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Ebook - SEC - Gestão Escolar

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Gestão Escolar 
Renata Paula dos Santos Moura 
 
 
Curso Técnico em Secretaria Escolar 
Educação a Distância 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gestão Escolar 
Renata Paula dos Santos Moura 
Curso Técnico em Secretaria Escolar 
 
 
Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Educação a Distância 
 
Recife 
 
1.ed. | Mai. 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB 
 
C871s 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CDU – 658.56 
 
 
Elaborado por Hugo Carlos Cavalcanti | CRB-4 2129 
 
 
Catalogação e Normalização 
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) 
 
Diagramação 
Jailson Miranda 
 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
Renata Marques de Otero 
Manoel Vanderley dos Santos Neto 
 
Coordenação Geral 
Maria de Araújo Medeiros Souza 
Maria de Lourdes Cordeiro Marques 
 
Secretaria Executiva de 
Educação Integral e Profissional 
 
Escola Técnica Estadual 
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Gerência de Educação a distância 
 
Maio, 2020 
Professor(es) Autor(es) 
Renata Paula dos Santos Moura 
 
Revisão 
Renata Paula dos Santos Moura 
Flavia Vilar 
 
Coordenação de Curso 
Iracema Cristina Batista da Silva 
 
Coordenação Design Educacional 
Deisiane Gomes Bazante 
 
Design Educacional 
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger 
Helisangela Maria Andrade Ferreira 
Izabela Pereira Cavalcanti 
Jailson Miranda 
Roberto de Freitas Morais Sobrinho 
 
Descrição de imagens 
Sunnye Rose Carlos Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução .............................................................................................................................................. 7 
1.Competência 01 | Adquirir uma visão global do processo de evolução de administração para gestão 
escolar .................................................................................................................................................... 8 
1.1. Conceitos ....................................................................................................................................................8 
1.1.1 Gestão ......................................................................................................................................................8 
1.1.2 Sistemas Educacionais .............................................................................................................................9 
1.1.3 Gestão Educacional ..................................................................................................................................9 
1.1.4 Cultura Organizacional .......................................................................................................................... 10 
1.1.5 Gestão Escolar ....................................................................................................................................... 10 
1.1.6 Gestão Democrática .............................................................................................................................. 11 
1.2 Histórico da Educação Brasileira .............................................................................................................. 12 
1.3 Percursos da Educação no Brasil .............................................................................................................. 13 
1.4 O Processo de Administração na Educação ............................................................................................. 20 
1.5 Desafios da Administração no Campo Educacional ................................................................................. 22 
2.Competência 02 | Compreender a Estrutura da Escola e o Funcionamento dos Diversos Segmentos, 
Considerando os Preceitos Legais ........................................................................................................ 25 
2.1. Introdução ............................................................................................................................................... 26 
2.2. Conselho Escolar ..................................................................................................................................... 29 
2.2.1. Conceitos e Funções............................................................................................................................. 31 
2.2.2. Atribuições ........................................................................................................................................... 32 
2.3. Conselho de Classe .................................................................................................................................. 34 
2.3.1. Objetivos do Conselho de Classe ......................................................................................................... 36 
2.3.2. Quem deve participar? ........................................................................................................................ 36 
2.3.3. Vantagens do Conselho de Classe para a escola .................................................................................. 36 
2.4. Unidade Executora .................................................................................................................................. 37 
 
 
 
 
 
 
2.4.1 Histórico ................................................................................................................................................ 37 
2.4.4. Requisitos para constituição da Unidade Executora ........................................................................... 39 
2.4.5. Legalização da Unidade Executora ....................................................................................................... 40 
2.5. Grêmio Estudantil ................................................................................................................................... 40 
2.5. Associação de Pais e Mestres ................................................................................................................. 43 
3.Competência 03 | Identificar e Distinguir as Funções e Atribuições dos Profissionais da Instituição 
Educacional ........................................................................................................................................... 45 
3.1. A escola e a sua estrutura organizacional ............................................................................................... 46 
3.1.1. Equipe gestora ..................................................................................................................................... 47 
3.1.2. Gestão .................................................................................................................................................. 48 
3.1.3. Coordenação Pedagógica ..................................................................................................................... 49 
3.1.4. Supervisão Escolar ............................................................................................................................... 49 
3.1.5. Orientação Educacional ....................................................................................................................... 50 
3.2. Órgãos de apoio da ação pedagógica ..................................................................................................... 51 
3.2.1. Coordenação de turno ......................................................................................................................... 51 
3.2.2. Coordenação de área ........................................................................................................................... 52 
3.2.3. Coordenação de curso .........................................................................................................................52 
3.2.4. Coordenação cultural ........................................................................................................................... 52 
3.2.5. Biblioteca.............................................................................................................................................. 53 
3.2.6. Técnico de laboratórios........................................................................................................................ 54 
3.3. Corpo docente ......................................................................................................................................... 54 
3.4. Corpo discente ........................................................................................................................................ 55 
3.5. Pais e responsáveis ................................................................................................................................. 55 
3.6. Funcionários ............................................................................................................................................ 56 
3.7. Órgãos de apoio administrativo .............................................................................................................. 57 
3.7.1. Serviço de nutrição escolar .................................................................................................................. 57 
3.7.2. Serviços de Secretaria .......................................................................................................................... 58 
 
 
 
 
 
 
3.8. Serviços gerais ......................................................................................................................................... 59 
4.Competência 04 | Identificar e Caracterizar os Diferentes Estilos de .............................................. 61 
Gestão Existentes na Escola ................................................................................................................. 61 
4.1. Introdução ............................................................................................................................................... 61 
4.2. As dimensões de abrangência da Gestão Escolar ................................................................................... 65 
4.2.1. Gestão por resultados .......................................................................................................................... 66 
4.2.2. Gestão Pedagógica ............................................................................................................................... 68 
4.2.3. Gestão Participativa e Estratégica ....................................................................................................... 71 
4.2.4. Gestão de Pessoas................................................................................................................................ 73 
4.2.5. Gestão de serviços de apoio, recursos físicos e financeiros ................................................................ 73 
4.2.5.1. Gestão de recursos físicos ................................................................................................................. 75 
4.2.5.2. Gestão de recursos financeiros ......................................................................................................... 76 
5. Competência 05 | Colaborar com a Gestão Escolar nas Ações de Planejamento, Execução e 
Acompanhamento de Projetos e Programas Educacionais ................................................................. 79 
5.2. O Projeto Político-Pedagógico ................................................................................................................ 80 
5.2.1. O Projeto Político-Pedagógico como mecanismo de democratização ................................................ 82 
5.2.2. A construção do Projeto Político-Pedagógico da escola ...................................................................... 83 
5.2.3. Planejar: desafios e possibilidades....................................................................................................... 91 
5.3. A Eleição de Diretores como processo democrático .............................................................................. 94 
5.4. A Gestão da Educação a Distância (EaD) ................................................................................................. 96 
Conclusão ........................................................................................................................................... 100 
Referências ......................................................................................................................................... 101 
Minicurrículo do Professor ................................................................................................................. 103 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
Introdução 
Olá, estudante! 
Seja bem-vindo à disciplina de Gestão Escolar. O Secretário Escolar além de ser um 
profissional de grande importância para a organização técnica e administrativa da instituição precisa 
conhecer a respeito da gestão da escola e da concepção de educação. O trabalho da gestão se 
constrói a partir do desenvolvimento de referenciais de fundamentos legais e conceituais que 
embasem e norteiem o trabalho do gestor e da comunidade escolar. 
Na primeira competência o objetivo é apresentar uma visão global do processo de 
evolução de administração para gestão escolar; 
Já na segunda o nosso objetivo é compreender a estrutura da escola e o funcionamento 
dos diversos segmentos, considerando os preceitos legais; 
E na terceira competência: identificar as funções e atribuições dos profissionais da 
instituição educacional; 
A quarta trata-se de identificar e caracterizar os diferentes estilos de gestão existentes na 
escola; 
Na quinta e última competência o enfoque é colaborar com a gestão escolar nas ações de 
planejamento, execução e acompanhamento de projetos e programas educacionais. 
Além disso, você identificará mais aspectos que se referem ao papel do Secretário Escolar 
e o quanto este profissional influencia efetivamente em todo o processo de gestão em uma 
instituição do pedagógico ao burocrático. Discutir sobre as leis e normas que norteiam a função do 
Secretário Escolar, assim como a normatização de documentos da vida escolar. 
Logo, é importante, perceber que uma instituição escolar só funciona qualitativamente 
se todos os segmentos trabalharem coletivamente, tendo o estudante como centro de toda a sua 
atenção. A ação da gestão, não deve se limitar a aspectos burocráticos e para isso, o gestor precisa 
ter como centro além do estudante, a concepção sobre a educação, o seu papel profissional na 
liderança e organização da escola. 
Espero que esta disciplina proporcione grandes contribuições para a sua formação 
Técnica em Secretaria Escolar e forneça subsídios que engrandeçam o seu processo de ensino-
aprendizagem! 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
8 
1.Competência 01 | Adquirir uma visão global do processo de evolução de 
administração para gestão escolar 
Caro estudante, para iniciar os estudos sobre a Gestão Escolar a primeira competência irá adentrar o 
processo evolutivo de administração para gestão escolar. 
 
