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Psicologia aplicada ao Direito - Aula 10

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AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
Direito e Justiça são palavras que trazem complexos e diferentes significados.
Desde os primeiros anos de vida, as pessoas sabem o que lhes pertence e sabem defendê-lo dos outros que se aventuram a tomar para si o referido bem.
Direito e Justiça
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
Fazer justiça é respeitar o direito e não realizar qualquer ação que perturbe o equilíbrio social em relação ao respeito das leis por cada um de nós.
Para Cavalieri Filho (2002), Direito e Justiça são considerados pela sociedade como uma coisa só (senso comum).
Nem tudo que é Direito é justo nem tudo que é justo é Direito.
Direito e Justiça
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
DIREITO - é uma invenção humana, um fenômeno histórico e cultural, considerado uma técnica de pacificação social e de realização de justiça;
é um conjunto de princípios e regras destinado a realizar a justiça; 
nem sempre o Direito alcança essa finalidade, quer por não conseguir acompanhar as transformações sociais, quer pela incapacidade daqueles que o conceberam, e, além disso, por falta de disposição política para implementá- lo, tornando-se por isso um direito injusto;
o direito está em permanente busca da justiça e, por isso, em permanente transformação.
Direito e Justiça
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
Direito e Justiça
JUSTIÇA - envolve valores inerentes ao ser humano, tais como a liberdade, igualdade, fraternidade, o que vem sendo chamado de Direito natural desde a Antiguidade;
é um sistema aberto de valores, em constante modificação.
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
Algumas questões para debate:
Qual a finalidade da justiça ?
O que é uma sociedade justa ?
Qual é a função do operador do Direito ?
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
Poderíamos dizer que é a transformação social, na busca de uma sociedade justa.
O que é uma sociedade justa? 
Segundo Cavalieri Filho (2002), é uma sociedade sem preconceitos e discriminação de raça, sexo, cor ou idade; uma sociedade livre, solidária, sem pobreza e desigualdades sociais, na qual a cidadania e a dignidade da pessoa humana são as principais metas.
Qual a função do operador do Direito ?
Adequar o Direito à justiça. A justiça é um sistema aberto de valores e suscetível às mudanças, por melhor que seja a lei, sempre terá de ser ajustada às transformações sociais e aos novos ideais de Justiça.
Qual a finalidade da Justiça?
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
O acesso à justiça pressupõe a capacidade e oportunidade de realização de um direito, principalmente, dos direitos humanos que configuram a verdadeira cidadania.
E o Psicólogo nestas situações? 
Fundamentará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos; promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Acesso à Justiça
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
não se esgota no acesso ao Judiciário;
não se trata de conceder o acesso à Justiça enquanto instituição estatal;
não pode ser confundida com a mera busca pela inclusão dos segmentos sociais ao processo judicial.
Desde meados de 2007, a Secretaria de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, definiu o tema “Democratização do Acesso à Justiça” como
eixo prioritário de suas ações. 
Acesso à Justiça
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
Na tentativa de dar mais visibilidade à Justiça Restaurativa, em 14 de agosto de 2014, o Presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) assinou um acordo para incentivar a Justiça Restaurativa com o objetivo de diminuir a judicialização de infrações e reparar relações sociais.
Justiça Restaurativa
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
Princípios importantes da Justiça Restaurativa:
Voluntariedade 
Horizontalidade 
Responsabilização do autor do ato infracional
Resgate de valores que ficam prejudicados quando se pratica um ato infracional: respeito, honestidade, humildade, entre outros.
Justiça Restaurativa
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
Autor do ato infracional -busca-se alcançar a responsabilização, sem deixar de oferecer-lhe o apoio de que necessita. 
Vítima - atendimento e acolhimento de sua dor, bem como a oportunidade de ressignificação e restituição
de dano, mesmo que simbolicamente.
