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Prática Jurídica Cível 
 
Prof. Thiago Gomes Bittencourt 
 
Peça Processual 
 
 Mauro, pedreiro, domiciliado em Salvador – BA, caminhava por uma rua de Recife 
– PE, quando foi atingido por um aparelho de ar-condicionado manejado, de forma 
imprudente, por Paulo, comerciante e proprietário de um armarinho. Encaminhado a um 
hospital particular, Mauro faleceu após estar internado por um dia. Sua família, 
profundamente abalada pela perda trágica do parente, deslocou-se até Recife – PE e 
transportou o corpo para Salvador – BA, local do sepultamento. O falecido deixou viúva e 
um filho menor impúbere. Sabe-se, ainda, que Mauro tinha 35 anos de idade, era 
responsável pelo sustento da família e conseguia obter renda média mensal de R$800,00 
como pedreiro. Sabe-se, também, que os gastos hospitalares somaram R$3.000,00 e os 
gastos com transporte do corpo e funeral somaram R$2.000,00. Após o laudo da perícia 
técnica apontar como causa da morte o traumatismo craniano decorrente da queda do 
aparelho de ar-condicionado e o inquérito policial indiciar Paulo como autor de homicídio 
culposo, a viúva e o filho procuraram um advogado para buscar em juízo o direito à 
indenização pelos danos decorrentes da morte de Mauro. 
 
 
 Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado(a) 
procurado(a) pela família de Mauro, a petição inicial da ação judicial adequada ao caso, 
abordando todos os aspectos de direito material e processual pertinentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Honrado Juízo de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de Salvador – BA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nome, Prenome, nacionalidade, profissão, viúva, CPF..., residente na Rua ... 
Salvador – BA, e Nome, Prenome, menor incapaz, neste ato representado por sua 
genitora, acima qualificada, através de seu advogado in fine assinado, vêm com o devido 
respeito e acato perante Vossa Excelência propor a presente 
 
Ação de indenização por danos materiais e morais 
 
em face de Paulo, nacionalidade, comerciante, CPF..., residente na rua..., Recife – PE, 
pelos substratos fáticos e jurídicos a seguir expostos: 
 
Dos fatos 
 
 1 – Mauro, estava caminhando por uma Rua de Recife – PE, quando subitamente 
foi atingido por um aparelho de ar-condicionado que foi manejado de forma imprudente 
pelo requerido. 
 
 2 – Após o acidente, Mauro foi encaminhado a um Hospital particular, vindo a 
falecer um dia depois. 
 
 3 – O de cujus deixou esposa e filho, respectivamente 1º e 2º requerentes na 
presente ação. 
 
 4 – Além de ser um ótimo marido e pai, o falecido era o único mantenedor da 
família, exercia a função de pedreiro, auferindo a quantia de R$800,00 mensais. 
 
 5 – Os gastos hospitalares perfazem a quantia de R$3.000,00 e os gastos com o 
transporte do corpo somam R$2.000,00. 
 
 
Do direito 
 
 6 - O art.938 do C.C. aduz que: Aquele que habitar prédio, ou parte dele, 
responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar 
indevido. 
 
 7 – No presente caso, se trata de responsabilidade objetiva, não sendo necessário 
a atribuição de culpa, mister se faz comprovar o dano, conduta e nexo causal; o dano 
está comprovado com o simples atestado de óbito do de cujus (documento anexo). 
 
 8 – A conduta e o nexo causal também se encontram presentes, visto que a ação 
do requerido de manejar o ar-condicionado veio a causar a morte de Mauro, conforme 
laudo da perícia técnica anexo. 
 
 9 – Nos termos do art. 948 do Código Civil, no caso de homicídio a indenização 
consiste no pagamento de tratamento e funeral da vítima, bem como, na prestação de 
alimentos às pessoas a quem o morto os devia. 
 
 
 
 10 - Como o de cujus tinha 35 anos de idade quando veio a óbito, e considerando 
que a expectativa de vida do brasileiro é de 73,5 anos, havia 38,5 anos de expectativa 
de vida. 
 
 11 - Considerando a renda mensal do falecido R$800,00 vezes o número de 
meses de uma expectativa de vida restante, ou seja, 462 meses, perfaz o montante de 
R$369.600,00 (trezentos e sessenta e nove mil e seiscentos reais) de lucros cessantes. 
 
12 - Conforme os documentos anexos, a título de dano emergente, R$3.000,00 
com gastos hospitalares e R$2.000,00 gastos com o transporte do corpo e funeral. 
 
13 - Assim, a indenização por danos materiais perfaz o quantum de R$ 
374.600,00 (trezentos e setenta e quatro mil e seiscentos reais). 
 
14 - Deve ser considerada ainda a dor da perda de um ente querido, na qual não 
se pode mensurar, mas, a título de danos morais requer seja fixada a quantia de 100 
salários mínimos para cada requerente. 
 
Da tutela provisória de urgência 
 
15 - Os requisitos para a concessão da tutela descritos no artigo 300 do CPC se 
encontram presentes, a saber: 
 
Probabilidade do direito 
 
15.1 - Tendo em vista os diversos documentos acostados aos autos, como, laudo 
da perícia técnica, certidão de óbito, contatando que o óbito se deu em face da queda do 
aparelho de ar condicionado manejado pelo requerido, demonstram que a prova está 
devidamente constituída. 
 
 15.2 – Tendo em vista que no laudo da perícia técnica existe a constatação de que 
o requerido, manejando de maneira imprudente o ar condicionado, deixou que este 
viesse a cair do prédio e atingindo Mauro, vindo a colidir frontalmente com o de cujus, 
vindo este a falecer em momento posterior, comprova-se a veracidade dos fatos 
alegados. 
 
Perigo do dano 
 
 15.3 – Os requerentes são de família humilde, e com a perda do principal 
mantenedor da família, estes vêm sofrendo enormes privações, tanto de natureza 
financeira, quanto de origem moral em face da perda do ente querido, e que se fosse 
esperar até o final da presente ação para a cobertura dos danos sofridos, sem sombra de 
dúvida o dano seria irreparável ou de difícil reparação. 
 
Do pedido 
 
16 - Ex positis, requer a Vossa Excelência: 
 
 16.1 - Seja concedida a tutela provisória de urgência, visto que comprovados os 
requisitos para a concessão, de uma pensão por morte no valor de R$800,00 (oitocentos 
reais) mensais, enquanto perdurar a presente ação, sob pena de multa diária de 
R$100,00 (cem reais). 
 
 
 
16.2 - A citação do requerido, para, caso queira, contestar a presente ação, sob 
pena de revelia. 
 
16.3 - Seja ao final, julgada procedente a presente ação, condenando o requerido 
no pagamento de indenização por danos materiais no valor de R$ 374.600,00 (trezentos 
e setenta e quatro mil e seiscentos reais), e de danos morais no valor de R$ 124.400,00. 
 
16.4 - Seja o requerido condenado ao pagamento das custas processuais e 
honorários de sucumbência a serem arbitrados por Vossa Excelência. 
 
16.5 - A intimação do Ilustre Representante do Ministério Público para atuar no 
feito. 
 
16.6 - Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito 
admitidos. 
 
16.7 - Requer seja concedido os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, visto 
serem os requerentes pobres na forma da lei, conforme declaração de pobreza em 
anexo. 
 
16.8 – Seja designada a audiência de conciliação e mediação. 
 
16.9 – Requer a juntada dos documentos em anexo. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 499.000,00 (Quatrocentos e noventa e nove mil 
reais). 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Nova Venécia, ES, 18 de abril de 2018. 
 
 
Advogado 
 OAB

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