Nesta competência, você irá entender o que a educação e a gestão percorreram até 
chegar à atualidade e com isso aprender alguns conceitos relativos ao tema e as bases legais que 
norteiam a gestão escolar. 
 
1.1. Conceitos 
Mas, antes de introduzir a discussão e conhecer o percurso da administração na gestão 
escolar. Que tal, conceituar alguns dos temas que você trabalhará no decorrer da disciplina? 
 
1.1.1 Gestão 
A gestão se caracteriza como ato de gerir, administrar, gerenciar, liderar etc. e é associada 
na maioria das vezes à chefia ou controle das ações de um determinado grupo de indivíduos.Você já se questionou sobre a educação e suas mudanças em cada momento da 
nossa história? 
Mas, será que a gestão de uma unidade de ensino acompanhou esse processo e 
as mudanças? 
 
Atenção! 
No decorrer da disciplina você identificará a gestão educacional e escolar e suas 
especificidades no que se refere aos espaços escolares. 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
9 
Antes de dar continuidade à discussão dos termos: cultura organizacional, gestão 
educacional e escolar, você irá se aproximar de outro conceito de suma relevância para irmos a diante 
o de: Sistemas Educacionais. 
 
 
 
 
Figura 01 – Gestão descentralizada e trabalho em equipe. 
Fonte: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2089/como-inserir-o-trabalho-em-equipe-entre-os-professores 
Descrição: Imagem representando várias pessoas de diferentes cores com as mãos unidas estiradas no centro de um 
círculo, demonstrando trabalho em equipe através da diversidade e da coletividade. 
 
1.1.2 Sistemas Educacionais 
As instituições de ensino ou organizações que compõem o Sistema Educacional se 
caracterizam como unidades sociais, ou seja, são organismos vivos, heterogêneos e dinâmicos. E 
como se caracterizam por uma rede de relações, a diversidade de estabelecimentos de ensino é 
composta por elementos que nelas interfere, direta ou indiretamente. Essas unidades sociais 
(instituições) existem para alcançar determinados objetivos e dessa maneira a sua direção demanda 
um novo enfoque de organização, plena e competente. 
 
1.1.3 Gestão Educacional 
O termo gestão educacional é utilizado habitualmente para designar a ação dos 
dirigentes, este surge em substituição ao conceito de: “administração educacional”. Já que a 
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2089/como-inserir-o-trabalho-em-equipe-entre-os-professores
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
10 
administração sintetiza a tarefa de administrar em dois termos: racionalização dos recursos e 
coordenação do esforço coletivo em função dos objetivos (PARO, 1996). Porém, os objetivos 
educacionais se diferem dos empresariais, assim como as demandas e especificidades dessas 
organizações são distintas como veremos mais a diante. 
Ou seja, a concepção de gestão educacional implica outra maneira de mobilizar meios e 
procedimentos para alcançar os objetivos da organização, abarcando, fundamentalmente, aspectos 
técnicos – administrativos e gerenciais. Existem várias concepções e modalidades de gestão, você irá 
conhecê-las ao longo das competências. 
 
1.1.4 Cultura Organizacional 
 
Desse modo, a cultura organizacional como um conceito central na análise da organização 
tem importância significativa para compreensão da gestão e de como ela se configura em uma 
determinada instituição (educacional ou escolar), visto que a relação das práticas culturais dos 
indivíduos e sua subjetividade tem relação direta na dinâmica interna de cada organização. 
Então, a cultura organizacional pode ser definida como o conjunto de fatores sociais, 
culturais e psicológicos que influenciam os modos de agir da organização e dos sujeitos que a 
compõem. 
 
1.1.5 Gestão Escolar 
 A gestão escolar constitui o conjunto das condições e dos meios utilizados para assegurar o bom 
funcionamento da instituição viabilizando alcançar os objetivos educacionais de forma qualitativa. A gestão 
escolar refere-se ao conjunto de normas, diretrizes, estrutura organizacional, ações e procedimentos que 
asseguram a racionalização do uso de recursos humanos, materiais, financeiros e intelectuais assim como a 
coordenação e o acompanhamento do trabalho das pessoas. 
 
“A escola é, também, um mundo social, que tem suas características de vida 
próprias, seus ritmos e seus ritos, sua linguagem, seu imaginário, seus modos 
próprios de regulação e de transgressão, seu regime próprio de produção e de 
gestão de símbolos”. (FORQUIN, 1993, p. 167). 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
11 
 
 
 
1.1.6 Gestão Democrática 
 
Figura 02 – Gestão democrática 
Fonte: https://diarioescola.com.br/glossario-da-gestao-escolar/participacao_highlight/ 
Descrição: Imagem representando várias figuras de pessoas de diferentes cores com balões de fala também coloridos 
que significam na figura que todos e todas podem se expressar e participar da discussão coletivamente. 
 
 A gestão democrática é fundamentada em uma perspectiva de gerir que viabilize a organização e a 
coordenação de atitudes e ações que tenham como objetivo, principal ampliar e garantir a participação social, 
ou seja, a comunidade escolar é considerada ativa em todo o processo da gestão, participando de todas as 
tomadas de decisões da instituição. 
 Portanto, é indispensável que cada participante tenha conhecimento de seu papel e funções enquanto 
membros da comunidade escolar. 
 Falar sobre gestão da educação e da escola implica em não pensar apenas em uma determinada 
instituição e na racionalização do trabalho que essa opta com vistas a alcançar os próprios objetivos. Neste 
contexto, Paro (2001) reforça: é necessário colocar em foco o caráter institucional e formativo da escola. 
 
A gestão é o caminho que viabiliza as condições e os meios para que a instituição 
escolar disponha de condições favoráveis para alcançar os objetivos específicos. 
https://diarioescola.com.br/glossario-da-gestao-escolar/participacao_highlight/
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
12 
 
 
Depois de estudar alguns conceitos que envolvem a educação e o seu processo 
administrativo e organizacional, você irá percorrer por um breve histórico da educação e, 
consequentemente, a sua administração tratando de mudanças e diferentes concepções até a 
atualidade. 
 
1.2 Histórico da Educação Brasileira 
Caro estudante, para compreender melhor a nossa realidade no que se refere a educação 
e sua administração, é importante percorrer a trajetória histórica do Brasil, desde a colonização 
passando pelo período da independência até os dias atuais. 
Em relação ao cenário histórico educacional, o marco foi à promulgação da Constituição 
Federal (CF/88) em 1988, essa foi advinda de um processo de redemocratização do país e institui 
entre outras conquistas: 
 
 
SAIBA MAIS! 
A comunidade escolar é composta por professores, estudantes, pais e ou 
responsáveis, direção, equipe pedagógica, comunidade na qual a escola está 
inserida e demais funcionários. 
 
- A gratuidade e obrigatoriedade para o ensino fundamental, inclusive para os 
que a ele não tiveram acesso na idade própria e a progressiva extensão para o 
ensino médio (Art. 208, Incisos I e II). 
- O regime de colaboração entre as esferas de governo – União, Distrito Federal, 
Estados, Municípios – que terão responsabilidades específicas e se organizarão 
para coordenar e financiar os diversos níveis e modalidades do ensino (Art. 211, 
Parágrafos 1º. e 2º). 
- A gestão democrática do ensino público (Art. 206, Inciso VI). 
- O financiamento da educação pela aplicação anual dos recursos arrecadados 
da receita resultante de impostos, para serem gastos na manutenção e no 
desenvolvimento do ensino (Art. 69 da LDB/96). 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
13 
Além da CF/88 também tivemos um marco significativo que repercute na compreensão 
sobre o debate contemporâneo a respeito da gestão escolar e educacional e sua tendência 
democrática, a nossa Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB/96) de 1996. 
A LDB/96 define as normas da gestão democrática do ensino público conforme os 
princípios da “participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da 
escola” e da “participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes”, 
assim como “progressivos graus de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira”. 
Portanto, a LDB/96 assegurou a participação dos diversos segmentos na organização 
escolar e a autonomia das unidades escolares públicas de educação básica, dois elementos que 
fundamentama gestão escolar e educacional. 
 
Estudante, para compreender como chegamos à Constituição Brasileira (1988) e a Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação (1996), assim como outros documentos que legitimam e normatizam 
a educação nacional devemos retornar ao início desse processo e o nosso ponto de partida referente 
à história da educação é a colonização. 
 
