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defesa auto de infração agrisul X mte 14295814.docx

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ILUSTRÍSSIMO SENHOR DOUTOR DELEGADO REGIONAL DO TRABALHO DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL
 
 
 
 
AGRISUL AGRÍCOLA LTDA, pessoa jurídica de Direito Privado, estabelecida na Rodovia MS 395, s/n, Km 30, Zona Rural, Brasilândia/MS, devidamente inscrita no CNPJ n.º 04.773.159/0002-80, por meio de seus advogados (mandato anexo), vem perante Vossa Senhoria, para nesta e na melhor forma de direito, oferecer DEFESA ao AUTO DE INFRAÇÃO N.º 14295814, pugnando pela anulação da mesma, em virtude de já ter sido sanado o ocorrido.
 
 Termos em que pede deferimento.
Campo Grande, MS, 11 de janeiro de 2012.
 João Rocha Filho Renato Zancanelli de Oliveira
 Advogado (OAB/MS 13.889-B) Advogado (OAB/MS 8.925)
 
RAZÕES DE DEFESA
 
CONTESTANTE: AGRISUL AGRÍCOLA LTDA
 
AUTO DE INFRAÇÃO N°: 14295814
I – DOS FATOS
– A recorrente explora o ramo sucroalcooleiro, e para tal necessita de grande volume de empregados, uma vez que a sua atividade requer mão de obra em grande quantidade, além de ter que manter em seu quadro de funcionários, número de pessoas necessário para atender as necessidades de seus clientes, pois para que o produto final tenha sido concluído se faz necessário várias etapas, desde o plantio, colheita, processamento e por fim o álcool ou o açúcar.
– Não bastassem todas essas etapas, até que o produto final seja incluso no mercado, a empresa tem um grande volume de despesa, dentre os quais se podem citar: insumos, fertilizantes, manutenção de máquinas, combustíveis, entre outros que demandam gastos diários. 
– E por se tratar de uma empresa que exerce as suas atividades no campo, e o seu produto tem sua periodicidade por safra, ou seja, a cada 6 (seis) meses a mão de obra é contratada, sendo o contrato desses empregados por prazo determinado, tanto é verdade que o numero de funcionários internos se resume em 159, enquanto que no campo são em média 687 pessoas, empregadas diretamente, sem contar os empregos indiretos.
– Nesse contexto, a empresa visa suprir as demandas mais urgentes, tal como a folha de pagamento, manutenção dos instrumentos de trabalho, pagamento de despesas de uso diário tal como: luz, telefone e outros, uma vez que se não fizer tais implementos a empresa é obrigada a fechar, uma vez que os funcionários não trabalham sem salários, a empresa não pode ficar sem água, luz e telefone, bem como a manutenção do maquinário, uma vez que quando uma máquina que deixe de funcionar, é o suficiente para atrapalhar uma cadeia inteira de atividades na empresa. 
– Cabe ressaltar, que todos os empregados recebem os seus salários, e aqueles que foram dispensados receberam as suas verbas trabalhistas corretamente, logo não houve prejuízo direto aos trabalhadores, restando apenas o depósito fundiário, que será devidamente depositado.
– Nos últimos 3 anos a empresa vem passando por um período de dificuldade financeira, e alguns dos setores da empresa estão sobestados a outros de maior importância, a fim de garantir a continuidade das atividades, pois caso a empresa encerre as sua atividades, muitas pessoas irão sofrer as conseqüências desse fato, dentre essas os empregados, o comércio local, o Município e até o Estado.
- A Contestante requereu em 24/11/2009 sua recuperação judicial sendo o processamento do referido pedido deferido em 02/12/2009 como se verifica do documento em anexo. O processo de Recuperação tramita no juízo da 8ª Vara Cível de São José do Rio Preto – SP, no Processo 2009.069677-7, cujo número de ordem é 2990-09, referente à recuperação judicial acima citada, isso demonstra que a empresa busca meios de se auto afirmar no mercado, pois quer continuar as suas atividades e para tanto usou meios de estar honrando com seus compromissos e ainda visando a viabilidade da continuidade da empresa. 
