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Legislação Aduaneira Aula 01 1 Etapas de uma Importação Negociação Comercial Controle Administrativo Transporte Controle Aduaneiro Controle Cambial 2 Legislação Aduaneira Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: ... VIII - comércio exterior e interestadual; Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I - importação de produtos estrangeiros; II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda 3 Legislação Aduaneira Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/66) CAPÍTULO II Impostos sobre o Comércio Exterior SEÇÃO I Impostos sobre a Importação SEÇÃO II Imposto sobre a Exportação 4 Legislação Aduaneira Decreto-lei nº 37/1966 (Lei Aduaneira) Ementa “Dispõe sobre o imposto de importação, reorganiza os serviços aduaneiros e dá outras providências.” Exposição de Motivos nº 867 “15. A exemplo de Códigos Aduaneiros modernos, o projeto dispõe sobre matéria de natureza substantiva, deixando-se aos regulamentos toda a matéria de procedimento.” 5 Legislação Aduaneira Decreto-lei nº 1.455/1976 Ementa “Dispõe sobre bagagem de passageiro procedente do exterior, disciplina o regime de entreposto aduaneiro, estabelece normas sobre mercadorias estrangeiras apreendidas e dá outras providências.” Decreto-lei nº 1.578/1977 Ementa “Dispõe sobre o imposto sobre a exportação, e dá outras providências.” 6 Legislação Aduaneira Decreto nº 6.759/2009 (Regulamento Aduaneiro) Ementa “Regulamenta a administração das atividades aduaneiras, e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de comércio exterior.” 7 Legislação Aduaneira MP 2.158-35/2001 Ementa “Altera a legislação das Contribuições para a Seguridade Social - COFINS, para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP e do Imposto sobre a Renda, e dá outras providências.” 8 Legislação Aduaneira Lei 10.637/2002 Ementa “Dispõe sobre a não-cumulatividade na cobrança da contribuição para os Programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), nos casos que especifica; sobre o pagamento e o parcelamento de débitos tributários federais, a compensação de créditos fiscais, a declaração de inaptidão de inscrição de pessoas jurídicas, a legislação aduaneira, e dá outras providências.” 9 Legislação Aduaneira Lei 10.833/2003 Ementa “Altera a Legislação Tributária Federal e dá outras providências.” 10 Legislação Aduaneira Lei 11.281/2006 Ementa “Altera dispositivos da Lei no 6.704, de 26 de outubro de 1979, que dispõe sobre o seguro de crédito à exportação; autoriza cobranças judiciais e extrajudiciais de créditos da União, no exterior, decorrentes de sub-rogações de garantias de seguro de crédito à exportação honradas com recursos do Fundo de Garantia à Exportação - FGE e de financiamentos não pagos contratados com recursos do Programa de Financiamento às Exportações - PROEX e do extinto Fundo de Financiamento à Exportação - FINEX; altera o Decreto-Lei no 37, de 18 de novembro de 1966; revoga a Lei no 10.659, de 22 de abril de 2003; e dá outras providências.” 11 Legislação Aduaneira Lei 11.488/2007 Ementa “Cria o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura - REIDI; reduz para 24 (vinte e quatro) meses o prazo mínimo para utilização dos créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS decorrentes da aquisição de edificações; amplia o prazo para pagamento de impostos e contribuições; altera a Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, e as Leis nos 9.779, de 19 de janeiro de 1999, 8.212, de 24 de julho de 1991, 10.666, de 8 de maio de 2003, 10.637, de 30 de dezembro de 2002, 4.502, de 30 de novembro de 1964, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 10.426, de 24 de abril de 2002, 10.833, de 29 de dezembro de 2003, 10.892, de 13 de julho de 2004, 9.074, de 7 de julho de 1995, 9.427, de 26 de dezembro de 1996, 10.438, de 26 de abril de 2002, 10.848, de 15 de março de 2004, 10.865, de 30 de abril de 2004, 10.925, de 23 de julho de 2004, 11.196, de 21 de novembro de 2005; revoga dispositivos das Leis nos 4.502, de 30 de novembro de 1964, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e do Decreto-Lei no 1.593, de 21 de dezembro de 1977; e dá outras providências.” 