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TCC Janne

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60
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE PERNAMBUCO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
JANNE CLEIDE RODRIGUES DE BRITO
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO À VIOLÊNCIA E MAUS TRATOS E CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA DA PESSOA IDOSA NO BRASIL
Salgueiro-PE 2016.8
JANNE CLEIDE RODRIGUES DE BRITO
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO À VIOLÊNCIA E MAUS TRATOS E CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA DA PESSOA IDOSA NO BRASIL
Trabalho apresentado à disciplina: Pesquisa social 4º semestre, Instituto de Educação Superior de Pernambuco Curso de Serviço Social - IESPE.
Profa: Adriana Miron
Salgueiro-PE 2016.8
JANNE CLEIDE RODRIGUES DE BRITO
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO À VIOLÊNCIA E MAUS TRATOS E CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA DA PESSOA IDOSA NO BRASIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a professora: Adriana Miron da disciplina de orientação de monografia do curso de Bacharel em Serviço Social modalidade à distância, ministrado pelo Instituto de Educação Superior de Pernambuco Curso de Serviço Social - IESPE.
 
Aprovada em:
______________________________________________
Coordenador do Curso de Bacharel em Serviço Social
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________________
Professor (a) Especialista 
_____________________________________________________________
Banca Examinadora 1
_____________________________________________________________
Banca Examinadora 2
Salgueiro-PE 2016.8
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer a todos aqueles que foram decisivos neste processo de conquista, sonho e crescimento. Primeiramente a Deus por ter concedido saúde e força para superar as dificuldades, a Faculdade e seu corpo docente, direção e coordenação que oportunizaram a janela que hoje se deslumbra um horizonte superior, enviado pela acendrada confiança no mérito e na ética presente. A orientadora pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos. Aos familiares e amigos pelo amor, incentivo e apoio incondicional e a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação. 
Aos meus familiares que, com muito carinho е apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida.
“Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos”.
Friedrich Nietzsche
BRITO, Janne Cleide Rodrigues. Atuação do Assistente Social junto à violência e maus tratos e construção da cidadania da pessoa idosa no Brasil 2016. 60 pag. Trabalho de Conclusão de Curso Serviço Social – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Petrolina, 2016.
RESUMO
O referido trabalho tem por objetivo identificar e distinguir o acontecimento do envelhecimento na sociedade brasileira. Ponderar o papel do idoso no Brasil. Ressalvar as Políticas Públicas e Privadas que anteciparam o Estatuto do Idoso, enquanto expressão da importância da cidadania e da compostura da pessoa idosa. Proporcionar os pontos fundamentais e novidades do Estatuto do Idoso. Discorrer e a Política Nacional do Idoso, através de conceitos a esta referidos. É preciso deixar que o idoso restabeleça sua dignidade pelo reconhecimento de seus direitos e exercício de sua cidadania. No Brasil, idoso ainda tem sido alvo de violência e de maus-tratos, que tem afetado assustadoramente esta parcela da sociedade, que sequer sabe pedir socorro à sociedade, pois o agressor encontra-se muitas vezes dentro de casa, buscou-se este tema para receber informações e, a partir destas encontrarem os caminhos para uma admissível atuação na área de Serviço Social.
Palavras-chave: Violência, Maus-Tratos, Idoso, Família, Cidadania.
BRITO, Janne Cleide Rodrigues. Atuação do Assistente Social junto à violência e maus tratos e construção da cidadania da pessoa idosa no Brasil 2016. 60 pag. Trabalho de Conclusão de Curso Serviço Social – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Norte do Paraná, Petrolina, 2016.
ABSTRACT
This study aimed to identify and distinguish the event of aging in Brazilian society. Consider the role of the elderly in Brazil. Caveat Public Policy and Private who anticipated the Elderly Statute, as an expression of the importance of citizenship and the composure of the elderly. Providing the fundamentals and news of the Elderly. Discourse and the National Policy for the Elderly, through concepts referred to this. You need to let the old restore their dignity by recognizing their rights and exercise their citizenship. In Brazil, elderly still have been the target of violence and abuse, which has affected frighteningly this portion of society that does not even know to ask for help to society, because the abuser is often indoors, sought to this topic and to receive information from these find the way to an acceptable performance in the area of Social Work.
