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AUDITORIA

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1 
 
 2 
 
2 
 
 
SUMÁRIO 
1. Auditoria Contábil ......................................................................................................................... 4 
1.1 Aspectos de cada área .................................................................................................................. 5 
1.2 Vantagens da Auditoria Contábil ............................................................................................. 5 
2. Auditoria Interna ............................................................................................................................ 6 
3. Auditoria Externa........................................................................................................................... 7 
4. Controle Interno ............................................................................................................................ 9 
5. Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração ........................................................ 10 
5.1 Princípios éticos e normas de controle de qualidade ...................................................... 10 
5.2 Descrição dos trabalhos de asseguração ............................................................................ 11 
5.3 Trabalho de atestação e trabalho direto ............................................................................... 11 
5.4 Trabalho de asseguração razoável e trabalho de asseguração limitada ..................... 12 
5.5 Abrangência da estrutura conceitual .................................................................................... 13 
5.6 Relatório de trabalho que não é de asseguração .............................................................. 14 
6. Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em 
Conformidade com Normas de Auditoria ................................................................................... 15 
6.1 Requisitos éticos ........................................................................................................................ 15 
7. Responsabilidade do Auditor em Relação a Fraude, no Contexto da Auditoria de 
Demonstrações Contábeis............................................................................................................. 16 
7.1 Características da fraude e Responsabilidade pela prevenção e detecção de fraude
 ............................................................................................................................................................... 16 
7.2 Procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas .................................. 18 
7.3 Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante decorrente de fraude . 19 
7.4 Respostas aos riscos avaliados de distorção relevante decorrente de fraude ......... 20 
7.5 Avaliação da evidência de auditoria ...................................................................................... 21 
7.6 Auditor sem condições de continuar o trabalho ....................................................................... 22 
7.7 Representações da administração............................................................................................. 23 
7.8 Comunicações à administração e aos responsáveis pela governança ................................ 23 
7.9 Documentação .............................................................................................................................. 24 
8. Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis .................................................. 25 
9. Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do 
Entendimento da Entidade e do seu Ambiente .......................................................................... 26 
9.1 Procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas .................................. 26 
 
3 
 
9.2 Entendimento necessário da entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno . 27 
9.3 Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante .................................................. 29 
10. Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as 
Demonstrações Contábeis............................................................................................................. 31 
11. Testes em Auditoria .................................................................................................................. 34 
12. Riscos de Auditoria .................................................................................................................. 35 
13. Questões Comentadas ............................................................................................................. 36 
14. Questões para Resolução ....................................................................................................... 56 
15. Referências ................................................................................................................................ 62 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. Auditoria Contábil 
 
A auditoria surgiu como consequência da necessidade de confirmação dos registros 
contábeis, em virtude do aparecimento das grandes empresas, baseado no lucro expresso 
nas demonstrações contábeis. Sua evolução ocorreu em paralelo ao desenvolvimento 
econômico e com as grandes empresas formadas por capital de muitas pessoas. 
A auditoria contábil “apareceu” primeiramente na Inglaterra, que foi a primeira nação a 
possuir grandes empresas de comércio e primeira a instituir imposto sobre a renda. Além 
disso, na Inglaterra já se praticava desde 1.314 a auditoria nas contas públicas. 
Em resumo, uma auditoria é uma revisão das demonstrações 
financeiras, sistema financeiro, registros, transações e operações de 
uma entidade ou de um projeto, efetuada por contadores, com a 
finalidade de assegurar a fidelidade dos registros e proporcionar 
credibilidade às demonstrações financeiras e outros relatórios da 
administração. 
 
A auditoria também identifica deficiências no sistema de controle interno e no sistema 
financeiro e apresenta recomendações para melhorá-los. Podem diferir substancialmente, 
dependendo de seus objetivos, das atividades para os quais se utilizam as auditorias e dos 
relatórios que se espera receber dos auditores. 
 
Em geral, as auditorias podem ser classificadas em três grupos: 
 
➢ Auditoria financeira; 
➢ Auditoria de cumprimento e 
➢ Auditoria operacional. 
 
 
 
 
 
O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por 
parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor 
sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, 
em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. 
A auditoria contábil compreende o exame 
de documentos, livros contábeis, registros, 
além de realização de inspeções e 
obtenção de informações de fontes 
internas e externas, tudo relacionado com 
o controle do patrimônio da entidade 
auditada. 
 
 
5 
 
O objeto da auditoria se resume no conjunto dos elementos de controle do patrimônio, 
quais sejam os registros contábeis, documentos que comprovem esses registros e os atos 
administrativos. Fatos não registrados documentalmente também são objeto da auditoria 
uma vez que tais fatos podem ser relatados por indivíduos que executam atividades 
relacionadas ao patrimônio auditado. 
1.1 Aspectos de cada área 
 
Aspecto administrativo → Contribui para a redução da ineficiência, negligência, 
incapacidade e improbidade. 
Aspecto patrimonial → Possibilita melhor controle de bens, direitos e obrigações. 
Aspecto fiscal → Auxilia no rigoroso cumprimento das obrigações fiscais, resguardando o 
patrimônio contra possíveis penalidades. 
Aspecto técnico → Contribui para a eficiência dos serviços contábeis.Aspecto financeiro → Resguarda créditos de terceiros contra fraudes e dilapidações. 
Aspecto econômico → Possibilita maior exatidão no resultado. 
Aspecto ético → Examina a moralidade do ato praticado. 
Aspecto social → Examina a correta aplicação dos recursos para fins sociais e ambientais 
e certifica a confiabilidade destes dados. 
 
1.2 Vantagens da Auditoria Contábil 
 
As vantagens para a administração da empresa, são: 
➢ Fiscalizar a eficiência dos controles internos; 
➢ Assegurar maior correção dos registros contábeis; 
➢ Opinar sobre a adequação das demonstrações contábeis; 
➢ Dificultar desvios de bens patrimoniais e pagamentos indevidos de despesas; 
➢ Possibilitar a apuração de omissões no registro das receitas, na realização oportuna de 
créditos ou na liquidação oportuna de débitos; 
➢ Contribuir para obtenção de melhores informações sobre a real situação econômica, 
patrimonial e financeira da empresa auditada; 
➢ Apontar falhas na organização administrativa da empresa e nos controles internos. 
Já para os investidores e titulares do capital (sócios): 
➢ Contribuir para maior exatidão das demonstrações contábeis; 
➢ Possibilitar melhores informações sobre a real situação econômica, patrimonial e 
financeira da empresa auditada; 
➢ Assegurar maior exatidão dos resultados apurados. 
As vantagens para o Fisco é que a Auditoria permite maior exatidão das demonstrações 
contábeis; assegura maior exatidão dos resultados apurados e ainda contribui para maior 
observância das leis fiscais. 
 
6 
 
Para a sociedade como um todo, a Auditoria gera uma maior credibilidade das 
demonstrações contábeis da entidade auditada além de assegurar a veracidade das 
informações, das quais dependerá a tranquilidade quanto à sanidade das empresas e 
garantias de empregos, bem como informar o grau de solidez e a evolução da economia 
nacional (através das demonstrações contábeis). 
LIMITAÇÕES DA AUDITORIA CONTÁBIL 
Embora a auditoria contábil seja um instrumento indispensável para o controle 
organizacional, esta não deve ser considerada como imune a imperfeições ou a falhas. 
Ela encontra suas limitações no momento em que as inconsistências detectadas assumem 
um caráter não contábil, ou seja, abrangem, além dos controles patrimoniais, outros 
aspectos, tais como engenharia de produção ou pesquisa operacional. Assim, a auditoria 
na área de custos pode detectar anomalias através do confronto dos custos-padrão com os 
custos reais, porém, ela não é capaz de detectar se essa anomalia é fruto de um desenho 
de projeto de baixa qualidade ou de regulagem das máquinas deficiente. 
Tais investigações escapam da auditoria contábil e partem para a auditoria operacional, 
para a auditoria administrativa e ainda para a auditoria de projetos. 
 
2. Auditoria Interna 
A Auditoria Interna tem por finalidade desenvolver um plano de ação que auxilie a 
organização a alcançar seus objetivos adotando uma abordagem sistêmica e disciplinada 
para a avaliação, melhoria da eficácia dos processos de gerenciamento de riscos com o 
objetivo de adicionar valor e, ainda, melhorar as operações e resultados de uma 
organização. 
O objetivo geral da Auditoria Interna é avaliar e prestar ajuda a alta Administração e 
desenvolver adequadamente suas atribuições, proporcionando-lhes análises, 
recomendações e comentários objetivos, acerca das atividades examinadas. 
O auditor interno deve, portanto, preocupar-se com qualquer fase das atividades da 
empresa na qual possa ser de utilidade à Administração. Para conseguir o cumprimento 
deste objetivo geral de serviços à administração, há necessidades de desempenhar 
atividades tais como: 
 
➢ Revisar e avaliar a eficácia, suficiência e aplicação dos controles contábeis, financeiros e 
operacionais; 
➢ Determinar a extensão do cumprimento das normas, dos planos e procedimentos 
vigentes; 
➢ Determinar a extensão dos controles sobre a existência dos ativos da empresa e da sua 
proteção contra todo tipo de perda; 
 
7 
 
➢ Determinar o grau de confiança, das informações e dados contábeis e de outra natureza, 
preparados dentro da empresa; 
➢ Avaliar a qualidade alcançada na execução de tarefas determinadas para o cumprimento 
das respectivas responsabilidades; 
➢ Avaliar os riscos estratégicos e de negócio da organização. Em relação à organização 
do departamento, um ponto de maior relevância é a autonomia e independência com 
que conta o departamento de Auditoria Interna da empresa. 
 