1.3 Percursos da Educação no Brasil 
A história da educação brasileira está organizada aqui em quatro períodos e os 
respectivos marcos históricos referentes a cada momento, a fim de viabilizar a compreensão e 
aprendizagem. Os quatro períodos são os seguintes: 
 
I – Período Colonial; 
II – Período Republicano; 
III – Período do Regime Militar; 
IV – Período de redemocratização até os dias atuais. 
 
SAIBA MAIS! 
CF/88: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm 
LDB/96: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm 
ECA/90: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
14 
 
 
Figura 03 – Educação Jesuíta 
Fonte: https://escolaeducacao.com.br/historia-da-educacao-no-brasil/ 
Descrição: Imagem representando dois padres jesuítas ao centro, um deles segura uma cruz enquanto o outro gesticula 
e fala com os índios que estão sentados ao redor no chão e três observam em pé com lanças, tem duas mulheres 
segurando crianças de colo, todos os índios estão atentos e curiosos ou até assustados demostrando admiração diante 
dos padres e o que era dito. 
 
No primeiro momento da história da educação brasileira tivemos a chegada dos padres 
jesuítas, esses tinham a missão dada pelos colonizadores portugueses de “educar” os índios, ou seja, 
impor um modelo de educação catequizadora que era baseada em “domesticar” a população 
indígena facilitando o domínio do colonizador. Os jesuítas eram de uma ordem educacional 
denominada de Companhia de Jesus. 
Esses foram responsáveis em fundar a primeira instituição escolar no Brasil, a escola era 
fundamentada essencialmente em princípios religiosos. 
Os jesuítas ministravam uma educação religiosa e estruturada nos moldes do ensino 
europeu. Dessa maneira, os indígenas e os homens brancos e cristãos também estudaram nos 
colégios fundados pelos religiosos, já os negros escravizados eram excluídos do acesso à educação. 
No decorrer desse momento da história da educação consideramos alguns movimentos 
educacionais que buscam um modelo de educação que visava melhorias nos níveis de escolaridade. 
Mas a educação ainda não era considerada prioridade e assim não tinha tanta importância para a 
sociedade sendo acessada apenas por um grupo minoritário da classe alta. 
I - PERÍODO COLONIAL 
https://escolaeducacao.com.br/historia-da-educacao-no-brasil/
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
15 
A educação era baseada em um modelo tradicional, onde predominava a autoridade do 
professor como detentor do saber. 
No século XVIII os jesuítas foram expulsos pelo Marquês de Pombal e o ensino passa a ser 
laico, ou seja, desvinculado da religião. Porém, o ensino laico ganharia força no sistema educacional 
brasileiro apenas no final do século XIX. 
 
 
 
 
 
No início do período republicano, a educação passou por forte influência da “Escola 
Nova”. As ideias da “Escola Nova” foram implantadas no Brasil em 1882 por Rui Barbosa. Porém, o 
grande representante desse movimento foi o filósofo e pedagogo norte americano John Dewey que 
influenciou a elite brasileira com as concepções sobre a Educação como uma necessidade social. 
 
Algumas considerações importantes: 
 
- 1808 – Chegada da Família Real Portuguesa no Brasil, priorizando a formação 
das elites governantes e dos quadros militares; 
- 1827 – A elite da sociedade era tida como prioritária, assim, foram construídas 
duas faculdades de direito (Recife e São Paulo) para que os formandos 
assumissem os cargos principais de administração pública, na advocacia, na 
política e também no jornalismo; 
- 1889 - 1830 – Primeira República – concepção de pensamentos liberais e 
consequente contestação do modelo educacional imperial. Nesse período 
foram criadas inúmeras escolas normais de formação de professoras com o 
objetivo de erradicar o problema do analfabetismo que já era grande. 
 
Você sabia? 
A primeira escola fundada pelo padre Manoel da Nóbrega em 1549 no Brasil foi o 
Colégio de Salvador da Bahia. Mas, nesse período a educação consistia em 
ensinar a ler, contar e a respeitar os princípios católicos. 
II - PERÍODO REPUBLICANO 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
16 
Ou seja, o movimento depositava na educação o caminho para a resolução dos problemas 
sociais. Nesse período tivemos influências na dinâmica da sociedade, visto que com a revolução 
industrial houve um crescimento urbano e isso repercutiu em um modelo educacional que atendesse 
as necessidades socioeconômicas. O intuito era capacitar profissionais habilitados para atuar em 
diversos setores do mercado de trabalho. 
Nesse período também foi criado o sistema de ensino seriado, nesse modelo os 
estudantes seriam agrupados em turmas de acordo com a idade. Já no governo de Getúlio Vargas a 
educação ganha maior destaque. A escola era pensada como uma instituição que iria contribuir para 
a criação de novos saberes capazes de desenvolver o homem como um ser crítico e pensante. A escola 
seria um espaço com o intuito de mediar os conflitos sociais. 
Enfatizo nessa fase um confronto entre o ensino público e o privado. Pois, com o 
surgimento da Escola Nova, difundem as ideias liberais na educação, contrastando com a educação 
tradicional. A tentativa de melhorar o desenvolvimento educacional não é algo recente. As conquistas 
e melhorias são advindas de um processo de lutas e discussões em torno dos temas educacionais, as 
demandas da sociedade em um dado contexto e momento histórico. 
 
Essas medidas foram elaboradas e modificadas para adequar o ensino ao padrão de 
qualidade esperado, visando à diminuição do analfabetismo e a garantia da educação para todos. 
 
 
Essa fase da história da educação é demarcada pelo período pós-64 e é iniciada por uma 
etapa com ampla educação autoritária do regime militar em que prevaleceu o tecnicismo 
educacional. Além disso, a censura imposta demarcou essa fase limitando a cultura e a educação. O 
 
Marcos Históricos após a Revolução de 1930: 
- Criação do Ministério da Educação e a criação do capítulo da educação na 
Constituição de 1934; 
- Alteração da Constituição de 1937; 
- Primeiro Projeto de Lei de 1948; 
- LDB 1961; 
- MOBRAL (Movimento Brasil de Alfabetização) em 1970. 
 
III - PERÍODO DO REGIME MILITAR 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
17 
ensino era “ditado” pelo militarismo restringindo a educação em seus diferentes níveis com enfoque 
no conteúdo, exaltando o patriotismo, a educação moral e cívica. 
No que se refere ao modelo de gestão era fomentado uma estrutura hierarquizada e 
vertical do ambiente escolar. Sem abarcar a participação e a ação política dos estudantes. O regime 
perseguiu e matou estudantes da educação básica e jogou na ilegalidade grêmios estudantis e a União 
Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) pela Lei nº 4.464, de 06 de abril de 1964, conhecida 
como Suplicy de Lacerda. Foi um momento de forte repressão e violência na história brasileira. 
 
 
Figura 04 – Notícia sobre a obrigatoriedade da disciplina de Educação Moral e Cívica 
Fonte: http://m.acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,educacao-moral-e-civica-criacao-da-ditadura,10033,0.htm 
Descrição: Extrato de um jornal que apresenta uma notícia sobre a obrigatoriedade da disciplina de Educação Moral e 
Cívica no período da ditadura militar. 
 
 
 
 
SAIBA MAIS! 
Decreto-lei nº 477 de 26 de fevereiro de 1969 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del0477.htm 
http://m.acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,educacao-moral-e-civica-criacao-da-ditadura,10033,0.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del0477.htm
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
18 
 
No decorrer dos anos foram vivenciadas algumas mudanças, e após os anos de 1985, 
surge uma transição que permanece até a atualidade. Chegamos em 1988, onde foi promulgada a 
Constituição Federal (CF/88), a qual declara a educação como um direito de todos, como um dever 
do Estado e da família. A Constituição ficou conhecida como: “Constituição Cidadã”, por abarcar 
várias conquistas referentes à educação, já que a redação do texto passou por um longo período de 
discussões até a sua finalização. 
A CF/88 visa o pleno desenvolvimento da pessoa, o preparo para o exercício da cidadania 
e a qualificação para o trabalho. Nesse momento, a prioridade educacional era a tentativa de 
solucionar o atraso referente à educação brasileira vinda desde os anos de 1960. 
Neste período e no decorrer dos anos até a atualidade, vivenciamos algumas tentativas 
de melhorias referentes à universalização da educação e a erradicação do analfabetismo. Dentre elas 
estão: o Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania (PNAC,) em 1990, e o Plano Nacional de 
Educação para todos, em 1994; a nova LDB que complementava os princípios da Constituição de 
1988, a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de valorização 
do magistério (FUNDEF) e, mais recentemente, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da 
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB). 
Pensando nas últimas décadas, você pode perceber avanços, porém, o país continuou 
vivenciando um período vasto de atraso educacional. Ainda somos um país com analfabetos, 
sobretudo, analfabetos funcionais, questiona-se também a falta de condições dignas de trabalho 
para educadores, sobretudo, em localidades mais abastadas; a falta de qualidade da merenda, da 
infraestrutura, do material didático, do transporte etc. A educação pública ainda precisa melhorar 
em diversos âmbitos, somos um país demarcado pelas desigualdades que tem um quantitativo 
extenso de pessoas que evadiram da escola ou não tem acesso por várias condições. Portanto, os 
problemas de atraso educacional no Brasil são diversos e essa situação perpassa até os dias atuais. 
 
