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GESTÃO ESCOLAR E POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Daiane Tais Probst�
Magali Maristela Graffunder
Valderice Cecília Limberger Rippel�
RESUMO: O objetivo deste artigo, a partir da revisão bibliográfica, é analisar a gestão escolar e as políticas públicas, bem como os projetos e programas voltados aos centros de educação infantil. Busca-se apresentar um breve histórico sobre a antiga supervisão e atual gestão democrática ou gestão compartilhada; analisar o papel da gestão e da comunidade escolar; descrever como se apresentam as políticas públicas e programas que permeiam o processo da gestão escolar na educação infantil. Constata-se que a gestão escolar democrática é de fundamental importância no processo de tomada de decisão, promovendo condições de igualdade, visando garantir estrutura material e financeira, para que assim se possa ofertar uma educação de qualidade.
Palavras-chave: Gestão Democrática. Contexto Escolar. Educação Infantil. Políticas Públicas.
ABSTRACT: This article, from the literature review is to analyze the school management and public policy, as well as projects and programs aimed at early childhood education centers. The aim is to present a brief history of the ancient supervision and current democratic management or shared management; analyze the role of management and the school community; describe how they present public policies and programs that underlie the process of school management in early childhood education. It appears that the democratic school management is very important in the decision making process, promoting a level playing field in order to ensure the material and financial structure, so that we can offer a quality education.
Keywords: Democratic Management. School context. Childhood education. Public policy.
Introdução
	Com o passar do tempo, cada vez mais se exige da educação em todos os seus aspectos, assim como na área da gestão escolar. Houve muitas mudanças, novos conceitos surgiram e diversos paradigmas foram quebrados, dando espaço ao novo, reformulando um novo conceito.
	A gestão escolar possui um campo vasto e variado, que realiza diversas atribuições e composta por muitos membros que fazem parte do contexto escolar e da comunidade ao redor, visando sempre o bem da instituição, dos educandos, bem como a qualidade de ensino.
	Para que se torne possível à compreensão a tudo que está a cerca da gestão escolar democrática, no meio da educação infantil faz-se necessário conhecer como foi o passado dessa função, e quais foram às melhorias e as contribuições que atualmente estão empregadas, e qual o papel que as instituições e os profissionais devem desempenhar.
	Desde os primórdios já existia a supervisão/orientação, a qual não era aceita com bons olhos, de certa forma era banalizada, mas com o passar do tempo surgiram novos enfoques, passou a se intitular como gestão escolar democrática ou compartilhada, ganhando apoio de todos os profissionais e da instituição educacional, bem como da família e da comunidade.
	Fazem parte desta teia de integrantes primeiramente o diretor que deve liderar de forma conjunta o coordenador pedagógico, os professores, secretários, serviços gerais, demais funcionários, pais e membros da comunidade.
	Cabe as instituições gerenciar para dispor de estruturas e recursos adequados que supram todas as necessidades, bem como dispor de profissionais capacitados, que primem pela qualidade e igualdade, onde os educadores baseiam sua prática educacional na real aprendizagem dos seus educandos.
	Em vista do exposto, o objetivo desse artigo é analisar de forma sucinta e clara a gestão escolar e a relação da mesma com a qualidade educacional. Busca-se apresentar um breve histórico sobre a antiga supervisão e atual gestão escolar democrática ou gestão compartilhada; o papel da gestão e da comunidade escolar; políticas públicas e programas que permeiam o processo da gestão escolar na educação infantil.
Um Breve Histórico Sobre a Antiga Supervisão e Atual Gestão Escolar Democrática ou Gestão Compartilhada
	Com o desenrolar dos anos, a ideia de educação cresceu em vários termos e aspectos, exigindo-se cada vez mais dela. Aconteceram muitas mudanças, novos conceitos surgiram e diversos paradigmas foram quebrados, dando espaço para o novo, assim reformulando a função da instituição educacional.
	A área da gestão possui um campo muito vasto e variado, que engloba desde a institucional, como a empresarial, onde hoje se exige um diferencial, para se adequar as atuais necessidades, levando em consideração o desenvolvimento gradual e contínuo, englobando diversos setores que constituem esse processo.
	Alguns anos atrás eram desconhecidos os termos “gestão escolar” e “gestão compartilhada”, se denominavam como inspetor ou supervisor aqueles que estavam à frente de algo. Mas já se percebia que a função supervisora estava diretamente ligada à ação educativa, devido a isso passou de ser apenas uma função e tornou-se uma profissão.