Nesse sentido, o nível ao qual o departamento se reporta pode desde logo indicar o grau 
de independência e autonomia dos auditores internos. Para que esta autonomia e 
independência possam ser consideradas adequadas, torna-se necessário que a auditoria 
interna se reporte ao conselho da Direção ou a Diretoria Máxima da empresa, de modo a 
poder realmente escapar das ingerências e pressões, bem como manter a liberdade de agir 
sobre todas as áreas da organização, sem restrições. 
 
Por outro lado, uma subordinação a grau menor pode criar situações, impossibilitando a 
execução de seus trabalhos de forma independente. Seria útil lembrar que o mero 
posicionamento hierárquico, diretamente sob a direção maior da empresa, não é em si, 
apenas, uma adequada resposta à existência de independência e autonomia através do 
suporte da direção. 
 
A extensão em que esse suporte de fato existe somente pode ser apurada da discussão 
franca com a direção de modo a verificar em que grau a direção considera sua auditoria 
interna realmente autorizada a examinar vertical e horizontalmente a ações empresariais. A 
Auditoria Interna, colocada dessa forma, em nível recomendável para efeito do bom 
controle Interno. 
3. Auditoria Externa 
 
Enquanto a auditoria interna tem um caráter especialmente consultivo e objetivo, na 
maioria das vezes, subsidia a administração da empresa, auxiliando seus gestores na 
tomada de decisão, avaliando controles, patrimônio, identificando riscos e sugerindo 
melhorias, a auditoria externa tem outro viés. 
Também chamada de auditoria independente — pelo fato de estabelecer a idoneidade da 
avaliação pela impessoalidade da equipe profissional responsável por realizá-la —, busca 
garantir sua saúde financeira e a veracidade de seus registros, para identificar possíveis 
problemas que possam colocar em risco a saúde financeira da empresa. Ela atende 
majoritariamente aos interesses de investidores e instituições bancárias que 
pretendem injetar recursos na empresa e querem garantir que estão fazendo uma boa 
escolha. 
A auditoria externa tem, portanto, como principal objetivo, garantir a confiabilidade das 
Demonstrações Contábeis para os investidores. 
https://arquivei.com.br/blog/planejamento-estrategico-financeiro-empresas/
https://arquivei.com.br/blog/politica-de-credito-garanta-saude-financeira/
 
8 
 
Ressalto, o auditor externo trabalha de forma independente, sem vínculo empregatício, e 
sua atenção está voltada para a confiabilidade dos registros contábeis. Na maioria das 
vezes, ele também trabalha em parceria com o auditor interno, para testar a eficiência dos 
sistemas utilizados. Isso porque o trabalho de verificação da situação patrimonial e 
financeira das empresas é de extrema importância para os futuros aplicadores de recursos 
e demais parcerias empresariais. Como medida de segurança contra a possibilidade de 
manipulação de informações, os futuros investidores exigem que essas demonstrações 
sejam examinadas por um profissional independente da empresa e de reconhecida 
capacidade técnica. 
Veja as principais diferenças entre a Auditoria interna e a externa: 
 
 
As atividades de auditoria são 
realizadas e conduzidas por um 
profissional ou grupo interno;
É realizada por equipe profissional 
independente, contratada 
especificamente para realizá-la;
Seu objetivo é atender às 
necessidades da administração;
Visa atender às demandas de terceiros 
comrelação à fidedignidade das 
questões financeiras;
Suas ações buscam aperfeiçoar os 
setores e rotinas auditados e garantir o 
cumprimento das políticas e normas 
internos;
Tem ações que visam determinar a 
extensão da avaliação e a confiabilidade 
das informações financeiras;
Há uma divisão dos trabalhos, 
avaliando áreas operacionais e 
responsabilidade administrativa 
separadamente;
Divide seus trabalhos entre as contas de 
balanço patrimonial e as demonstrações 
de resultados
O auditor busca detectar e prevenir a 
fraude;
Somente se preocupa com a detecção e 
prevenção de fraudes se houver riscos 
para as demonstrações financeiras;
Ele se subordina às necessidades da 
alta cúpula da empresa;
Possui independência em relação aos 
interesses da empresa;
Há a contínua revisão das atividades.
Ocorre periódica e não continuamente 
(geralmente a cada semestre ou ano).
Auditoria Interna X Auditoria Externa
 
9 
 
4. Controle Interno 
Controle Interno é o planejamento organizacional e todos os métodos e procedimentos 
adotados dentro de uma empresa, a fim de salvaguardar seus ativos, verificar a adequação 
e o suporte dos dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a aderência 
às políticas definidas pela direção, com o objetivo de evitar fraudes, erros, ineficiências e 
crises nas empresas. 
 
A Auditoria Gerencial avalia o nível de segurança dos controles internos existentes na 
empresa, sugere e recomenda a implementação ou melhoramento de mecanismos internos 
de prevenção. Também, funciona assessorando a administração da empresa ao identificar 
a inexistência, deficiência, falha ou não cumprimento do controle interno, para isso o 
Auditor deverá ter conhecimento da funcionabilidade e aplicação desses mecanismos na 
empresa. 
Ou seja, os controles internos funcionam como uma importante ferramenta no processo de 
gestão. A partir do conceito de controle interno, pode-se estabelecer uma distinção entre 
controles contábeis e controles administrativos, que é definido por Attie (2009): 
➢ Controles Contábeis - compreendem o plano de organização e todos os 
métodos e procedimentos relacionados com a salvaguarda do patrimônio da 
propriedade dos registros contábeis. 
➢ Controles Administrativos – compreendem o plano de organização e os 
métodos e procedimentos relacionados com a eficiência das operações, 
voltadas para a política de negócios da empresa e, indiretamente, com os 
registros financeiros. 
Pode-se afirmar que o controle interno envolve todas as atividades e rotinas, de natureza 
contábil e administrativa, com o intuito de organizar a empresa e fazer com que todas as 
políticas traçadas pela administração sejam cumpridas. Ressalta-se também que, controle 
contábil destina-se diretamente com o patrimônio e registros da empresa e o controle 
administrativo são voltados aos interesses da operação da empresa. 
Em regra geral, o controle interno tem quatro objetivos básicos, a seguir descritos em: 
1. Salvaguarda dos interesses 
 2. Precisão e confiabilidade dos informes contábeis, financeiros e operacionais 
 3. Estímulo à eficiência operacional 
 4. Aderência às políticas existentes 
 
A necessidade de manter um sistema de controle interno adequado, visa proteger o 
patrimônio da empresa e assegurar a fidedignidade e integridade dos registros e 
demonstrações contábeis. 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Estrutura Conceitual para Trabalhos de Asseguração 
 
5.1 Princípios éticos e normas de controle de qualidade 
O controle de qualidade em firmas que executam trabalhos de asseguração e a 
conformidade com os princípios éticos, incluindo requerimentos de independência, é 
amplamente reconhecido como sendo de interesse público e parte integrante dos trabalhos 
de asseguração de alta qualidade. Tais trabalhos são realizados de acordo com as Normas 
de Asseguração, que possuem como premissa a base de que: 
(a) os membros da equipe e o revisor de controle de qualidade (para aqueles trabalhos em 
que tal revisão foi estabelecida) estão sujeitos às normas NBCs PG 100 – Aplicação Geral 
aos Profissionais da Contabilidade e 200 – Contadores que Prestam Serviços (Contadores 
Externos) e NBCs PA 290 – Independência – Trabalhos de Auditoria e Revisão e 291 – 
Independência – Outros Trabalhos de Asseguração, relacionadas aos trabalhos de 
asseguração, ou requerimentos de lei ou regulamento, que sejam pelo menos tão 
exigentes quanto às referidas NBCs; e 
(b) o auditor independente é membro da firma que está sujeita à NBC PA 01 ou outros 
requerimentos de lei ou regulamento sobre a responsabilidade da firma pelo seu sistema 
de controle de qualidade, que seja pelo menos tão exigente quanto a referida NBC PA 01. 
A NBC PG 100 estabelece os seguintes princípios éticos que o auditor independente é 
requerido a cumprir: 
(a) integridade; 
(b) objetividade; 
(c) competência e zelo profissionais ; 
(d) sigilo; e 
(e) comportamento profissional. 
 
 
 
 
 
 
Em geral, os objetivos do controle interno buscam prevenir erros e 
irregularidades que possam afetar o resultado financeiro, proteger os ativos, 
produzir dados contábeis confiáveis e orientar a administração na tomada 
de decisão. 
 
