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1 EXERCICIO DE PRATICA

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 CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS
 FACULDADE DE DIREITO
 Missão: Formar profissionais capacitados, socialmente responsáveis r aptos s promoverem as transformações futuras
EXERCÍCIO DE PRÁTICA TRIBUTÁRIA
Prof. Fernando Maraninchi
Data:
Aluno:
Ricardo Gonçalvez, casado, administrador de empresa, lhe procura no escritório por cobrança de IRPF recebida em sua residência no dia 20/07/2016. A cobrança se refere a IRPF do exercício 2013, ano calendário 2012, devido a glosa de despesa com o plano de saúde que contratou para si, sua esposa e suas duas filhas (Marina de 25 anos e Ivana de 17 anos) sob argumento de ser dedução ilegal. O plano familiar, no valor de R$ 1.000,00 mensais, foi sempre pago todo dia 02.
Na qualidade de advogado do Sr. Ricardo, cite as opções que ele tem, bem como elabore a peça cabível para melhor atender os interesses do seu cliente, indicando o prazo final.
RESPOSTA:
 
Opçòes:
A- pagar a vista com desconto (50% DE REDUÇÃO NA MULTA), se dentro do prazo para se defender;
B- parcelar e com desconto (40% DE REDUÇÃO NA MULTA), se dentro do prazo para se defender;
C- não fazer nada;(inscrição em dívida ativa e execução fiscal após a cobrança amigável)
D- se defender: administrativamente ou judciialmente.
Administrativamente atraves de uma impugnação.
Judicialmente, através de uma acao anulatória de debito fiscal.
1 Peça:
ILMO. SR. DELEGADO DA DELEGACIA DE JULGAMENTO EM CURITIBA/PR
Valmor Chagas, (NACIONALIDADE), casado, administrador de empresa, residente e domiciliado na .........(endereço, com CEP e bairro).........inscrito no CPF ......................., RG ......................, por seu advogado signatário, com procuração em anexo (doc. 1) vem apresentar IMPUGNAÇÃO DE LANÇAMENTO FISCAL, com base no art. 151 do CTN c/c art. 15 do Dec. 70. 235/72, contra o auto de infração n ................ recebido em 17/07/2013, pelos fatos e fundamentos que passa a expor.
DOS FATOS:
O impetrante recebeu em sua residência no dia 17/07/2013 cobrança que se refere a IRPF do exercicio 2010, ano calendario 2009, devido a glosa de despesa com o plano de saúde que contratou para si, sua esposa e suas duas filhas (Marina de 25 anos e Ivana de 17 anos) sob argumento de ser dedução ilegal. O plano familiar, no valor de R$ 1.000,00 mensais, foi sempre pago todo dia 02.
Ocorre que se demonstrará, a despesa pode sim ser deduzida da base de cálculo do seu IRPF, por expressa disposição legal.
DOS FUNDAMENTOS:
A CF, em seu art. 5, preve que a todos é assegurado o contraditório e ampla defesa.
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
O CTN, em seu art. 151, preve que a apresentação de reclamação administrativa, bem como seus recursos, suspende a exigibilidade do credito tributário. Assim, a impugnação ora apresentada tem o condão de suspender a cobrança do tributo, e seus acréscimos legais (juros SELIC e multa) até a data da decisao final do processo administrativo.
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
Por sua vez o Decreto 70.235/72 preve e seu art. 15 que o prazo para apresentar é de 30 dias, o que demonstra a tempestividade do mesmo.
Art. 15. A impugnação, formalizada por escrito e instruída com os documentos em que se fundamentar, será apresentada ao órgão preparador no prazo de trinta dias, contados da data em que for feita a intimação da exigência
O imposto de renda é regulado pelo Decreto 3.000/99, que em seu artigo 80 preve:
Despesas Médicas
Art. 80.  Na declaração de rendimentos poderão ser deduzidos os pagamentos efetuados, no ano-calendário, a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, bem como as despesas com exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias (Lei nº 9.250, de 1995, art. 8º, inciso II, alínea "a").
§ 1º  O disposto neste artigo (Lei nº 9.250, de 1995, art. 8º, § 2º):
I - aplica-se, também, aos pagamentos efetuados a empresas domiciliadas no País, destinados à cobertura de despesas com hospitalização, médicas e odontológicas, bem como a entidades que assegurem direito de atendimento ou ressarcimento de despesas da mesma natureza;
II - restringe-se aos pagamentos efetuados pelo contribuinte, relativos ao próprio tratamento e ao de seus dependentes;
III - limita-se a pagamentos especificados e comprovados, com indicação do nome, endereço e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ de quem os recebeu, podendo, na falta de documentação, ser feita indicação do cheque nominativo pelo qual foi efetuado o pagamento;
IV - não se aplica às despesas ressarcidas por entidade de qualquer espécie ou cobertas por contrato de seguro;
V - no caso de despesas com aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias, exige-se a comprovação com receituário médico e nota fiscal em nome do beneficiário.