12 Legislação Aduaneira Lei 12.350/2010 Ementa “Dispõe sobre medidas tributárias referentes à realização, no Brasil, da Copa das Confederações Fifa 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014; promove desoneração tributária de subvenções governamentais destinadas ao fomento das atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica nas empresas; altera as Leis nos 11.774, de 17 de setembro de 2008, 10.182, de 12 de fevereiro de 2001, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 7.713, de 22 de dezembro de 1988, 9.959, de 27 de janeiro de 2000, 10.887, de 18 de junho de 2004, 12.058, de 13 de outubro de 2009, 10.865, de 30 de abril de 2004, 10.931, de 2 de agosto de 2004, 12.024, de 27 de agosto de 2009, 9.504, de 30 de setembro de 1997, 10.996, de 15 de dezembro de 2004, 11.977, de 7 de julho de 2009, e 12.249, de 11 de junho de 2010, os Decretos-Leis nos 37, de 18 de novembro de 1966, e 1.455, de 7 de abril de 1976; revoga dispositivos das Leis nos 11.196, de 21 de novembro de 2005, 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, 9.718, de 27 de novembro de 1998, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003; e dá outras providências.” 13 Legislação Aduaneira Normas Infralegais Instruções Normativas Portarias Normas de Execução etc... 14 Habilitação para Operação no Siscomex IN RFB n. 1.288/2012 Ementa “Estabelece procedimentos de habilitação de importadores, exportadores e internadores da Zona Franca de Manaus para operação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e de credenciamento de seus representantes para a prática de atividades relacionadas ao despacho aduaneiro.” Objetivo Verificação da capacidade econômica, financeira e operacional 15 Modalidades de Habilitação IN RFB n. 1.288/2012 Modalidade “pessoa jurídica” submodalidade limitada capacidade financeira igual/inferior a US$ 150 mil importações cobertura cambial até limite acima submodalidade ilimitada capacidade financeira superior a US$ 150 mil sem limite submodalidade expressa dispensa análise – SA, Linha Azul, empresa ou órgão público, empresas FIFA ou só exportador 16 Modalidades de Habilitação IN RFB n. 1.288/2012 Modalidade “pessoa física” habilitação do próprio interessado operações de comércio exterior para: desempenho de suas atividades (inclusive produtor rural, artesão, artista ou assemelhado) uso ou consumo próprio coleções pessoais 17 Despacho de Importação 18 Licenciamento de Importação (LI) Importador / Órgãos Anuentes Dispensado (default) Automático Não automático ANVISA MAPA DECEX INMETRO Exército Brasileiro Etc Despacho de Importação 19 Licenciamento de Importação (LI) Controle Informatizado de Carga – Siscomex Carga/Mantra Importador / Órgãos Anuentes Transportador / OP / Depositário Disponibilidade da Carga Depositário Registro da DI Importador dados do importador e do exportador estrangeiro identificação, quantificação classificação, valor e origem das mercadorias FG para cálculo II Perda da espontaneidade Efetivação do registro DI (recebe nº de registro) regularidade cadastral LI disponibilidade carga débito em conta sem irregularidade impeditiva Outros tipos de declaração DSI DIRE DRTU DBA sem declaração (remessa postal) Despacho de Importação 20 Licenciamento de Importação (LI) Controle Informatizado de Carga – Siscomex Carga/Mantra Importador / ÓrgãosAnuentes Transportador / OP / Depositário Disponibilidade da Carga Depositário Registro da DI Importador Parametrização Sistema Verde Amarelo Vermelho Cinza desembaraço automático exame documental exame documental e verificação da mercadoria exame documental, verificação da mercadoria e procedimento especial de controle aduaneiro Despacho de Importação 21 Licenciamento de Importação (LI) Controle Informatizado de Carga – Siscomex Carga/Mantra Importador / Órgãos Anuentes Transportador / OP / Depositário Disponibilidade da Carga Depositário Registro da DI Importador Parametrização Sistema Verde Amarelo Vermelho Cinza Anexação de Documentos Importador Originais mantidos em poder do importador pelo prazo previsto na legislação Conhecimento de Carga Fatura Comercial Packing List Certificado de Origem MIC/DTA Outros Despacho de Importação Licenciamento de Importação (LI) Controle Informatizado de Carga – Siscomex Carga/Mantra Importador / Órgãos Anuentes Transportador / OP / Depositário Disponibilidade da Carga Depositário Registro da DI Importador Parametrização Sistema Verde Amarelo Vermelho Cinza Anexação de Documentos Distribuição Conferência Aduaneira Importador Supervisor / Sistema AFRFB Zona primária Zona secundária (com anuência da autoridade aduaneira) Divergência Exigência Exame Documental Verificação da Mercadoria (RVF, perícia) Procedimento Especial Despacho de Importação 23 Licenciamento de Importação (LI) Controle Informatizado de Carga – Siscomex Carga/Mantra Importador / Órgãos Anuentes Transportador / OP / Depositário Disponibilidade da Carga Depositário Registro da DI Importador Parametrização Sistema Verde Amarelo Vermelho Cinza Anexação de Documentos Distribuição Conferência Aduaneira Análise Fiscal Importador Supervisor / Sistema AFRFB Desembaraço Aduaneiro Entrega da Mercadoria AFRFB / Sistema Depositário Despacho de Exportação Decreto 6.759/2009 Art. 584. O registro de exportação compreende o conjunto de informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal que caracteriza a operação de exportação de uma mercadoria e define o seu enquadramento, devendo ser efetuado de acordo com o estabelecido pela Secretaria de Comércio Exterior. Registro de Exportação (RE) Exportador/ Órgãos Anuentes Despacho de Exportação Registro de Exportação (RE) Declaração de Exportação Exportador/ Órgãos Anuentes Exportador Decreto 6.759/2009 Art. 586. O documento base do despacho de exportação é a declaração de exportação. IN 28/1994 Art. 10. Tem-se por iniciado o despacho de exportação na data em que a declaração formulada pelo exportador receber numeração específica. Uma DE pode ter mais de um RE (mesmo exportador, mesma moeda de negociação, mesma condição de venda, mesmas unidades de despacho e de embarque) Um RE somente poderá ser vinculado a uma DE Outros tipos de declaração DSE DSE-Formulário DRE-E sem declaração (bagagem até US$ 2.000,00) Despacho de Exportação Registro de Exportação (RE) Declaração de Exportação Exportador/ Órgãos Anuentes Exportador Confirmação da Presença de Carga Depositário / Exportador Envio da Declaração Exportador Prazo 15 dias da DE (se não apresentar, cancela DE) Marca o início do procedimento fiscal Despacho de Exportação Registro de Exportação (RE) Declaração de Exportação Exportador/ Órgãos Anuentes Exportador Confirmação da Presença de Carga Depositário / Exportador Envio da Declaração Exportador Parametrização Sistema Verde Laranja Vermelho desembaraço automático exame documental exame documental e verificação da mercadoria Despacho de Exportação Registro de Exportação (RE) Declaração de Exportação Exportador/ Órgãos Anuentes Exportador Confirmação da Presença de Carga Depositário / Exportador Envio da Declaração Exportador Parametrização Sistema Verde Laranja Vermelho Recepção / Distribuição Conferência Aduaneira Desembaraço Aduaneiro Embarque ou Transposição de Fronteira Exportador / AFRFB Transportador Trânsito Aduaneiro Averbação do Embarque AFRFB-ATRFB / Supervisor AFRFB AFRFB / Sistema Fiscalização Aduaneira Decreto 6.759/2009 Art. 593. A averbação do embarque consiste na confirmação da saída da mercadoria do País. Formulação de exigência e interrupção do despacho divergência ou infração não impeditiva do embarque ou transposição deverão ser cumpridas antes da averbação exigência com interrupção (impede o desembaraço) tentativa de exportação mercadoria proibida, vedada ou suspensa fraude relativa a preço, peso, medida, classificação e qualidade da mercadoria 1ª via Nota Fiscal comprovante pagamento, se exigível Via original do conhecimento e do manifesto internacional de carga, nas exportações por via terrestre, fluvial ou lacustre Outros (Certificado de Kimberley, Certificado de Origem, Guia de liberação do IPHAN etc) Legislação Aduaneira – Edital 2014 1. Jurisdição Aduaneira (Dec. 6759/09 – arts. 2º a 25) 1.1. Território Aduaneiro (Dec. 6759/09 – arts. 2º a 4º) 1.2. Portos, Aeroportos e Pontos de Fronteira Alfandegados (Dec. 6759/09 – arts. 5º a 8º) 1.2.1. Alfandegamento (Dec. 6759/09 – arts. 13 a 14) 1.3. Recintos Alfandegados (Dec. 6759/09 – arts. 9º a 12) 1.4. Administração Aduaneira (Dec. 6759/09 – arts. 15 a 25) 2. Controle Aduaneiro de Veículos (Dec. 6759/09 – arts. 26 a 68) 29 Jurisdição Aduaneira Jurisdição aduaneira é o poder-dever dado à Aduana para exercer o controle aduaneiro, nos termos da legislação vigente, sobre as mercadorias objeto de comércio internacional (importação / exportação). A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro. (art. 3º) A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se ainda às Áreas de Controle Integrado criadas em regiões limítrofes dos países integrantes do Mercosul com o Brasil. (art. 3º, § 5º) – enclave aduaneiro 30 Território Aduaneiro O território aduaneiro compreende todo o território nacional (art. 2º) e abrange (art. 3º): a zona primária*, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local: a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados a área terrestre, nos aeroportos alfandegados a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados