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Prof. José AlvesDantas Prof. Dr. José AlvesDantas das atividades 3 ▪ Relação com a história daContabilidade. ▪ Desenvolvimento econômico dos países. ▪ Crescimento das empresas e expansão produtoras. ▪ Crescente complexidade na administração dos negócios. ▪ Desenvolvimento tecnológico aperfeiçoa as comunicações e os transportes: condições para a explosão dos mercados globais. ▪ Aumento da demanda de capital para a ampliação dos negócios. ▪ Ampliação dos mercados financeiro e de capitais, em escala global, com o aumento do fluxo de investimentos. ▪ Investidores e credores podem ter objetivos distintos dos da administração. ▪ Demanda por informações financeiras confiáveis – práticas financeiras como força motriz para o desenvolvimento da economia demercado. 4 ▪ Necessidade de opinião de alguém não ligado aos negócios para confirmar a veracidade das informações, o cumprimento das metas, a aplicação do capital investido de forma lícita e o retorno do investimento. ▪ Linguagem contábil em ambiente global – convergência aos padrões IFRS do IASB. ▪ Linguagem da auditoria em ambiente global – adoção das International Standards on Auditing (ISA), editadas pelaIFAC. 5 ▪ Filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras. ▪ Financiamento de empresas brasileiras através de entidades internacionais. ▪ Crescimento das empresas brasileiras e necessidade de descentralização e diversificação de suas atividades econômicas. ▪ Evolução do mercado de capitais – Lei 4.728/65 disciplinou o mercado de capitais e fez a primeira menção a “auditores independentes” na legislação brasileira. ▪ Normas de auditoria promulgadas pelo Bacen (1972). 6 ▪ Criação da CVM e lei das S/A(1976). ▪ Normas do CFC sobre auditoria: notadamente a partir dos anos 1990. ▪ Criação do CPC e Lei 11.638/2007: convergência contábil, oque requer mais julgamento profissional. ▪ Adoção das ISAs no Brasil – Resolução CFC nº 1.156/2009. 7 Auditoria de demons-‐ trações financeiras 8 Foco em determinar se a informação financeira da entidade é apresentada de acordo com um framework de divulgação financeira. Propósito: obter evidências suficientes e apropriadas para expressar uma opinião quanto a se a informação financeira está livre de distorções materiais, em função de erros ou fraudes. Auditoria operacional (performance) 9 Foco em avaliar se as ações desenvolvidos pelas áreas estão sendo realizadas de acordo com os princípios de economicidade, eficiência e efetividade e se há espaço para aprimoramentos. A performance é avaliada em relação aos critérios estabelecidos e as causas para os desvios em relação a esses critérios são avaliados. Auditoria de conformidade (compliance) 10 Foco em avaliar se as atividades da entidade têm sido conduzidas de acordo com as leis, normas e regulamentos aplicáveis. Avalia se as atividades, transações financeiras e informações estão, em todos os aspectos materiais, em conformidade com os preceitos determinados pelos responsáveis pela governança. ▪ Processo sistemático de obtenção e avaliação objetivas de evidências sobre afirmações a respeito de ações e eventos econômicos, para aferir a correspondência entre as afirmações e critérios estabelecidos e a comunicação dos resultados aos usuários (Gramling, Rittenberg e Johnstone, 2012). ▪ O objetivo de uma auditoria de demonstrações financeiras é possibilitar ao auditor expressar uma opinião se as demonstrações financeiras são preparadas, em todos os aspectos materiais, de acordo com um framework específico de divulgação financeira (NBC TA 200 / ISA200). ▪ O propósito da opinião especializada do auditor independente é levar credibilidade às demonstrações financeiras. 11 ▪ As demonstrações são de responsabilidade da administração. Ao auditor compete atribuir credibilidade a essas demonstrações. 12 ▪ É comum se constatar um gap de expectativas em relação ao trabalho dos auditores. ▪ Os usuários dos serviços de auditoria podem ser divididos em dois grupos: credores, § os auditados (o board da companhia); e § outras partes interessadas (investidores, bancos, reguladores, empregados, clientes, entre outros). ▪ Cada usuário tem suas próprias expectativas com relação às responsabilidades do auditor: 13 § Opinião sobre a fidedignidade das demonstrações financeiras; § Opinião sobre a perspectiva de continuidade operacional da companhia; § Opinião sobre a efetividade do sistema de controle interno da empresa; § Opinião sobre a ocorrência de fraudes; § Opinião sobre a ocorrência de atos ilegais. ▪ O auditor tem a responsabilidade de conduzir trabalhos com forte grau de ceticismo para obter razoável segurança sobre se as demonstrações financeiras estão livres de distorções materiais, ocasionadas por erros ou fraudes. ▪ Limites para o que pode razoavelmente ser descoberto, considerando que os métodos de auditoria não são infalíveis. ▪ Relação entre credibilidade e concentração do mercado de auditoria. 14 ▪ Perspectivas 15 de que a auditoria seja cobrada não só por masposicionamento em relação aos números contábeis, também sobre os mecanismos de governança, incluindo: § a efetividade dos sistemas de controle interno; § a efetividade dos mecanismos de gerenciamento de riscos; e § a aderência a códigos de boas práticas de governança. ▪ O papel dos Comitês deAuditoria. ▪ Auditoria (asseguração razoável) propicia um nível elevado de segurança, mas não absoluto: 16 estimativas, § Período limitado de tempo e custo compatível; § Informações contábeis envolvem incertezas, informações subjetivas e julgamentos; § Procedimentos de auditoria são persuasivos (convincentes) e não conclusivos; § Fraudes podem envolver esquemas sofisticados; e § Existência do risco de detecção. ▪ Essas limitações devem ser contornadas por meio dos seguintes fatores críticos de sucesso daauditoria: 17 § Planejamento eficaz; § Identificação e apropriada avaliação dos riscos; § Uso eficiente de amostragem em auditoria. ▪ Normas baseadas em princípios versus normas baseadas em regras. ▪ Modelo contábil exige mais julgamentos profissionais, aumentando a subjetividade implícita na divulgação financeira, o que pode se refletir em maiores conflitos entre administração e auditores. ▪ Maior exposição do auditor a demandas oportunistas da administração e a questionamentos after the fact por parte de reguladores e usuários. 