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HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO CCJ0105 Exercicio 05

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HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO - CCJ0105
SEMANA 05
	
Título
Período Regencial: o difícil período de estabilização da independência
Descrição
 De acordo com que você estudou, podemos considerar o Período Regencial (1831-1840) como uma fase politicamente conturbada, com a deflagração de várias crises e revoltas em inúmeras províncias do Império brasileiro, geradas pelas contradições latentes na sociedade, isto é, entre membros das elites, setores médios e camadas populares, e que foram agravadas pelo vácuo de poder deixado pela abdicação de D. Pedro I em 1831. Sabemos que no contexto do período do Primeiro Reinado e após D. Pedro I ter deixado o trono e seguido para Portugal, a demanda por mais autonomia política era uma constante, principalmente por aqueles que detinham o poder local dentro das províncias. “ (...) Os defensores da descentralização do Estado imperial continuavam argumentando em favor da autonomia provincial, reivindicando a saída “”do rigoroso estado de dependência em que se acham [as províncias] por não verem executada a menor de suas resoluções sem a prévia aprovação da capital do Império””. Ao mesmo tempo, reagiam às acusações de conturbadores da ordem e destruidores da unidade imperial (...)” LYRA, M.L.V. O Império em construção: Primeiro Reinado e Regências. São Paulo: Ed. Atual, 2000. Pg. 91. Assim, com a ausência do poder legítimo do Imperador, os governos regenciais se empenharam em criar condições de governabilidade e para tal, criaram a Guarda Nacional, em 1831, e posteriormente editaram o Ato Adicional, em 1834. Baseado nessas informações, responda:
 a) A criação da Guarda Nacional está ligada a uma desconfiança do poder regencial para com o exército brasileiro do período e está ligada também ao processo de descentralização de poder, demandado pelos poderes locais provinciais. Dito isto, relacione a criação da Guarda Nacional e o surgimento do fenômeno do “coronelismo”. 
Resposta: O coronelismo teve suas origens, no Brasil, a partir do momento em que Dom Pedro I, antes de deixar o país rumo a Portugal, no ano de 1827, criou o cargo de juiz de paz. A principal consequência da criação desse cargo foi a ampliação do poder local dos proprietários de terras e de escravos. O juiz de paz era eleito pelos cidadãos ativos (pessoas que tinham o direito de votar porque possuíam uma determinada renda) de cada região e exercia a função de polícia (tinha o poder de prender e julgar as pessoas). Portanto, a criação do juiz de paz significou a retirada da justiça da esfera pública e passou a ser responsabilidade dos proprietários de terras e fazendeiros locais. 
Durante o período regencial (1831-1840) era comum o abuso de poder dos juízes de paz. A partir do momento em que assumiram o poder, os regentes criaram a Guarda Nacional, que acabou contribuindo para ampliar o poder dos proprietários de terras e de escravos.
Rapidamente, a Guarda Nacional substituiu o Exército, fato realizado pelos regentes que não confiavam nos oficiais do Exército, que se mostravam inclinados a reivindicar a volta do imperador.
A participação na Guarda Nacional no Brasil era estipulada pela renda do indivíduo. Durante o período regencial, os títulos militares de tenente, capitão, major, tenente-coronel e coronel (o posto mais alto) foram vendidos pelo governo imperial. Dessa maneira, os grandes proprietários de terras e de escravos de diferentes regiões brasileiras passaram a ter autoridade militar. Durante a Primeira República (1889-1930), o coronelismo acentuou-se como poder local e, nesse momento, o coronel passou a exercer o chamado mandonismo político. Com o decorrer do tempo, os coronéis da Guarda Nacional passaram a conduzir a vida social de cada região no Brasil. Eles mandavam e desmandavam na população local, isto é, passaram a ter poder de vida e morte sobre as pessoas que viviam próximas a eles. A Guarda Nacional deixou de existir no início do século XX, porém, até os dias atuais, alguns latifundiários (grandes proprietários de terra) ainda são chamados de coronéis.
b) Do ponto de vista político, o que significou o Ato Adicional de 1834? 
Autonomia política para as províncias.
Fim do Conselho de Estado.
Distrito neutro no RJ.
Transformação da regência trina em uma e eletiva.
c) Cite duas medidas relevantes contidas no Ato Adicional de 1834. 
Autonomia política para as províncias.
Fim do Conselho de Estado.
Resolva as questões objetivas 1, 2 3 e 4 do capítulo 3 de seu Livro Didático.
1. Acerca da Independência do Brasil, é correto afirmar que:
A) Consubstanciou os ideais propostos pela Insurreição de 1817.
B) Instituiu a monarquia como forma de governo, a partir de um amplo movimento popular.
C) Implicou na adoção da forma monárquica de governo e preservou os interesses básicos dos proprietários de terras e de escravos. ( correta )
D) Propôs, a partir das ideias liberais das elites políticas, a extinção do tráfico de escravos.
E) Provocou, a partir da Constituição de 1824, profundas transformações nas estruturas econômicas e sociais do país.
2. A abdicação do Imperador D. Pedro I representou a culminância dos diferentes problemas que caracterizam o Primeiro Reinado, a exemplo do (a): 
A) Apoio inglês à política platina do Império. 
B) Apoio das províncias à política do Reino Unido implantada por D. Pedro I, após a morte de D. João VI. C) Conflito entre os interesses dos produtores tradicionais de açúcar e os novos produtores de ouro. 
D) Confronto entre os grupos políticos liberais e o governo centralizado e com tendências absolutistas de D. Pedro I. ( correta )
E) Crescente participação popular nas manifestações políticas, favorecidas pela abolição do tráfico. 
3. A organização do Estado Brasileiro que se seguiu à independência resultou do projeto do grupo: 
A) Liberal-conservador, que defendia a monarquia constitucional, a integridade territorial e o regime centralizado. 
B) Maçônico, que pregava a autonomia provincial, o fortalecimento do executivo e a extinção da escravidão. 
C) Liberal-radical, que defendia a convocação de uma Assembleia Constituinte, a igualdade de direitos políticos e a manutenção da estrutura social. 
D) Cortesão que defendia os interesses recolonizadores, as tradições monárquicas e o liberalismo econômico. 
E) Liberal-democrático, que defendia a soberania popular, o federalismo e a legitimidade monárquica. ( correta )
4. Como elemento comum à maioria das rebeliões que marcaram o período regencial (1831-1840), destaca-se:
A) A oposição ao regime monárquico.
B) A defesa do regime republicano.
C) O repúdio à escravidão.
D) As críticas e a insatisfação em relação ao poder centralizado. ( correta )
E) O boicote ao voto censitário.
5. A consolidação do Império nas duas primeiras décadas do Segundo Reinado está ligada à(ao):
A) Afirmação do projeto autonomista liberal, pondo fim às Rebeliões Provinciais.
B) Recuperação das lavouras tradicionais, como açúcar, eliminando-se a hegemonia do setor cafeeiro.
C) Conciliação entre liberais e conservadores, para conter o crescente movimento republicano.
D) Hegemonia do projeto político conservador, centralizado e que projetava a Coroa sobre os Partidos. ( correta )
E) Encaminhamento da abolição, garantindo-se a mão de obra à lavoura através da imigração.

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