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Caso Concreto 7 - AÇÃO INDENIZATÓRIA DE DANOS MATERIAIS E MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA

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Caso Concreto 7 – Prática Jurídica 
AO JUÍZO DA ___ VARA CIVEL DA COMARCA DE RECIFE/PE – foro competente domicílio 
do réu. Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será 
proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. 
Maria, nacionalidade, viúva, profissão, portador da identidade nº, inscrito no CPF nº, endereço 
eletrônico, residente e domiciliada na rua Bérgamo 123, apt.205, Araçatuba/SP, vem, por meio 
de seu advogado (art 77,V,CPC), propor: 
AÇÃO INDENIZATÓRIA DE DANOS MATERIAIS E MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA DE 
URGÊNCIA ANTECIPADA 
Pelo rito comum, em face de Roberto, nacionalidade, estado civil, comerciante, portador da 
identidade nº, inscrito no CPF nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado em Recife/PE, 
pelos seguintes motivos de fato e de direito: 
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
O requerente não possui condições financeiras para arcar com as custas processuais e 
honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento, conforme declaração de 
hipossuficiência. Dessa forma, pleiteia-se os benefícios da justiça gratuita, assegurados pela 
Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pelo Novo Código de Processo Civil, artigo 98º. 
DA OPÇÃO POR CONCILIAÇÃO 
Conforme artigo 319, VII do Código Civil, o autor gostaria de manifestar o seu interesse na 
realização da audiência de conciliação ou mediação a fim de dar maior autonomia às partes 
nas decisões e celeridade na solução da lide. 
DA TUTELA ANTECIPADA 
A autora, conforme os fatos a serem narrados, não tem como prover seu próprio alimento, pois 
os mesmos eram garantidos pelo seu marido. Dessa forma, ela faz jus a antecipação dos 
efeitos da tutela, já que no presente caso estão previstos os pressupostos autorizadores do 
artigo 300 do CPC: a probabilidade do direito e o risco do dano. 
DOS FATOS 
Marcos, marido da autora, caminhava em uma rua do Recife-PE quando foi surpreendentemente 
atingido por um aparelho de ar-condicionado conduzido de forma descuidada pela parte ré. 
Devido a gravidade dos ferimentos, foi encaminhado a um hospital particular, mas não resistiu e 
faleceu após um dia de internação. 
A autora, bastante abalada com a tragédia, foi até Recife buscar o corpo para que fosse 
enterrado em Araçatuba/SP. 
Cabe ressaltar que o casal não tinha filhos e seu sustento advinha do salário mínimo que Marcos 
recebia na função de pedreiro. 
Entretanto, mesmo sem o meio de garantir sua subsistência e ainda se recuperando do trauma, 
teve que arcar com alguns gastos extras a saber: R$ 3.000,00 (três mil reais) de gastos 
hospitalares e R$3.000,00 (três mil reais) com gastos de transporte do corpo e funeral. 
Por fim, o inquérito policial, após o laudo da perícia técnica, apontou que a causa da morte foi 
traumatismo craniano causado pela queda do ar condicionado. 
Por esse motivo, Roberto foi indiciado por homicídio culpado e, posteriormente, condenado em 
primeira instância. 
DOS FUNDAMENTOS 
Em razão dos fatos anteriormente narrados, percebe-se que há uma relação de causalidade 
entre a conduta imprudente do réu e a consequente morte, por traumatismo craniano, de Marcos, 
marido da autora. 
Os artigos 838, 927 c/c 948, I e 186, todos do Código Civil, afirmam a responsabilidade do réu 
pelas coisas caídas de seu imóvel. E, por isso, deverá realizar a reparação dos danos materiais, 
referentes as despesas de hospital e translado do corpo, totalizando R$6.000,00 (seis mil reais), 
além da indenização por danos morais. 
Por fim, conforme artigo 948, II do Código Civil, a autora requerer alimentos, de forma vitalícia 
de 1 salário mínimo, na medida me que o seu marido Marcos era responsável pelo sustento do 
lar. 
DO PEDIDO Diante o exposto, o autor requer: 
(a) O deferimento da justiça gratuita; 
(b) A designação da audiência de conciliação; 
(c) O deferimento da tutela antecipada para conceder alimentos provisórios no valor 
de R$998,00/mensais; 
(d) A citação do réu para apresentar sua defesa no prazo legal; 
(e) A condenação do réu em danos materiais no valor de R$6.000,00 (seis mil reais); 
(f) A condenação do réu em danos morais no valor de R$50.000,00 (cinquenta mil 
reais); 
(g) A condenação do réu em alimentos vitalícios no montante de 1 salário mínimo 
mensal, que na data de hoje é R$998,00, com a atualização anual pela base 
nacional. 
(h) A condenação do réu nos ônus de sucumbência. 
DAS PROVAS Protesta pela produção de todos os tipos de provas em direito admitidas, na 
forma do artigo 369, do Código de Processo Civil. 
VALOR DA CAUSA: Atribui à causa o valor de R$ 67.976,00 (sessenta e sete mil novecentos 
e setenta e seis reais). *Projeção dos alimentos por 12 meses. - (12 x 998) + 6.000 + 50.000 = 
R$67.976,00. 
 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
Local e data 
Advogado/UF

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