18 ▪ O gerenciamento de resultados ocorre quando a administração exercita escolhas contábeis para maximizar o valor da empresa ou para atender objetivos oportunistas. 19 ▪ Relação limítrofe entre gerenciamento de resultados e fraude contábil. ▪ Discussões sobre a responsabilidade do auditor independente: § Argumento para a não responsabilização: o gerenciamento se dá no limite do que a norma contábil permite, não havendo, portanto, fraude. § Argumento para a responsabilização: o gerenciamento resulta na manipulação da informação contábil em benefício de quem a elabora -‐ compromete a neutralidade da informação contábil. Independência Objetividade Zelo profissional Competência profissional Confidencia-‐ lidadeIntegridade 20 ▪ A independência do auditor frente à entidade salvaguarda a capacidade do auditor de formar opinião de auditoria sem ser afetado por influências que poderiam comprometer essa opinião. A independência aprimora a capacidade do auditor de atuar com integridade, ser objetivo e manter postura de ceticismo profissional. Independência de pensamento Aparência de independência 21 Ameaças de familiaridade Ameaças de intimidação Ameaças de interesse próprio Ameaças de autorrevisão Ameaças de defesa de interesse do cliente 22 Prof. Dr. José AlvesDantas ▪ Final de 2009: projeto de convergência (CFC/Ibracon), com aprovação das normas profissionais da auditoria independente que guardam convergência com o padrão internacional da IFAC. 24 ▪ Normas mantêm a numeração original da IFAC, facilitando as citações e revisões futuras. ▪ Uma das mudanças visíveis para os investidores é no antigo “parecer do auditor”, que passou a ser "relatório de auditoria". § Um benefício do novo modelo é sua divisão em subtítulos, deixando mais claro qual é a responsabilidade da administração e qual o papel do auditor. ▪ Preocupação dos auditores em afastar a imagem de que sua assinatura nas demonstrações é uma garantia de sucesso ou de qualidade da companhia. ▪ A auditoria das demonstrações financeiras anuais é considerada uma "asseguração razoável" sobre os números contábeis. O termo “razoável” pode ter uma conotação pejorativa no Brasil, mas é para ficar claro que não é absoluta. ▪ A revisão feita nos balanços trimestrais é chamada de "asseguração limitada", ficando claro que o alcance do trabalho émenor. ▪ Outra mudança de nomenclatura é a troca do "parecer sem (ou com) ressalva" por "opinião sem (ou com)modificação". 25 Normas profissionais 26 ▪ NBC PA 01: Controle de qualidade para auditores (pessoas jurídicas e físicas) que executam exames de auditoria e revisões de informação contábil histórica, outros trabalhos de asseguração e serviços correlatos ▪ NBC PA 290: Independência –Trabalhos de auditoria e revisão ▪ NBC PA 11: Revisão externa de qualidade pelos pares NBCTA -‐ Estrutura conceitual para trabalhos de asseguração Seção 200 – Princípios gerais e responsabilidades 27 ▪ NBC TA 200: Objetivos gerais do auditor independente e a condução de uma auditoria em conformidade com normas de auditoria ▪ NBC TA 210: Concordância com os termos de trabalho de auditoria ▪ NBC TA 220: Controle de qualidade de uma auditoriade demonstrações contábeis ▪ NBC TA 230: Documentação de auditoria ▪ NBC TA 240: Responsabilidade do auditor relacionada com fraudeem auditoria de demonstrações contábeis ▪ NBC TA 250: Consideração de leis e regulamentos em auditoriade demonstrações contábeis ▪ NBC TA 260: Comunicação com os responsáveis pela governança ▪ NBC TA 265: Comunicação de deficiências do controle interno Seções 300 e 400 –Avaliação e respostas aos riscos avaliados 28 ▪ NBC TA 300: Planejamento de uma auditoria de demonstrações contábeis ▪ NBC TA 315: Identificação e avaliação dos riscos de distorçãorelevante por meio do entendimento da entidade e do seu ambiente ▪ NBC TA 320: Materialidade no planejamento e na execução de auditoria ▪ NBC TA 330: Resposta do auditor aos riscosavaliados ▪ NBC TA 402: Considerações de auditoria para a entidade queutiliza uma organização prestadora de serviços ▪ NBC TA 450: Avaliação de distorções identificadas durantea auditoria Seções 500 – Evidência de auditoria 29 ▪ NBC TA 500: Evidência de auditoria ▪ NBC TA 501: Evidência de auditoria -‐ Considerações específicaspara itens selecionados ▪ NBC TA 505: Confirmaçõesexternas ▪ NBC TA 510:Trabalhos iniciais, saldos iniciais ▪ NBC TA 520: Procedimentos analíticos ▪ NBC TA 530: Amostragem emauditoria Seções 500 – Evidência de auditoria 30 ▪ ...... ▪ NBC TA 540: Auditoria de estimativa contábil, inclusive do valor justo, e divulgações selecionadas ▪ NBC TA 550: Partesrelacionadas ▪ NBC TA 560: Eventossubsequentes ▪ NBC TA 570: Continuidadeoperacional ▪ NBC TA 580: Representaçõesformais Seções 600 – Utilização do trabalho deoutros 31 ▪ NBC TA 600: Considerações especiais -‐ Auditorias de demonstrações contábeis de grupos (incluindo o trabalho dos componentes) ▪ NBC TA 610:Utilização do trabalho de auditoria interna ▪ NBC TA 620: Utilização do trabalho deespecialistas Seções 700 – Conclusão da auditoria e emissão de relatórios 32 ▪ NBC TA 700: Formação da opinião e emissão do relatório doauditor independente sobre as demonstrações contábeis ▪ NBC TA 705: Modificações na opinião do auditor independente ▪ NBC TA 706: Parágrafos de ênfase e parágrafos de outros assuntos no relatório do auditor independente ▪ NBC TA 710: Informações comparativas -‐ Valores correspondentese demonstrações contábeis comparativas ▪ NBC TA 720: Responsabilidade do auditor em relação a outras informações incluídas em documentos que contenham demonstrações contábeis Seções 700 – Conclusão da auditoria e emissão de relatórios 33 ▪ NBC TA 800: Considerações especiais -‐ Auditorias dedemonstrações contábeis elaboradas de acordo com estruturas conceituais de contabilidade para propósitos especiais. ▪ NBCTA 805:Considerações especiais -‐Auditoria de quadros isolados das demonstrações contábeis e de elementos, contas ou itens específicos das demonstrações contábeis. ▪ NBCTA 810:Trabalhos para a emissão de relatório sobre demonstrações