 
11 
 
5.2 Descrição dos trabalhos de asseguração 
 
Trabalho de asseguração é o trabalho no qual o auditor independente visa obter 
evidências apropriadas e suficientes para expressar sua conclusão de forma a aumentar o 
grau de confiança dos usuários previstos sobre o resultado da mensuração ou avaliação do 
objeto, de acordo com os critérios que sejam aplicáveis. 
 
O resultado da mensuração ou avaliação do objeto é a informação que resulta da aplicação 
do critério ao objeto. Por exemplo: 
 
➢ Demonstrações contábeis (objeto) resultam da mensuração da posição patrimonial e 
financeira da entidade, do desempenho e dos fluxos de caixa (informações do 
objeto) ao aplicar a estrutura de relatórios financeiros aplicável (critério). 
➢ Conclusão sobre a eficácia do controle interno (resultado) decorre da avaliação da 
eficácia do processo de controle interno da entidade (informação do objeto) ao 
aplicar os critérios aplicáveis. 
➢ Mensurações de desempenho específicas à entidade (resultado) decorrem da 
mensuração de vários aspectos de desempenho (informação do objeto) ao aplicar 
as metodologias de mensuração aplicáveis (critério). 
➢ Declaração de gases de efeito estufa (resultado) decorre da mensuração das 
emissões de gases de efeito estufa da entidade (informação do objeto) ao aplicar o 
reconhecimento, mensuração e apresentação de protocolos (critério). 
➢ Declaração sobre o cumprimento (resultado) decorre da avaliação do cumprimento 
da entidade (informação do objeto) com, por exemplo, lei ou regulamento (critério). 
 
A expressão “informação do objeto” é usada para significar o resultado da mensuração ou 
avaliação da informação do objeto de acordo com os critérios. Ela é a informação do objeto 
sobre a qual o auditor independente obtém evidências apropriadas e suficientes para a 
base de sua conclusão. 
 
5.3 Trabalho de atestação e trabalho direto 
 
No trabalho de atestação, o profissional, que não seja o auditor independente, deve 
mensurar ou avaliar o objeto de acordo com os critérios aplicáveis. O referido profissional 
também deve apresentar, frequentemente, a informação resultante do objeto no relatório ou 
afirmação. Em alguns casos, contudo, a informação do objeto pode ser apresentada pelo 
auditor independente no relatório de asseguração. A conclusão do auditor deve mencionar 
se a informação do objeto está livre de distorções relevantes. 
 
Já no trabalho direto, o auditor deve mensurar ou avaliar o objeto de acordo com os 
critérios aplicáveis. Adicionalmente, o auditor deve aplicar as habilidades e técnicas de 
asseguração para obter evidências apropriadas e suficientes sobre o resultado da 
mensuração ou avaliação do objeto, deacordo com os critérios aplicáveis. O auditor 
independente pode obter essa evidência simultaneamente com a mensuração ou avaliação 
do objeto, mas também pode obtê-la antes ou após tal mensuração ou avaliação. No 
 
12 
 
trabalho direto, a conclusão do auditor independente deve mencionar se o resultado 
reportado da mensuração ou avaliação do objeto de acordo com os critérios é redigido nos 
termos do objeto e dos critérios. Em alguns trabalhos diretos, a conclusão do auditor 
independente é a informação do objeto ou é parte da informação do objeto. 
 
5.4 Trabalho de asseguração razoável e trabalho de asseguração limitada 
No trabalho de asseguração razoável, o auditor independente: 
 
➢ Reduz o risco do trabalho para um nível aceitavelmente baixo nas circunstâncias do 
trabalho como base para a sua conclusão. 
➢ Sua conclusão é expressa de forma que transmita a sua opinião sobre o resultado 
da mensuração ou avaliação de determinado objeto de acordo com os critérios 
aplicáveis. 
 
No que trata do trabalho de asseguração limitada, o auditor independente: 
 
➢ Reduz o risco do trabalho para um nível que é aceitável nas circunstâncias do 
trabalho, mas que ainda é maior do que para um trabalho de asseguração razoável. 
➢ Sua conclusão deve transmitir se, com base nos procedimentos realizados e 
evidências obtidas, algum assunto chegou ao seu conhecimento de forma a levá-lo a 
acreditar que a informação do objeto está relevantemente distorcida. 
 
A natureza, a época e a extensão dos procedimentos executados no trabalho de 
asseguração limitada são restritos (menos extensos), quando comparados com os que são 
necessários no trabalho de asseguração razoável, mas são planejados para obter um nível 
de segurança que seja, no julgamento profissional do auditor independente, significativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em toda a gama de trabalhos de asseguração limitada, o sentido de segurança significativa 
pode variar de um nível que é logo acima de asseguração que seja capaz de aumentar a 
confiança dos usuários previstos sobre a informação do objeto, em nível que seja 
claramente maior do que irrelevante, até um nível que é logo abaixo da segurança 
razoável. O que é significativo em trabalho específico é o julgamento dentro desse intervalo 
que depende das circunstâncias do trabalho, incluindo as necessidades de informação 
Para que seja significativo, o 
nível de segurança obtido pelo 
auditor deve ser capaz de 
aumentar a confiança dos 
usuários previstos sobre a 
informação do objeto em nível 
que seja mais do que irrelevante. 
 
 
13 
 
pelos usuários previstos como grupo, dos critérios utilizados, e o objeto do trabalho. Em 
alguns casos, as consequências para os usuários previstos ao receberem um tipo de 
asseguração inapropriada podem ser tão graves que o trabalho de asseguração razoável 
seja necessário para que o auditor independente obtenha a segurança que é significativa 
nas circunstâncias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.5 Abrangência da estrutura conceitual 
 
Nem todos os trabalhos realizados por auditores independentes são trabalhos de 
asseguração. Outros trabalhos frequentemente realizados que não são de asseguração. 
Esses outros trabalhos incluem: 
 
➢ Trabalhos abrangidos pelas Normas de Serviços Correlatos (NBCs TSC, tais como 
procedimentos previamente acordados e trabalhos de compilação; 
➢ Elaboração de declarações de imposto de renda onde nenhuma conclusão de 
asseguração é expressa; 
➢ Trabalhos de consultoria (ou assessoria), tais como gerenciamento e consultorias 
tributárias. (*) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(*) Nos trabalhos de consultoria, o profissional aplica suas 
habilidades, seu conhecimento obtido em treinamentos, 
observações, experiências e conhecimentos técnicos sobre 
o processo de consultoria. Trabalhos de consultoria 
envolvem um processo analítico que tipicamente inclui 
alguma combinação das atividades relacionadas com a 
definição de objetivos, a descoberta de fatos, as definições 
dos problemas ou das oportunidades, a avaliação de 
alternativas, o desenvolvimento ou as recomendações, 
incluindo ações, comunicação de resultados e, em alguns 
casos, a implementação do que foi recomendado e o seu 
acompanhamento. Os relatórios (caso emitidos) geralmente 
são escritos em estilo narrativo (ou “formato longo”). 
Geralmente o trabalho realizado é apenas para uso e 
benefício do cliente. A natureza e o alcance do trabalho são 
determinados mediante acordo entre o profissional e o 
cliente. Qualquer serviço que atenda às definições de 
trabalho de asseguração não é trabalho de consultoria, 
mas, sim, trabalho de asseguração. 
 
Resumindo, asseguração razoável é, no 
contexto da auditoria de demonstrações 
contábeis, um nível alto, mas não 
absoluto, de segurança. 
 
 
14 
 
O trabalho de asseguração pode ser parte de um trabalho maior, por exemplo, quando o 
trabalho de consultoria para a aquisição de negócios inclui requerimento para obter 
asseguração acerca da informação financeira histórica ou prospectiva. 
 
Os trabalhos mencionados a seguir, não são considerados trabalhos de asseguração: 
 
➢ Trabalhos para prestar declarações em processos judiciais sobre contabilidade, 
auditoria, tributação ou outros assuntos; e 
➢ Trabalhos que incluem opiniões, pontos de vista ou declarações profissionais dos 
quais o usuário pode extrair alguma segurança, se todos os seguintes itens forem 
aplicáveis: 
(i) essas opiniões, pontos de vistas ou declarações são meramente 
fortuitos para o trabalho como um todo; 
(ii) qualquer relatório por escrito deve ser emitido com uso expressamente 
restrito aos usuários previstos especificados no relatório; 
(iii) mediante acordo formal com os usuários previstos especificados, não 
se pretendendo que seja trabalho de asseguração; e 
(iv) o trabalho não seja relatado como trabalho de asseguração no 
relatório do auditor independente. 
 
