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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO FENÔMENO DA VIOLÊNCIA NA REDE FAMILIAR – Lei Maria da Penha (11.340/2006)
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Aplicabilidade da Lei Maria da Penha
1. Contexto Histórico Social
2. Motivação da Lei
3. Inovações de Assistência, Proteção e inclusão Social
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Constituição Federal
Art. 5º, I: Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.
IGUALDADE FORMAL
Art. 226
§ 5º: “Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.”
IGUALDADE MATERIAL
§ 8º: “O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.”
* A LMP é constitucional. Visa corrigir distorções históricas e a promoção da igualdade material entre homem e mulher. ADC 19 e ADI 4424- 09/02/2012.
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Art. 1º. ( OBJETIVO)
A Lei Maria da Penha cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º. do art. 226 da Constituição Federal; da Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de Violência contra a Mulher; da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
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Abrangência multidisciplinar
46 artigos; 4 de caráter criminal
Prevenção
Atenção
Enfrentamento
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Art. 5º 
Configura VDF contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero (diferenças biológicas e culturais?)
almeja prevenir, punir e erradicar a violência doméstica e familiar contra a mulher, não por razão do sexo, mas em virtude do gênero. 
Nesse sentido, o que de fato a Lei busca é mais do que proteger o sexo biológico “mulher”, é resguardar todos aqueles que se comportam como mulheres, incluindo os travestis e transexuais. (?)
- que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. 
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Violência doméstica e familiar e violência de gênero são sinônimos?
 Representa uma relação de poder e de dominação do homem e de submissão da mulher. Os papéis impostos as mulheres e aos homens, consolidado ao longo da história e reforçados pelo patriarcado e sua ideologia, induzem relações violentas.
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Onde se aplica a Lei Maria da Penha
Art. 5º.
I – No âmbito doméstico, ou seja no espaço/local de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive aquelas pessoas agregadas esporadicamente.
II – No âmbito da família, agrupamento/comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa.
III – Em qualquer relação intima de afeto na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.
* As relações enunciadas no art. 5º. independem de orientação sexual.
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Campanhas Publicitárias que reforçam estereótipos de gênero.
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Formas/Tipos de Violência
Art. 7º. 
Quando falamos em violência doméstica e familiar, podemos estar falando de violência física, psicológica, moral, econômica e sexual.
** A Lei Maria da Penha não define crimes, eles estão definidos no Código Penal, nas leis especiais.
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Violência física compreende qualquer conduta que ofenda a integridade ou a saúde da mulher. 
Violência sexual, inclui qualquer procedimento que obrigue, force, constranja a mulher a presenciar, manter ou participar de relação sexual não desejada, mediante uso de força física ou ameaça. 
Violência psicológica, abrange qualquer conduta que cause à mulher um dano emocional, diminuindo sua autoestima, causando constrangimentos e humilhações.
 Violência moral é conhecida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação e injúria. 
Violência patrimonial, que diz respeito a qualquer comportamento, que configure destruição, subtração de bens, documentos e instrumentos de trabalho. 
* Bater, chutar, ameaçar, humilhar, falar mal, destruir objetos, documentos, forçar o sexo são algumas atitudes que caracterizam a violência doméstica e familiar. 
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Motivos que levam as mulheres a não denunciarem
Tem ligação afetiva com o agressor;
Tem medo de sofrer uma violência ainda maior;
Tem vergonha dos vizinhos, dos amigos e da família;
Tem medo de prejudicar o agressor e os filhos;
Não quer que o pai de seus filhos vá preso;
Se sentem culpadas e/ou responsáveis pela violência que sofrem;
Sensação de fracasso e culpa na escolha do parceiro;
Não possuem condições financeiras para mudar o rumo de sua vida.
Perda da identidade (auto-estima e auto-imagem)
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A Invisibilidade da Violência Doméstica
Cultura Religiosa
Cultura Científica = Conhecimento Científico
Filosofia Aristóteles: “ A mulher é um homem imperfeito” 
Historicidade da mulher enquanto propriedade privada
O ciúmes e a mulher como propriedade privada 
Os homens não são naturalmente violentos, aprendem a ser!