a zona secundária, que compreende o restante do território aduaneiro (inclusive as águas territoriais e o espaço aéreo) * para efeito de controle aduaneiro, as zonas de processamento de exportação (ZPE) constituem zona primária (art. 3º. § 1º) 31 Território Aduaneiro Para a demarcação da zona primária, deverá ser ouvido o órgão ou empresa a que esteja afeta a administração do local a ser alfandegado. (art. 3º, § 2º) A autoridade aduaneira poderá exigir que a zona primária, ou parte dela, seja protegida por obstáculos que impeçam o acesso indiscriminado de veículos, pessoas ou animais. (art. 3º, § 3]) A autoridade aduaneira poderá estabelecer, em locais e recintos alfandegados, restrições à entrada de pessoas que ali não exerçam atividades profissionais, e a veículos não utilizados em serviço (art. 3º, § 4º) 32 Território Aduaneiro O Ministro de Estado da Fazenda poderá demarcar, na orla marítima ou na faixa de fronteira, zonas de vigilância aduaneira, nas quais a permanência de mercadorias ou a sua circulação e a de veículos, pessoas ou animais ficarão sujeitas às exigências fiscais, proibições e restrições que forem estabelecidas (art. 4º) 33 Portos, Aeroportos e Pontos de Fronteira Alfandegados Portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados = zona primária Somente por esses locais poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas – exceção: mercadorias conduzidas por linhas de transmissão ou por dutos, ligados ao exterior (art. 8º) Nesses locais podem, sob controle aduaneiro (art. 5º): estacionar ou transitar veículos procedentes doexterior ou a ele destinados (controle aduaneiro de veículos) ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas (controle aduaneiro de mercadorias) embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados (controle aduaneiro de viajantes) 34 Portos, Aeroportos e Pontos de Fronteira Alfandegados Os portos, aeroportos e pontos de fronteira serão alfandegados por ato declaratório da autoridade aduaneira competente (art. 5º) O alfandegamento desses locais será precedido da respectiva habilitação ao tráfego internacional pelas autoridades competentes em matéria de transporte (art. 6º) O ato que declarar o alfandegamento estabelecerá as operações aduaneiras autorizadas e os termos, limites e condições para sua execução (art. 7º) 35 Alfandegamento RFB declara o local ou recinto alfandegado (ADE) e autoriza a realização de algumas operações aduaneiras Pressupõe a presença da Aduana e, portanto, o controle aduaneiro constante podem ser alfandegados portos e aeroportos (total ou parcial - art. 13, § 3º) pontos de fronteira (também para habitantes de cidades fronteiriças – art. 14, caput e § 2º) recintos (inclusive silos e tanques, para granel - art. 13, § 4º) 36 Alfandegamento O alfandegamento somente poderá ser efetivado (art. 13) depois de atendidas as condições de instalação do órgão de fiscalização aduaneira e de infraestrutura indispensável à segurança fiscal se atestada a regularidade fiscal do interessado se houver disponibilidade de recursos humanos e materiais se o interessado assumir a condição de fiel depositário da mercadoria sob sua guarda 37 Alfandegamento Compete à RFB definir os requisitos técnicos e operacionais para o alfandegamento dos locais e recintos que operem com mercadorias, devendo estabelecer (art. 13-A) segregação e proteção física da área do local ou recinto, inclusive entre as áreas de armazenagem de mercadorias ou bens para exportação, para importação ou para regime aduaneiro especial disponibilização de edifícios e instalações, aparelhos de informática, mobiliário e materiais para o exercício de suas atividades e, quando necessário, de outros órgãos ou agências da administração pública federal disponibilização e manutenção de balanças e outros instrumentos necessários à fiscalização e ao controle aduaneiros disponibilização e manutenção de instrumentos e aparelhos de inspeção não invasiva de cargas e veículos, como os aparelhos de raios X ou gama 38 Alfandegamento Compete à RFB definir os requisitos técnicos e operacionais para o alfandegamento dos locais e recintos que operem com mercadorias, devendo estabelecer (art. 13-A) disponibilização de edifícios e instalações, equipamentos, instrumentos e aparelhos especiais para a verificação de mercadorias frigorificadas, apresentadas em tanques ou recipientes que não devam ser abertos durante o transporte, produtos químicos, tóxicos e outras mercadorias que exijam cuidados especiais para seu transporte, manipulação ou armazenagem disponibilização de sistemas, com acesso remoto pela fiscalização aduaneira, para vigilância eletrônica do recinto, para registro e controle de acesso de pessoas e veículos e para registro e controle das operações realizadas com mercadorias, inclusive seus estoques. 