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Fichamento - Sociedades Do Antigo Oriente Próximo

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CARDOSO, Ciro Flamarion S. Sociedades do Antigo Oriente Próximo.
CAPÍTULO 1 - PALÁCIOS, TEMPOS E ALDEIAS: O “MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO”.
 As abordagens sobre o Antigo Oriente tenderam, entre o século XVI e o século XVIII, a acompanhar uma comparação com o Regime Monárquico que se construía na Europa. As principais questões postas eram sobre a extensão e origem do poder despótico e as condições de uso da terra. De maneira geral, defendia-se um governo despótico em que a realeza detinha todos os poderes. Essa condição poderia ser estabelecida pela posso original de boas terras ou, em outra tese, o poder adquirido teria permitido o controle sobre as boas terras. Invariavelmente, essa realeza detinha a maior parte da riqueza, recebendo tributos dos súditos que usufruíam da terra. Estes se mantinham a
parte das disputas políticas em uma vida de relativa estabilidade.
 Em suas obras, Marx e Engels defenderam que a ausência de propriedade privada, responsável pela estagnação da história no Oriente, devia-se às condições climáticas de semi-aridez que forçavam a irrigação artificial pelo Estado ou pela comunidade. O modelo seria de aldeias autárquicas praticamente auto-suficientes com terras comuns, valendo as distinções de casta e a escrav idão, sendo a produção organizada em torno da agricultura e do artesanato.
 Marx trabalha ainda a separação do trabalhador em relação às suas condições de produção e a decorrente impossibilidade do trabalhador se converter em proprietário como mais uma razão para a estagnação.
Acima das comunidades locais, está a figura do déspota, proprietário do solo. Toda a parte excedente do trabalho é destinada à englobante, servindo ao comércio exterior, às obras públicas ou à remuneração de art esãos a serviço da corte. A extração dos excedentes é feita através de tributo, coação militar, mecanismos judiciais ou ideologia. 
O uso do conceito “modo de produção asiático” foi muito comum entre 1883 e 1929. A discussão se reabriu em 1957 com as publicações de Plekhanov. Este defendia que a elaboração de um Estado centralizado dependia de:
1) A reação de um grupo humano diante de um ambiente deficitário em recursos hídricos;
2) Uma economia acima do nível de subsistência;
3) Distância da influência de outros grupos de importância agrícola;
4) Nível inferior ao da cultura industrial baseada na propriedade privada.
Cumpridos esses requisitos, se estabelecido o Estado despótico, a liberdade pessoal e do grupo é cerceada.
Wittfogel ampliou o conceito, estudando o limite do Estado despótico, que passaria pelas fases de crescimento, maturidade, estagnação, epigonismo (repetição esteriotipada) e retrocesso institucional. O estudo mais aprofundado, no entanto apontou para Estados despóticos que não tiveram origem nas obras hidráulicas.
Durante a história desse conceito, surgiram outras denominações como “tributário”, “despótico-tributário” e “despótico-aldeão”, a fim de englobar sociedaes de outros espaços geográficos. 
“MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO” E “MODO DE PRODUÇÃO PALATINO”.
Para continuar o tratamento do assunto, Ciro Flamarion opta por trabalhar os exemplos específicos do Egito e da Mesopotâmia.
Por volta de 7.000 a.C, existiam na Ásia Ocidental aldeias sedentárias resultantes da revo lução neolítica. Esta forma se generalizou no Oriente Próximo. Por volta de 3.000 a.C., com a chamada “revolução urbana”, foram inseridas as primeiras cidades, o Estado, diferenciações sociais profundas. É o chamado início da civilização.
Modo de produção doméstico/aldeão: remonta à revolução neolítica, com economia de subsistência, ausência de divisão e especialização do trabalho, união agricultura-aretsanato, ausência de classes sociais e propriedade comunitária da terra.
Modo de produção palatino: resultado da “revolução urbana”, surgimento de complexos palaciais e templários como centros de organização social. Economia baseada na conc entração, transformação e redistribuição de excedentes. Uso da coação fiscal para cobrança de tributos, “corveias”, trabalhos forçados, atividades militares. Resultou na divisão e especialização do trabalho, diferenciação hierárquica da sociedade e complexificação da posse de terra.
Um modo de prodição teria se superposto ao outro, aproveitando suas estruturas.
A origem do modo de produção palatino é buscada na especialização. De alguma forma, por presença de famílias maiores, mais antigas ou mais fortes, teria ocorr ido uma diferenciação entre os trabalhadores e os administradores do trabalho, gerando uma distribuição desigual dos bens. Três estratos foram gerados:
1) maioria dedicada a atividades agropecuárias;
2) grupo minoritário de artesãos, administradores, trocadores e religiosos;
3) grupo mínimo de organizadores, sustentado pela comunidade e detentor de poder de decisão.
Com o aumento das comunidades, o poder tende a ser sacralizado como centro de justiça e as relações perdem a naturalidade original. As aldeias perdem sua autonomia e as populações tornam-se servas.
CAPÍTULO 2 – A BAIXA MESOPOTAMIA
Introdução
A Mesopotâmia é dividida em duas partes a partir do ponto em que o Tigre e o Eufrates se encontram.
- Alta Mesopotâmia: a noroeste, montanhosa e com ocupação antiga.
- Baixa Mesopotâmia: a sudeste, extremamente plana e ocupada entre 5.000 e 3.500 a.C.
O território foi ocupado inicialmente por sumérios vindos da região atual do Irã e acádios vindos do Oeste. Isso vale para a Baixa Mesopotâmia. Ao longo do tempo, outros povos migrantes como amorritas, aromeus, caldeus, gútios, elamitas e cassitas complexificaram a povoação. A organização era basicamente em cidades-Estado.
	CRONOLOGIA SUMÁRIA DA ANTIGA BA IXA MESOPOTÂMIA (ATÉ CONQUISTA MACEDÔNICA)
	