Cultura Popular
“Em problema de marido e mulher, ninguém mete a colher”
“Roupa suja se lava em casa”
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A Lei Maria da Penha vem ampliando seus contornos a cada interpretação jurisprudencial, ela vem se ajustando às necessidades da sociedade
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Quem são os destinatários da Lei Maria da Penha
Homem?
Mulher? ( criança, adolescente, madura, idosa)
Transexual ? 
Homossexual feminino ? 
Homossexual masculino ? 
Cunhada ? 
Irmã ? 
Ex-namorada ? 
Empregada doméstica ? 
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Homem (Por analogia o MM usa o poder geral de cautela in bonam partem em favor do homem vitima, em situação de vulnerabilidade?)
Pode ser vitima de violência doméstica - Art. 129, parágrafo 9º.
Inaplicável a LMP aos homens, em prol da aplicação das medida cautelares previstas no CPP, alterado pela Lei no. 12.403/11.
E os que se encontram em situação de vulnerabilidade (idosos e crianças) 
Namorado
A agressão do namorado contra a namorada, mesmo cessado o relacionamento, mas que ocorra em decorrência dele, está inserida na hipótese do art. 5º, III, da Lei n. 11.340/06, caracterizando a violência doméstica.
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Travestis, Transexuais, Transgêneros
TJ de Goiás, Proc. No. 20110387908
Quanto à diferença entre sexos e gênero, a juíza salientou que o termo "mulher" pode se referir tanto ao sexo feminino, quanto ao gênero feminino, o sexo é determinado quando uma pessoa nasce, mas o gênero é definido ao longo da vida. Logo, não teria sentido sancionar uma lei que tivesse como objetivo a proteção apenas de um determinado sexo biológico. De gênero entende-se que se refere às características sociais, culturais e políticas impostas a homens e mulheres e não às diferenças biológicas entre homens e mulheres. Desse modo, a violência de gênero não ocorre apenas de homem contra mulher, mas pode ser perpetrada também de homem contra homem ou de mulher contra mulher.
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“(...)Lésbicas, transexuais, travestis e transgêneros, quem tenham identidade social com o sexo feminino estão ao abrigo da Lei Maria da Penha. A agressão contra elas no âmbito familiar constitui violência doméstica. Ainda que parte da doutrina encontre dificuldade em conceder-lhes o abrigo da Lei, descabe deixar à margem da proteção legal aqueles que se reconhecem como mulher. Felizmente, assim já vem entendendo a jurisprudência(...)” (DIAS, Maria Berenice. A Lei Maria da Penha na Justiça: A efetividade da Lei 11.310/2006 de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. 2ª ed, São Paulo: Revista Dos Tribunais, 2010.)
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Homossexual feminino
Homossexual masculino: STJ, 4ª Turma, REsp 827962, 21/06/2011
Art. 5º
Parágrafo único. Asrelações 
pessoais enunciadas neste artigo
 independem de orientação sexual.
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Para Blackwood e Wieringa (Apud Bruna Pinheiro de Araújo*)
Mulheres envolvidas em comportamentos homoafetivos enfrentam opressão assombrosa; algumas são assassinadas, estupradas, forçadas a casamentos heterossexuais, ou internadas em instituições psiquiátricas.
Algumas se suicidam, a outras é negada a guarda de suas crianças e o direito de adoção. Elas também têm sido proibidas de encontrar-se com suas amantes devido a cláusulas discriminatórias em leis que regulamentam imigração e exílio. O acesso a pensão ou herança de suas amantes mortas também lhes é negado, e tampouco têm direito a terras ou propriedades. [...] Para evitar estigmatização social, prisão ou demissões, as lésbicas têm se enclausurado atrás de um muro de silêncio.
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Cunhada: STJ, 5ª. Turma. HC 172634 de 06/03/2012;
Empregada Doméstica
Art. 5º 
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; 
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Irmã: STJ, 5ª Turma, REsp 1239850, 16/02/2012 
Art. 5º 
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; 
Não se exige coabitação 
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Ex.namorada: STJ, 3ª. Seção CC 103813, 24 de junho de 2009.