 
5.6 Relatório de trabalho que não é de asseguração 
 
O auditor independente ao reportar sobre trabalho, que não é de asseguração, deve 
claramente distinguir esse relatório de relatório de asseguração. Para não confundir os 
usuários, o relatório que não é de asseguração evita, por exemplo: 
 
➢ Mencionar adequação com a NBC TA Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual 
Para Trabalhos De Asseguração ou Norma de Asseguração; 
➢ Usar inapropriadamente as palavras “asseguração,” “auditoria” ou “revisão”; 
➢ Incluir declaração que pode ser confundida com conclusão com base em evidências 
apropriadas e suficientes que foi desenvolvida para aumentar o nível de confiança 
dos usuários previstos sobre o resultado da mensuração ou avaliação do objeto de 
acordo com os critérios aplicáveis. 
 
O auditor independente e a parte responsável podem concordar sobre a aplicação dos 
princípios para o trabalho quando não existirem outros usuários previstos além da parte 
responsável, mas onde todos os outros requisitos aplicáveis das Normas de Asseguração 
são atendidos. Em tais casos, o relatório do auditor independente inclui declaração 
restringindo o uso do relatório à parte responsável. 
 
 
 
 
 
15 
 
6. Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em 
Conformidade com Normas de Auditoria 
Os objetivos gerais do auditor são: 
 
➢ Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão 
livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, 
possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações 
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade 
com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e 
➢ Apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como 
exigido pelas NBCs TA, em conformidade com as constatações do auditor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em todos os casos em que não forpossível obter segurança razoável e a opinião com 
ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender aos 
usuários previstos das demonstrações contábeis, as NBCs TA requerem que o auditor se 
abstenha de emitir sua opinião ou renuncie ao trabalho, quando a renúncia for possível de 
acordo com lei ou regulamentação aplicável. 
 
 
6.1 Requisitos éticos 
 
 
 
Julgamento profissional é a aplicação do treinamento, conhecimento e experiência 
relevantes, dentro do contexto fornecido pelas normas de auditoria, contábeis e éticas, na 
Auditoria das 
Demonstrações 
Contábeis
O auditor deve cumprir as exigências éticas 
relevantes,inclusiveas pertinentes à independência, no que se 
refere aos trabalhos de auditoria das Demonstrações.
Ceticismo Profissional
O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo 
profissional, reconhecendo que podem existir circunstâncias que 
causam distorção relevante nas Demonstrações.
Julgamento Profissional
O auditor deve exercer julgamento profissional ao planejar e 
executar a auditoria de Demonstrações Contábeis.
 
Distorção Relevante → Capaz 
de alterar a tomada de decisão. 
 
16 
 
tomada de decisões informadas a respeito dos cursos de ação apropriados nas 
circunstâncias do trabalho de auditoria. 
Já o Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para 
condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação 
crítica das evidências de auditoria. 
 
Evidência de auditoria apropriada e suficiente e risco de auditoria 
 
Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e 
suficiente para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso, 
possibilitar a ele obter conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião. 
 
 
7. Responsabilidade do Auditor em Relação a Fraude, no Contexto da Auditoria de 
Demonstrações Contábeis 
7.1 Características da fraude e Responsabilidade pela prevenção e detecção de 
fraude 
 
As distorções nas demonstrações contábeis podem originar-se de fraude ou erro. O fator 
distintivo entre fraude e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a ação 
subjacente que resulta em distorção nas demonstrações contábeis. 
 
Embora a fraude constitua um conceito jurídico amplo, para efeitos das normas de 
auditoria, o auditor está preocupado com a fraude que causa distorção relevante nas 
demonstrações contábeis. Dois tipos de distorções intencionais são pertinentes para o 
auditor – distorções decorrentes de informações contábeis fraudulentas e da apropriação 
indébita de ativos. Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a 
ocorrência de fraude, ele não estabelece juridicamente se realmente ocorreu fraude. 
 
A fraude, seja na forma de informações contábeis fraudulentas ou de apropriação indevida 
de ativos, envolve o incentivo ou a pressão para que ela seja cometida, uma oportunidade 
percebida para tal e alguma racionalidade (ou seja, dar razoabilidade a algo falso) do ato. 
 
A informação financeira fraudulenta envolve distorções intencionais, inclusive omissões de 
valor ou divulgações nas demonstrações contábeis para enganar os usuários destas. Ela 
pode ser causada pelas tentativas da administração de manipular os ganhos de modo a 
enganar os usuários das demonstrações contábeis, influenciando suas percepções do 
desempenho e da lucratividade da entidade. Essa manipulação de ganhos pode começar 
com pequenos atos ou com o ajuste inadequado de premissas e mudanças de julgamento 
pela administração. Pressões e incentivos podem levar tais atos a crescer a ponto de 
resultarem em informação financeira fraudulenta. Essa situação pode ocorrer quando, 
decorrem de pressões para atender as expectativas do mercado ou a um desejo de 
 
17 
 
maximizar a renumeração baseada em desempenho, a administração assume posições 
que fazem com que as informações contábeis fraudulentas provoquem distorções 
relevantes nas demonstrações contábeis. Em algumas entidades, a administração pode ser 
motivada a reduzir os ganhos em valor relevante, para minimizar a tributação ou inflar 
ganhos para garantir financiamentos bancários. 
 
Informações contábeis fraudulentas podem decorrer do seguinte: 
 
➢ Manipulação, falsificação (inclusive de assinatura) ou alteração de registros 
contábeis ou documentos comprobatórios que serviram de base à elaboração de 
demonstrações contábeis. 
➢ Mentira ou omissão intencional nas demonstrações contábeis de eventos, operações 
ou outras informações significativas. 
➢ Aplicação incorreta intencional dos princípios contábeis relativos a valores, 
classificação, forma de apresentação ou divulgação. 
 
Muitas vezes as informações contábeis fraudulentas envolvem a burla pela administração 
de controles que aparentemente estão funcionando com eficácia. A administração pode 
perpetrar fraude burlando controles por meio de técnicas como: 
 
➢ Registrar lançamentos fictícios no livro diário, em especial no final do período 
contábil, de forma a manipular resultados operacionais ou alcançar outros objetivos. 
➢ Ajustar indevidamente as premissas e alterar os julgamentos utilizados para estimar 
saldos contábeis. 
➢ Omitir, antecipar ou atrasar o reconhecimento, nas demonstrações contábeis, de 
eventos e operações que tenham ocorrido durante o período das demonstrações 
contábeis que estão sendo apresentadas. 
➢ Ocultar ou não divulgar fatos que possam afetar os valores registrados nas 
demonstrações contábeis. 
➢ Contratar operações complexas, que são estruturadas para refletir erroneamente a 
situação patrimonial ou o desempenho da entidade. 
➢ Alterar registros e condições relacionados a operações significativas e não usuais. 
 
A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis 
pela governança da entidade e da sua administração. É importante que a administração, 
com a supervisão geral dos responsáveis pela governança, enfatize a prevenção da fraude, 
o que pode reduzir as oportunidades de sua ocorrência, e a dissuasão da fraude, o que 
pode persuadir os indivíduos a não perpetrar fraude por causa da probabilidade de 
detecção e punição. Isso envolve um compromisso de criar uma cultura de honestidade e 
comportamento ético, que pode ser reforçado por supervisão ativa dos responsáveis pela 
governança. 
 
A supervisão geral por parte dos responsáveis pela governança inclui a consideração do 
potencial de burlar controles ou de outra influência indevida sobre o processo de 
elaboração de informações contábeis, tais como tentativas da administração de gerenciar 
 
18 
 
os resultados para que influenciem a percepção dos analistas quanto à rentabilidade e 
desempenho da entidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7.2 Procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas 
 
Ao aplicarem os procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas para 
conhecer a entidade e o seu ambiente, inclusive o seu controle interno, requeridos pela 
NBC TA 315, itens 5 a 24, o auditor deve aplicar os procedimentos previstos nos itens 17 a 
24 da NBC TA 240 (relatados a seguir) para obter as informações a serem usadas na 
identificação de riscos de distorção relevante decorrente de fraude. 
 
O auditor dever fazer indagações à administração relacionadas com: 
 
(a) avaliação pela administração do risco de que as demonstrações contábeis contenham 
distorções relevantes decorrente de fraudes, inclusive a natureza, extensão e freqüência de 
tais avaliações (ver itens A12 e A13); 
(b) o processo da administração para identificar e responder aos riscos de fraude na 
entidade, inclusive quaisquer riscos de fraude específicos identificados pela administração 
ou que foram levados ao seu conhecimento, ou tipos de operações, saldos contábeis ou 
divulgações para os quais é provávelexistir risco de fraude (ver item A14); 
(c) comunicação da administração, se houver, aos responsáveis pela governança em 
relação aos processos de identificação e resposta aos riscos de fraude na entidade; e 
(d) comunicação da administração, se houver, aos empregados em relação às suas visões 
sobre práticas de negócios e comportamento ético. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O auditor deve fazer indagações à administração e outros responsáveis da 
entidade, conforme apropriado, para determinar se eles têm conhecimento 
de quaisquer casos reais, suspeitas ou indícios de fraude, que afetem a 
entidade. 
 