	Até mesmo desde as comunidades primitivas se fazia presente à função supervisora, onde os adultos observavam indiretamente as crianças, as preparando de certa forma, pois esta deve ser um ato para suprir necessidades e não como algo repressor. Porém na Idade Média isso se reverte, pois possuía um cunho de controle, de fiscalização, como forma de coerção, castigo e punição.
	Na Grécia Antiga o pedagogo era considerado como um escravo, que tomava conta das crianças e as levava até o mestre, posteriormente passou a ser o próprio educador, tendo o encargo de ensiná-las, além de vigiar, controlar e supervisionar.
Com o processo de institucionalização generalizada da educação já se começa a esboçar a idéia de supervisão educacional, o que vai se evidenciando na organização da instrução pública desde a sua manifestação, ainda religiosa, nos séculos XVI e XVII com as propostas de Lutero, Calvino e Melanchthon, com Comenius, os jesuítas e os lassalistas passando, nos séculos XVIII e XIX às propostas da organização de sistemas estatais e nacionais, de orientação laica, até as amplas redes escolares instituídas no século atual. (SAVIANI, 1999, p. 19).
Mais tarde na Época Moderna com a institucionalização da educação em crescimento, devido a fatores econômicos e sociais, tornou-se a principal e dominante forma de educação.
	Durante a Civilização Ocidental houve uma grande expansão comercial, o surgimento do considerado mundo novo. Composto por diversos acontecimentos, como a vinda dos Jesuítas em 1549, onde foram criadas as Constituições da Companhia de Jesus, que foi promulgada em 1599 em todos os colégios dessa companhia, permeadas por um conjunto de regras.
	A figura supervisora além do reitor era considerada como um “prefeito de estudos” que tinha por função supervisionar o professor o advertindo e em caso de reincidência comunicar o reitor.
No dia 28 de junho de 1759 com as reformas pombalinas e com a expulsão dos jesuítas surgiram as aulas regias, criando-se o cargo de Diretor Geral de Estudos, devendo direcionar, fiscalizar, coordenar e orientar o ensino. O Ministro do Império, Chichorro da Gama solicitou a criação do cargo Inspetor de Estudos, o qual deveria supervisionar todas as escolas, colégios, casas e estabelecimentos de ensinos públicos e participar, avaliar e conferir diplomas aos professores.
No final do Período Monarquico o Ministro Paulino de Souza e posteriormente João Alfedro tinham um apontamento em comum, o de articular um processo de educação nacional.
[...] Aliás, era está a questão que ocupara a atenção dos principais países no final do século passado: a estruturação e implantação dos respectivos sistemas nacionais de ensino. Nesse contexto, a idéia de supervisão	 vai ganhando contornos mais nítidos ao mesmo tempo que as condições objetivas começavam a abrir perspectivas para conferir a essa idéia o estatuto da verdade prática [...] (FERREIRA, 1999, p. 24).
Pois o termo fiscalização antes utilizadoera tido como prejoritário para o cunho pedagógico. Alguns cargos foram suprimidos baseados em leis, para que assim voltasse à fiscalização municipal constituída por delegados ou representantes.
Na década de 20 surgem os profissionais da educação, conhecidos como técnicos em escolarização criou-se então a Associação Brasileira de Educação – ABE em 1924 por Heitor Lira.
O decreto 16.783-A criou o Departamento Nacional do Ensino, assim substituindo o Conselho Superior de Ensino, o qual era o único responsável pela administração escolar. Através dessa conquista, após cinco anos criou-se o Ministério da Educação.
O que possibilitou posteriormente a separação do setor pedagógico e administrativo, distinguindo o supervisor que tinha o cunho de orientador pedagógico para o de diretor com os encargos administrativos e burocráticos.
Houve a necessidade de varias reformas nos anos 20, devido ao desenvolvimento da sociedade no sentido capitalista, crescendo a industrialização e urbanização, reestruturando o Ensino Brasileiro com auxílio da Lei de Diretrizes e Bases de 61.
Já na atualidade se perdeu todo esse enfoque tradicional, rigoroso, passou de ser visto como um supervisor e teve novos enfoques que ainda permanecem em constantes discussões e mudanças. É composto por uma teia de membros e funcionários, onde todos têm por fim alcançar de maneira mais simples os objetivos que permeiam a educação e o bem comum do contexto escolar.