contábeis condensadas Prof. Dr. José AlvesDantas Fase I: Aceitação do cliente Fase II: Planejamento Fase III: Testes e Evidências Fase IV: Avaliação eComunicação 35 FASE I – ACEITAÇÃO DOCLIENTE OBJETIVO: determinar tanto a aceitação do cliente quanto pelo cliente Avaliar o histórico do cliente Avaliar as razões da auditoria Identificar se é capaz de cumprir o trabalho Determinar a necessidade de profissionais Discutir com o auditor anterior Preparar proposta para o cliente Selecionar equipe para auditoria Formalizar contrato com o cliente 36 Existência de condições prévias Entendimento coma administração Estrutura de relatório aceitável Reconhecimento, pela administração, de suas responsabilidades 37 Responsabilidades da administração Elaboração e apresentação das demonstrações contábeis Controles internos Acesso a todas as informações necessárias para que o auditor forme opinião sobre asdemonstrações 38 O auditor também deve avaliar: 39 ▪ Competência: conhecimento, competência e capacidade compatíveis com as necessidades do contrato. ▪ Independência: possíveis ameaças à independência. ▪ Integridade da administração: a falta de integridade aumenta a probabilidade de erros e fraudes e, por consequência, o risco de auditoria. ▪ Estabilidade legal e financeira do cliente: Clientes com dificuldades legais ou financeiras aumenta o risco de ações judiciais envolvendo o auditor. Prof. Dr. José AlvesDantas FASE II – PLANEJAMENTO OBJETIVO: determinaro montante e os tipos de evidências e revisões necessárias Compreender a entidade e seu ambiente Compreender o controle interno Identificar as afirmações das demons-‐ trações Avaliar os riscos de distorções materiais Determinar a materialidade Decidir sobre os riscos de auditoria Definir a amostragem Elaborar o programade auditoria 41 ▪ O planejamento é fundamental para que a auditoria seja realizada de maneira eficaz e eficiente. ▪ O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o alcance, a época e a direção da auditoria. 42 ▪ Um planejamento adequadopermite: § determinar as áreas que requerematenção; § determinar o nível de experiência da equipe e sua alocação; § concluir sobre a necessidade de outros auditores e especialistas externos; § coordenar, supervisionar e revisar os trabalhos da equipe designada e dos demais envolvidos no trabalho; § obter entendimento da estrutura jurídica e operacional da entidade e de seu ambiente regulatório; § determinar os procedimentos de avaliação de riscos; § determinar amaterialidade. 43 ▪ Identificação e avaliação de riscos é fundamental para que o auditor possa determinar os procedimentos de auditoria a serem aplicados. ▪ Essencial: entendimento da entidade e de seu ambiente. ▪ Conhecimento e entendimento das fontes que podem gerar riscos de distorções relevantes. ▪ NBC TA 315: Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante por meio do entendimento da entidade e do seu ambiente. 44 Fatores internos Natureza da entidade, operações, estrutura societária, estrutura de governança, formas de financiamento e investimentos emcurso. Fatores externos Legislação aplicável, mercado, concorrência, sazonalidade, insumos, política governamental para o setor. 45 Objetivos da entidade, estratégias para alcançar os objetivos e análise dos riscos de negócio Políticas contábeis aplicáveis ao setor de atividade Forma de mensuração do desempenho da entidade, incluindo plano de remuneração vinculada ao desempenho 46 Controle Interno é um processo, conduzido em uma organização pelo Conselho de Administração, pela diretoria executiva e pelos demais funcionários, desenvolvido para garantir, com razoável certeza, que sejam atingidos os objetivos da empresa, relacionados àsoperações (efetividade e eficiência), à divulgação (confiabilidade) e à conformidade (com leis e normativos aplicáveis). 47 (COSO, 2013) Categorias de Objetivos Categorias de controle Descrição Operações Efetividade e eficiência operacional Relação com os objetivos básicos da entidade, inclusive com os de desempenho e rentabilidade, bem como da segurança e qualidade dos ativos. Divulgação Confiabilidade nos relatórios financeiros e não financeiros Os relatórios devem ser confiáveis e transparentes, além de atender a outros requisitos definidos pelos reguladores, emissores de normas e a própria entidade. Conformidade Conformidade Compliance aplicáveis atuação. à com leis entidade e e normativos sua área de 48 Ambiente deControle Avaliação e Gerenciamento deRiscos Atividades deControle Informação e Comunicação Atividades de Monitoramento 51 ▪ O framework estabelece 17 princípios que representam os conceitos fundamentais associados com cada componente. ▪ Como esses princípios são relacionados diretamente aos componentes, uma entidade pode alcançar um controle interno efetivo aplicando todos os princípios. ▪ Todos os princípios se aplicam aos objetivos operacionais, de divulgação e de conformidade. 52 1) A organização demonstra compromisso com a integridade e valores éticos. 2) O Conselho demonstra independência da administração e fiscaliza o desenvolvimento e a performance do controle interno. 3) A administração estabelece, em conjunto com o Conselho, estruturas, linhas de reporte e autoridades e responsabilidade apropriadas ao alcance dos objetivos. 4) A organização demonstra comprometimento em atrair, desenvolver e reter indivíduos competentes em linha com os seus objetivos. 5) A organização mantém indivíduos responsáveis pelo controle interno que assegurem o alcance dos objetivos. 53 6) A organização especifica objetivos com suficiente clareza para possibilitar a identificação e avaliação dos riscos relacionados aos objetivos. 7) A organização identifica os riscos ao alcance de seus objetivos e analisa os riscos, de forma a determinar como esses podem ser gerenciados. 8) A organização considera o potencial de fraude na avaliação dos riscos ao alcance dos objetivos. 9) A organização identifica e avalia alterações que podem impactar significativamente o sistema de controle interno. 54 10) A organização seleciona e desenvolve atividades de controle que contribuem para mitigar os riscos ao alcance dos objetivos a níveis aceitáveis. 