Fraude é o ato intencional de 
um ou mais indivíduos da 
administração, dos 
responsáveis pela 
governança, empregados ou 
terceiros, que envolva dolo 
para obtenção de vantagem 
injusta ou ilegal. 
Fatores de risco de fraude 
são eventos ou condições 
que indiquem incentivo ou 
pressão para que a fraude 
seja perpetrada ou ofereçam 
oportunidade para que ela 
ocorra. 
 
 
19 
 
 
Em relação às entidades que têm uma função de auditoria interna, o auditor independente 
deve fazer indagações aos seus responsáveis para determinar se eles têm conhecimento 
de quaisquer casos reais, suspeitas ou indícios de fraude, que afetem a entidade, e obter o 
ponto de vista deles (auditores internos) sobre os riscos de fraude. 
 
 
A não ser que os responsáveis pela governança estejam envolvidos na administração da 
entidade (NBC TA 260 – Comunicação com os Responsáveis pela Governança, item 13), o 
auditor deve obter entendimento de como esses responsáveis fazem a supervisão geral 
dos processos da administração para identificar e responder aos riscos de fraudes na 
entidade e do controle interno que a administração implantou para mitigar esses riscos. 
 
Exceto nos casos em que os responsáveis pela governança estão envolvidos com a 
administração da entidade, o auditor deve fazer indagações junto aos responsáveis pela 
governança para determinar se eles têm conhecimento de quaisquer casos reais, suspeitas 
ou indícios de fraude, que afetem a entidade. Essas indagações servem, em parte, para 
corroborar as respostas às indagações da administração. 
 
O auditor deve avaliar se variações inesperadas ou não usuais que foram identificadas 
durante a aplicação dos procedimentos de revisão analítica, inclusive aqueles relacionados 
com as receitas, podem indicar riscos de distorção relevante decorrente de fraude. 
 
O auditor deve considerar ainda se outras informações por ele obtidas indicam riscos de 
distorção relevante decorrente de fraude (ver item A22). 
 
Avaliação de fatores de risco de fraude 
 
O auditor deve avaliar se as informações obtidas com outros procedimentos de avaliação 
de risco e atividades relacionadas realizadas indicam a presença de um ou mais fatores de 
risco de fraude. Embora os fatores de risco de fraude não indiquem necessariamente a sua 
efetiva existência, eles muitas vezes estão presentes em ocorrências de fraude e, portanto, 
podem indicar riscos de distorção relevante decorrente de fraude. 
 
 
7.3 Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante decorrente de fraude 
 
Nos termos da NBC TA 315, o auditor deve identificar e avaliar os riscos de distorção 
relevante decorrente de fraude no nível das demonstrações contábeis e no nível das 
afirmações por tipo de operação, saldo contábil e divulgação. 
 
Na identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante decorrente de fraude, o 
auditor deve, com base na presunção de que há riscos de fraude no reconhecimento de 
receitas, avaliar que tipos de receita, operações ou afirmações de receita geram esses 
riscos. O item 47, da norma supracitada, especifica a documentação requerida no caso em 
 
20 
 
que o auditor conclui que a presunção não é aplicável nas circunstâncias do trabalho e, 
portanto, não identifica o reconhecimento de receitas como um risco de distorção relevante 
decorrente de fraude. 
 
O auditor deve tratar os riscos de distorção relevantes decorrentes de fraude avaliados 
como riscos significativos e, por conseguinte, na medida em que ainda não tenha sido feito, 
o auditor deve obter entendimento dos respectivos controles da entidade, inclusive 
atividades de controle, que são relevantes para tais riscos. 
 
7.4 Respostas aos riscos avaliados de distorção relevante decorrente de fraude 
 
Nos termos da NBC TA 330, o auditor deve determinar respostas globais para tratar os 
riscos avaliados de distorção relevante decorrente de fraude nas demonstrações contábeis. 
Ao determinar respostas globais para enfrentar os riscos avaliados de distorção relevante 
nas demonstrações contábeis, o auditor deve: 
 
➢ Alocar e supervisionar o pessoal, levando em conta o conhecimento, a aptidão e a 
capacidade dos indivíduos que assumirão responsabilidades significativas pelo 
trabalho, e avaliar os riscos de distorção relevante decorrente de fraude; 
➢ Avaliar se a seleção e a aplicação de políticas contábeis pela entidade, em especial 
as relacionadas com medições subjetivas e transações complexas, podem ser 
indicadores de informação financeira fraudulenta decorrente de tentativa da 
administração de manipular os resultados; e 
➢ Incorporar elemento de imprevisibilidade na seleção da natureza, época e extensão 
dos procedimentos de auditoria. 
 
Ainda nos termos da NBC TA 330, o auditor deve desenhar e aplicar procedimentos 
adicionais de auditoria, cuja natureza, época e extensão respondam melhor aos riscos 
identificados de distorção relevante decorrente de fraude no nível das afirmações. 
 
A administração está em posição privilegiada para perpetrar fraudes em função de sua 
capacidade para manipular registros contábeis e elaborar demonstrações contábeis 
fraudulentas, burlando controles que sob outros aspectos parecem funcionar de forma 
efetiva. Embora o nível do risco de burlar controles pela administração varie de entidade 
para entidade, o risco, não obstante, está presente em todas as entidades. Como tal burla 
pode ocorrer de maneira imprevisível, ela é um risco de distorção relevante decorrente de 
fraude e, portanto, um risco significativo. 
 
Independentemente da avaliação do auditor dos riscos de que a administração burle 
controles, o auditor deve definir e aplicar procedimentos de auditoria para: 
 
1. Testar a adequação dos lançamentos contábeis registrados no razão geral e outros 
ajustes efetuados na elaboração das demonstrações contábeis. Ao definir e aplicar 
procedimentos de auditoria para tais testes, o auditor deve: 
 
 
21 
 
(i) fazer indagações, junto a indivíduos envolvidos no processo de informação 
financeira, a respeito de atividade inadequada ou não usual referente ao 
processamento de lançamentos contábeis e outros ajustes; 
(ii) selecionar lançamentos contábeis e outros ajustes feitos no final do período 
sob exame; e 
(iii) considerar a necessidade de testar os lançamentos contábeis e outros 
ajustes durante o período. 
 
2. Revisar estimativas contábeis em busca de vícios (critérios ou resultados 
tendenciosos) e avaliar se as circunstâncias que geram esses vícios, se houver, 
representam risco de distorção relevante decorrente de fraude. Na execução dessa 
revisão, o auditor deve: 
 
(i) avaliar se os julgamentos e decisões da administração na determinação das 
estimativas contábeis incluídas nas demonstrações contábeis, mesmo que 
individualmente razoáveis, indicam uma possível tendenciosidade da 
administração da entidade que possa representar risco de distorção relevante 
decorrente de fraude. Em caso afirmativo, o auditor deve reavaliar as estimativas 
contábeis como um todo; e 
(ii) efetuar uma revisão retrospectiva dos julgamentos e premissas da 
administração relativas a estimativas contábeis significativas refletidas nas 
demonstrações contábeis do exercício anterior. 
 
3. Para operações significativas fora do curso normal dosnegócios da entidade, ou que 
de outro modo pareçam não usuais, tendo em vista o entendimento da entidade e do 
seu ambiente e outras informações obtidas pelo auditor durante a auditoria, ele deve 
avaliar se a justificativa de negócio das operações (ou a ausência dela) sugere que 
elas podem ter sido realizadas para gerar informações contábeis fraudulentas ou 
para ocultar a apropriação indevida de ativos. 
 
 
7.5 Avaliação da evidência de auditoria 
 
O auditor deve avaliar se os procedimentos analíticos aplicados perto do final do período, 
na formação da conclusão global de que as demonstrações contábeis, como um todo, 
estão consistentes com o entendimento sobre a entidade e do seu ambiente obtido pelo 
auditor indicam um risco anteriormente não reconhecido de distorção relevante decorrente 
de fraude. 
Se o auditor identifica uma distorção, ele deve avaliar se a distorção é indicadora de fraude. 
Caso exista tal indicador, o auditor deve avaliar as implicações da distorção relativamente a 
outros aspectos da auditoria, em especial a confiabilidade das representações da 
administração, reconhecendo que dificilmente um caso de fraude será uma ocorrência 
isolada. 
 
22 
 
 
Caso o auditor identifique uma distorção, seja relevante ou não, e tiver razão para acreditar 
que é ou pode ser decorrente de fraude, com o envolvimento da administração (em 
especial da alta administração), o auditor deve reavaliar a avaliação dos riscos de distorção 
relevante decorrente de fraude e do impacto resultante na natureza, época e extensão dos 
procedimentos de auditoria para responder aos riscos avaliados. Ao reconsiderar a 
confiabilidade da evidência anteriormente obtida, o auditor também deve considerar se as 
circunstâncias ou condições indicam eventual conluio envolvendo empregados, diretores 
ou terceiros. 
 