Períodos
	Fases da metalurgia
(correspondência aproximada)
	
Datas aproximadas (a.C.)
	Jemdet-Nasr (revolução urbana)
Protodinástico: época sumérica arcaica, ou pré-sargônica
Império de Akkad
Domínio dos gútios e início do renascimento sumério.
	
Época Inicial
do Bronze
	3100-2900
2900-2371
2371-2230
2230-2112
	III Dinastia de UR
Larsa e Isin
Império Paleobabilônico
	
Época Média
do Bronze
	2212-2004
2004-1792
1792-1595
	Saque da Babilônia pelos hititas e a Babilônia cassita
	Época Tardia
do Bronze
	
1595-1157
	Divisão e enfraquecimento político; migrações dos arameus e dos caldeus
Domínio assírio direto
	
Época do Ferro
	1157-731
731-626
	Império 
Domínio persa
	
Neobabilônico
	626-539
539-331
 
AS FORÇAS PRODUTIVAS
Os rios Tigre e Eufrates apresentavam cheias e baixas ao longo do ano, exigindo um trabalho de drenagem em algumas épocas e irrigação em outras. Esse trabalho exigia uma organização comunitária para manter os diques, canais, tanques e barreiras em bom funcionamento. A maior dificuldade era de drenagem, e muitas vezes, a terra perdia fertilidade devido ao acúmulode cal e aluviões. A produtividade da terra era grande, sendo calculada entre 9 e 103 grãos por semente plantada e 30 por semente a partir de 2.000a.C. Essa grande produt ividade teria permitido uma forte urbanização, com cidades de 10.000 a 50.000 habitantes, chegando a 200.000 em Ur. 
Tudo indica que a ocupação da terra tenha sido feita próxima aos rios, com canais de irrigação menores atendendo as comunidades. Apenas tardiamente, após a urbanização, os canais maiores e mais complexos teriam sido abertos.
O desenvolvimento tecnológico da região era superior ao do Egito, porém até o século XVIII a.C., predominavam técnicas rudimentares com arados e madeira e sílex, enxadas de cobre e bronze, esfolação da lã das ovelhas. A produtividade da mão de obra também era baixa, feita sem especialização técnica.
Calamidades eram comuns, ocorrendo com instabilidades na cheia dos rios ou com a guerra quando esta afetava a integridade dos canais. 
Descrição das principais atividades econômicas:
A produção mesopotâmica era baseada na agricultura intensiva de cevada, trigo e sésamo (aceite para comida e iluminação). Era feito também grande uso do pastoreio: ovelhas ofereciam lã para os tecidos, bois ofereciam carne, leite e tração para as carroças e instrumentos agrícolas. Juncos e argila eram utilizados para o artesanato e construção. A região era fortemente dependente de pedras, madeiras e metais, conseguidos através da exportação de excedentes agrícolas. Não havia moeda cunhada para as negociações antes da ocupação persa, mas utilizavam-se lingotes de metais. A navegação foi essencial para garantir esse comércio. 
Propriedades e relações de produção: interpretação das estruturas econômico-sociais
O III milênio a.C.
Durante o III milênio a sociedade mesopotâmica assumiu um cará ter nitidamente palatino. Nesse sentido, um grupo se associou ao poder e aparelho do Estado, aparecendo funcionários, chefes e sacerdotes.
Datam também desse per íodo os primeiros impostos e corveias, além da organização de forças militares.
A princípio, a política se vinculava aos templos, passando pos teriormente aos palácios. Tudo indica que aproximadamente 50% das terras pertencia ao tempo e a outra metade era do palácio, das comunidades ou constituía propriedade privada.
Havia ainda uma assembleia e um “conselho de anciãos” que dirimiam disputas e tomavam resoluções administrativas.
Os templos eram detentores de milhares de hectares de terra e empregavam até 1.200 func ionários.