11) A organização seleciona e desenvolve atividades gerais de controle em relação à tecnologia que suporta o alcance dos objetivos. 12) A organização implanta atividades de controle através de políticas que estabelecem o que é esperado e procedimentos que coloquem essas políticas em ação. 55 13) A organização obtém/gera e usa informações relevantes e de qualidade para suportar o funcionamento do controle interno. 14) A organização comunica suas informações internamente, incluindo objetivos e responsabilidades para controle interno, necessárias para suportar o funcionamento do controle interno. 15) A organização se comunica com partes externas sobre as questões que afetam o funcionamento do controle interno. 56 16) A organização seleciona, desenvolve e realiza avaliações para assegurar se os componentes do controle interno estão presentes e funcionando. 57 17) A organização avalia e comunica deficiências de controle interno tempestivamente para as partes responsáveis por adotar ações corretivas, incluindo a alta administração e o Conselho, quando apropriado. Administração Estabelecer controles internos eficazes. Conselho de Administração e Comitê de Auditoria Exigir que a administração cumpra o seu dever de estabelecer controle internos eficazes. Auditores internos Examinar e avaliar periodicamente a adequação dos controles internos e recomendar aperfeiçoamentos. 58 Funcionários da entidade Comunicar aos superiores qualquer problema ou inobservância aos controles que tenham conhecimento. Auditores independentes Comunicar à administração, ao Comitê de Auditoria e ao Conselho deAdministração as deficiências identificadas e as recomendações demelhorias. Legisladores e reguladores Podem estabelecer exigências legais e regulatórias mínimas para o estabelecimento de controles internos. 59 ▪ A extensão e a profundidade dos procedimentos de auditoria, a oportunidade e o momento de sua aplicação devem se basear na confiabilidade do sistema contábil e de controle interno. ▪ A avaliação do controle interno requer compreensão dos procedimentos previstos, assim como um grau de certeza de que eles estão sendo aplicados e funcionam conforme previsto. ▪ A existência de um sistema de controle interno efetivo aumenta a confiança do auditorquanto à precisão dos registros contábeis e à veracidade de outros documentos e informações internas. ▪ Se a avaliação apontar fraquezas no sistema, é preciso intensificar os testes nas áreas onde ocorrem tais fraquezas. 60 ▪ Um sistema de controle interno efetivo provê razoável segurança em relação ao alcance dos objetivos daentidade. 61 ▪ Um sistema de controle interno efetivo reduz a um nível aceitável o risco de não alcançar um objetivo da entidade e pode ser relacionado a uma, duas ou três das categorias de controle. ▪ O controle interno é efetivo quando: § Cada um dos cinco componentes estão presentes e funcionando adequadamente. § Os cinco componentes operam juntos, de maneira integrada. ▪ O controle interno não pode prevenir decisões ou julgamentos errados ou eventos externos que podem causar o comprometimento dos objetivos da entidade. 62 ▪ Mesmo efetivo, um controle interno pode falhar. ▪ As limitações podem resultar de: 63 § Adequação dos objetivos estabelecidos como pré-‐condição para o controle interno. § O julgamento humano no processo decisório pode ser falho e sujeito a viés. § Problemas decorrentes de falhas humanas – simples erros. § Habilidade da administração para desconsiderar o controle interno. § Habilidade da administração e as demais pessoas para burlar os controles por meio de conluios. Obter entendimento dos controles relevantes para a auditoria Determinar se os controles previstos foram implementados Avaliar se os controles implementados são efetivos para assegurar informações confiáveis 64 ▪ As transações relevantes para asdemonstrações; ▪ Os procedimentos por meio dos quais as transações são iniciadas, registradas, processadas, corrigidas (se necessário), transferidas para o sistema contábil e divulgadas; ▪ Como o sistema de informação captura eventos, condições e transações significantes para as demonstrações financeiras; ▪ O processo de preparação das demonstrações financeiras, incluindo as estimativas contábeis significantes e divulgações; 65 ▪ Controles para registrar transações ou ajustes não usuais ou não recorrentes; ▪ Controles relevantes relacionados ao compliance com leis, normas e regulamentos; ▪ Controles relacionados ao monitoramento da performance em relação ao orçamento. 66 ▪ De forma simplificada, o processo de auditoria comporta cincos pontosmínimos: 67 § a identificação das informações a seremexaminadas; § a avaliação da relativa importância das informações; § o recolhimento das informações ou provas necessárias sobre as afirmações, a fim de possibilitá-‐lo a dar uma opinião bem fundamentada; § a avaliação das provas, quanto à validade ou não, se adequada ou não, se suficiente ou não; e § a formulação da opinião quanto à adequação das informações examinadas. ▪ As afirmações (ou assertivas) são declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às demonstrações financeiras. ▪ As afirmações da administração nas demonstrações financeiras orientam o auditor a planejar a coleta de evidências/provas. ▪ O auditor desenvolve objetivos de auditoria específicos para cada conta, com base nas afirmações, implícitas nas informações financeiras, por parte da administração. 