 
 
 
 
 
7.6 Auditor sem condições de continuar o trabalho 
 
Se, como resultado de uma distorção decorrente de fraude ou suspeita de fraude, o auditor 
encontrar circunstâncias excepcionais que coloquem em dúvida sua capacidade de 
continuar a realizar a auditoria, este deve: 
 
➢ Determinar as responsabilidades profissionais e legais aplicáveis à situação, 
inclusive se é necessário ou não o auditor informar à pessoa ou pessoas que 
aprovaram a contratação da auditoria ou, em alguns casos, às autoridades 
reguladoras. No Brasil, existem obrigações determinadas pelas autoridades 
reguladoras; 
➢ Considerar se seria apropriado o auditor retirar-se do trabalho, quando essa saída 
for possível conforme a lei ou regulamentação aplicável; e 
➢ Caso o auditor se retire: 
 
(i) discutir com pessoa no nível apropriado da administração e com os 
responsáveis pela governança a saída do auditor do trabalho e as 
razões para a interrupção; e 
 
(ii) determinar se existe exigência profissional ou legal de comunicar a 
retirada do auditor do trabalho e as razões da saída à pessoa ou 
pessoas que contrataram a auditoria ou, em alguns casos, às 
autoridades reguladoras. 
 
 
Quando o auditor confirma ou não está em 
condições para concluir se as 
demonstrações contábeis contêm distorções 
relevantes decorrentes de fraude, o auditor 
deve avaliar as implicações para a auditoria. 
 
23 
 
7.7 Representações da administração 
 
O auditor deve obter representações da administração e, quando apropriado, dos 
responsáveis pela governança, de que: 
 
➢ Eles reconhecem sua responsabilidade pelo desenho, implementação e manutenção 
do controle interno de prevenção e detecção de fraude; 
➢ Eles revelaram ao auditor os resultados da avaliação do risco da administração de 
que as demonstrações contábeis podem ter distorções relevantes decorrentes de 
fraude; 
➢ Eles revelaram ao auditor seu conhecimento sobre a suspeita ou ocorrência de 
fraude afetando a entidade, envolvendo: 
(i) a administração; 
(ii) empregados com funções significativas no controle interno; ou 
(iii) outros cuja fraude poderia ter efeito relevante nas demonstrações 
contábeis; e 
 
➢ Eles revelaram ao auditor seu conhecimento de quaisquer suspeitas ou indícios de 
fraude que afetassem as demonstrações contábeis da entidade, comunicadas por 
empregados, ex-empregados, analistas, órgãos reguladores ou outros. 
 
 
7.8 Comunicações à administração e aos responsáveis pela governança 
 
Caso o auditor tenha identificado uma fraude ou obtido informações que indiquem a 
possibilidade de fraude, o auditor deve comunicar estes assuntos tempestivamente a 
pessoa de nível apropriado da administração que têm a responsabilidade primordial de 
prevenir e detectar fraude em assuntos relevantes no âmbito de suas responsabilidades. 
 
A menos que todos os responsáveis pela governança estejam envolvidos na administração 
da entidade, se o auditor tiver identificado ou suspeitar de fraude envolvendo: 
 
(a) a administração; 
 
(b) empregados com funções significativas no controle interno; ou 
 
(c) outros, cujas fraudes gerem distorção relevante nas demonstrações contábeis, 
o auditor deve comunicar tempestivamente esses assuntos aos responsáveis pela 
governança. Caso o auditor suspeite de fraude envolvendo a administração, o 
auditor deve comunicar essas suspeitas aos responsáveis pela governança e 
discutir com eles a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria 
necessários para concluir a auditoria. 
 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicações às autoridades reguladoras e de controle 
 
Caso o auditor tenha identificado ou suspeite de fraude, deve determinar se há 
responsabilidade de comunicar a ocorrência ou suspeita a um terceiro fora da entidade. 
Embora o dever profissional do auditor de manter a confidencialidade da informação do 
cliente possa impedir que tais informações sejam dadas, as responsabilidades legais do 
auditor podem sobrepor-se ao dever de confidencialidade em algumas situações. 
 
 
7.9 Documentação 
 
O auditor deve incluir a seguinte documentação de auditoria no entendimento da entidade e 
seu ambiente e à avaliação dos riscos de distorção relevante pelo auditor, exigida pela 
NBC TA 315: 
 
(a) as decisões significativas tomadas durante a discussão com a equipe de trabalho em 
relação à suscetibilidade das demonstrações contábeis da entidade a distorção relevante 
decorrente de fraude; e 
 
(b) os riscos identificados e avaliados de distorção relevante decorrentes de fraude no 
âmbito das demonstrações contábeis e das afirmações. 
 
O auditor deve ainda incluir a seguinte documentação de auditoria para as respostas do 
auditor aos riscos avaliados de distorção relevante requerida pela NBC TA 330: 
 
(a) as respostas globais aos riscos avaliados de distorção relevante decorrente de 
fraude no âmbito das demonstrações contábeis, e a natureza, época e extensão dos 
procedimentos de auditoria, além da ligação entre esses procedimentos e os riscos 
avaliados de distorção relevante decorrente de fraude nas afirmações; e 
 
(b) os resultados dos procedimentos de auditoria, inclusive os desenhados para 
monitorar o risco de a administração burlar controles. 
 
 
 
 
Nos termos da NBC TA 260, o auditor deve comunicar aos responsáveis 
pela governança quaisquer outros assuntos relacionados a fraudes que, 
no seu julgamento, são relevantes para suas responsabilidades 
 
 
25 
 
Necessitando incluir na documentação de auditoria as comunicações sobre fraude feitas à 
administração, aos responsáveis pela governança, aos órgãos reguladores e outros. 
 
Se o auditor conclui que a presunção de risco de distorção relevante decorrente de fraude 
relacionada ao reconhecimento de receita não é aplicável nas circunstâncias do trabalho, o 
auditor deve incluir na documentação de auditoria as razões dessa conclusão. 
 
 
8. Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis 
 
O planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global para o trabalho e odesenvolvimento de plano de auditoria. Um planejamento adequado é benéfico para a 
auditoria das demonstrações contábeis de várias maneiras, inclusive para: 
 
➢ Auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria; 
➢ Auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais; 
➢ Auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja 
realizado de forma eficaz e eficiente; 
➢ Auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de 
capacidade e competência para responderem aos riscos esperados e na alocação 
apropriada de tarefas; 
➢ Facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão do 
seu trabalho; 
➢ Auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros auditores e 
especialistas. 
 
No Brasil, a responsabilidade do auditor no planejamento da auditoria das demonstrações 
contábeis é tratada na NBC TA 300. A estratégia global estabelecida pelo auditor define o 
alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de 
auditoria. Tanto a estratégia global, quanto o plano de auditoria, devem ser alterados e 
atualizados pelo auditor sempre que necessário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com as informações colhidas na pesquisa 
ambiental, o auditor passa para a fase de 
terminação de estratégias, que se mostram mais 
efetivas e eficientes. Ele especifica os 
procedimentos a adotar para obter evidências, 
incluindo a aplicação de testes a serem realizados 
sobre os controles contábeis. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Auditor
 
26 
 
9. Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do 
Entendimento da Entidade e do seu Ambiente 
Primeiramente, é importante destacar alguns conceitos que encontram-se presentes na 
NBC TA 315, que trata do tema em comento: 
 
➢ Afirmações são declarações da administração, explícitas ou não, que estão 
incorporadas às demonstrações contábeis, utilizadas pelo auditor para considerar os 
diferentes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer. 
➢ Risco de negócio é o risco que resulta de condições, eventos, circunstâncias, 
ações ou falta de ações significativas que possam afetar adversamente a 
capacidade da entidade de alcançar seus objetivos e executar suas estratégias, ou 
do estabelecimento de objetivos ou estratégias inadequadas. 
➢ Controle interno é o processo planejado, implementado e mantido pelos 
responsáveis pela governança, administração e outros empregados para fornecer 
segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade no que se refere à 
confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência das operações e 
conformidade com leis e regulamentos aplicáveis. O termo “controles” refere-se a 
quaisquer aspectos de um ou mais dos componentes do controle interno. 
➢ Procedimentos de avaliação de riscos são os procedimentos de auditoria 
aplicados para a obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente, 
incluindo o controle interno da entidade, para a identificação e avaliação dos riscos 
de distorção relevante, independentemente se causados por fraude ou erro, nos 
níveis das demonstrações contábeis e das afirmações. 
➢ Risco significativo é o risco de distorção relevante identificado e avaliado que, no 
julgamento do auditor, requer consideração especial na auditoria. 
 
9.1 Procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas 
 
O auditor deve aplicar procedimentos de avaliação de riscos para fornecer uma base para 
a identificação e avaliação de riscos de distorção relevante nos níveis das demonstrações 
contábeis e das afirmações. Os procedimentos de avaliação de riscos por si só, porém, não 
fornecem evidências de auditoria apropriada e suficiente para suportar a opinião da 
auditoria. 
 
Os procedimentos de avaliação de riscos incluem: 
 
1. Indagações à administração, às pessoas apropriadas da auditoria interna (se houver 
essa função) e a outros na entidade que, no julgamento do auditor, possam ter informações 
com possibilidade de auxiliar na identificação de riscos de distorção relevante causados por 
fraude ou erro; 
2. Procedimentos analíticos (veja os itens A14 a A17 da norma supracitada); 
3. Observação e inspeção. 
 