II – DAS RAZÕES DE DEFESA
– O notificado, comparece a esta especializada para dizer que não concorda com a aplicação da multa administrativa, bem como esclarecer que apesar da notificação conter elementos jurídicos tipificados em lei federal, estes mesmos elementos são contrários ao fato narrado no auto de infração, visto que a empresa não pode penalizada pelo fato dos trabalhadores levarem comida para dentro do alojamento, sendo que dentro desse recinto não é local de refeição, e não há como controlar todos os funcionários sem retirar deles algum direito material.
 - Ocorre que segundo consta, in locu, a empresa nunca deixou de cumprir a determinação do art. 13 da Lei nº 5.889/73, uma vez que sempre são obedecidos os ditames legais em relação ao cumprimento da medicina do trabalho, mesmo porque as lesões ao direito encontradas no auto de infração, aduzidos por esta procuradoria do trabalho, deixa claro o cerceamento de defesa imputado nos autos.
– Não merece prosperar o presente auto de infração.
– A requerente sempre cumpriu corretamente com suas obrigações, e não desrespeitou a normatividade vigente, principalmente no que se refere ao cumprimento dos mandamentos legais em matéria trabalhista.
– A requerente é empresa tem por objeto a industrialização da cana-de-açúcar, executando os serviços de colheita de cana-de-açúcar bem como a produção do açúcar e álcool.
O auto de infração dentro da formalidade legal do preenchimento está consistente, porém no mérito, há indagações a serem respondidas por esta especializada, como por exemplo, porque não foi permitida a apresentação de prova testemunhal para averiguação do relatório contido no auto de infração, e mais, se isso não é praxe no procedimento administrativo interno do MTE, que seja dado então oportunidade como no art. 5º, inciso LV da CF/88, o direito a ampla defesa e contraditório.
Certo é que se assim continuar o processo administrativo temos grandes chances de revertermos o julgamento interno na justiça, visto que lá se dará atenção ao postulado do notificado, bem como poderá ter a mesma ampla defesa como o deferimento de produção de prova testemunhal.
Aliás, é de bom alvitre salientar que a tipificação para conhecer como valido à aplicação da multa, e a notificação ser considerada como legal, não induz e nem mesmo remonta ao fato de que a empresa, por sua única e exclusiva CULPA, deixou de cumprir a lei. Não devemos esfriar o tratamento administrativo na posição de órgão condenador e empresa condenada, o direito necessita que as partes envolvidas sejam meramente instrumentos de um entendimento legal onde visem a melhor solução tanto para o órgão administrativo, quanto para o administrado.
Nesse sentindo, é que ao menos poderíamos escolher ou ter o direito de poder exercer a defesa em sua integralidade, mesmo porque se assim não proceder estaremos regredindo ao tempo da lei de Talião “olho por olho, dente por dente”, mais ao contrário devemos sempre praticar o direito democrático e inovador da CF/88, para assim chegarmos ao entendimento legal mais plausível a ambas as partes.
 
DO PEDIDO
Por todas as razões elencadas pela recorrente, contando com a coerência de Vossa Senhoria, e salientando ter cumprido com as suas obrigações legais, protesta e requer pela nulidade do respectivo Auto de Infração, isentando a mesma de qualquer multa, ou outra penalidade, transformando-se a infração em ADVERTÊNCIA, ou ainda reduzindo-a pecuniariamente ao mínimo possível, pois que a sua manutenção geraria certamente uma carga que acarretaria a recorrente dificuldades. Protesta finalmente pela procedência da presente defesa. 
 
Termos em que pede deferimento.
Campo Grande, MS, 11 de janeiro de 2012.
 João Rocha Filho Renato Zancanelli de Oliveira
 Advogado (OAB/MS 13.889-B) Advogado (OAB/MS 8.925)
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