Art. 5º 
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. 
STJ, CC 91.980/08 – contra 
STJ, HC 181217/11 – a favor 
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Ciclo de violência 
I. Tensão
	Essa fase se caracteriza por agressões verbais, crise de ciúmes, destruição de objetos e ameaças. A mulher procura acalmar o agressor, evitando discussões, assim a mulher vai tornando-se mais submissa e amedrontada. Em diversos momentos a mulher sente culpa e se acha responsável pela situação de violência em que vive, quando não procura relacionar a atitude violenta do parceiro com o cansaço, uso de drogas e álcool.
II. Explosão
	Essa fase é marcada por agressões verbais e físicas graves e constantes, provocando ansiedade e medo crescente. Essa etapa é mais aguda e costuma ser mais rápida que a primeira etapa.
III. Lua de Mel
	Depois da violência física, o agressor costuma se mostrar arrependido, sentindo culpa e remorso. O agressor jura nunca mais agir de forma violenta e se mostra muito apaixonado, fazendo a mulher acreditar que aquilo não vai mais acontecer.
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Ciclo de violência 
É muito comum que esse ciclo se repita, cada vez com maior violência e menor intervalo entre as fases. A experiência mostra que esse ciclo se repete indefinitivamente ou termina em uma lesão física grave ou homicídio.
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Ciclo de violência 
I. Tensão
	Essa fase se caracteriza por agressões verbais, crise de ciúmes, destruição de objetos e ameaças. A mulher procura acalmar o agressor, evitando discussões, assim a mulher vai tornando-se mais submissa e amedrontada. Em diversos momentos a mulher sente culpa e se acha responsável pela situação de violência em que vive, quando não procura relacionar a atitude violenta do parceiro com o cansaço, uso de drogas e álcool.
II. Explosão
	Essa fase é marcada por agressões verbais e físicas graves e constantes, provocando ansiedade e medo crescente. Essa etapa é mais aguda e costuma ser mais rápida que a primeira etapa.
III. Lua de Mel
	Depois da violência física, o agressor costuma se mostrar arrependido, sentindo culpa e remorso. O agressor jura nunca mais agir de forma violenta e se mostra muito apaixonado, fazendo a mulher acreditar que aquilo não vai mais acontecer.
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 Mitos sobre a violência doméstica
A violência doméstica ocorre muito esporadicamente
A violência só acontece entre famílias de baixa renda e pouca instrução;
As mulheres provocam ou gostam da violência;
Os agressores não conseguem controlar suas emoções;
A violência doméstica vem de problemas com o álcool, drogas ou doenças mentais;
Para acabar com a violência basta proteger as vítimas e punir os agressores;
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Dados de Violência
– O Brasil registrou 1 estupro a cada 11 minutos em 2015. São os Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.  As estimativas variam, mas em geral calcula-se que estes sejam apenas 10% do total dos casos que realmente acontecem. Ou seja, o Brasil pode ter a medieval taxa de quase meio milhão de estupros a cada ano. 
– Cerca de 70% das vítimas de estupro são crianças e adolescentes. Quem mais comete o crime são homens próximos às vítimas. (Fonte: Ipea, com base em dados de 2011 do Sistema de Informações de Agravo de Notificação do Ministério da Saúde)
– A cada 7.2 segundos uma mulher é vítima DE VIOLÊNCIA FÍSICA. (Fonte: Relógios da Violência, do Instituto Maria da Penha) 
– Em 2013, 13 mulheres morreram todos os dias vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu gênero. Cerca de 30% foram mortas por parceiro ou ex. (Fonte: Mapa da Violência 2015) 
O Brasil ocupa a 5ª. posição no Ranking de 87 países que mais se mata mulheres.
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Dados de Violência
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Bibliografia
Bianchini, Alice.
Cartilha A Paz do Mundo Começa em casa do Ministério Público da Bahia.
Dias, Maria Berenice.
Lauria, Thiago
Sanches, Rogério.
Teles, Amelhinha.

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