Protagonistas: vítima, ofensor e sua comunidade
Justiça Restaurativa
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
Valores
JUSTIÇA RETRIBUTIVA
JUSTIÇA RESTAURATIVA
Conceito estritamente jurídico de Crime – Violação da Lei Penal - ato contra a sociedade representada pelo Estado
Conceito amplo de Crime – Ato que afeta a vítima, o próprio autor e a comunidade causando-lhe uma variedade de danos
Primado do Interesse Público (Sociedade, representada pelo Estado, o Centro) – Monopólio estatal da Justiça Criminal
Primado do Interesse das Pessoas Envolvidas e Comunidade – Justiça Criminal participativa
Culpabilidade Individual voltada para o passado -Estigmatização
Responsabilidade, pela restauração, numa dimensão social, compartilhada coletivamente e voltada para o futuro
Uso Dogmático do Direito Penal Positivo
Uso Crítico e Alternativo do Direito
Indiferença do Estado quanto às necessidades do infrator, vítima e comunidade afetados - desconexão
Comprometimento com a inclusão e Justiça Social gerando conexões
Mono-cultural e excludente
Culturalmente flexível (respeito à diferença, tolerância)
Dissuasão
Persuasão
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
Procedimentos
JUSTIÇA RETRIBUTIVA
JUSTIÇA RESTAURATIVA
Ritual Solene e Público
Ritual informal e comunitário, com as pessoas envolvidas
Indisponibilidade da Ação Penal
Princípio da Oportunidade
Contencioso e contraditório
Voluntário e colaborativo
Linguagem, normas e procedimentos formais e complexos – garantias.
Procedimento informal com confidencialidade
Atores principais - autoridades (representando o Estado) e profissionais do Direito
Atores principais – vítimas, infratores, pessoas da Comunidade, ONGs.
Processo Decisório a cargo de autoridades (Policial,Delegado, Promotor, Juiz e profissionais do Direito - Unidimensionalidade
Processo Decisório compartilhado com as pessoas envolvidas (vítima, infrator e comunidade) –Multi-dimensionalidade
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
RESULTADOS
JUSTIÇA RETRIBUTIVA
JUSTIÇA RESTAURATIVA
Prevenção Geral e Especial
- Foco no infrator para intimidar e punir
Abordagem do Crime e suasConseqüências
- Foco nas relações entre as partes, para restaurar
Penalização
Penas privativas de liberdade, restritivas de direitos, multa
Estigmatizaçãoe Discriminação
Pedido de Desculpas, Reparação, restituição, prestação de serviçoscomunitários
Reparação do trauma moral e dos Prejuízos emocionais – Restauração e Inclusão
Tutela Penal de Bens e Interesses, com a Punição do Infrator e Proteção da Sociedade
Resulta responsabilização espontânea por parte do infrator
Penas desarrazoadas e desproporcionais em regime carcerário desumano, cruel, degradante e criminógeno – ou – penas alternativas ineficazes (cestas básicas)
Proporcionalidade e Razoabilidade das Obrigações Assumidas no Acordo Restaurativo
Vítima e Infrator isolados, desamparados e desintegrados. Ressocialização Secundária
Reintegração do Infrator e da Vítima Prioritárias
Paz Social com Tensão
Paz Social com Dignidade
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
Efeitos para as vítimas
JUSTIÇA RETRIBUTIVA
JUSTIÇA RESTAURATIVA
Pouquíssima ou nenhuma consideração, ocupando lugar periférico e alienado no processo. Não tem participação, nem proteção, mal sabe o que se passa.
Ocupa o centro do processo, com um papel e com voz ativa. Participa e tem controle sobre o que se passa.
Praticamente nenhuma assistência psicológica, social, econômica ou jurídica do Estado
Recebe assistência, afeto, restituição de perdas materiais e reparação
Frustração e Ressentimento com o sistema
Tem ganhos positivos. Suprem-se as necessidades individuais e coletivas da vítima e comunidade
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
Efeitos para os Infratores
JUSTIÇA RETRIBUTIVA
JUSTIÇA RESTAURATIVA
Infrator considerado em suas faltas e sua má-formação
Infrator visto no seu potencial de responsabilizar-se pelos danos econseqüênciasdo delito
Raramente tem participação
Participa ativa e diretamente
Comunica-se com o sistema por Advogado
Interage com a vítima e com a comunidade
É desestimulado e mesmo inibido a dialogar com a vítima
Tem oportunidade de desculpar-se ao sensibilizar-se com o trauma da vítima
É desinformado e alienado sobre os fatos processuais
É informado sobre os fatos do processo restaurativo e contribui para a decisão
Não é efetivamente responsabilizado, mas punido pelo fato
É inteirado dasconseqüênciasdo fato para a vítima e comunidade
Fica intocável
Fica acessível e se vê envolvido no processo
Não tem suas necessidades consideradas
Supre-se suas necessidades
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO
AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 10: A PSICOLOGIA E SUAS INTERFACES COM OS SISTEMAS JURÍDICO E JUDICIÁRIO

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