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DIREITO CONSTITUCIONAL I - CCJ0019
Semana Aula: 2
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO: NORMAS CONSTITUCIONAIS
Tema
 
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO: NORMAS CONSTITUCIONAIS
Palavras-chave
Objetivos
 
o Analisar, através do estudo da teoria da constituição, as espécies 
de normas constitucionais;
o Compreender, através dos diversos critérios doutrinários de 
classificação, a eficácia, vigência e aplicabilidade das normas 
constitucionais.
Estrutura de Conteúdo
 
1. Aplicabilidade das normas constitucionais
1.1. Eficácia, aplicabilidade, validade e vigência
2. A nova ordem constitucional em face das normas anteriores: Recepção, 
revogação, repristinação e desconstitucionalização
3. Eficácia do Preâmbulo da Constituição
4. Classificação de José Afonso da Silva 
4.1. Normas constitucionais de eficácia plena
4.2. Normas constitucionais de eficácia contida 
4.3. Normas constitucionais de eficácia limitada
4.4. princípio institutivo
4.5. princípio programático 
5. Outros critérios classificatórios
5.1. Normas constitucionais de eficácia absoluta
5.2. Normas constitucionais de eficácia plena
5.3. Normas constitucionais de eficácia relativa restringível 
5.4. Normas constitucionais de eficácia relativa complementável ou dependentes 
de complementação
Classificação das Normas Constitucionais
Quando a doutrina estabelece a classificação das normas constitucionais, ela está 
preocupada quanto ao instituto jurídico aplicado à generalidade das normas conhecido 
como eficácia jurídica, ou seja, os efeitos que essas normas produzirão no ordenamento 
jurídico e social. Sendo assim, estabeleceremos, dentre as diversas classificações 
existentes, a mais famosa entre nossos doutrinadores, visto que é a adotada pelo 
Supremo Tribunal Federal – STF, que é de autoria de José Afonso da Silva, onde as 
normas constitucionais são classificadas como normas de eficácia plena, normas de 
eficácia contida e normas de eficácia limitada.
1) Normas de eficácia plena – são aquelas que estão aptas a produzir todos 
os seus efeitos desde a entrada em vigor da Constituição. Desta forma, não 
necessitam de regulamentação infraconstitucional e possuem aplicabilidade 
imediata, direta e integral. Por exemplo: art. 5º, inciso II;
2) Normas de eficácia contida – são aquelas que, assim como as de eficácia 
plena, produzem todos os seus efeitos. Entretanto, admitem serem 
restringidas ou contidas em seus efeitos por legislação infraconstitucional. 
Portanto, têm aplicabilidade imediata e direta, mas não integral, visto que 
admitem contenção em seus efeitos, como por exemplo a norma do art. 5º, 
inciso XIII;
3) Normas de eficácia limitada – são aquelas que para a produção ampla de 
seus efeitos necessitam de norma infraconstitucional que as venham 
complementar. Assim sendo, enquanto não existir a legislação 
infraconstitucional elas não produzirão efeitos integrais, por isso, sua 
aplicabilidade é indireta, mediata e reduzida. Por exemplo: art. 37, inciso VII.
O Fenômeno da Superveniência de Nova Constituição
A doutrina aponta ainda como tópico importante para o estudo das normas 
constitucionais, o problema que é acarretado para o ordenamento jurídico em relação 
ao processo legislativo quando da superveniência de uma nova Constituição. Para 
tanto, ela aponta três possíveis fenômenos a fim de solucioná-lo. São eles: a recepção, 
a repristinação, e a desconstitucionalização:
Recepção – Norma jurídica infraconstitucional criada na vigência do ordenamento 
constitucional anterior que é interpretada como compatível com a nova constituição. 
Trata-se pois de um principio de segurança jurídica, mas que também é de economia 
legislativa, porque não há razão alguma para a retirada das normas em perfeita 
congruência com o ordenamento constitucional vigente.
Repristinação – Ocorre uma espécie de ressurgimento ou restauração de 
vigência da norma jurídica anteriormente revogada, de maneira tácita, pela 
ordem constitucional pretérita, mas que agora foi substituída através de uma 
nova constituição escrita (art 2º § 3º Dec-lei 4657/42).
Desconstitucionalização – Fenômeno ainda não inteiramente admitido pela 
doutrina, no qual algumas normas da constituição anterior permaneceriam em 
sua vigência, desta feita sob uma nova forma de lei ordinária.
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
Aplicação: articulação teoria e prática
 
Caso 1 – Tema: Aplicabilidades das normas constitucionais 
Numa audiência no Juizado Especial Cível, em cujo processo o autor 
pleiteava uma indenização por danos morais no valor de R$ 3.000,00 (três 
mil reais), o advogado da empresa demandada, com amparo no art. 133 da 
Constituição da República, pleiteou a extinção do processo sem 
apreciação de mérito (CPC, art. 267, IV), sob o fundamento de que o 
advogado é essencial à administração da justiça. O autor, mesmo não 
tendo formação jurídica, ofereceu defesa alegando que a Lei n.º 9.099/95 
lhe garantia a possibilidade de postular em juízo sem assistência de 
defensor técnico. Diante de tal hipótese, considerando a aplicabilidade do 
art. 133, CRFB, seria correto afirmar que a Lei n.º 9.099/95 padece de vício 
de inconstitucionalidade?
Caso 2 – Tema: Recepção
A Emenda Constitucional nº 1/69 permitia a criação, em sede de Lei 
infraconstitucional, de monopólios estatais. Com o advento da 
Constituição da República de 1988, a possibilidade de criação de 
monopólios por lei não foi mais contemplada.
À luz da teoria da recepção, é possível sustentar a manutenção de 
monopólios estatais criados em sede infraconstitucional pelo ordenamento 
pretérito e não reproduzidos pela Constituição de 1988?
Considerações Adicionais

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