Se entitularam novos termos para esses cargos, como Gestão Compartilhada e Gestão Democrática, onde todo o meio escolar a compõem, bem como a comunidade em geral. É uma forma de se autogovernar das instituições educacionais, visando à democratização ao poder de decisão no uso dos recursos e no desenvolvimento das atividades de ensino, requer certa conexão entre a deliberação coletiva e as prioridades necessárias.
O Papel da Gestão e da Comunidade Escolar
Pensar em Gestão Escolar implica pensar em uma dimensão e um aspecto de atuação dos agentes escolares (diretores, coordenadores, professores, pais, alunos, comunidade e demais) lutando coletivamente para alcançar uma organização que garanta o crescimento e avanço das questões sócio educacionais nos estabelecimentos de ensino.
 Para Lück (2005, p.17) “O conceito de gestão está associado à mobilização de talentos e esforços coletivamente organizados, à ação construtiva conjunta de seus componentes, pelo trabalho associado, mediante reciprocidade que cria um “todo” orientado por uma vontade coletiva” .
É importante pensar que a Gestão Escolar só é vista de fato, quando todos os agentes escolares estão envolvidos pensando em todas as questões necessárias para o andamento da escola, sejam os recursos e o que fazer com eles, seja a sistematização do conhecimento. Para Vieira (2007) o sucesso de uma gestão escolar, em última instância, só se concretiza mediante o sucesso de todos os alunos. Daí porque é preciso manter como norte a gestão para uma comunidade de aprendizes. 
Dessa forma, nos colocamos a tratar a aprendizagem de nossos alunos como ponto chave para a gestão escolar. A aprendizagem deve receber maior atenção pelo seu peso de importância, devendo ser significativa e contextualizada para facilitar sua chegada ao aluno e que este por sua vez a internalize e apresente em forma de resultados para uma avaliação formativa e diagnóstica. 
Com o entendimento da Gestão Escolar, percebemos que esta é sinônimo de um ambiente autônomo e participativo, onde os envolvidos desenvolvem um trabalho coletivo e compartilhado para atingir um objetivo comum, antes já citado - A aprendizagem significativa para nossos alunos. Vamos chamar de Comunidade Escolar estes envolvidos e neste ambiente, cada qual desempenha a sua função de forma horizontal de ordem de poder, ou seja, um auxiliando o outro em suas funções. Caracterizando além de uma Gestão Escolar uma Gestão Democrática também. 
Na função do diretor enquanto participante da Comunidade Escolar e dentro da Gestão democrática a qual estamos nos referindo, ele deixa de ser alguém que tem apenas a função de fiscalização, de controle e coerção e não mais toma as decisões sozinho, agora ele passa a ser “um gestor da dinâmica social, um mobilizador, um orquestrador de atores, um articulador da diversidade para dar unidade e consistência, na construção do ambiente educacional e promoção segura da formação de seus alunos" (LUCK, 2000, p.16).
 E para complementar podemos citar que “o diretor coordena, mobiliza, motiva, lidera, delega aos membros da equipe escolar, conforme suas atribuições específicas, as responsabilidades decorrentes das decisões, acompanha o desenvolvimento das ações, presta contas e submete à avaliação da equipe o desenvolvimento das decisões tomadas coletivamente” (LIBÂNIO, OLIVEIRA & TOSCHI, 2003, p.335).
Já na relação entre o professor e o aluno, o docente deve assumir a função de tornar-se um facilitador da aprendizagem para seus alunos de modo que o aluno seja o construtor de seu próprio conhecimento, segundo Carraher (1988, p. 25), “mais importante que fornecer a resposta correta para a criança é fornecermos oportunidades para pensar e raciocinar”. Assim sendo, o professor deve fornecer subsídios e meios em que o aluno consiga efetivar a sua aprendizagem. E o aluno por sua vez, deve desenvolver uma consciência de busca e curiosidade para aprender.
Freire (1996, p. 96) aponta que “ O bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas.”