IV - PERÍODO DE REDEMOCRATIZAÇÃO ATÉ OS DIAS ATUAIS 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
19 
 
Todo esse processo da educação não acontece sozinho. Junto com ele, muda o processo 
de atuação do governo no setor educacional e também dos profissionais da educação, ao terem que 
mudar o seu foco e método de trabalho no interior das instituições escolares, visando atender as 
exigências sociais. Essas mudanças relativas à educação e consequentemente das teorias 
administrativas estão atreladas ao contexto político, econômico, social e cultural da sociedade, 
revelam suas implicações para a administração e gestão educacional e escolar, como veremos a 
seguir. 
 
 
 
Figura 04 – A Constituição Cidadão – Constituição Federal de 1988 
Fonte: https://www.editoraforum.com.br/noticias/site-do-stf-disponibiliza-constituicao-federal-comentada/ 
Descrição: A figura apresenta a capa da versão impressa da Constituição Federal de 1988, com a imagem da 
bandeira do Brasil e as cores verdes no título da legislação. 
 
 
SAIBA MAIS! 
Assista ao vídeo referente à temática do Analfabeto Funcional com o Professor 
Mario Sergio Cortella que trata da discussão de uma forma ampla e relacionada 
ao cenário nacional contemporâneo. 
https://www.youtube.com/watch?v=MRp6iPh4gAA 
https://www.editoraforum.com.br/noticias/site-do-stf-disponibiliza-constituicao-federal-comentada/
https://www.youtube.com/watch?v=MRp6iPh4gAA
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
20 
 
 
1.4 O Processo de Administração na Educação 
Assim como foi afirmado, a educação teve todo um processo histórico e com a 
administração escolar não foi diferente. Estudante, compreender a gestão como um processo político 
e administrativo nos impõe a necessidade de compreender conceitos de gestão e administração, de 
forma contextualizada. Afinal, cada período demanda de um contexto sócio político que abarca 
determina configuração de sociedade. Sendo assim, as instituições escolares estão inseridas nessa 
realidade e dependem dela para trabalhar de acordo com o que é exigido em cada momento. Essas 
mudanças são contextualizadas e o trabalho dentro das unidades escolares vai se adaptando e 
reorganizando de forma que atenda as expectativas da sociedade. 
Em cada momento histórico tivemos diferentes configurações de modelos de administrar 
a escola e com isso passamos de um modelo centralizador, tecnicista, setorizado, hierarquizado a um 
modelo em oposição que trata de uma concepção democrática. Essas diferentes formas de 
administração escolar subdividem-se da seguinte maneira: o primeiro refere-se à administração no 
período colonial, a qual fora baseada no direito romano. O segundo, Era Republicana, se divide em 
quatro fases. São elas: fase organizacional, comportamental, desenvolvimentista e sociocultural. 
Cada uma correspondente a um modelo específico de gestão da educação definido de acordo com 
cada época. 
Cabia, portanto, aos educadores, se adaptarem aos períodos e gerirem as instituições 
escolares de forma que atendessem às necessidades do momento. 
 
Caro Estudante, que tal aprofundar a contextualização histórica? 
Você pode assistir aos vídeos do Professor Bóris Fausto sobre a História da 
Educação no Brasil. 
Brasil Colonial - https://www.youtube.com/watch?v=sGFROOSJcx4 
Período Imperial - https://www.youtube.com/watch?v=_ZOfU5IsgQE 
A Era Vargas – https://www.youtube.com/watch?v=m1hCgnHJ2Fo 
Período Democrático - https://www.youtube.com/watch?v=2yEqbSYfyqQ 
A Educação na Ditadura Militar - 
https://www.youtube.com/watch?v=Gqn5QRKYK-4 
O processo de redemocratização - https://www.youtube.com/watch?v=H9SdT-
RSDzE 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
21 
Nas décadas de 70 e 80, o sistema escolar foi marcado pelo centralismo, autoritarismo e 
estruturas burocráticas-padrões. A unidade escolar era organizada de “fora para dentro”. O poder de 
decisão da equipe escolar, nesta época, era praticamente inexistente sobre seus objetivos e até sobre 
a estrutura e organização pedagógica e de equipe escolar. 
Após esse período republicano, é proposto um novo paradigma da educação: o paradigma 
multidimensional. Este é repleto de características e tem o objetivo de atender as necessidades da 
escola que, com as mudanças da sociedade, passa a evoluir gradativamente exigindo outros meios 
do processo administrativo. 
Os anos 90 são caracterizados por grandes mudanças na área educacional. Devido às 
transformações do mercado com o capitalismo e a era da Globalização, sendo assim, a educação 
precisaria acompanhar esta evolução de modo que se ajustasse ao desenvolvimento de mercado do 
país. No final dessa década, passamos por modificações no setor educacional. E existiu um foco 
principal na gestão, na esperança de haver transformações positivas especialmente no nível da 
educação básica quando adotadas as propostas de uma gestão democrática. 
 Estudante, a sociedade contemporânea caracteriza-se por um processo de mudanças 
quase instantâneas e não se compara aos períodos anteriores. Essa velocidade tem sido responsável 
por alterações profundas nem sempre perceptíveis de imediato, essas vão influenciando 
processualmente nas organizações e consequentemente a instituição escolar. Por isso, a questão da 
gestão e os novos conceitos que a fundamentam constituem preocupação central dos 
administradores modernos na busca de um novo paradigma que atenda as demandas atuais. 
 
 
Diante disso, a escola passa a ser vista como uma instituição complexa a qual os 
problemas enfrentados não fazem parte apenas do sistema escolar, como também, são advindos de 
uma sociedade diversificada. 
 
A gestão ou administração escolar precisa ter como intuitoprincipal a “mediação 
dos objetivos que irão atender as necessidades dos que fazem o processo 
educativo e, ainda ser flexível à medida que surjam outros objetivos” (BOTLER, 
2013, p. 88). 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
22 
Daí a importância de termos profissionais atualizados e capacitados para gerir uma 
instituição escolar, visto que esse profissional precisa atentar para a concepção de educação de 
acordo com a nossa legislação (CF/88 e LDB/) – uma educação centrada na formação integral do 
indivíduo - estar atento ao contexto sócio-político e cultural, percebendo a importância do seu papel 
enquanto mediador no processo de gerir a escola coletivamente. 
Esse processo desafiador e acompanhado de mudanças e limitações o que reflete na 
forma como se organiza uma determinada administração de uma escola, como veremos no item a 
seguir. 
 
1.5 Desafios da Administração no Campo Educacional 
Estudante, conforme foi visto, administrar é um processo racional de organização, bem 
como, um processo de influência estabelecida nas unidades de ação de “fora para dentro”, e envolve 
um jogo de forças de pessoas e de recursos, de forma racional e mecanicista. Porém, esse grupo 
envolvido na ação de administrar deve ser movido por um objetivo comum, o coletivo atua para que 
os objetivos organizacionais sejam realizados como demonstra a figura abaixo. 
 
Figura 05 – Os desafios de gerir uma escola no coletivo 
Fonte: https://essenciacao.wordpress.com/2013/04/12/faca-a-diferenca-seja-um-lider-participativo/ 
Descrição: Imagem representa através de figuras um círculo de pessoas diversas, representadas em cores diferentes e 
todas as doze estão com setas que apontam para um alvo no centro do círculo, ou seja, todos trabalham juntos focados 
no objetivo central da instituição que é comum a todos. 
 
https://essenciacao.wordpress.com/2013/04/12/faca-a-diferenca-seja-um-lider-participativo/
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
23 
Desse modo, o ato de administrar corresponderia a chefiar e controlar, mediante uma 
visão objetiva de quem atua sobre a maneira distanciada e orientada por alguns pressupostos. 
Segundo Moraes (2018), o modelo de gerenciar uma instituição pode variar e se adequar ou não a 
esses pressupostos que veremos a seguir: 
 
a) na maioria das vezes, o ambiente de trabalho e o comportamento humano são 
previsíveis, podendo ser, controlados; 
b) crise, ambiguidade e incerteza não são vivenciados como oportunidades de 
crescimento e transformação e são encarados como disfunção e como problemas a serem 
evitados; 
c) o sucesso ao ser alcançado mantém-se por si mesmo e não demanda esforço de 
manutenção e responsabilidade de maior desenvolvimento; 
d) a responsabilidade maior do chefe é a de obtenção e garantia de recursos necessários 
para o funcionamento perfeito da unidade; 
e) modelos de administração que deram certo não necessitam ser mudados; 
f) pode haver uma adaptação de modelos de ação que deram certo em outros contextos 
e esses podem funcionar; 
g) o participante da organização acaba muitas vezes aceitando imposições; 
h) o participante da instituição que por vezes é tido como “colaborador” fica à disposição 
de aceitar os modelos estabelecidos e agir de acordo com ele sem questionar e debater 
a respeito; 
i) o importante é fazer o máximo, e não fazer melhor e o diferente; 
j) é o administrador quem estabelece as regras do jogo; 
l) a objetividade garante bons resultados e essa é a meta principal, sendo a técnica o 
elemento fundamental para a melhoria do trabalho. 
(Texto adaptado). 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
24 
 
