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Agravo em execução

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE PALMAS - TO.
 
Execução Penal nº.XXXXXXXXX
Álvaro da Cunha, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por meio de seus advogados, que esta subscrevem, interpor o presente recurso de
Agravo em Execução
com fulcro no artigo 197 da Lei 7.210/84. Requer seja este recebido e processado, para que, a partir das razões desde já inclusas, possa Vossa Excelência exercer, caso assim entenda, juízo de retratação, concedendo o direito pleiteado.
Caso Vossa Excelência entenda por manter a decisão denegatória, após ouvido o ilustre representante do Ministério Público, requer seja encaminhado a superior instância para julgamento, conforme artigo 589, do Código de Processo Penal.
Nestes termos, pede deferimento.
Palmas, 16 de novembro de 2017.
Diógenes Ribas Eduardo Kaminski
OAB/RS 00.000 OAB/RS 00.001
Razões de Agravo em Execução
Agravante: Álvaro Cunha
Execução Penal nº xxxxxxxxxxx
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
1. Dos Fatos
Trata-se de processo penal no qual o Agravante foi condenado à pena de 01 ano e 02 meses de reclusão pela prática do delito de estelionato, com fulcro no artigo 171 do CP. Nenhuma das partes interpôs recurso de apelação contra a sentença condenatória, a qual transitou definitivamente em julgado em 19 de maio de 2011, porém, o requerente estava foragido à época da condenação, iniciando o cumprimento de sua pena somente em 10 de novembro de 2016, ou seja, 05 anos após o trânsito em julgado da sentença. 
Sua defesa requereu a decretação da extinção da punibilidade, o que foi indeferido pelo juiz, entretanto, a respeitável decisão não deve prosperar, face aos argumentos a seguir expostos.
2. Do Direito
O entendimento que vem sendo adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se vê da ementa abaixo transcrita, de Acórdão proferido pela Quinta Câmara Criminal do Superior Tribunal de Justiça no julgamento do agravo em execução n° 70071137913 – RS:
AGRAVO EM EXECUÇÃO, PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA. MARCO INICIAL DA FLUÊNCIA DO PRAZO PRESCRICIONAL. TRÂNSITO EM JULGADO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA MANTIDA.
Tratando-se de reeducando condenado à pena de 01 (um) ano de reclusão, a prescrição da pretensão executória se dá em 04 (quatro) anos. Tendo transcorrido mais de 04 (quatro) anos do trânsito em julgado para o Ministério Público, sem que se tenha registro de eventual causa interruptiva, impõe-se o reconhecimento da extinção da punibilidade pela ocorrência da prescrição da pretensão executória do Estado. Inteligência do disposto no art. 107, inciso IV, combinado com o art. 109, inciso V e art. 112, inciso I, todos do Código Penal. Precedentes.
AGRAVO EM EXECUÇÃO DESPROVIDO.
Portanto, diante da ocorrência da prescrição da pretensão executória do Estado, fica reconhecida a extinção da punibilidade.
3. Dos Pedidos
Diante de todo o exposto, e considerando que o Agravante iniciou o cumprimento da pena imposta, somente 05 anos após o trânsito em julgado, requer seja conhecido e provido o presente recurso, tornando sem efeito a decisão contra a qual se insurge, para que seja concedida a extinção da punibilidade, baseado no artigo 107, inciso IV, combinado com o artigo 109, inciso V e artigo 112, inciso I, todos do Código Penal.
Nestes termos, pede deferimento.
Palmas, 16 de novembro de 2017.
Diógenes Ribas Eduardo Kaminski
OAB/RS 00.000 OAB/RS 00.001

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