O coordenador pedagógico por muitos e muitos anos era visto como alguém responsável por supervisionar e inspecionar os trabalhos desenvolvidos na escola, com o passar do tempo esta função foi se aperfeiçoando e dando um caráter diferente a mesma, visto que dentro de um conceito de Gestão Escolar as medidas são democráticas e não há uma pressão baseada tão somente em resultados. Hoje afirmamos que o coordenador pedagógico é uma peça fundamental para o cotidiano de uma Gestão Escolar, podemos descrever sua função como um elo entre todos os segmentos de uma escola. Além de ser o 
[...]profissional que necessita estar lado a lado com o professor, assessorando, subsidiando, acompanhando, incentivando, desafiando, provocando para que a prática pedagógica seja repensada, avaliada, revisada e readequada. [...] Portanto, faz se necessário que o coordenador pedagógico seja um eterno pesquisador, um profissional atualizado, competente, um estudioso por que ele é um elemento chave para o processo de aprendizagem ao lado do professor (SOUZA, 2005, p.29)
	E para acrescentar, “O coordenador pedagógico é um “artesão” reconstruindo permanentemente seus saberes, nas relações travadas entre os demais membros da comunidade escolar” (CHARLOT, 2005, p. 22). 
	Já citamos alguns integrantes de uma comunidade escolar e seu papel na Gestão Escolar e agora ressaltamos a importância da Comunidade local e também da participação e apoio da família na escola, os indivíduos se formam muito tempo antes de ir para a escola, aprendendo dentro do seio familiar, questões pertinentes a sua vida social, e apesar de muito ouvirmos que as famílias delegaram as escolas a missão de educar uma criança, agora torna-se desafio para a escola delegar aos pais a função de acompanhar a educação dos filhos e dela participar efetivamente. Para esclarecer citamos aqui Piaget
Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva, pois a muita coisa que a uma informação mútua: este intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola chega-se até mesmo a uma divisão deresponsabilidades [...] (2007, p.50)
	Assim também destacamos a importância da comunidade local e ajuda nas promoções e aquisição de recursos para um melhor andamento da escola. E com a participação da família e comunidade nas escolas temos então demais organizações importantes para a Gestão Escolar, conforme o Ministério da Educação:
As associações de pais e mestres, caixa escolar, grêmios, estudantes e outras organizações (ONGs) são importantes, fundamentais até, para promover a mobilização de pais, estudantes e dos setores da sociedade comprometidos com a escola, como canais de representação de suas categorias nos conselhos escolares e, também, para gestão de recursos. Mas não pode substituir o poder, a institucionalidade da escola. (MEC, 2004, p.56-57).
E assim, percebe-se que os integrantes de uma Gestão Escolar para fazerem dar certa a Gestão Democrática precisam dar vez e voz a todos os envolvidos neste processo, visto que, todos buscam um objetivo em comum – atender e alcançar a formação de seus alunos, a educação proposta no Projeto Político Pedagógico elaborado para a referida Instituição. 
Políticas Públicas: Gestão Escolar na Educação Infantil
	Aqui buscamos explicitar um pouco mais como se dá o processo da gestão permeado por diversos programas, projetos e documentos que fazem parte desse processo, de certa forma, de um cunho mais burocrático, mas necessário para uma melhor qualidade educacional e desempenho benéfico da instituição.
É dever do Estado a garantia do direito à educação de qualidade, estabelecido na Constituição Brasileira de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/1996) e no Plano Nacional de Educação (PNE 2001 – 2010), considerando direito social e com estatuto de direito humano e consignado na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e no Pacto Internacional de Direitos Sociais, Econômicos e Culturais de 1966. Cabe, assim, verificar como tem sido, historicamente, a postura do Estado brasileiro no cumprimento do seu dever (CONAE, 2010, p.19).
	Composto pela Lei de Diretrizes e Bases – LDB; Plano Nacional de Educação – PNE; Constituição Federal de 1988; acesso, permanência e sucesso escolar; formação e valorização dos profissionais da educação (inicial e continuada); Manutenção e Desenvolvimento do Ensino; Fundeb; Educação Especial; Projeto Político Pedagógico - PPP; Regimento Interno; PDDE; Brasil Carinhoso, Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs; Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil - RCNEI; Currículo Básico, entre outros.
	O cumprimento das metas previstas no Plano Nacional de Educação exigirá grandes esforços coletivos, buscando atingir uma serie de fatores, de cunho fundamental, como universalizar o atendimento, melhorar a qualidade de ensino, erradicar o analfabetismo.