Nesta competência, você estudou o processo histórico da educação e consequentemente 
sobre a administração ao longo desses períodos. Você percebeu que a administração no contexto 
educacional tem pressupostos para além da administração tradicional (empresarial)? Dessa maneira, 
a administração no contexto escolar deve ser proposta considerando a cultura organizacional de cada 
instituição. Na próxima competência, serão abordados os segmentos escolares dentro de uma 
instituição escolar e a sua participação direta no processo de gestão. 
Caro estudante, a nossa primeira competência foi finalizada. Espero que você tenha tido 
uma competência proveitosa e utilizado bem esse espaço de ensino-aprendizagem, aperfeiçoando 
seus conhecimentos sobre a Gestão Escolar. 
E para aprofundar ainda mais os seus estudos, assista a vídeo aula, acesse e leia o material 
complementar, participe dos fóruns e das demais atividades. Interaja e coopere para uma 
aprendizagem processual, dinâmica e significativa, isso irá trazer aspectos positivos para a sua 
formação técnica em Secretaria Escolar. 
A segunda competência tem como objetivo compreender a estrutura da escola e o 
funcionamento dos diversos segmentos, considerando os preceitos legais. 
Bons estudos, até lá! 
 
 
Estudante, você pode agora reler os tópicos acima pensando em uma instituição 
escolar e enquanto isso reflita: “A administração nos moldes tradicionais 
contempla o modelo de gerir a escola? ”. 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
25 
2.Competência 02 | Compreender a Estrutura da Escola e o 
Funcionamento dos Diversos Segmentos, Considerando os Preceitos 
Legais 
 
 
Nessa competência você irá conhecer os mecanismos que viabilizam a democratização do 
processo de gestão e são encontrados dentro da instituição escolar. Assim como a composição, a 
criação, as funções e como se dá a atuação desses. A gestão democrática não se restringe ao campo 
educacional, este processo de gerir de forma compartilhada e incentivando a participação da 
comunidade escolar advém do processo de democratização do país e a luta de educadores, 
profissionais da educação e movimentos sociais organizados em defesa de um projeto de educação 
pública de qualidade social e democrática. 
Essas lutas em prol da democratização da educação pública e de qualidade se 
intensificaram a partir da década de 1980, resultando na aprovação do princípio de gestão 
democrática na educação, na Constituição Federal de 1988 (Art. 206). A Constituição Federal 
estabeleceu princípios para a educação brasileira, dentre eles: obrigatoriedade, gratuidade, 
liberdade, igualdade e gestão democrática, sendo esses regulamentados através de leis 
complementares. 
Estudante, quando pensar em estrutura da escola e seus mecanismos (segmentos), você 
não pode imaginar o funcionamento da escola de maneira setorizada, onde cada setor funcione 
 
Quais os mecanismos de democratização da escola? 
Qual a diferença entre esses segmentos? 
Mas, será que todas as escolas possuem esses mecanismos? 
 
“(...) a democracia só se efetiva por atos e relações que se dão no nível da 
realidade concreta, (...) pois democracia não se concede, se realiza.”. 
(PARO, 2008, p. 18). 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
26 
isoladamente e de forma hierarquizada dentro da instituição. Mas, ao contrário do que pensamos, 
quando nos referimos a mecanismos, estamos falando dos grupos, onde o trabalho é coletivo e todos 
contribuem com a escola para que ela funcione de maneira mais democrática. 
 
2.1. Introdução 
As escolas e os sistemas de ensino precisam criar mecanismos para garantir a participação 
da comunidade escolar no processo de organização e gestão dessas instâncias educativas. Um dos 
objetivos centrais da gestão é além de priorizar a educação integral do indivíduo (estudantes no 
centro), garantir a participação efetiva dos membros da comunidade escolar. É necessário um 
ambiente propício que estimule trabalhos conjuntos, que considere igualmente todos os setores, 
coordenando os esforços de funcionários, professores, pessoal técnico-pedagógico, estudantes e pais 
e/ou responsáveis envolvidos no processo educacional, o gestor, em parceria com o conselho escolar 
precisa propiciar este ambiente participativo. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº9.394/96) estabelece e 
regulamenta as diretrizes gerais para a educação e seus respectivos sistemas de ensino. Em 
cumprimento ao Art. 214 da Constituição Federal, ela (enquanto lei complementar da educação), 
dispõe sobre a elaboração do Plano Nacional de Educação – PNE (Art. 9º), resguardando os princípios 
constitucionais e, inclusive, de gestão democrática. É fundamental recuperarmos, nos textos legais 
(Constituição Federal, na LDB e no PNE) o respaldo para a implementação de processos de gestão nos 
sistemas de ensino e, particularmente, nas unidades escolares de forma articulada à discussão da 
democratização da gestão escolar. 
A democratização começa no interior da escola, por meio da criação de espaços nos quais 
professores, funcionários, estudantes, pais e/ou responsáveis de estudantes etc. possam discutir 
criticamente o cotidiano escolar. Desse modo, quando nos referimos à organização de uma escola, 
estamos falando do conjunto de normas, diretrizes, estrutura organizacional, ações, procedimentos 
e condições concretas que garantam o bom funcionamento da escola e da sala de aula, tendo em 
vista a aprendizagem e o desenvolvimento do estudante. Por isso, oferecem meios mais seguros e 
eficazes para atender aos objetivos e funções da escola. 
Nessas direções é que se implementam e vivenciam graus progressivos de autonomia 
da/na escola toda essa dinâmica deve ocorrer como um processo de aprendizado político, sendo 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
27 
fundamental para a construção da gestão democrática e para a instituição de uma nova cultura na 
escola. Nesse sentido, a democratização da gestão escolar implica a superação dos processos 
centralizados de decisão e a vivência da gestão colegiada, na qual as decisões surgem das discussões 
coletivas, envolvendo todos os segmentos da escola num processo pedagógico. 
No âmbito educacional, a gestão democrática tem sido defendida como dinâmica a ser 
efetivada nas unidades escolares e tem como intuito viabilizar processos coletivos de participação e 
decisão. Apesar da superficialidade com que a LDB trata da questão da gestão da educação, ao 
determinar os princípios que devem reger o ensino, indica que um deles é a gestão democrática. No 
artigo 14, a LDB define que os sistemas de ensino devem estabelecer normas para o desenvolvimento 
da gestão democrática nas escolas públicas de educação básica e que essas normas devem, primeiro, 
estar de acordo com as peculiaridades de cada sistema e, segundo, garantir a “participação dos 
profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola”, além da “participação das 
comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes”. 
A gestão democrática, no sentido amplo, pode ser entendida como espaço de 
participação, de descentralização do poder e de exercício de cidadania. A estrutura organizacional de 
escolas se diferencia conforme a legislação dos Estados e Municípios e conforme as concepções de 
organização e gestão adotadas, mas pode-se apresentar a estrutura básica das funções que 
expressam a organização do trabalho em uma escola. 
Toda Unidade de Ensino possui objetivos que determinam as funções e responsabilidades 
entre seus segmentos. Dessa maneira, para garantir que a escola funcione efetivamente e de forma 
democrática, é indispensável estabelecer uma estrutura de ordem interna, no sentido de definir e 
dispor de funções que assegurem o funcionamento da escola. E essa estrutura é, na maioria das vezes, 
representada graficamente por um organograma. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
28 
 
 
Figura 06 – Organograma Básico da Escola. 
Fonte: Autora. 
Descrição: Organograma em forma de ciclo, onde se observa todos os segmentos escolares como o conselho escolar, 
setor técnico e administrativo, pedagógico, pais, responsáveis e comunidade ao redor dos professores, estudantes e 
gestão. 
 