39 Recintos Alfandegados Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneira competente, na zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possam ocorrer, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de (art. 9º): mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados remessas postais internacionais Poderão ainda ser alfandegados, em zona primária, recintos destinados à instalação de lojas francas (art. 9º, parágrafo único) 40 Recintos Alfandegados Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro (art. 11) Os portos secos NÃO poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportos alfandegados (art. 11, § 1º) Os portos secos poderão ser autorizados a operar com carga de importação, de exportação ou ambas, tendo em vista as necessidades e condições locais (art. 11, § 2º) Os portos secos operam sob regime de concessão (imóvel pertencente à União) ou de permissão (demais casos) (art. 12) 41 Administração Aduaneira O exercício da administração aduaneira compreende a fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, em todo o território aduaneiro (art. 15) Fiscalização: antes desembaraço X após desembaraço As atividades de fiscalização de tributos incidentes sobre as operações de comércio exterior serão supervisionadas e executadas por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (art. 15, parágrafo único) A autoridade aduaneira que proceder ou presidir a qualquer procedimento fiscal lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a sua conclusão (art. 23) 42 Administração Aduaneira A fiscalização aduaneira poderá ser ininterrupta, em horários determinados, ou eventual, nos portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados (art. 16) A administração aduaneira determinará os horários e as condições de realização dos serviços aduaneiros nesses locais (art. 16, § 1º) O atendimento em dias e horas fora do expediente normal da unidade é considerado serviço extraordinário, devendo os interessados ressarcir a administração das despesas decorrentes (art. 16, § 2º) 43 Administração Aduaneira Prerrogativas da fiscalização aduaneira Precedência da autoridade aduaneira sobre as demais autoridades nas áreas que se encontram sob controle aduaneiro (alfandegadas) (art. 17), inclusive na zona de vigilância aduaneira (art. 17, § 2º) A precedência implica a obrigação das demais autoridades em prestar auxílio imediato, sempre que requisitado, e a competência para disciplinar a entrada, a permanência, a movimentação e a saída de pessoas, veículos, unidades de carga e mercadorias nesses locais (art. 17, § 1º) 44 Administração Aduaneira Prerrogativas da fiscalização aduaneira No exercício de suas atribuições, a autoridade aduaneira terá livre acesso (art. 24): a quaisquer dependências do porto e às embarcações, atracadas ou não; e aos locais onde se encontrem mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas. Para o desempenho dessas atribuições, a autoridade aduaneira poderá requisitar papéis, livros e outros documentos, bem como o apoio de força pública federal, estadual ou municipal, quando julgar necessário (art. 24, parágrafo único) 45 Administração Aduaneira Prerrogativas da fiscalização aduaneira As pessoas físicas ou jurídicas exibirão aos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil, sempre que exigidos, as mercadorias, livros das escritas fiscal e geral, documentos mantidos em arquivos magnéticos ou assemelhados, e todos os documentos, em uso ou já arquivados, que forem julgados necessários à fiscalização, e lhes franquearão os seus estabelecimentos, depósitos e dependências, bem assim veículos, cofres e outros móveis, a qualquer hora do dia, ou da noite, se à noite os estabelecimentos estiverem funcionando (art. 19) 46 Administração Aduaneira Prerrogativas da fiscalização aduaneira Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade fiscal todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros (art. 22) os tabeliães, os escrivães e demais serventuários de ofício; os bancos, as casas bancárias, as caixas econômicas e demais instituições financeiras;as empresas de administração de bens; os corretores, os leiloeiros e os despachantes oficiais; os inventariantes; os síndicos, os comissários e os liquidatários; e quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. A obrigação não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão (art. 22, parágrafo único) 47 Administração Aduaneira Prerrogativas da fiscalização aduaneira Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis de efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes, industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los (art. 21) 48 Administração Aduaneira Obrigação dos intervenientes O importador, o exportador ou o adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem têm a obrigação de manter, em boa guarda e ordem, os documentos relativos às transações que realizarem, pelo prazo decadencial estabelecido na legislação tributária a que estão submetidos, e de apresentá-los à fiscalização aduaneira quando exigidos (art. 18) Nas hipóteses de incêndio, furto, roubo, extravio ou qualquer outro sinistro que provoque a perda ou deterioração dos documentos, deverá ser feita comunicação, por escrito, no prazo de quarenta e oito horas do sinistro, à unidade de fiscalização aduaneira da Secretaria da Receita Federal do Brasil que jurisdicione o domicílio matriz do sujeito passivo, instruída com os documentos que comprovem o registro da ocorrência junto à autoridade competente para apurar o fato (art 18, § 2º) 49 Administração Aduaneira Obrigação dos intervenientes O disposto aplica-se também ao despachante aduaneiro, ao transportador, ao agente de carga, ao depositário e aos demais intervenientes em operação de comércio exterior quanto aos documentos e registros relativos às transações em que intervierem, na forma e nos prazos estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (art. 18. § 5º) 50 Controle Aduaneiro de Veículos A entrada ou a saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados só poderá ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado (art. 26) O controle aduaneiro do veículo será exercido desde o seu ingresso no território aduaneiro até a sua efetiva saída, e será estendido a mercadorias e a outros bens existentes a bordo, inclusive a bagagens de viajantes (art. 26, § 1º) Quando conveniente aos interesses da Fazenda Nacional, poderá ser determinado, pela autoridade aduaneira, o acompanhamento fiscal de veículo pelo território aduaneiro. (art. 30) O titular da unidade aduaneira jurisdicionante poderá autorizar a entrada ou a saída de veículos por porto, aeroporto ou ponto de fronteira não alfandegado, em casos justificados (art. 26, § 2º) 51 Controle Aduaneiro de Veículos É proibido ao condutor de veículo procedente do exterior ou a ele destinado (art. 27): estacionar ou efetuar operações de carga ou descarga de mercadoria, inclusive transbordo, fora de local habilitado; trafegar no território aduaneiro em situação ilegal quanto às normas reguladoras do transporte internacional correspondente à sua espécie; e desviá-lo da rota estabelecida pela autoridade aduaneira, sem motivo justificado. É proibido ao condutor do veículo colocá-lo nas proximidades de outro, sendo um deles procedente do exterior ou a ele destinado, de modo a tornar possível o transbordo de pessoa ou mercadoria, sem observância das normas de controle aduaneiro (art. 28) – há exceções 52 Controle Aduaneiro de Veículos O transportador deve prestar as informações à RFB sobre as cargas transportadas, bem como sobre a chegada de veículos procedentes do exterior ou a ele destinado (art. 31) Também devem prestar informações sobre as operações que executem e as respectivas cargas o agente de carga e o operador portuário (art. 31, § 2º) Após a prestação das informações e a efetiva chegada do veículo ao País, será emitido o respectivo termo de entrada (art. 32) As operações de carga, descarga ou transbordo em embarcações procedentes do exterior somente poderão ser executadas depois de prestadas essas informações (art. 32, parágrafo único) As empresas de transporte internacional que operem em linha regular, por via aérea ou marítima, deverão ainda prestar informações sobre tripulantes e passageiros ( art. 33) 53 Controle Aduaneiro de Veículos A autoridade aduaneira poderá proceder a busca em qualquer veículo para prevenir e reprimir a ocorrência de infração à legislação aduaneira, inclusive em momento anterior à prestação das informações (art. 34), precedida de comunicação, verbal ou por escrito, ao responsável pelo veículo (§ 1º) Havendo indícios de falsa declaração de conteúdo, a autoridade aduaneira poderá determinar a descarga de volume ou de unidade de carga, para a devida verificação, lavrando-se termo (art. 36) 54 Controle Aduaneiro de Veículos Sobressalentes e provisões de bordo deverão corresponder, em quantidade e qualidade, às necessidades do serviço de manutenção do veículo e de uso ou consumo de sua tripulação e dos passageiros (art. 37), devendo ficar em compartimento fechado aqueles que não forem necessários durante a permanência do veículo em zona primária (§ 1º) 55 Controle Aduaneiro de Veículos É livre, no País, a entrada e a saída de unidades de carga e seus acessórios e equipamentos, de qualquer nacionalidade, bem como a sua utilização no transporte doméstico (art. 39), aplicando-se automaticamente a esses bens regime de admissão temporária ou de exportação temporária (§ 1º) 56 Controle Aduaneiro de Veículos O transportador de passageiros, no caso de veículo em viagem internacional ou que transite por zona de vigilância aduaneira, fica obrigado a identificar os volumes transportados como bagagem em compartimento isolado dos viajantes e seus respectivos proprietários (art. 40) No caso de transporte terrestre de passageiros, a identificação referida no caput também se aplica aos volumes portados pelos passageiros no interior do veículo (art. 40, § 1º) As mercadorias transportadas no compartimento comum de bagagens ou de carga do veículo, que não constituam bagagem identificada dos passageiros, devem estar acompanhadas do respectivo conhecimento de transporte (art. 40, § 2º) Presume-se de propriedade do transportador, para efeitos fiscais, a mercadoria transportada sem a identificação do respectivo proprietário, nos termos deste artigo (art. 40, § 3º) 57 Controle Aduaneiro de Veículos A mercadoria procedente do exterior, transportada por qualquer via, será registrada em manifesto de carga ou em outras declarações de efeito equivalente (art. 41) Manifesto de carga é o documento que mostra a carga transportada no veículo O responsável pelo veículo apresentará à autoridade aduaneira, na forma e no momento estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil, o manifesto de carga, com cópia dos conhecimentos correspondentes, e a lista de sobressalentes e provisões de bordo (art. 42) O manifesto de carga consolida vários conhecimentos de carga O conhecimento de carga é o documento relativo à carga, representa um contrato de transporte e faz prova de posse ou propriedade da mercadoria 58 Controle Aduaneiro de Veículos Para cada ponto de descarga no território aduaneiro, o veículo deverá trazer tantos manifestos quantos forem os locais, no exterior, em que tiver recebido carga (art. 43) A não-apresentação de manifesto ou declaração de efeito equivalente, em relação a qualquer ponto de escala no exterior, será considerada declaração negativa de carga (art. 43, parágrafo único) 59 Controle Aduaneiro de Veículos O manifesto de carga conterá (art. 44): a identificação do veículoe sua nacionalidade; o local de embarque e o de destino das cargas; o número de cada conhecimento; a quantidade, a espécie, as marcas, o número e o peso dos volumes; a natureza das mercadorias; o consignatário de cada partida; a data do seu encerramento; e o nome e a assinatura do responsável pelo veículo. Note-se que o manifesto de carga não identifica as mercadorias, mas tão somente os volumes 60 Controle Aduaneiro de Veículos No caso de divergência entre o manifesto e o conhecimento, prevalecerá este, podendo a correção daquele ser feita de ofício (art. 47) Se objeto de conhecimento regularmente emitido, a omissão de volume em manifesto de carga poderá ser suprida mediante a apresentação da mercadoria sob declaração escrita do responsável pelo veículo, anteriormente ao conhecimento da irregularidade pela autoridade aduaneira (art. 48) O manifesto será submetido à conferência final para apuração da responsabilidade por eventuais diferenças quanto a extravio ou a acréscimo de mercadoria (art. 53) 61 Controle Aduaneiro de Veículos No transporte terrestre, no caso de partida que constitua uma só importação e que não possa ser transportada num único veículo, será permitido o seu fracionamento em lotes, devendo cada veículo apresentar seu próprio manifesto e o conhecimento de carga do total da partida (art. 61) A entrada, no território aduaneiro, dos lotes subsequentes ao primeiro deverá ocorrer dentro de trinta dias contados do início do despacho de importação (§ 1º) Descumprido o prazo, o cálculo dos tributos correspondentes aos lotes subseqüentes será refeito com base na legislação vigente à data da sua efetiva entrada (§ 3º) 62
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