Para que se concretize são necessários investimentos públicos e participação de diversas instituições, a sua avaliação ocorre até o quinto ano de sua vigência, posteriormente é reavaliado, construindo-se um novo plano. As suas propostas estabelecidas devem se tornar públicas, bem como disponibilizar essas informações as instituições escolares.
Sempre se ouviu falar em democratização da educação, como pedido da população, porém os estados e municípios vêm resolvendo isso de forma muito lenta. Não é o suficiente que se garanta o acesso ao ensino e as instituições públicas, é necessário garantir, a permanência e o sucesso escolar.
Já na educação infantil, alguns municípios não aderem a frequência escolar, como um quesito para garantir que a criança esteja presente em centros infantis ou escolas, para propiciar tudo o que esses ambientes podem lhe proporcionar, bem crescimento individual, social e cultural, além de suprir toda a parte pedagógica, o formando como sujeito integral.
A formação dos profissionais da educação, principalmente aos do magistério, se perpetuou entre a teoria e a prática, sendo de forma inicial e continuada, pois cabe aos professores receberem formação no início sua carreira, na sua graduação ou pós-graduação e permanecer nesse processo de crescimento pessoal e profissional, que receberão das instituições onde se fazem presentes, participando de cursos de formação e capacitação, além de sempre estar fazendo uso da pesquisa, obtendo um aprendizado contínuo e constante.
A demanda por uma escola que possa promover a educação, adequadamente, a todos os alunos imprime a imergência nas inovações, que deve se dar no sistema, no currículo, na gestão, na formação e na própria cultura escolar. Todos os educadores têm a sua frente estes grandes desafios: partilhar responsabilidades, buscar a superação dos desencontros, aprender a ensinar de maneira respeitosa, compromissada e ética (FELDMANN, 2009, p. 218).
As leis nº. 9.394/96, nº. 12.014/09 e nº. 11.301/2006 são a institucionalização de Políticas Nacionais de Formação e Valorização aos Profissionais da Educação, com o auxílio de instituições formadoras, sistemas de ensino e do MEC, estes apóiam a formação inicial e continuada, valorizando o profissional através de salários dignos, condições de trabalho e carreira.
É de suma importância que o profissional da educação esteja preparado para todo esse processo, que demonstre sua disposição em aprender, buscar conhecimentos, aperfeiçoando sua prática pedagógica, assim, alçando a valorização tão almejada.
A Constituição Federal de 1988, estabelece que a educação seja um direito social, que deve ser provido pelo Estado e pela família. Bem como ainda garante a manutenção e desenvolvimento do ensino ou financiamento da educação, 18% da receita de impostos da União e 25% da receita de impostos dos estados, Distrito Federal e Municípios.
Leva-se em consideração o custo aluno/a - qualidade (CAQ), realizando uma média anual de custo por estudante dos recursos educacionais, a educação básica pública com base em um padrão mínimo de qualidade. O qual deve se dar a publicidade também para que seja possível a sua correta fiscalização e implementação.
É preciso garantir a educação especial condições financeiras e pedagógicas, além de políticas, garantindo o acesso, a permanência e o sucesso escolar. Se houver necessidade ofertar atendimento especializado, dispondo de profissionais capacitados para exercer sua função. A educação especial é apoiada por diversos documentos e leis, como a LDB, a Lei de Salamanca, os PCN,s, entre outros.
Em 1994 a criação de um documento se tornou importante, a Declaração de Salamanca que garante os direitos educacionais e combate á discriminação independente das condições físicas, intelectuais, sociais e emocionais. Além da lei federal 9394/96 que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional a qual aponta que a educação de pessoas com deficiências deve se dar preferencialmente no ensino regular.
A educação inclusiva tem crescido muito e evoluído com o passar do tempo, hoje se tornou um processo que visa à diversidade de alunos, tem enfoques democráticos e humanísticos, inserindo socialmente a todos, onde cada um possa buscar sua satisfação pessoal. Porém há muito para evoluir até se chegar ao ideal.
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, conhecido como Funbed não atingiu todas as expectativas, porém já é um grande avanço em relação ao antigo Fundef, que dava prioridade apenas ao ensino fundamental, e deixava de lado a educação infantil e ensino médio.
Atualmente atende toda a educação básica, aumenta em até dez vezes o volume dos recursos anuais de instância federal. Tem como principal objetivo promover a redistribuição dos recursos vinculados à educação, complementando o dinheiro aplicado pela União e direciona as regiões nas quais o investimento por aluno seja inferior ao valor mínimo fixado para cada ano.