68 ▪ Os cinco tipos de afirmações resumidos nas normas de auditoria são: 69 § existência e ocorrência; § integridade; § direitos e obrigações; § avaliação ou alocação; e § apresentação e divulgação. Existência (BP) Ocorrência (DRE) • Todas as transações registradas realmente ocorreram durante o período da demonstração? • Todos os ativos, passivos e itens do PL são válidos e são adequadamente apresentados no BP? Afirmações Objetivos deAuditoria Integridade (BP e DRE) 70 • Todas as transações que ocorreram durante o período foram contabilizadas? • Os saldos apresentados no BP incluem todos os ativos, passivos e itens do PL adequadamente? Direitos e obrigações (BP) • Há documentos legítimos que caracterizem bens e direitos como ativos da entidade e os direitos de terceiros contra tais ativos? Afirmações Objetivos deAuditoria Avaliação (BP) Alocação (DRE) 71 • Os saldos encontram-‐se adequadamente avaliados, refletem os princípios e práticas contábeis, incluindo depreciações e amortizações? • As transações foram adequadamente registradas? • Os saldos encontram-‐se adequadamente avaliados por seu valor realizável líquido? Apresentação e divulgação (BP e DRE) • As transações e os saldos encontram-‐se adequadamente classificados? • Todas as divulgações exigidas pelas normas regulamentares e contábeis estão atendidas? Afirmações 72 Objetivos deAuditoria ▪ Magnitude de 73 uma omissão ou classificação indevida de informação contábil que pode alterar ou influenciar o julgamento de usuário com conhecimento razoável. ▪ O conceito de relevância influencia o processo de auditoria de duas formas: § primeiro, o auditor faz julgamento sobre relevância quando está planejando a auditoria, para tomar decisões importantes sobre a execução dos trabalhos; § segundo, a relevância orienta o auditor na avaliação do que é descoberto no processo de auditoria (avaliação da importância do que foi descoberto). ▪ É o risco 74 de que o auditor possa inadvertidamente não modificar adequadamente sua opinião sobre demonstrações que contêm erros ou classificações indevidasfinanceiras materiais. ▪ Identificação e avaliação de riscos é fundamental para que o auditor possa determinar os procedimentos de auditoria a serem aplicados. O que pode dar errado? Risco inerente: Suscetibilidade de uma afirmação ou erro ou classificação indevida relevante, supondo que não haja controle interno que com ela se relacionem. Risco de controle: Risco de um erro ou classificação indevida materiais que possam constar de uma afirmação não serem evitados ou detectados tempestivamente pelo controle interno. Risco de detecção: Risco de que o auditor não detecte um erro ou classificação indevida materiais que existam em uma afirmação. Co m po ne nt es do ris co de au di to ria 75 ▪ Procedimentos de avaliação de riscos podem incluir o seguinte: § Questionamentos aos administradores e funcionários da entidade que, no julgamento do auditor, podem ter informações que possam auxiliar na identificação dos riscos de distorções materiais devidas a erros ou fraudes; § Procedimentos analíticos; § Observação e inspeção. 76 Os riscos identificados são significativos? Probabilidade de ocorrer Magnitude no caso de ocorrer 77 Probabilidade (P) Magnitude (M) Significância do risco (P x M) 0 – remota 1 – pouco provável 2 – provável 3 – mais do que provável 4 – quase certo 0 – claramente trivial 1 – menos do que moderado 2 – moderado 3 – mais do que moderado 4 – material ³ 9 – risco significante £ 4 – risco não significativo <9 e >4 –julgamento profissional 78 § A classificação do risco resultante da relação entre as variáveis impacto e probabilidade é o risco inerente ou“bruto”. 79 §Se o auditor identificou que existe um risco significante, deve identificar se há alguma ação administrativa no sentido de mitigá-‐lo, o que permite se identificar o chamado risco residual. § Para esse fim, faz-‐se necessário identificar quais são os mecanismos adotados pela administração para a mitigação do risco emquestão. A administração é responsável por identificar e avaliar os riscose estabelecer controles paramitigá-‐los. Quais os controles instituídos? Indagar à administração sobre os controles implementados. Os controles são efetivos? Os controles estão em operação? Os controles estão documentados? Entrevistar os funcionários para entender os controles implementados. Realizar testes de reexecução (observância ou inspeção). Documentar por meio de narrativas e/ou fluxograma do processo. 80 § A verificação de que a administração já implementou algum tipo de controle em resposta ao risco deve ser seguida de uma avaliação de sua efetividade. 81 § Avaliação da efetividade do controle em relação ao risco que pretendemitigar. § Riscos mais elevados exigem controles mais rigorosos. § Riscos baixos podem prescindir de controles mais complexos. ▪ A informação é material se sua omissão ou distorção poderá influenciar as decisões dos usuários das demonstrações. 82 ▪ Para a execução da auditoria significa o valor ou valores fixados pelo auditor para reduzir a um nível baixo a probabilidade de que as distorções não corrigidas e não detectadas, em conjunto, possam exceder a materialidade para as demonstrações como um todo. ▪ NBC TA 320: Materialidade no planejamento e na execução de auditoria ▪ Na prática, é difícil se determinar o que é material, mas quatro fatores são geralmente considerados: O tamanho do item As circunstâncias Custo e benefício de auditar o item A natureza do item 83 ▪ A materialidade para as demonstrações como um todo (MP) é definida ao se estabelecer o planejamento da auditoria. 84 ▪ O auditor não pode considerar todas as distorções abaixo do parâmetro de materialidade como não relevantes. § A distorção pode não ser relevante se considerada de forma individual, mas ser relevante se considerada de forma agregada. ▪ Materialidade para a execução da auditoria (DT): reduzir a probabilidade de as distorções não corrigidas e não detectadas excederem, no conjunto, a materialidade definida no planejamento. DT = %MP Resposta do auditor aos riscos avaliados Procedimentos de auditoria 85 NATUREZA Qual? ÉPOCA Quando? EXTENSÃO Quanto? 86 apropriada para cada conta ou conjunto de▪ Abordagem transações. ▪ Afirmação que se pretende testar. ▪ Risco avaliado de distorções relevante. NATUREZA Qual? 87 ▪ Risco de distorções relevantes: procedimentos substantivos próximos da data-‐base das demonstrações. ▪ Risco de fraudes: épocas não anunciadas ou imprevistas. ▪ Procedimentos realizados durante o exercício: entendimento do negócio e avaliação de controle, por exemplo. ▪ Procedimentos realizados após o encerramento do exercício: exame dos ajustes e eventos subsequentes, por exemplo. ÉPOCA Quando? 88 ▪ Risco avaliado de distorções relevantes. ▪ Materialidade. ▪ Grau de segurança que se deseja obter. EXTENSÃO Quanto? 