Assim como vemos na figura um organograma demonstra os diferentes setores que 
compõem a instituição escolar e as inter-relações entre estes. É importante lembrar que assim como 
colocamos anteriormente, o trabalho é co-participativo, visto que, é em função da organização como 
um todo. Ou seja, uma atuação colaborativa para atender de forma qualitativa os objetivos da 
instituição. Logo, não adianta elaborar um organograma sem discussões previas com a comunidade 
escolar e permitir que as escolas continuem desenvolvendo suas atividades de forma isolada. E 
também não se pode aceitar que o Projeto Político Pedagógico (PPP) seja pensado, elaborado e 
revisitado (atualizado) apenas por diretores, pedagogos ou encaminhado pelos sistemas de ensino 
sem discussão prévia, desconsiderando o coletivo, as especificidades, as realidades da comunidade 
escolar, e as expectativas que estas têm em relação à qualidade da educação que será oferecida ao 
estudante. 
É preciso compreender que a gestão não se resume em ações de ordem administrativa 
no interior da escola. A mesma está diretamente ligada a outras instâncias, configurando assim uma 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
29 
divisão de poderes. Visto que, a gestão escolar está atrelada a gestão educacional e as diferentes 
instâncias de poder. 
Estudante, nesta competência você irá identificar os mecanismos encontrados numa 
escola que contribuem para seu funcionamento enquanto instituição democrática. 
Você deve lembrar que são considerados participantes da escola: pais e/ou responsáveis, 
educandos, funcionários e professores. Todos os segmentos têm assegurado o direito de 
organizarem-se livremente em associações, entidades e agremiações, devendo a escola oportunizar 
condições para esta organização. Cabe aos segmentos a elaboração dos regimentos internos de suas 
organizações. 
 
2.2. Conselho Escolar 
Prezado estudante, você já escutou algo sobre o Conselho Escolar? Já participou ou 
conhece alguém que participa do Conselho? Que tal entender a importância desse mecanismo no 
processo de democratização de uma Gestão Escolar? 
O Conselho Escolar é um dos principais mecanismos de institucionalização da gestão 
democrática na escola, pode ser considerado como um espaço de democracia participativa, é o órgão 
em que a direção da escola é exercida por todos os segmentos que representam a comunidade 
escolar (pais ou responsáveis, estudantes, professores, funcionários e direção). Os diferentes 
segmentos têm a oportunidade de defender seus interesses e aspirações em prol da instituição 
escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
30 
 
Figura 07 – O Conselho Escolar como espaço de voz do coletivo. 
Fonte: https://www.shutterstock.com/image-illustration/large-group-people-seen-above-gathered-241913749 
Descrição: A imagem demonstra um aglomerado de pessoas com vestimentas de cores diversas, esse grupo é visto de 
cima e a união dessas pessoas forma uma figura de um megafone simbolizando que o coletivo tem expressões 
diferentes e que precisam ser expressas e ouvidas. 
 
A criação do Conselho Escolar, neste contexto torna-se essencial, pois a partir de relações 
dialógicas nas comunidades escolares pode possibilitar a implantação da ação conjunto com a 
corresponsabilidade de todos no processo educativo. Passando a descentralizar as tomadas de 
decisão e consequentemente a participação e responsabilidade na definição dos rumos da escola. 
Estudante, o Conselho traz diferentes e discordantes vozes para o interior da escola e é, 
portanto, o acesso que a comunidade tem para atuar na gestão levando também o movimento da 
realidade. O Conselho é um tipo de gestão colegiada que foi adotado em meados de 1980 nas 
administrações públicas, a partir do processo de abertura política no Brasil, com o objetivo de 
favorecer a democratização da gestão. 
Desse modo, o Conselho Escolar é regulamentado pela nossa legislação como um órgão 
deliberativo e coletivo responsável pela tomada de decisões referentes ao funcionamento, aos 
projetos,aos significados e às práticas escolares, assim como você irá ver a seguir. 
 
https://www.shutterstock.com/image-illustration/large-group-people-seen-above-gathered-241913749
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
31 
2.2.1. Conceitos e Funções 
A escola é um espaço fundamental para o desenvolvimento da democracia participativa 
é nela que acontece a construção de uma cidadania emancipadora e, basicamente, da qualidade 
cognitiva e operativa das aprendizagens. Dessa forma, para que exista uma gestão democrática na 
escola é fundamental a existência de espaços favoráveis para que novas relações sociais entre os 
diversos segmentos escolares possam acontecer. 
O Conselho Escolar seria um órgão deliberativo e coletivo, esse não se envolve 
diretamente na gestão “cotidiana” da escola, o conselho é responsável pela tomada de decisões 
referentes ao funcionamento, aos projetos, aos significados e às práticas escolares. O conselho 
também se destina ao acompanhamento do desenvolvimento da prática educativa e 
consequentemente o processo de ensino-aprendizagem. 
Sendo assim, a função do Conselho é político-pedagógica, definido como Órgão Colegiado 
que representa a comunidade escolar, é uma instância deliberativa nas unidades escolares, sendo um 
local de debate e tomada de decisões. Constitui-se pelos representantes dos diferentes segmentos 
que formam a escola. O conselho proporciona: delegação de responsabilidades e envolvimento dos 
participantes na gestão. 
Em resumo, o Conselho Escolar é um órgão colegiado que tem as funções: consultivas; 
deliberativas; fiscais e mobilizadoras com a característica de parceiro em todas as atividades da escola 
como veremos a seguir. 
Estudante é de suma importância perceber que as funções do conselho são essenciais 
para a construção de uma escola democrática. Em relação às funções consultivas, em sintonia com a 
administração da escola, abrangem as decisões coletivas relacionadas com as questões 
administrativas, financeiras e político-pedagógicas. Ou seja, analisa as questões encaminhadas pelos 
diversos segmentos da escola e apresenta sugestões ou soluções, essas podem ou não ser acatadas 
pela direção da unidade escolar. 
Quanto às funções deliberativas, propõe-se a tomada de decisões referentes às linhas 
gerais da escola, incluindo o gerenciamento dos recursos públicos. Elaboram normas internas da 
escola sobre questões referentes ao seu funcionamento nos aspectos pedagógico, administrativo ou 
financeiro. Funções fiscais (acompanhamentos e avaliação) acompanhando a execução das ações 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
32 
pedagógicas, administrativas e financeiras, avaliando e garantindo o cumprimento das normas das 
escolas e a qualidade social do cotidiano escolar (NAVARRO, 2004). 
Além disso, esse colegiado desempenha funções mobilizadoras. Ou seja, tem o papel de 
mobilizar toda a comunidade em busca da melhoria da qualidade do ensino, do acesso, da 
permanência e da aprendizagem dos estudantes, na intenção de assegurar o cumprimento da 
legislação em vigor. Contribuindo para a efetivação da democracia participativa e para a melhoria da 
qualidade social da educação. 
 
2.2.2. Atribuições 
Estudante, a gestão colegiada, no cumprimento de sua função socioeducativa, 
acompanha e avalia a escola na observância dos seus propósitos, em obediência às políticas públicas 
do Estado e da legislação em vigor. Dessa forma, agora destaco as atribuições do Conselho Escolar 
(NAVARRO, 2004, pp. 48 – 49) na busca de uma educação de qualidade: 
 
As funções do Conselho Escolar vão repercutir diretamente sobre o cotidiano das 
instituições escolares, reforçando a gestão democrática e fomentando a 
participação efetiva de outros membros da comunidade escolar no processo 
decisório da escola. 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
33 
 Então, o exercício dessas atribuições viabiliza o processo de aprendizado de uma gestão 
comprometida democraticamente, transformando a prática escolar cotidianamente e enfrentando a 
postura autoritária de algumas gestões. O Conselho Escolar tem papel fundamental na construção de 
uma cultura democrática nas escolas. 
 
 No que se refere à prática política da organização escolar: 
 
Elaborar o Regimento Interno do Conselho Escolar; coordenar o processo de 
discussão, elaboração ou alteração do Regimento Escolar; convocar assembleias 
gerais da comunidade escolar ou se seus segmentos; garantir a participação das 
comunidades escolar e local na definição do projeto político pedagógico da 
unidade escolar. 
 No tocante à prática pedagógica da escola: 
Promover relações pedagógicas que favoreçam o respeito ao saber do 
estudante e valorizam a cultura da comunidade local; propor e coordenar 
alterações curriculares na unidade escolar, respeitada a legislação vigente, a 
partir da análise, entre outros aspectos, do aproveitamento significativo do 
tempo e dos espaços pedagógicos na escola; propor e coordenar discussões 
junto aos segmentos e votar as alterações metodológicas, didáticas e 
administrativas na escola, respeitando a legislação vigente. 
 Já a respeito da prática organizacional da instituição: 
Participar da elaboração do calendário escolar, no que competir à unidade 
escolar, observada a legislação vigente; acompanhar a evolução dos indicadores 
educacionais (abandono escolar, aprovação, aprendizagem, entre outros) 
propondo, quando se fizerem necessárias, intervenções pedagógicas e/ou 
medidas socioeducativas visando à melhoria da qualidade social da educação 
escolar; elaborar o plano de formação continuada dos conselheiros escolares, 
visando ampliar a qualificação de sua atuação; aprovar o plano administrativo 
anual, elaborado pela direção da escola, sobre a programação e a aplicação de 
recursos financeiros, promovendo alterações, se for o caso; fiscalizar a gestão 
administrativa, pedagógica e financeira da unidade escolar; promover relações 
de cooperação e intercâmbio com outros Conselhos Escolares. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
34 
 
 
 
2.3. Conselho de Classe 
 
 
Figura 08 – O Conselho de Classe e seus desafios 
Fonte: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1910/10-problemas-comuns-no-conselho-de-classe-que-voce-precisa-
evitar 
 Descrição: A imagem demonstra uma mesa no formato retangular com um grupo de nove pessoas (homens e 
mulheres) sentados com cadernos de anotações abertos, fazendo registros, alguns falam e outros escutam, a figura 
representa um momento de reunião do Conselho de Classe. 
 