Um quarto da terra era destinada ao templo, com o uso de mão de obra escrava. No restante, trabalhadores livres usufruíam pagando um sétimo ou um oitavo da colheita como tributo. Eram também mantidos comerciantes e artesãos. 
O II milênio a.C.
Esse momento apresenta um a modificação na distribuição das terras com maior importância para os palácios em detrimento dos templos. As terras comunitárias parecem também crescer em número, principalmente em regiões mais afastadas.
Nesse momento há também o desenvolvimento dos códigos de leis administrados pelo rei, com destaque para Hamurabi (1792-1750 a.C).
O comércio parece também ter se desenvolvido como atividade importante, tanto nos templos como enquanto atividade privada. Há cobrança de juros e usuras.
Há três usos da terra real:
1) administrada pelo palácio, trabalhada por lavradores, dependentes e cumpridores de corveia.
2) lotes arrendados ou conferidos a colonos
3) ilku, terras concedidas a soldados e funcionários em troca de serviços, inalienáveis e hereditárias.
Três estratos na sociedade:
1) awilum: homem livre.
2) Mushkelu: homem livre dependente do palácio, de status inferior.
3) wardum: escravo, com direito variados.
A escravidão por dívidas havia sido limitada nesse período. De maneira geral, esse tipo de mão de obra era utilizada com mais frequência no artesanato.
O comércio parece ter se incrementado nesse período com o desenvolvimento de créditos mesmo sem cunhagem de moedas. As negociações sobre terras e escravos eram feitas tanto pelos palácios quanto por particulares.
Com a aproximação do primeiro milênio, a proteção aos pequenos proprietários é reduzida e ocorre um processo de concentração fundiária e novo ganho de poder dos templos. 
O Iº milênio a.C.
Esse tempo assiste a uma nova concentração de terras sob propriedade dos templos, chegando a terrenos de mais de 20.000 hectares.
Durante a ocupação assíria (626-539 a.C.) foram cobrados tributos e feitos fortes deslocamentos populacionais. Os templos se fortaleceram arrecadando terras e formando uma “sociedade dos templos” (shirkatu). As constantes guerras aumentaram também o fluxo de escravos.
Durante a ocupação persa, não houve importantes modificações estrutur ais, mas a introdução da moeda parece ter dificultado as condições de vida dos camponeses.
CAPÍTULO 3 – O EGITO FARAÔNICO.
O povoamento do Egito Antigo inclui povos tanto africanos quanto asiáticos, e parece ter se dado em um período no qual vários afluentes ainda não haviam secado.
A unificação se dá, no entanto, entre 3.300 e 3.000 a.C, período em que o Nilo se configura como o único rio perene no espaço desértico. A unificação se dá entre o vale (mais populoso e antigo) e o delta (menos populoso e colonial), respectivamente Alto e Baixo Egito.
	Cronologia das fases da metalurgia no Egito
	Período inicial do Bronze
	3100 -2100 a.C.
	Período Médio do Bronze
	2100-1500 a.C.
	Período Tardio do Bronze
	1500-1200 a.C.
	Período Inicial do Ferro
	1200-900 a.C.
	Período Médio do Ferro
	900-600 a.C.
	Período Tardio do Ferro
	600-300 a.C.
	Cronologia Sumária do Egito Faraônico (Até conquista macedônica)
	
Períodos e dinastias:
	
Fases da metalurgia (aproximado)
	
Datas aproximadas (a.C)
	Unificação (protodinático)
Dinástico primitivo: dinastias I e II
Reino Antigo: dinastias III a VIII
Primeiro Período Intermediário: dinastias IX, X e parte da XI
	
Período do Cobre
	3200-2920
2920-2649
2649-2134
2134-2040
	
Reino Médio: final da dinastia XI; dinastias XII a XIV
	
Período inicial do
Bronze
	
2040-1640
	Segundo Período Intermediário; o domínio dos “hicsos”: dinastias XV a XVII
Reino Novo: período de expansão imperial: dinastia XVIII a XX.
Terceiro Período Intermediário: dinastias XII a XXIV e início da dinastia XXV.
	