89 Para entendimento do negócio Obtenção de entendimento do cliente, do seu negócio, da indústria e de fatores que possam afetar o risco inerente de que uma afirmação da administração contenha distorções, por meio de: leitura de artigos e publicações especializadas; observações durante visitas à entidade; indagações à administração; etc. Para entendimento dos controles internos 90 Obtenção de entendimento dos controles internos do cliente por meio de: inquirições à administração; avaliação dos manuais de contabilidade; análise dos organogramas e fluxogramas organizacionais; etc. Testes de controle Obtenção de evidências sobre a eficácia do desenho e operação das políticas e procedimentos da estrutura de controles internos. Revisão analítica 91 Estudo e comparação de relações entre dados, envolvendo o cálculo e o uso de índices financeiros, comparação de quantias reais com dados históricos ou orçados e utilização de modelos matemáticos e estatísticos. Geralmente utilizada para desenvolver expectativas sobre determinada conta e avaliar a razoabilidade das demonstrações contábeis, dadas as circunstâncias presentes. Testes substantivos Obtenção afirmações 92 de evidências sobre a adequação das da administração nas demonstrações financeiras, envolvendo testes de revisão analítica, de detalhes de transações e de detalhes de saldos. ▪ Cabe ao auditor identificar e atestar a validade de qualquer afirmação, aplicando os procedimentos adequados a cada caso, 93 na extensão obtenção e profundidade que cada de provas materiais caso requer, até a que comprovem, satisfatoriamente, a afirmação analisada. ▪ A aplicação dos procedimentos de auditoria precisa estar atrelada ao objetivo que se quer atingir. Os procedimentos são os caminhos que levam à consecução do objetivo. ▪ A opinião formada pelo auditor precisa estar apoiada em bases sólidas, alicerçada em fatos comprovados, evidências factuais e informações irrefutáveis. ▪ Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a serem testados, o auditor pode empregar técnicas de amostragem. ▪ Na definição da amostragem, o auditor deve considerar a relevância da informação a ser testada, o risco de auditoria envolvido e a efetividade do sistema de controle interno. ▪ Devem ser priorizados métodos de amostragem estatística em relação aos não estatísticos. 94 ▪ Testes de controles: § Não é necessário projetar os desvios § A taxa de desvio da amostra corresponde a taxa de desvio projetada para a população. ▪ Testes substantivos: § O auditor deve projetar as distorções para a população. § Essa projeção pode não ser sufiente para determinar o valor a ser registrado/corrigido. ▪ Testes de controles: § taxa de desvio da amostra inesperadamente alta aumenta o risco de distorção relevante. ▪ Testes substantivos: § valor de distorção inesperadamente alto indica que o saldo de uma conta ou classe de operações está distorcido de modo relevante. § Tendo por base os objetivos da auditoria e a avaliação da relevância e do risco de auditoria, o auditor define o conjunto de procedimentos e testes de auditoria necessários à consecução dos propósitos do trabalho. 97 § O auditor deve incluir na documentação de auditoria: § as respostas gerais para tratar os riscos avaliados de distorção relevante nas demonstrações contábeis; § a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria executados; § os resultados dos procedimentos de auditoria, incluindo as conclusões (após a fase de execução). ▪ O programa de auditoria deve contemplar a estratégia da auditoria (procedimentos e testes de auditoria), contemplando: 98 § Procedimentos de revisão analítica; § Procedimentos para entendimento dos fatores competitivos do negócio e da indústria do cliente e do seu controle interno; § Testes de controles; § Testes de estimativas contábeis; § Testes de transações; § Testes de saldos; § Testes de apresentação e divulgação.▪ Ênfase para que a equipe mantenha o ceticismoprofissional. ▪ Designação de pessoal com experiência ou com habilidades especiais ou usar especialistas. ▪ Fornecimento de supervisão. ▪ Incorporação de elementos de imprevisibilidade na seleção dos procedimentos adicionais de auditoria a serem executados. ▪ Possibilidade de alterações gerais na natureza, época ou extensão dos procedimentos de auditoria. 99 Prof. Dr. José AlvesDantas FASE III – TESTES EEVIDÊNCIAS OBJETIVO: testar a efetividade do controle interno e a fidedignidade das demonstrações financeiras Testes de controles Testes substantivos de transações Procedi-‐ mentos analíticos Testes de detalhe de saldos Pesquisa para passivos não reconhecidos 10 1 ▪ Mediante inspeções, observações, investigações e confirmações, deve ser obtido material de evidência suficiente (em volume adequado) e competente (confiáveis) para formar base razoável (racional) para emissão de opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas. ▪ O volume e tipos de materiais de evidência necessários à fundamentação de emissão de uma opinião informada representam um ponto que o auditor deve determinar mediante julgamento profissional, após estudo cuidadoso das circunstâncias de cada caso em particular. 102 ▪ A análise da suficiência se refere especificamente à avaliação da qualidade do material de evidência. 103 ▪ Nesse julgamento, o auditor pode considerar os fatores: § Relevância e risco: em geral, mais evidência é necessária para contas que são materiais para as demonstrações contábeis. § Fatores econômicos: o auditor trabalha dentro de limites econômicos que estabelecem que evidência suficiente deve ser obtida em prazo razoável, a um custo razoável. § Tamanho e características da população: o tamanho das populações contábeis subjacentes a muitos itens das demonstrações contábeis faz com que a utilização de amostragem para coleta de evidências seja uma necessidade. ▪ O aspecto relativo à competência (confiabilidade) contempla tanto os dados contábeis quanto as informações que os confirmam. ▪ A confiabilidade dos registros contábeis está relacionado diretamente à eficácia dos controles internos da empresa auditada. ▪ A competência das informações confirmadoras depende de vários fatores, entre os quais: relevância, fonte, tempestividade e objetividade. 