Conhecida como LDB 9394/96 a então Lei de Diretrizes e Bases da Educação assim como seu nome já repassa é a lei que dita e norteia a educação brasileira. A primeira Lei de Diretrizes e Bases foicriada em 1961. Em 1971, foi aprovada após ser revisada e renovada e passando ainda por uma terceira modificação foi sancionada em 1996, sendo que a mesma versão ainda é a vigente nos dias de hoje. 
Ressaltamos que a LDB 9394/96 não é uma lei muito detalhista, mas em seu contexto encontramos ganhos de extrema importância para a educação brasileira, tais como: a importância de que o Ensino fundamental passou a ser obrigatório e gratuito (art. 4) e que a educação infantil (creches e pré-escola) se torne então oficialmente a primeira etapa da educação básica.
Cada instituição ao iniciar seus trabalhos enquanto sistema de Ensino precisa projetar a educação que quer fornecer aos seus educandos, quais serão as metas e diretrizes que serão usadas para atingir a aprendizagem por parte dos mesmos. Digamos que esta parte inicial seja um desafio para a Gestão Escolar, mas, que mesmo se tratando de um grande desafio, precisa ser feita com toda dedicação e cuidado por todos os envolvidos na Gestão Escolar. Essa fase inicial deve ser registrada como um documento obrigatório para a prática escolar e fica denominado Projeto Político Pedagógico (PPP), Projeto por que reúne propostas que serão desenvolvidas a certo tempo, Político por ter a missão de desenvolver sujeitos ativos e conscientes para a sociedade e Pedagógico por se tratar de um espaço de ensino e aprendizagem.
Dentro do PPP vamos encontrar a Missão da Instituição e sua referida filosofia educacional, qual é a sua clientela (verificar sobre a região e local que a Instituição está inserida) os dados sobre aprendizagem incluem-se aqui diversas teorias e estudos a cerca da mesma, de extrema importância verificar qual é a relação da escola com as famílias e a participação dela no âmbito do ensino, quais são os recursos financeiros, físicos e estruturais a qual a escola dispõe, as Diretrizes pedagógicas que vamos seguir e utilizar e por fim planejar um Plano de ação para a Instituição.
Costumamos afirmar que o PPP é um guia para a instituição e também um caminho sem fim visto que, o mesmo deve ser revisado e passar por constantes modificações.
Cada órgão ou instituição precisa organizar um conjunto de normas e regras para um bom funcionamento e boa convivência dos que nela se encontram. No caso das Instituições de ensino isso não é diferente e para este caso temos o Regimento Interno, contendo direitos e deveres dos envolvidos e outras questões pertinentes, como organização administrativa, avaliações, punições entre outros. O Regimento Escolar é documento administrativo e normativo que em sua produção deve ser fundamentado na proposta pedagógica e também em princípios democráticos. É preciso verificar o que impõe a Secretaria de Estado da Educação e todos os Gestores Escolares devem participar de sua produção. 
O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) foi criado em 1995, com o intuito de auxiliar financeiramente as escolas públicas da educação básica sejam elas das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal ou então instituições particulares desde que sejam elas mantidas por entidades sem fins lucrativos. Esse auxílio financeiro pode ser usado, para melhorias na infraestrutura, aquisição de recursos pedagógicos e reforçar a autogestão melhorando os índices de ensino aprendizagem nas instituições. Os recursos são transferidos mediante um cálculo de acordo com o número de alunos extraído do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse.
O programa Brasil Carinhoso é um programa atual voltado para as creches e com o objetivo principal de expandir as matrículas de crianças entre 0 e 48 meses, cujas famílias sejam beneficiárias do Programa Bolsa Família. É uma iniciativa do Governo Federal e as creches beneficiadas devem ser públicas ou então conveniadas que sejam pertencentes a instituições sem fins lucrativos. O cálculo é feito através de um senso do ano anterior de matriculas dessa faixa etária e repassado através de parcela única. O recurso recebido é para ser gasto com as crianças e de acordo com as necessidades de cada creche. Torna-se escolha do próprio município em quais creches deverá investir e como deverá investir respeitando a Resolução N°1/2014 do FNDE/MEC.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, assim como em sua nomenclatura percebemos que são parâmetros o que justifica que não são obrigatórios serem seguidos. Os PCN’s são orientações elaboradas pelo Governo Federal para nortear as equipes escolares na execução de seus trabalhos, tornando - o mais significativo no âmbito de ensino aprendizagem. Foram criados em 1996 e suas diretrizes são voltadas para uma suposta estruturação e reestruturação dos currículos escolares. 