§ 2º  Na hipótese de pagamentos realizados no exterior, a conversão em moeda nacional será feita mediante utilização do valor do dólar dos Estados Unidos da América, fixado para venda pelo Banco Central do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do pagamento.
§ 3º  Consideram-se despesas médicas os pagamentos relativos à instrução de deficiente físico ou mental, desde que a deficiência seja atestada em laudo médico e o pagamento efetuado a entidades destinadas a deficientes físicos ou mentais.
§ 4º  As despesas de internação em estabelecimento para tratamento geriátrico só poderão ser deduzidas se o referido estabelecimento for qualificado como hospital, nos termos da legislação específica.
§ 5º  As despesas médicas dos alimentandos, quando realizadas pelo alimentante em virtude de cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado judicialmente, poderão ser deduzidas pelo alimentante na determinação da base de cálculo da declaração de rendimentos (Lei nº 9.250, de 1995, art. 8º, § 3º).
Assim, se percebe que as depesas com o plano de saude familiar utilizadas como deduções no IRPF/2010 do impugnante são legais, o que torna a glosa improcedente.
Ademais, aproveita-se para juntar o demonstrativo de pagamento feito ao plano de saude (doc. 2).
Observação: caso a filha marina tivesse 25 anos em 2009, a despsa com ela tida junto ao plano não poderia ser abatida da base de calculo do IRPF e a impugnacao seria parcial. Agora, se ela tem 25 anos hoje, teria 21 anos na época, e se curssasse faculdade seria considerada como dependente para fins do imposto de renda.
Dependentes
Art. 77.  Na determinação da base de cálculo sujeita à incidência mensal do imposto, poderá ser deduzida do rendimento tributável a quantia equivalente a noventa reais por dependente (Lei nº 9.250, de 1995, art. 4º, inciso III).
§ 1º  Poderão ser considerados como dependentes, observado o disposto nos arts. 4º, § 3º, e 5º, parágrafo único (Lei nº 9.250, de 1995, art. 35):
I - o cônjuge;
II - o companheiro ou a companheira, desde que haja vida em comum por mais de cinco anos, ou por período menor se da união resultou filho;
III - a filha, o filho, a enteada ou o enteado, até vinte e um anos, ou de qualquer idade quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho;
IV - o menor pobre, até vinte e um anos, que o contribuinte crie e eduque e do qual detenha a guarda judicial;
V - o irmão, o neto ou o bisneto, sem arrimo dos pais, até vinte e um anos, desde que o contribuinte detenha a guarda judicial, ou de qualquer idade quando incapacitado físicaou mentalmente para o trabalho;
VI - os pais, os avós ou os bisavós, desde que não aufiram rendimentos, tributáveis ou não, superiores ao limite de isenção mensal;
VII - o absolutamente incapaz, do qual o contribuinte seja tutor ou curador.
§ 2º  Os dependentes a que referem os incisos III e V do parágrafo anterior poderão ser assim considerados quando maiores até vinte e quatro anos de idade, se ainda estiverem cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau (Lei nº 9.250, de 1995, art. 35, § 1º).
§ 3º  Os dependentes comuns poderão, opcionalmente, ser considerados por qualquer um dos cônjuges (Lei nº 9.250, de 1995, art. 35, § 2º).
§ 4º  No caso de filhos de pais separados, poderão ser considerados dependentes os que ficarem sob a guarda do contribuinte, em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente (Lei nº 9.250, de 1995, art. 35, § 3º).
§ 5º  É vedada a dedução concomitante do montante referente a um mesmo dependente, na determinação da base de cálculo do imposto, por mais de um contribuinte (Lei nº 9.250, de 1995, art. 35, § 4º).
DOS PEDIDOS:
Assim sendo, demonstrada a insubsistência e improcedência (total ou parcial), do lançamento requer que seja acolhida a presente Impugnação para declarar legal a dedução com o plano de saúde, e a glosa ilegal . 
Foz do Iguaçu/PR, 20 de agosto de 2016.
_____________________________________
Advogado..................
OAB....................
ANEXOS:
1 – procuração (com firma reconhecida);
2 – demonstrativo de pagamento ao plano de saude;
3 – RG e CPF do impugnante;
4 – comprovante de endereço;
AO ILMO. SR. DR. DELEGADO DA DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DE JULGAMENTO EM CURITIBA /PR
PAF ..............................................