Key-words: Violence, Abuse, Elderly, Family, Citizenship.
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	10 
2 CAPÍTULO I - O IDOSO NO BRASIL	13
2.1	idoso no Brasil	13
2.2	Processo de transição demográfica no Brasil	15
2.3 Retrospecto da violência e dos maus tratos no brasil	17 2.3.1 O caráter abusivo da família na prática da violência e de maus-tratos contra o idoso	..........................................................................................................................21
2.3.2	O perigo está onde menos se espera: em casa	22
2.3.3	As Formas de Violência	23
2.3.4 Táticas de controle aos maus-tratos e violência	25
3 CAPÍTULO II - A VIOLÊNCIA E OS MAUS TRATOS CONTRA O IDOSO	27
3.1	Acepção de violência	27
3.2	O Idoso e a Sociedade	28
3.3	As causas da violência contra o idoso	29 3.4 Os maus tratos contra idosos	 .............................................................................33 
4 CAPITULO III- A AQUISIÇÃO DA CIDADANIA PELO IDOSO ...........................35  4.1 Preliminares políticas e legislativas do Estatuto do Idoso ...................................35 4.2 A Política Nacional do Idoso ................................................................................36 4.3 Estatuto do Idoso ................................................................................................39  
5 CAPITULO IV-ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO A PESSOA IDOSA ................................................................................................................................42 5.1 O Processo de Trabalho do Assistente Social ....................................................42 5.2 O Assistente Social e a atenção à população idosa ...........................................45 5.3 O Assistente social e a atenção à pessoa na idade da velhice (idoso (a) ..........46 
5 CONCLUSÃO	50
REFERÊNCIAS	52
1 INTRODUÇÃO
 
Este trabalho Tem como objetivo geral: encontrar foco e as formas de violência praticadas contra a população idosa, e propiciar o entendimento de que o Estatuto do idoso é lei e deve ser exercido e também analisar e elaborar uma apreciação de caso concreto de violência contra o idoso para em seguida produzir uma sugestão de intervenção, no combate a estas formas de agressões, quer seja, dentro da residência da família ou fora e consiste em melhoria de qualidade de vida dos idosos, tentando evitar maus tratos,traça-se um check-up lícito acerca dos 
fundamentais ferramentas de amparo ao Idoso na sociedade brasileira, especialmente o Estatuto do Idoso, Lei nº 10.741/03 que vigorou em 2004. É fundamental estudar-se a situação econômico-social sobre o papel e as representações do idoso no Brasil, que significa proeminência de medidas de proteção; também consta do estudo uma sucinta análise sobre as ferramentas de proteção social e jurídica que antecipam o Estatuto, notadamente a Política Nacional do Idoso, Lei nº 8.842/04. Afirma-se, que o Estatuto do Idoso produz medidas protetoras às pessoas com a idade semelhante ou superior aos 60 anos de idade. O projeto regulamenta os direitos dos idosos, decide comprometimentos das entidades assistenciais e institui penalidades para uma série de circunstâncias de desobediência aos idosos. Porém, a cada dia o Brasil fica mais velho e, por isso, as políticas que propendem à assistência deste setor social devem ser apassivadas, tanto no âmbito legislativo, quanto no judiciário, quanto no executivo. Identifica-se ainda, as condições de vida e os tratamentos recebidos pelos idosos no Brasil, assim como verificar a capacidade dos idosos quanto às atividades da vida cotidiana.