Período de apogeu do
Bronze
	1640-1550
1550-1070
1070-712
	Época Tardia: inclui fases de domínio assírio e persa: do final da dinastia XXV à dinastia XXX
	
Período Inicial do
Ferro
	
712-7332
Apontamos somente que o Bronze se marcou como um período longuíssimo. O ferro só se tornou importante após a invasão assíria, no século VII a.C.
As cheias do Nilo eram mais previsíveis do que as do Tigre e Eufrates, além de menos destrutivas.Mantinham uma regularidade e eram auto drenáveis, possibilitando um sistema de irrigação mais simples do que o mesopotâmico. 
Em termos de inovação tecnológica temos a seguinte periodização:
IV – início III a.C.: prevalência do uso de madeira e bronze rui,. Tear horizontal, torno lento para produção de cerâmica, navegação a remo e vela, escrita, aritméticae técnicas agropecuárias.
2040-1640 a.C.: difusão da metalurgia do bronze
1640-1550 a.C.: introdução pelos hicsos de melhor metalurgia do bronze, torno rápido, tear vertical,gado zebu, cavalo, arco composto e carros de guerra.
Séc VII a.C.: introdução do ferro, antes caro e raro. 
Ciro Flamarion acredita que o exemplo do Egito Antigo refuta a hipótese causal hidráulica, pois que até 1.500 a.C., as obras hidráulicas eram promovidas pela comun idade local, os nomos ou spat.
Também a distribuição de recursos por celeiros reais só foi instituída na mesma época.
Para fins de cobrança de impostos, as terras eram divididas em altas (mais secas e dependentes do shaduf) e baixas (sempre inundadas).
shaduf) e baixas (sempre inundadas).
A economia egípcia se organizava conforme abaixo:
Agricultura: trigo-duro, cevada, linho. A irrigação era feita pelo próprio Nilo. Ferramentas de madeira e gado eram utilizados para a semeadura. Colheita com foices crescentes de madeira e sílex.
Pecuária: bois asnos, carneiros, cabras, porcos e aves. Usados principalmente para tiro e leite. Alimentação de carne se atinha às elites.
Artesanato e prospecção: principalmente argila para tijolos e pedras. O artesão processava as matérias-primas, existindo oficinas especializadas ou artesãos locais.
 O comércio era organizado pelo Estado centralizado utilizando pesos de metais como referência. A nível local prevalecia a prática do escambo. O comércio exterior era feito com Chipre, Creta, país de Punt e Fenícia, essencialmente por mar. As importações eram pagas com ouro e outros metais extraídos da Núbia. A principal importação era a madeira.
Obras públicas e extração em pedreiras eram organizados pelo Estado centralizado.
 A sociedade faraônica do III milênio à metade do segundo parecem ter s e organizado em dois níveis: um burocrático e centralizado no Estado e o outro local, centrado em antigas comunidades.
O Estado centralizado parece ter monopolizado as atividades comerciais. Cobrava impostos e corveias – tanto para a produção nas terras do Faraó quanto para exped ições de mineração, serviços militares e obras públicas. Através de um sistema burocrático, redistrivuia os impostos a trabalhadores em corveia, soldados, artesãos especializados e funcionários.
 A nível local, as comunidades parecem ter mantido tradições neolíticas. Organizavam as obras hidráulicas, tomavam decisões sobre justiça local, redistribuíam grãos. Tudo era organizado por conselhos de anciãos. Certamente não se organizavam igualitariamente, perpetuando poderes concentrados no neolítico.
 A partir da metade do II milênio, algumas modificações são instituídas. Apesar disso, o modelo anterior se perpetua dentro do novo. Essas mudanças parecem advir do avanço tecnológico permitido pela invasão dos povos hicsos. Esses permitiram a expansão militar que introduziu novas práticas. Foi marcante a grande entrada de escravos de guerra e a difusão da propriedade privada – muito vinculada ao pagamento de soldados com terras. O comércio privado também parece ter florescido e as comundiades locais se enfraqueceram

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