104 Relevância Deve-‐se evitar evidências indiretamente relevantes ou que não revelem objetivamente a substância econômica subjacente às afirmações da administração. Tempestividade Deve-‐se buscar evidências do “corte” adequado de caixa, vendas e compras na data da demonstração (contagens e verificações na data das demonstrações são mais confiáveis que as realizadas em outras ocasiões), especialmente na verificação de ativos e passivos circulantes e correspondentes itens da DRE e da DFC. 105 Fonte Deve-‐se priorizar fontes independentes, dados obtidos de controle interno eficaz e informações obtidas diretamente pelo auditor. Objetividade Evidência objetiva geralmente é considerada mais confiável que evidência subjetiva. Para as questões eminentemente subjetivas, o auditor deve (i) entender a substância econômica dos eventos sujeitos a estimação, (ii) avaliar se as estimativas realizadas se mostraram precisas e (iii) avaliar a razoabilidade de estimativas à luz de transações subsequentes. 106 ▪ Conjunto de formulários e documentos que contêm as informações e apontamentos obtidos pelo auditor durante seu exame, bem como as provas e descrições dessas realizações. 107 ▪ Constituem: § a principal base para a opinião do auditor; § um meio de coordenação e supervisão da auditoria; e § evidência de que a auditoria foi realizada de acordo com as normas. ▪ Divisão dos papéis de trabalho: 108 § Pasta de papéis permanentes: contém assuntos importantes, de interesse permanente e que podem ser utilizados recorrentemente, devendo ser periodicamente revisados e atualizados. § Pasta de papéis em curso: contém todos os dados, informações, documentos e exames praticados para a tarefa em evidência. ▪ Período de Guarda: cincoanos. ▪ A documentação deve ser suficiente para que um terceiro compreenda: 109 § a natureza, época e extensão dos procedimentos; § os resultados dos procedimentos e as evidências de auditoria obtidas; e § assuntos significativos identificados durante a auditoria. Prof. Dr. José AlvesDantas ▪ Estimativa contábil é uma previsão quanto ao valor de um item, que considera as melhores evidências disponíveis, incluindo fatores objetivos e subjetivos, quando não exista forma precisa de apuração, e requer julgamento na determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações contábeis. 111 ▪ O auditor deve ter conhecimentos suficientes sobre os controles, procedimentos e métodos utilizados pela entidade no estabelecimento de estimativas. ▪ Exemplos: provisão para desfecho de litígio; provisão para créditos de liquidação duvidosa; provisão para obsolescência de estoques; método de depreciação ou vida útil dos bens; obrigações por garantia; valor justo de um imobilizado destinado à venda; valor justo de um instrumento financeiro. ▪ O auditor deve obter evidências suficientes para identificar partes relacionadas na fase de planejamento, possibilitando detectar, no decorrer dos trabalhos, quaisquer transações relevantes que asenvolvam. ▪ As transações relevantes com partes relacionadas devem ser examinadas, obtendo-‐se informações sobre a finalidade, a natureza e a extensão das transações, com especial atenção àquelas que pareçam anormais ou envolvam partes relacionadas não identificadas quando do planejamento. ▪ Deve se atentar se estão sendo observados os preceitos do CPC 05, que disciplina o processo de divulgação de transações com partes relacionadas. 112 ▪ O auditor deve adotar procedimentos para identificar passivos não registrados e contingências ativas ou passivas relacionadas a litígios, pedidos de indenização ou questões tributárias, e assegurar-‐se de sua adequada contabilização e/ou divulgação nas demonstrações contábeis. 113 ▪ Quando identificados eventos ou condições que podem gerar dúvidas significantes sobre a habilidade da entidade em continuar suas atividades operacionais normais, o auditor deve: 114 § Revisar os planos da administração para futuras ações baseadas na avaliação da continuidade. § Solicitar documentação escrita da administração relacionada aos seus planos para futuras ações. § Obter evidências de auditoria apropriadas e suficientes para confirmar ou dissipar se há ou não uma incerteza material. ▪ Exemplos de eventos que podem levantar dúvidas significativas quanto ao pressuposto de continuidade operacional: 115 § Patrimônio líquido negativo; § Fluxos de caixa operacionais negativos; § Atraso ou suspensão de dividendos; § Incapacidade de pagar credores nas datas de vencimento; § de liquidar a entidade ouIntenções da administração interromper suas operações; § Perda de mercado importante. ▪ Se o auditor concluir que há evidências de riscos na continuidade normal das atividades da entidade, deve avaliar os possíveis efeitos nas demonstrações, especialmente quanto à realização dos ativos. 116 ▪ É salutar e até recomendável que o auditor independente utilize, em seus exames, os trabalhos desenvolvidospela auditoria interna. ▪ Nesse caso, a responsabilidade do auditor independente não será modificada, ou seja, ele é responsável por confirmar as informações relevantes que considerar em seus julgamentos. 117 ▪ Ao utilizar-‐se de trabalhos executados por outros especialistas legalmente habilitados, o auditor independente deve obter evidência suficiente de que tais trabalhos são adequados para fins de sua auditoria, assumindo responsabilidades pela sua utilização. 118 Prof. Dr. José AlvesDantas FASE IV – AVALIAÇÃO ECOMUNICAÇÃO OBJETIVO: completar os procedimentos de auditoria e emitir opinião Avaliar as evidências Identificar eventos subsequentes Formar opinião Comunicar resultados à alta adminis-‐ traçã0 Elaborar relatório de auditoria 120 Emitir opinião sobre se as demonstrações preparadas pela administração não apresentam distorções materiais. 121 ▪ Os auditores devem acumular as distorções identificadas durante a auditoria e comunicá-‐las à administração. ▪ Distorções não corrigidas devem ser avaliadas se são materiais, individualmente ou no agregado, e o efeito que podem ter na opinião do relatório doauditor. ▪ O auditor deve requerer que a administração corrija tais distorções. Caso a administração se recuse a proceder os ajustes requeridos, no todo ou em parte, o auditor deve buscar as razões alegadas pelos administradores para essa recusa. 