RICARDO GONÇALVEZ, brasileiro, casado, empresário, inscrito no CPF ............................, residente e domiciliado na Rua ................................., n ............. apartamento ..... do bairro ..............., da cidade de Foz do Iguaçu/PR, vem por meio de seu advogado signatário com procuração em anexo (doc. 1) perante V Sra. apresentar IMPUGNAÇÃO AO LANÇAMENTO FISCAL, com fundamento no art. 5 e 15 do Decreto 70235/72, pelos motivos de fato e direito a seguir expostos:
DOS FATOS
O impugnanate esta sendo cobrado de IRPF do exercício 2013, ano calendário 2012, devido a glosa de despesa com o plano de saúde que contratou para si, sua esposa e suas duas filhas (Marina de 25 anos e Ivana de 17 anos) sob argumento de ser dedução ilegal, com o que não se pode concordar pois sempre arcou com o plano familiar, no valor de R$ 1.000,00 mensais, todo dia 02. 
DO DIREITO 
- tempestividade da impugnação. 
Foi notificado dia 20 de julho de 2016 (quarta feira), começando o prazo de 30 dias a contar na quinta e se encerrando no dia 19 de agosto de 2016 (sexta feira), por previsão expressa do art. 5 do Decreto 70.235/72.
- da dedutibilidade do plano de saude
O IR é regulado pelo Decreto 3.000/99, onde está previsto que as despesas com saúde do declarante e seus dependentes é dedutível da base de cálculo do IRPF (art. 80).
Art. 80.  Na declaração de rendimentos poderão ser deduzidos os pagamentos efetuados, no ano-calendário, a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, bem como as despesas com exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias (Lei nº 9.250, de 1995, art. 8º, inciso II, alínea "a").
§ 1º  O disposto neste artigo (Lei nº 9.250, de 1995, art. 8º, § 2º):
I - aplica-se, também, aos pagamentos efetuados a empresas domiciliadas no País, destinados à cobertura de despesas com hospitalização, médicas e odontológicas, bem como a entidades que assegurem direito de atendimento ou ressarcimento de despesas da mesma natureza
Assim , percebe-se que a glosa é indevida, pois o plano de saude é pago pelo declarante todo mês no dia 2 para segurar a saude e bem estar de seus dependetes.
De acordo com o art. 77 podem ser considerados dependentes tributários:
- conjuge;
- filho menor, até 18 anos;
- filho maior, até 24 anos, que curse curso superior.
- filho maior, se incapacaz para vida civil;
Art. 77.  Na determinação da base de cálculo sujeita à incidência mensal do imposto, poderá ser deduzida do rendimento tributável a quantia equivalente a noventa reais por dependente (Lei nº 9.250, de 1995, art. 4º, inciso III).
§ 1º  Poderão ser considerados como dependentes, observado o disposto nos arts. 4º, § 3º, e 5º, parágrafo único (Lei nº 9.250, de 1995, art. 35):
I - o cônjuge;
II - o companheiro ou a companheira, desde que haja vida em comum por mais de cinco anos, ou por período menor se da união resultou filho;
III - a filha, o filho, a enteada ou o enteado, até vinte e um anos, ou de qualquer idade quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho;
IV - o menor pobre, até vinte e um anos, que o contribuinte crie e eduque e do qual detenha a guarda judicial;
V - o irmão, o neto ou o bisneto, sem arrimo dos pais, até vinte e um anos, desde que o contribuinte detenha a guarda judicial, ou de qualquer idade quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho;
VI - os pais, os avós ou os bisavós, desde que não aufiram rendimentos, tributáveis ou não, superiores ao limite de isenção mensal;
VII - o absolutamente incapaz, do qual o contribuinte seja tutor ou curador.
§ 2º  Os dependentes a que referem os incisos III e V do parágrafo anterior poderão ser assim considerados quando maiores até vinte e quatro anos de idade, se ainda estiverem cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau (Lei nº 9.250, de 1995, art. 35, § 1º).
§ 3º  Os dependentes comuns poderão, opcionalmente, ser considerados por qualquer um dos cônjuges (Lei nº 9.250, de 1995, art. 35, § 2º).
§ 4º  No caso de filhos de pais separados, poderão ser considerados dependentes os que ficarem sob a guarda do contribuinte, em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente (Lei nº 9.250, de 1995, art. 35, § 3º).
§ 5º  É vedada a dedução concomitante do montante referente a um mesmo dependente, na determinação da base de cálculo do imposto, por mais de um contribuinte (Lei nº 9.250, de 1995, art. 35, § 4º).
Ressalte-se que todo despesa se referia ao plano de saude do declarante , seu conkuge e suas duas filhas, que de acordo com o regulamento podem ser consideradas suas dependentes.
DOS PEDIDOS
Assim, mostrando-se insubsistente o auto de infração , pede-se e espera-se que o lançamento seja modificado para extinguir o credito tributario ora exigido.
NT
PD
Foz do Iguaçu, 19 de agosto de 2016.
Advogado/oab
ANEXOS:
- procuração;
- cópia da carteira da OAB
- comprovantes de pagamento;
- certidão de casamento;
- certidão de nascimento;
- comprovante de endereço;
- CPF e RG;
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