação, as diferentes composições e aplicações das vacinas, imunoprofilaxia e imunodiagnóstico e suas aplicações. Introdução A Imunoterapia consiste no emprego de uma terapia que promove a imunização, ou seja, a capacidade de promover uma manipulação terapêutica das células e moléculas do sistema imune, a fim de estimulá-lo. Esse mecanismo tem sido aplicado, principalmente, em indivíduos imunodeprimidos, levando a um aumento de sua função imunológica, assim como em indivíduos com doenças autoimunes, nas inflamações, nas alergias, na neutralização de toxinas, no tratamento do câncer e no combate a determinadas infecções com citocinas. Dessa forma, a Imunoterapia é classificada como ativa ou passiva, de acordo com as substâncias utilizadas e seus mecanismos de ação. Imunoterapia Ativa Substâncias estimulantes e restauradoras da função imunológica (imunoterapia inespecífica) e as vacinas (imunoterapia específica) são administradas com a finalidade de intensificar a resposta imunológica, tornando a imunidade mais duradora. A imunoterapia ativa mais empregada é a vacina. Imunoterapia Passiva Anticorpos ou células mononucleares exógenas são administrados, objetivando proporcionar o aumento da capacidade imunológica do indivíduo no combate à doença. Nesse caso, a imunidade gerada é imediata contra muitos patógenos, toxinas, porém temporária, durando apenas o tempo em que os anticorpos ativos permanecerem no organismo receptor. A imunoterapia passiva mais empregada é a soroterapia. O que é o processo de vacinação? O processo de vacinação consiste no marco da Imunologia quando em 1796, Edward Jenner descobriu que a vacínia ou cowpox induzia proteção contra a varíola. Jenner propôs inocular pus das lesões de cowpox (forma mais branda e atípica de varíola) em crianças, inoculando após alguns meses o pus da varíola de indivíduos gravemente doentes na mesma criança. Repetindo este procedimento em adultos e percebendo que os indivíduos não desenvolviam a doença, essa “metodologia” de prevenção à doença levou à prática da vacinação, cuja palavra tem origem em vacca, dando origem ao nome vaccínia, que levou à palavra vacinação. Isso estabeleceu os princípios gerais da vacinação segura e efetiva, e o desenvolvimento de vacinas no início do século XX seguiu a busca de dois caminhos empíricos: Assim, a vacinação passou ser uma das principais formas de imunizar um indivíduo. Isso porque promove a erradicação de várias doenças que costumam estar associadas com mortalidade e morbidade significativas, tendo sido a erradicação global da varíola anunciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1980. Contudo, há ainda muitas doenças para quais não dispomos de vacinas efetivas, como a AIDS (ou SIDA). Para saber mais sobre vacinas efetivas bem como outras diferentes composições e aplicações de vacina, veja o pdf que preparamos para você. Imunodiagnóstico A imunização de um indivíduo é determinada pela detecção de reagentes imunes gerados em resposta de antígenos específicos. Esses reagentes imunes promovem tanto a produção de anticorpos específicos como de células T efetoras específicas. Essa detecção específica dos anticorpos circulantes é, em geral, realizada após a coleta de sangue, deixando que coagule e separando o soro do coágulo. Esse soro de um indivíduo imunizado que contém anticorpos específicos, e outras proteínas séricas solúveis, é designado antissoro. As principais características na detecção desses anticorpos são a especificidade, a quantidade, o isótipo ou a classe e a afinidade dos anticorpos produzidos. Dessa forma, como os ensaios para anticorpos foram originalmente realizados com o soro de indivíduos imunes, são em geral, chamados de ensaios sorológicos. Ensaios sorológicos Confira a seguir alguns ensaios sorológicos: REAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO Esse método quantitativo consiste em ser o pioneiro para a detecção de anticorpos. Ele tem como princípio básico a quantificação de anticorpos através de precipitados visíveis entre quantidades suficientes de anticorpo misturados com antígenos macromoleculares solúveis, constituindo, portanto, a formação de grandes agregados antígeno-anticorpo. A quantidade de precipitado depende das quantidades de antígeno e anticorpo e da proporção entre eles. Esse princípio está implicado na formação de imunocomplexos (complexos antígeno-anticorpo), que pode ocorrer eventualmente em algumas patologias, como ocorrem em doenças autoimunes, como na artrite reumatoide. Aplicação dos anticorpos na detecção de doenças Quando uma imunoglobulina é usada como antígeno para imunizar um animal de espécie diferente, ela será tratada como qualquer outra proteína estranha e provocará uma resposta de anticorpos. Anticorpos anti-imunoglobulinas podem ser produzidos para reconhecer os aminoácidos que caracterizam o isótipo do anticorpo injetado. Esses anticorpos anti-isotípicos reconhecem todas as imunoglobulinas do mesmo isótipo em todos os membros da espécie que deu origem ao anticorpo injetado. Um exemplo é a aplicação desses anticorpos anti-imunoglobulinas na detecção de patologias, como no caso da doença hemolítica do recém-nascido, ou eritroblastose fetal. Para saber mais sobre a aplicação de anticorpos na soroterapia, acesse o pdf. 1) Algumas vacinas em crianças com menos de dois anos não funcionam, especialmente contra bactérias encapsuladas, tais como Haemophilus influenzae. Dessa forma, explique como a eficácia dessa vacina é alterada de acordo com a sua composição. GABARITO Conjugação das vacinas, que consiste na combinação do microrganismo atenuado ou não com uma proteína carreadora, a fim de gerar imunidade humoral dependente de células T. 2) Que ensaio sorológico pode determinar, durante a gestação, a confirmação do vírus citomegalovírus (CMV) através da detecção de IgM e IgG? Explique o princípio básico desse ensaio sorológico. Objetivo: identificar o tipo específico de ensaio sorológico empregado e determinar seu princípio básico. GABARITO ELISA - É um imunoensaio enzimático envolvendo reação antígeno-anticorpo específico ligado a uma fase sólida, que se liga ao antígeno a ser dosado e este por sua vez se liga a outro anticorpo específico marcado com uma enzima. A reação da enzima com a fase sólida é medida através da intensidade de cor produzida (colorimétrica), que é proporcional à quantidade do antígeno presente na amostra.
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