Para a educação Infantil, chamamos como Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil – RCNEI, ele segue o mesmo esquema do PCN porém o PCN é dividido em disciplinas e o RCNEI trata do desenvolvimento e de questões do ensino e orientações para o profissional da Educação Infantil e do desenvolvimento integral da criança. Dividido em faixas etárias, períodos, com objetivos importantes e propostas de metodologias adequadas e contextualizadas. 
Os conteúdos trabalhos na educação infantil, baseiam-se no Currículo Básico da AMOP (Associação dos Municípios Lindeiros do Oeste do Paraná), porem somente aos que aderiram a esse recurso, muito rico, que auxilia a pratica pedagógica dos educadores.
O mesmo é composto por eixos, o qual determina os seus conteúdos, buscando atingir objetivos, se pautando no crescimento pessoal e integral do sujeito, levando em consideração sua formação cognitiva, psicológica, social e cultural. Dividindo os temas serem trabalhados de acordo com cada faixa etária.
Considerações Finais
	O objetivo deste artigo a partir da revisão bibliográfica foi analisar como se dá gestão escolar e políticas públicas na educação infantil. Buscou-se descrever um breve histórico sobre a antiga supervisão e atual gestão escolar democrática ou gestão compartilhada; o papel da gestão e da comunidade escolar; políticas públicas e programas que permeiam o processo da gestão escolar na educação infantil.
	Constatou-se que uma gestão correta, que desenvolve o seu papel de forma séria faz-se necessário a todas as instituições, para que tudo ocorra da maneira mais organizada possível, onde todos devam desempenhar seu papel para que essa rede sempre esteja interligada em prol da educação.
	Ainda é preciso rever constantemente a forma da gestão, como ela é empregada e desenvolvida, onde os seus principais agentes têm que estar em constante aprofundamento em estudos e pesquisas, para auxiliar na sua função, estando aberto ao novo.
	Recomenda-se a leitura deste artigo, bem como o aprofundamento deste assunto, pois é de extrema relevância que os profissionais da educação infantil e demais educadores ou interessados nesta área tenham acesso a esse tema tão interessante e abrangente.
Referências
ARRAHER, Terezinha Nunes. Aprender pensando: contribuições da psicologia cognitiva para a educação. Petrópolis: Vozes, 1988.
BRASIL, Conselhos Escolares: Conselho Escolar, Gestão Democrática da Educação e Escolha do Diretor. Brasília: MEC,2004.
CHARLOT, B. Relação com o saber, formação de professores e globalização: questões para a educação hoje. Porto Alegre: Artes Médicas, 2005.
CONAE. O Plano Nacional de Educação, Diretrizes e Estratégias de Ação. Ministério da Educação. PDE, 2010.
Conselhos Escolares: Uma Estratégia de Gestão Democrática da Educação Publica. Brasília:MEC, 2004.
LIBÂNEO, José  Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F. de; TOSCHI, M. S. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2005. 408 p. (Docência em formação). ISBN 85-249- 0944-7.
LÜCK, H. et al. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2005. 159 p., il. ISBN 85-326-3121-5.
LÜCK, H. Perspectiva da Gestão escolar e implicações quanto à Formação de seus Gestores. Em Aberto, Brasília,v. 17, n. 72, p. 11- 34, junho 2000.
PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Disponível em http://portal.inep.gov.br/web/saeb/parametros-curriculares-nacionais. Acesso em: 12 Nov. 2015.
PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Disponível em http://www.educacional.com.br/legislacao/leg_vi.asp. Acesso em: 12 Nov. 2015.
PROGRAMA BRASIL CARINHOSO. Disponível em http://www.fnde.gov.br/programas/brasil-carinhoso. Acesso em: 12 Nov. 2015.
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� Pós-Graduandos no curso de Especialização Lato Sensu Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica, pelo Instituto Educacional Dinâmica, Pós-Graduação e Extensão. E-mail: mmgraffunder@gmail.com
� Doutora em Educação pela UNICAMP – Docente e Orientadora da Dinâmica. E-mail: contato@dinamicaposgraduacao.com.br

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