Estudante, e o Conselho de Classe? Você conhece? Sabe quais os seus objetivos? E quem 
participa? Agora, te convido para saber mais sobre o Conselho! 
O Conselho de Classe é um dos mecanismos de participação da comunidade na gestão e 
no processo de ensino-aprendizagem desenvolvido na unidade escolar. Constitui-se numa das 
instâncias de vital importância num processo de gestão democrática, pois: 
 
Lei nº 11.014 de 28 de dezembro de 1993. 
Lei nº 11.303, de 26 de dezembro de 1995. 
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1910/10-problemas-comuns-no-conselho-de-classe-que-voce-precisa-evitar
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1910/10-problemas-comuns-no-conselho-de-classe-que-voce-precisa-evitar
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
35 
 
O Conselho não deve ser uma instância que tem como função reunir-se ao final de cada 
bimestre ou do ano letivo para definir a aprovação ou reprovação de estudantes, mas deve atuar em 
espaço de avaliação permanente, que tenha como objetivo avaliar o trabalho pedagógico e as 
atividades da escola. 
Estudante é essa instância colegiada que tem a responsabilidade de agir 
burocraticamente de maneira pedagógica, ou seja, extrapolando as barreiras burocráticas e 
promovendo um processo avaliativo que seja capaz de considerar as ações pedagógicas de forma que 
possam gerar conhecimento. 
O Conselho de Classe possibilita a articulação de diversos segmentos da instituiçãoescolar 
e tem como objeto de estudo o processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma, podemos dizer que 
o conselho é um elemento que articula os vários segmentos da escola, direcionando para um 
processo que vise à melhoria do ensino-aprendizagem, que é o eixo central em torno do qual se 
desenvolve o processo do trabalho escolar. 
Portanto, o Conselho se constitui em um espaço de encontro de posições diversificadas 
referentes ao desempenho do estudante e não fica restrito a avaliação de apenas uma pessoa. Não 
deve ser considerado um espaço de punir os estudantes e sim avaliar de maneira qualitativa os erros, 
acertos e o que precisa melhorar, por exemplo. 
O Conselho de Classe tem a função de dar conta de importantes problemas didáticos – 
pedagógicos para que suas possibilidades educativas se ampliem, propiciando uma ação reflexiva e 
avaliativa nos professores impulsionando os profissionais a identificarem a importância desse espaço. 
O Conselho viabiliza e efetiva a vivência de um espaço que relaciona o ensino com a avaliação de 
aprendizagem de qualitativamente, considerando demandas coletivas e individuais dos estudantes. 
 
 
"(...) guarda em si a possibilidade de articular os diversos segmentos da escola e 
tem por objeto de estudo o processo de ensino, que é o eixo central em torno do 
qual se desenvolve o processo de trabalho escolar" (DALBEN, 1995, p. 16). 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
36 
2.3.1. Objetivos do Conselho de Classe 
O Conselho de Classe determina que os professores tenham em mente as metas 
educacionais a serem desenvolvidas e avaliadas de forma processual. Considerando prioritariamente 
a aprendizagem dos estudantes, estabelecendo princípios para a formação multidimensional do 
indivíduo, assim como o exercício da cidadania. Assim sendo, a sua finalidade na escola é, de fato, 
partilhar as dificuldades e os sucessos vivenciados, de modo que sejam feitas as intervenções 
necessárias para garantir a fluidez do processo de ensino-aprendizagem e a qualidade educacional. 
 
2.3.2. Quem deve participar? 
Como se trata de um espaço para avaliação numa perspectiva crítica, quem participa do 
Conselho de Classe são: professores, orientadores, supervisores, coordenadores e, em determinados 
casos, estudantes e gestor da escola. 
 
2.3.3. Vantagens do Conselho de Classe para a escola 
É no momento da realização deste colegiado que ocorre a avaliação parcial dos 
estudantes. 
Desse modo, os participantes podem avaliar também a sua prática face aos objetivos e 
critérios colocados admitindo: 
 
 Viabilizar uma avaliação mais dinâmica e qualitativa; 
 Aperfeiçoar a compreensão dos acontecimentos, decorrente da exposição de 
diferentes opiniões a respeito dos fatos; 
 Analisar o histórico e o currículo dos envolvidos; 
 Avaliar os resultados dos procedimentos empregados; 
 Favorecer a integração entre professores; 
 Tomar decisões coletivamente, visando à melhoria do ensino-aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
37 
2.4. Unidade Executora 
2.4.1 Histórico 
Quando o Ministério da Educação (MEC) transferiu os recursos diretamente para as 
escolas, através do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), criado em 1995, a Unidade Executora 
(UEx) começou a se tornar um espaço de grande importância, visto que, a gestão passou a se 
responsabilizar ainda mais e ter autonomia de investir na manutenção da escola, respeitando a 
legislação vigente. 
Estudante, o PDDE tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter 
suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito 
Federal e às escolas privadas de educação especial que são mantidas por entidades sem fins 
lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de 
assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. 
 
 
Estudante, em Pernambuco, o PDDE, adotou a nomenclatura de UEx, denominação 
genérica criada pelo MEC para referir-se às diversas denominações encontradas em todo o território 
nacional que designa entidade de direito privado, sem fins lucrativos, vinculada à escola. 
É importante destacar que: 
 
O programa engloba várias ações e objetiva a melhoria da infraestrutura física e 
pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, 
administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da 
educação básica. Sobre os recursos do programa, os mesmos são transferidos de 
acordo com o número de estudantes extraído do Censo Escolar do ano anterior 
ao do repasse, independentemente da celebração de convênio ou instrumento 
congênere. 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
38 
 
Dessa maneira, os representantes precisam ser os mesmos que formam o Conselho 
Escolar, pais e responsáveis, estudantes, professores, funcionários e o gestor. Porém, em algumas 
instituições a mudança em relação ao Conselho Escolar em UEx não trouxe uma preocupação em 
inserir os membros da comunidade na administração de assuntos relacionados a instituição escolar. 
Limitando esse trabalho ao corpo de funcionários da escola. 
Assim, prevalece uma prática centralizadora e autoritária em inúmeras instituições. O 
MEC (2006, P.60), enfatiza que: “o coletivo da escola deve participar da definição das prioridades, dos 
objetivos e de como eles serão atingidos”, trazendo também o destino dos recursos e como esses 
devem ser aplicados. A UEx não deve ser entendida como um mecanismo de controle da gestão e 
precisa priorizar o ambiente democrático inserindo a comunidade na construção desse espaço de 
trabalho coletivo. 
A UEx, assim como os demais mecanismos de democratização da gestão escolar 
viabilizam o comportamento autônomo dos indivíduos e assim esses passam a expressar as suas 
opiniões no que se refere aos assuntos da escola (técnicos-administrativos e pedagógicos) 
contribuindo para a construção de um ambiente democrático. 
Portanto, a UEx deve programar as atividades anuais no que se refere as ações 
administrativas, pedagógicas e financeiras, o planejamento deve se basear em necessidades da 
comunidade escolar e local. Um programa anual voltado para o plano de ação da escola como forma 
de garantir os fins socioeducativos. 
Estudante é importante perceber que: 
 
A UEx além de ter como objetivo gerenciar os recursos financeiros destinados às 
escolas públicas das redes estaduais ou municipais, deve administrar as verbas, 
se responsabilizar pela manutenção e conservação dos equipamentos, assim 
como pela estrutura física da instituição. A UEx deve colaborar na integração da 
comunidade com a escola visando uma maior participação das famílias na 
construção do conhecimento dos estudantes. 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
39 
 
2.4.2. Conceito 
Você já conhecia a UEx? 
A UEx é uma associação civil com personalidade jurídica de direito privado, sem fins 
lucrativos, representativa das escolas públicas, integrada por membros da comunidade escolar: pais 
e responsáveis, estudantes, funcionários, professores e membros da comunidade local. Além disso, 
é de suma importância, sabermos que qualquer membro da comunidade pode ser o presidente da 
UEx, não havendo a obrigatoriedade desse cargo ser exercido pelo diretor da escola ou por um 
servidor público. 
 