122 ▪ O auditor necessita determinar se as distorções não corrigidas são materiais, individualmente ou no agregado, considerando: 123 § O tamanho e a natureza das distorções, tanto em relação às classes de transações, grupos contábeis ou evidenciações quanto ao conjunto das demonstrações financeiras, e as circunstâncias das ocorrências; e § Os efeitos das distorções não corrigidas relacionadas aos períodos anteriores em relação às classes de transações, grupos contábeis ou evidenciações quanto ao conjunto das demonstrações financeiras. ▪ Factuais: 124 § Erros de cálculo ou imprecisão na coleta ou processamento de informações. § São erros e devem ser ajustados, pois não pairam dúvidas sobre eles. ▪ Decorrentes de julgamento: § Estimativa contábil incorreta derivada de uma interpretação equivocada dos fatos, da legislação ou de qualquer outra informação relacionada às demonstrações. § Necessidade de ajuste não é 100% certa. § Podem gerar discordância entre o auditor e a administração da entidade. ▪ Projetadas: 125 § Quando a amostra examinada não fornece uma base razoável para se chegar a uma conclusão sobre a população testada. § O auditor pode solicitar que a administração investigue as distorções identificadas. § O auditor pode ajustar a natureza, a época ou a extensão dos seus procedimentos de auditoria para melhor alcançar a segurança que necessita. de evidências 126 de auditoria apropriadas e▪ A obtenção suficientes. ▪ O nível de relevância, individualmente ou em conjunto, das distorções não corrigidas. ▪ A adequação dos aspectos qualitativos das práticas contábeis da entidade (neutralidade nos julgamentos da administração). ▪ A divulgação das práticas contábeis selecionadas e aplicadas. ▪ A elaboração das demonstrações financeiras, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. ▪ A razoabilidade 127 das estimativas contábeis feitas pela administração. ▪ A possibilidade de os usuários entenderem o efeito das transações e eventos relevantes a partir do que foi evidenciado nas demonstrações financeiras. ▪ A adequação da terminologia usada nas demonstrações financeiras, incluindo o título de cada uma delas. ▪ A representação justa das transações e eventos subjacentes nas demonstrações financeiras, incluindo as notas explicativas. ▪ Para formar sua opinião, o auditor deve concluir se obteve asseguração razoável sobre se as demonstrações financeiras como um todo estão livres de distorções materiais, devido a erro ou fraude. 128 ▪ Os resultados dos trabalhos de auditoria devem ser discutidos com os responsáveis pela governança da entidade. 129 ▪ Distorções que sejam claramente triviais não necessitam ser comunicadas à alta administração. ▪ Conclusão na forma positiva: Em nossa opinião, as demonstrações financeiras representam adequadamente, em ..... de acordo com ............ 130 ▪ Conclusão na forma negativa: Com base na nossa revisão, não temos conhecimento de nenhuma modificação relevante que deva ser feita nas Informações FinanceirasTrimestrais ...... 131 ▪ Conclusão sobre o alcance da auditoria: 132 § Os procedimentos aplicados na auditoria são suficientes e adequados (NBC TA330)? § A extensão dos trabalhos, tendo em vista o nível de materialidade utilizado na execução da auditoria, é adequada (NBCTA450)? § Em caso positivo, não há problemas com o alcance do trabalho – Relatório semmodificação (NBCTA700). § Em caso negativo, há problemas com o alcance do trabalho – Relatório commodificação (NBCTA705). ▪ Conclusão sobre a relevância das distorções nãocorrigidas: 133 § O auditor deve determinar se as distorções não corrigidas são relevantes individualmente ou em conjunto em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. § Se não forem relevantes – Relatório sem modificação, mas .... (NBCTA700). § Se forem relevantes – Relatório com modificação (NBC TA705). ▪ Emissão de relatório diferente do padrão, incluindo modificações, seja por meio de ressalvas ou outrasmodificações. Disseminação dos efeitos ou possíveis efeitos sobre as demonstrações Relevante, mas não generalizado Relevante e generalizado Natureza do assunto que gerou amodificação Demonstrações com distorções relevantes Impossibilidade de obtenção de evidência apropriada e suficiente Ressalva Adversa Abstenção de opinião Ressalva 134 § Efeitos generalizados sobre as demonstrações contábeis são aqueles que, no julgamento do auditor: 135 § não estão restritos a um ou mais elementos, contas ou itens específicos das demonstrações contábeis; § se estiverem restritos, representam ou poderiam representar uma parcela substancial das demonstrações contábeis; ou § em relação às divulgações, são fundamentais para o entendimento das demonstrações contábeis pelos usuários. ▪ Quando o auditor considera necessário chamar a atenção do usuário para um assunto fundamental para a compreensão das demonstrações financeiras. ▪ Utilizado desde que o auditor tenha evidências apropriadas e suficientes de que o assunto não distorce materialmente as demonstrações financeiras. ▪ O parágrafo de ênfase indica que a opinião do auditor não é modificada em relação ao assuntoenfatizado. 136 ▪ Utilizado para o auditor comunicar questões não contempladas nas demonstrações financeiras e que, no julgamento do auditor, são relevantes para a compreensão da auditoria por parte dos usuários. 137 ▪ O auditor deve determinar se as demonstrações financeiras incluem a informação comparativa, em bases consistentes, exigida pela estrutura de relatório financeiro aplicável. ▪ Se o auditor tomar conhecimento de uma possível distorção material na informação comparativa, deve aplicar procedimentos adicionais para obter evidências suficientes e apropriadas para confirmar ou não tal situação. 138 ▪ Se a opinião do auditor sobre as demonstrações do período anterior difere daquela anteriormente expressa, deve divulgar as razõessubstanciais para a opinião diferente no parágrafo de “outros assuntos”. ▪ Se as demonstrações do período anterior foram examinadas por outro auditor, além de expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras do período corrente, o auditor deve incluir em um parágrafo de “outros assuntos” o tipo de opinião expressa pelo auditor antecessor e se a opinião foi modificada, as razões para tal. 139 josealvesdantas@unb.br 140
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