 
27 
 
O auditor deve considerar se as informações obtidas no processo de aceitação ou 
continuidade do cliente são relevantes para a identificação de riscos de distorção relevante. 
 
Se o sócio do trabalho executou outros trabalhos para a entidade, ele deve considerar se 
as informações obtidas nesses trabalhos são relevantes para a identificação de riscos de 
distorção relevante. 
 
Quando o auditor pretende usar as informações obtidas em sua experiência prévia junto à 
entidade e em procedimentos de auditoria executados em auditorias anteriores, o auditor 
deve determinar se as mudanças que ocorreram desde a auditoria anterior podem afetar a 
sua importância para a auditoria corrente. 
 
O sócio do trabalho e outros membros-chave da equipe encarregada do trabalho devem 
discutir a suscetibilidade de distorção relevante nas demonstrações contábeis da entidade 
e a utilização da estrutura de relatório financeiro aplicável aos fatos e circunstâncias da 
entidade. O sócio do trabalho deve determinar quais assuntos devem ser comunicados aos 
membros da equipe encarregada do trabalho não envolvidos na discussão. 
 
9.2 Entendimento necessário da entidade e do seu ambiente, inclusive do controle 
interno 
 
O auditor deve obter entendimento dos: 
 
(a) fatores do setor de atividade, regulamentares e outros fatores externos relevantes, 
incluindo a estrutura de relatório financeiro aplicável; 
(b) a natureza da entidade, incluindo: 
(i) suas operações; 
(ii) suas estruturas societária e de governança; 
(iii) os tipos de investimento que a entidade está fazendo e planeja fazer, 
incluindo investimentos em entidades de propósito específico; e 
(iv) a maneira como a entidade é estruturada e como é financiada; 
para possibilitar ao auditor entender as classes de transações, saldos de 
contas e divulgações esperadas nas demonstrações contábeis. 
 
(c) a seleção e a aplicação pela entidade de políticas contábeis, inclusive as razões 
para mudanças nessas políticas. O auditor deve avaliar se as políticas contábeis da 
entidade são apropriadas para o negócio e compatíveis com a estrutura de relatório 
financeiro aplicável e com as políticas contábeis usadas no setor de atividade da entidade; 
 
(d) os objetivos e estratégias da entidade e os riscos de negócio relacionados que 
possam resultar em risco de distorção relevante; 
 
(e) a mensuração e a revisão do desempenho das operações da entidade. 
 
28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na obtenção do entendimento dos controles que são relevantes para a auditoria, o auditor 
deve avaliar o desenho desses controles e determinar se eles foram implementados, por 
meio da execução de procedimentos, além de indagações junto ao pessoal da entidade. 
 
O auditor necessita obter entendimento do ambiente de controle. Como parte da obtenção 
deste entendimento, o auditor deve avaliar se: 
 
(a) a administração, com a supervisão geral dos responsáveis pela governança, criou e 
manteve uma cultura de honestidade e conduta ética; e 
 
(b) os pontos fortes no ambiente de controle fornecem coletivamente fundamento 
apropriado para os outros componentes do controle interno, e se os outros componentes 
não são prejudicados por deficiências no ambiente de controle. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O auditor deve obter entendimento do sistema de informação, inclusive dos processos de 
negócio relacionados, relevantes para as demonstrações contábeis. Esse entendimento do 
O auditor deve obter entendimento do controle 
interno relevante para a auditoria. Embora seja 
maisprovável que a maioria dos controles 
relevantes para a auditoria esteja relacionada 
com as demonstrações contábeis, nem todos os 
controles que se relacionam com as 
demonstrações contábeis são relevantes para a 
auditoria. É uma questão de julgamento 
profissional de o auditor determinar se um 
controle, individualmente ou em combinação 
com outros, é relevante para a auditoria. 
 
O auditor deve buscar 
entender se a entidade 
tem processo para: 
Identificar riscos de negócio relevantes 
que afetam as demonstrações contábeis; 
Estimar a significância dos riscos; 
Avaliar a probabilidade de sua ocorrência; 
Decidir sobre ações em resposta a 
esses riscos. 
 
 
29 
 
sistema de informação relevante para relatórios financeiros deve incluir aspectos relevantes 
do sistema relacionados com informações divulgadas nas demonstrações contábeis que 
são obtidas dentro ou fora do razão geral e dos razões auxiliares. 
 
19. O auditor deve obter entendimento de como a entidade comunica as funções e 
responsabilidades sobre as demonstrações contábeis e assuntos significativos 
relacionados com essas demonstrações, incluindo (ver itens A97 e A98): 
(a) comunicações entre a administração e os responsáveis pela governança; e 
(b) comunicações externas, tais como as comunicações com os órgãos reguladores. 
 
Atividades de controle relevantes para a auditoria 
 
O auditor deve, ainda, obter entendimento das atividades de controle relevantes para a 
auditoria, que são aquelas que o auditor julga necessário entender para avaliar os riscos de 
distorção relevante no nível da afirmação e desenhar procedimentos adicionais de auditoria 
em resposta aos riscos avaliados. A auditoria não requer entendimento de todas as 
atividades de controle relacionadas a cada classe significativa de transações, saldo de 
conta e divulgação nas demonstrações contábeis ou a toda afirmação relevante nessas 
demonstrações. 
 
9.3 Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante 
 
Para fornecer uma base para a concepção e a execução de procedimentos adicionais de 
auditoria, o profissional auditor deve identificar e avaliar os riscos de distorção relevante: 
 
➢ No nível das demonstrações contábeis (ver itens A122 a A125 da norma 
supracitada); e 
➢ No nível de afirmação para classes de transações, saldos de conta e divulgações 
(ver itens A126 a A131 da norma supracitada); 
 
 
Para isto, o auditor deve: 
 
I. Identificar riscos ao longo de todo o processo de obtenção do entendimento da 
entidade e do seu ambiente, inclusive controles relevantes relacionados com os 
riscos, e considerando as classes de transações, saldos de contas e divulgações 
(incluindo os aspectos quantitativos ou qualitativos dessas divulgações) nas 
demonstrações contábeis; 
 
II. Avaliar os riscos identificados e avaliar se eles se relacionam de forma generalizada 
às demonstrações contábeis como um todo e afetam potencialmente muitas 
afirmações; 
 
30 
 
III. Relacionar os riscos identificados àquilo que pode dar errado no nível da afirmação, 
levando em conta os controles relevantes que o auditor pretende testar; 
 
IV. Considerar a probabilidade de distorção, inclusive a possibilidade de múltiplas 
distorções, e se a distorção potencial possa resultar em distorção relevante. 
(Alterado pela NBC TA 315 (R1)) 
 
Como parte da avaliação de riscos, o auditor deve determinar se qualquer um dos riscos 
identificados é, no seu julgamento, um risco significativo. Ao exercer esse julgamento, o 
auditor deve excluir os efeitos dos controles identificados relacionados ao risco. 
 
Ao exercer o julgamento quanto a quais riscos são significativos, o auditor deve considerar 
pelo menos o seguinte: 
 
(a) se o risco é um risco de fraude; 
(b) se o risco está relacionado com recentes e significativos eventos de natureza 
econômica, contábil ou de outro tipo, e que, portanto, exijam atenção específica; 
(c) a complexidade das transações; 
(d) se o risco envolve transações significativas com partes relacionadas; 
(e) o grau de subjetividade na mensuração das informações contábeis relacionadas ao 
risco, especialmente as mensurações que envolvam uma vasta gama de incerteza de 
mensuração; e 
(f) se o risco envolve transações significativas que estejam fora do curso normal do negócio 
para a entidade ou que de outra forma pareçam não usual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No que diz respeito a alguns riscos, o auditor pode julgar que não é possível ou praticável 
obter evidências de auditoria suficientes e apropriadas apenas a partir de procedimentos 
substantivos. Tais riscos podem relacionar-se com registro impreciso ou incompleto de 
classes de transações rotineiras e significativas ou saldos de contas, cujas características 
frequentemente permitem processamento altamente automatizado, com pouca ou 
nenhuma intervenção manual. 
Se o auditor determinou que existe risco 
significativo, o auditor deve obter entendimento 
dos controles da entidade, inclusive das 
atividades de controle, relevantes para esse risco. 
Risco para o qual procedimentos substantivos 
sozinhos não fornecem evidências de auditoria 
suficientes e apropriadas 
 
 
31 
 
Em tais casos, os controles da entidade sobre esses riscos são relevantes para a auditoria 
e o auditor deve obter entendimento deles. 
 
A avaliação pelo auditor dos riscos de distorção relevante no nível da afirmação pode 
mudar durante o curso da auditoria, à medida que evidências adicionais de auditoria são 
obtidas. Nas circunstâncias em que o auditor obtém evidências de auditoria executando 
procedimentos adicionais, ou se são obtidas novas informações, incompatíveis com as 
evidências de auditoria em que o auditor originalmente baseou a avaliação, o auditor deve 
revisar a avaliação e, portanto, modificar os procedimentos adicionais de auditoria 
planejados. 
 