2.4.3. Atribuições 
Estudante, a UEx tem diversas atribuições, é importante conhecer e identificar as 
atribuições dessa entidade, assim como listadas abaixo: 
 Gerir os recursos financeiros transferidos para a manutenção e o desenvolvimento 
do ensino; 
 Administrar e controlar recursos provenientes de doações, campanhas e de outras 
fontes; 
 Transparência e realização de prestação de contas dos recursos repassados, 
arrecadados e doados; 
 Promover atividades pedagógicas, assim como a manutenção e conservação física de 
equipamentos e aquisição de materiais. 
 
2.4.4.Requisitos para constituição da Unidade Executora 
 
 
Quando os atores se sentem parte da vida escolar passam a assumir a 
responsabilidade por decisões e pelo futuro da instituição. Segundo o MEC 
(2006, p.40): “é indispensável à participação da comunidade no 
acompanhamento e fiscalização dos recursos que são destinados à manutenção 
e desenvolvimento do ensino”, as organizações que prezam por uma gestão 
transparente necessitam, sobretudo, inserir a comunidade em todas as atuações 
realizadas. 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
40 
 Motivação da comunidade; 
 Convocação da Assembleia Geral; 
 Registro da UEx; 
 Inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); 
 Abertura de conta bancária. 
 
2.4.5. Legalização da Unidade Executora 
 
 Assembleia Geral; 
 Fundar a UEx; 
 Eleger e dar posse aos membros; 
 Discutir e aprovar o Estatuto. 
o Registro: 
 Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas; 
 Requerimento; 
 Estatuto; 
 Ata. 
o Inscrição CNPJ: 
 Ficha de inscrição; 
 Ata; 
 Registro do Cartório; 
 CPF do Presidente. 
o Abertura de Conta: 
 Conta conjunta Presidente / Tesoureiro. 
 
2.5. Grêmio Estudantil 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
41 
 
Figura 09 – O Grêmio Estudantil como espaço de participação dos estudantes 
Fonte: http://franciscomiltondeandrade.blogspot.com/2016/03/eleicao-do-gremio-estudantil.html 
Descrição: A imagem apresenta braços de estudantes levantados, mãos gesticulando resistência, paz, vitória, amor, 
assim como segurando celular, aparelhos eletrônicos e ao centro uma placa sinalizando: “aluno cidadão”. A figura 
demonstra a diversidade dos estudantes e a importância da participação no Grêmio Estudantil. 
 
A gestão da escola que tem como princípio a democracia deve incentivar a criação e/ou 
implementação do Grêmio Estudantil. Os estudantes têm assegurado pela Lei Federal n°. 7.398 de 
04/11/1985, o direito de se organizarem livremente através de agremiações estudantis, devendo a 
instituição escolar, garantir o espaço e as condições para essa organização. 
Você conhece algum Grêmio Estudantil? Já ouviu falar? Já participou? 
Estudante, o objetivo do Grêmio Estudantil é reunir o corpo discente da escola com a 
finalidade de discutir e defender os interesses individuais e coletivos, incentivar a cultura literária, 
artística e desportiva, organizar palestras e debates sobre questões relacionadas ao ensino-
aprendizagem e outros temas de interesse dos estudantes. 
A criação de um Grêmio Estudantil segue uma organização e deve seguir algumas etapas, 
assim como demonstra o esquema a seguir: 
http://franciscomiltondeandrade.blogspot.com/2016/03/eleicao-do-gremio-estudantil.html
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
42 
 
Esquema 01 – Etapas para a criação de um Grêmio estudantil. Fonte: Autora. 
 
O grêmio é um local excepcional para a ampliação das relações pessoais, para o 
fortalecimento de vínculos, companheirismo, para escuta e respeito do outro em seus 
posicionamentos e opiniões (MOREIRA, 2001). Do mesmo modo proporciona uma dimensão 
educativa muito significativa para os seus participantes. 
 
Através do Grêmio Estudantil, muitas vezes ausentes das escolas, os estudantes tendem 
a enriquecer o processo formativo, exercem atividades participativas como exercício prático, que 
ultrapassam os aprendizados exclusivamente teóricos (SANTOS, 1996). Aqui não estamos 
desconsiderando a importância da teoria, enfatizamos as experiências participativas para ampliar os 
saberes tendo os estudantes como centro do processo educativo. 
 
1º ETAPA
Comunicar A 
gestão da 
escola
Divulgar a 
proposta
Convidar 
estudantes e 
representante
s de turma
Constituir 
"COMISSÃO 
PRÓ-GRÊMIO"
Elaborar uma 
proposta de 
Estatuto. 
2º ETAPA
Convocar os alunos 
a participarem da 
Assembleia Geral 
visando:
Decidir o 
nome do 
Grêmio; 
Aprovar o 
Estatuto que 
regerá o 
colegiado; 
Estabelecer 
período de 
campanha e 
data da 
eleição; 
Definir os 
membros da 
Comissão 
Eleitoral. 
3º ETAPA
Formar as chapas que 
concorrerão à eleição
Promover debates 
entre os candidatos. 
4º ETAPA
Organizar e 
realizar a 
eleição; 
Apurar os votos e 
registrar em Ata 
todas as 
ocorrências; 
Divulgar os 
resultados. 
5º ETAPA
Enviar cópia da Ata 
de Eleição e do 
Estatuto para a 
direção da escola; 
Organizar e realizar a 
cerimônia de posse.
 
A participação no grêmio envolve aspectos importantes no que se refere ao 
senso crítico, bem como ao aprendizado de outras dimensões para além da sala 
de aula. Uma educação integral baseada também à prática no sentido educativo 
mais amplo, sociopolítico, relacionada também ao fazer coletivo, ao 
relacionamento com os outros. 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
43 
 
2.5. Associação de Pais e Mestres 
Estudante, você já ouviu falar em Associação de Pais e Mestres (AMP)? 
A AMP é outro mecanismo que viabiliza e fortalece o processo democrático, considerado 
como entidade civil com personalidade jurídica própria, sem caráter lucrativo, formado pelos pais ou 
responsáveis dos estudantes regularmente matriculados na escola. Uma entidade que é regida por 
regulamentação e estatuto próprio. 
A AMP tem como objetivo o estabelecimento de vínculos entre a instituição e a família 
contribuindo, sobremaneira, no processo educativo. A associação tem como função a atuação junto 
ao Conselho Escolar. 
 
 
Figura 10 – Reunião de Pais e Professores. 
Fonte: https://www.oestegoiano.com.br/noticias/educacao/reuniao-na-terca-feira-sera-para-criar-associacao-de-pais-
e-mestres 
Descrição: A figura retrata uma sala de reunião com livros dispostos em uma prateleira, um grupo sentado em cadeiras 
enfileiradas, quatro homens e duas mulheres, um dos homens está em pé na frente do grupo e com um papel levantado 
em uma das mãos. No grupo três pessoas estão com as mãos levantadas sinalizando que concordam com algo que está 
sendo discutido em reunião. 
 
 
Atuar no grêmio é exercer o poder por parte da representação estudantil. O 
Grêmio Estudantil também representa responsabilidade em responder por seus 
atos e, por conseguinte, o comprometimento com a instituição em diversos 
fatores e na prestação de contas. Comprometimento com o cotidiano escolar, o 
processo de construção de ensino-aprendizagem, as situações de conflitos 
também se apresentam como oportunidades de aprendizado e de diálogo. 
https://www.oestegoiano.com.br/noticias/educacao/reuniao-na-terca-feira-sera-para-criar-associacao-de-pais-e-mestres
https://www.oestegoiano.com.br/noticias/educacao/reuniao-na-terca-feira-sera-para-criar-associacao-de-pais-e-mestres
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
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O Decreto nº 31.113 de 18 de dezembro de 1986 que dispõe sobre a existência das 
Associações de Pais e Professores e revoga o Decreto nº 15.792 de 07 de dezembro de 1981 que 
aprovou o estatuto unificado das associações. A Associação de Pais e Mestres também viabiliza a 
construção de parcerias com a equipe gestora e outras instâncias, instituições e outras organizações 
governamentais e não governamentais (ONGs) visando contribuir com a melhoria dos setores 
pedagógicos e administrativos, garante a participação nas reuniões de Conselhos de Classe e de 
estudos. Além disso, a associação encaminha junto a equipe gestora projetos que contemplem as 
necessidades da comunidade escolar. 
Estudante, ao longo dessa competência você pode conhecer e aproximar-se dos 
segmentos que uma instituição escolar deve possuir. Esses são mecanismos que viabilizam uma 
prática de gestão democrática na escola. 
Na próxima competência, você discutirá a respeito dos recursos humanos que operam e 
fazem da escola uma “instituição viva” que é gerida coletivamente. E conhecerá as funções de cada 
profissional dentro da organização escolar. 
 
 
 
 
SUGESTÃO DE FILMES 
 
Quando sinto que já sei: Custeado por meio de financiamento coletivo, o filme 
registra práticas

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