 
10. Formação da Opinião e Emissão do Relatório do Auditor Independente sobre as 
Demonstrações Contábeis 
 
 
A NBC TA 705 e a NBC TA 706 tratam do modo como a forma e o conteúdo do relatório do 
auditor são afetados quando o auditor expressa uma opinião modificada ou inclui um 
parágrafo de ênfase ou de outros assuntos no seu relatório. Outras normas também 
contêm exigências de apresentação de relatórios que são aplicáveis na emissão do 
relatório do auditor. 
 
O parecer do Auditor Independente é o documento final que é elaborado após a auditoria 
de determinada entidade. É neste parecer que o Auditor expressa sua opinião sobre as 
demonstrações contábeis que foram analisadas, se elas estão ou não adequadas, em 
todos os aspectos relevantes, aos critérios contábeis. 
 
Para formar essa opinião, o auditor deve concluir se obteve segurança razoável de que as 
demonstrações contábeis tomadas em conjunto estão livres de distorção relevante, 
independentemente se causada por fraude ou erro. 
 
A Opinião do Auditor pode ser: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OPINIÃO NÃO 
MODIFICADA 
OPINIÃO 
MODIFICADA 
COM RESSALVA 
ADVERSA 
ABSTENÇÃO DE OPINIÃO 
 
32 
 
 
Opinião não modificada é a opinião expressa pelo auditor quando ele conclui que as 
demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo 
com a estrutura de relatório financeiro aplicável. 
 
O auditor deve modificar sua opinião, de acordo com a NBC TA 705, se: 
 
(a) concluir, com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações contábeis 
tomadas em conjunto apresentam distorções relevantes; ou 
 
(b) não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir que as 
demonstrações contábeis tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes. 
 
O auditor deve expressar uma “Opinião com ressalva” quando: 
 
(a) ele, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as 
distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes,mas não generalizadas nas 
demonstrações contábeis; ou 
 
(b) não é possível para ele obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para 
fundamentar sua opinião, mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não 
detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantes, mas 
não generalizados. 
 
O auditor deve expressar uma “Opinião adversa” quando, tendo obtido evidência de 
auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em 
conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis. 
 
A última forma de opinião modificada a ser apresentada é a “Abstenção de Opinião”. 
 
O auditor deve se abster de expressar uma opinião quando não consegue obter 
evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar sua opinião e ele 
concluir que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações 
contábeis, se houver, poderiam ser relevantes e generalizados. 
 
O auditor deve se abster de expressar uma opinião quando, em circunstâncias 
extremamente raras envolvendo diversas incertezas, concluir que, independentemente de 
ter obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre cada uma das 
incertezas, não é possível expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis 
devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas 
demonstrações contábeis. 
 
Quando o auditor se abstém de expressar uma opinião devido à impossibilidade de se 
obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, ele deve: 
 
 
33 
 
a) especificar que ele não expressa opinião sobre as demonstrações contábeis; 
b) especificar que, devido à relevância dos assuntos descritos na seção “Base para 
abstenção de opinião”, o auditor não conseguiu obter evidência de auditoria apropriada e 
suficiente para fundamentar sua opinião de auditoria sobre as demonstrações contábeis; e 
c) alterar a declaração requerida pelo item 24(b) da NBC TA 700, que indica que as 
demonstrações contábeis foram auditadas, para especificar que o auditor foi contratado 
para auditar as demonstrações contábeis. 
 
O item 24 da NBC TA 700 dispõe que: 
 
A seção “Opinião” do relatório do auditor também deve: 
(a) identificar a entidade cujas demonstrações contábeis foram auditadas; 
(b) afirmar que as demonstrações contábeis foram auditadas; 
(c) identificar o título de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis; 
(d) fazer referência às notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas 
contábeis; e 
(e) especificar a data ou o período de cada demonstração que compõe as demonstrações 
contábeis. 
 
Lembre-se que a quantidade não compensa a má qualidade. Veja um resumo sobre o 
assunto em comento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Opinião com 
Ressalva 
Opinião 
Adversa 
Abstenção de 
Opinião 
 
Possui distorção 
relevante, mas não 
generalizada. 
 
Possui distorção 
relevante e 
generalizada. 
 
Não possui evidências 
suficientes e a Opinião 
com Ressalva não é 
cabível. 
 
34 
 
11. Testes em Auditoria 
 
Considerando que a atividade de auditoria não se propõe a verificar a totalidade dos fatos 
ocorridos em uma organização, pois caso isto ocorresse necessitaria de um contingente 
muito grande de pessoas, e provavelmente os resultados levariam muito tempo para serem 
repassados aos interessados, a auditoria necessitar fazer revisão à base de testes. 
 
Estes testes podem ter um componente estatístico, ou não, dependendo dos objetivos que 
o auditor esteja perseguindo. 
 
Na aplicação dos testes de auditoria, os controles internos da organização têm fundamental 
importância, considerando que normalmente quanto mais eficazes forem estes controles, a 
quantidade de testes em auditoria tende a ser menor, desde que é claro o auditor deposite 
confiança nestes. 
 
Quando falamos em controle, o assunto é do domínio através do senso comum, uma vez 
que todos nós temos algum tipo de controle em nossas vidas, evitando o desperdício de 
recursos. 
 
Existem, globalmente, dois tipos de testes em auditoria, a saber: 
 
– Testes de observância (ou testes de procedimentos); e 
– Testes substantivos (ou testes comprobatórios de detalhes) 
 
Os testes de observância são aqueles empregados pelo auditor, a fim de determinar se 
os procedimentos internos determinados pela emprega estão sendo cumpridos pelos seus 
colaboradores. 
 
Destinam-se em um primeiro momento a constatar a credibilidade dos procedimentos de 
controle da empresa, e não necessariamente os registros corretos das operações. 
 
O objetivo do teste de observância é proporcionar razoável segurança de que os 
procedimentos de controle interno estão sendo executados na forma determinada pela 
organização. Esta observação é essencial para o auditor, uma vez que é através dos testes 
de observância que ele pode vir a depositar maior ou menor confiança no sistema de 
controles internos aplicados. 
 
São largamente aplicados em auditorias operacionais, onde a preocupação central do 
auditor é com respeito se os colaboradores da organização respeitam as normas internas 
pré-estabelecidas. A aplicação destes testes requer muita atenção e acuidade do auditor, e 
normalmente são aplicados sem que os envolvidos no processo auditado percebam, pois 
caso isto fosse notado, certamente fariam o correto, pelo menos na frente do auditor. 
 
 
 
http://www.portaldeauditoria.com.br/controles-internos
http://www.portaldeauditoria.com.br/controles-internos
 
35 
 
Os Testes substantivos são empregados pelo auditor quando ele deseja obter provas 
suficientes e convincentes sobre as transações, que lhe proporcionem fundamentação para 
a sua opinião a cerca de determinados fatos. 
 
Como objetivos fundamentais dos testes substantivos, destacam-se as seguintes 
constatações: 
 
– Existência real: que as transações comunicadas/registradas realmente tenham ocorrido; 
– Integridade: que não existam transações além daquelas registradas/demonstradas; 
– Parte interessada: que os interessados naquele registro/comunicação tenham obtido as 
informações na sua totalidade; 
– Avaliação e aferição: que os itens que compõem determinada transação/registro tenham 
sido avaliados e aferidos corretamente. 
– Divulgação: que as transações/registros tenham sido corretamente divulgadas. 
 
Os testes substantivos são imprescindíveis em trabalhos de auditoria uma vez que é 
através da aplicação correta destes que o auditor obtém evidências sobre os saldos, e ou 
transações apresentadas pela empresa. 
 
Este tipo de teste é de fundamental importância na complementação dos testes de 
observância, considerando que são através dos testes substantivos que o auditor tem 
condições de constatar sobre a fidedignidade das transações e registros contábeis. 
 
 
12. Riscos de Auditoria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
de Auditoria
Inerente
de Detecção
de Controle
RISCO
Risco de que o Auditor emita opinião inadequada sobre as 
Demonstrações Contábeis.
Risco já existente antes da aplicação de quaisquer 
mecanismo de controle.
Risco de o Auditor independente não detectar uma distorção 
relevante.
Risco de que os Controles Internos não detectem uma 
distorção.
 
36 
 
13. Questões Comentadas 
 
(1º) CESPE - AJ (TRE BA)/TRE BA/Administrativa/Contabilidade/2017 
De acordo com as diretrizes estabelecidas pela administração da entidade, o planejamento do 
trabalho da auditoria interna compreende exames preliminares das áreas, atividades, produtos 
e processos, para definir a amplitude e a época do trabalho a ser realizado. Acerca das 
características da auditoria interna, assinale a opção correta. 
 
a) Uma vez que é realizada pelo órgão fiscalizador da instituição, o processo de auditoria 
interna, ao visar à segurança de que o objetivo esteja sendo alcançado, dispensa a supervisão.

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