Também Analisa-se, tais ferramentas de proteção habituar-se a possíveis falhas, e aconselhar aperfeiçoamentos, é essencial para uma sociedade que procura a democracia e o bem-estar social, notadamente das minorias, como é o caso desta faixa etária. Portanto, tem por objetivos específicos: identificar e caracterizar o acontecimento do envelhecimento da sociedade brasileira, sobressaindo suas particularidades, bem como considerar o papel do idoso no Brasil, como a sociedade nota esta faixa etária; ressalvar as políticas jurídicas que anteciparam o Estatuto do Idoso no amparo dos cidadãos, principalmente a Política Nacional do Idoso, ordenada em 1994; proporcionar os principais pontos e novidades do Estatuto do Idoso; raciocinar e objurgar o Estatuto do Idoso, através de algumas análises específicas.
No artigo 230 da Constituição da República Federativa do Brasil de (1988 - CRFB/88) aponta sobre a proteção da pessoa idosa, atribuindo à família, à sociedade e ao Estado à obrigação de auxiliá-las, assegurando-as à sua participação na comunidade, protegendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito a vida.  Já os 118 artigos do Estatuto foram instituídos para colocar em prática as garantias dos direitos garantidos pela Constituição da  República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88) e pelas políticas públicas de 
prevenção ao idoso. 
A metodologia usada para a preparação da pesquisa 
bibliográfica e documental fundou-se em considerar obras sobre a temática 
proposta, como livros que consideram as legislações que resguardam os idosos, códigos legislativos, como a Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso, revistas científicas atuais que já se aproximam do papel e o choque do Estatuto na sociedade. Esta se trata de um estudo baseado em pesquisas. Tal estudo aborda a contribuição do serviço social para o idoso, levando-se em consideração a atuação do assistente social, quanto a esta problemática e de como o idoso consegue a cidadania, contribuindo assim para a qualidade de vida, a melhoria da saúde e à dinâmica social e interacional dos grupos de terceira idade que favorecem a inclusão social. Apresenta-se uma visão geral do grupo de idosos, analisando suas necessidades sociais, culturais e afetivas através da problemática em questão e das questões que envolvem o direito à saúde e à qualidade de vida. O estudo compreende uma análise da vivência do idoso sob o ponto de vista do serviço social, voltado ao campo da assistência ao idoso. Neste prisma, é possível levantar a seguinte proposta: Como deve ser a atuação do assistente social frente à violência e maus-tratos e a conquista da cidadania da pessoa idosa no Brasil? 
Tal pesquisa partiu do pressuposto de como prevenir estas brutalidades? Como abolir estas covardes violências? Como reparar esses danos e reduzir tamanha covardia contra o idoso? Como o idoso adquire sua cidadania? As respostas a estes questionamentos se germinarão a partir de uma expectativa dinâmica, por meio de posicionamentos de vários autores, da forma como o Estatuto do Idoso que visa resguardar os mais velhos desta agressão e opressão. 
Foi fundamentada em leituras de artigos literários, livros e pesquisas em sites na Internet, consiste em, um diagnóstico da situação dos idosos que vivem no Brasil, bem como a conquista da cidadania pelo idoso. 
Em meio às muitas outras formas banais de agressões, a violência através de ameaças, humilhações, afeta psicologicamente essa população considerada “desocupada”, momento em que será abordada também de outra forma constante de violência que é a supressão: alguns familiares ou responsáveis pelos idosos não fornecem os cuidados imperiosos, que passam a sofrer penúrias essenciais à sua perfeita condição de vida, como falta de carinho, de medicamentos, de limpeza e, até mesmo, de nutrição adequada. Lembrando que nem sempre essa supressão vem situação de pobreza em que a família vive.
O presente trabalho está arquitetado em quatro capítulos, quais sejam: O primeiro será abordado o idoso no Brasil, a questão de como é ser idoso no Brasil, o processo de transição demográfica no Brasil, também é feito um retrospecto da violência e dos maus-tratos no Brasil, a violência no Brasil, a natureza abusiva da família na prática da violência e dos maus-tratos contra os idosos, o perigo está onde menos se espera: em casa, as formas de violência, as táticas de controle aos maus-tratos e violência. No segundo, discorre sobre a violência e os maus-tratos contra o idoso, a acepção de violência, o idoso e a sociedade, as causas da violência contra o idoso e os maus-tratos contra os idosos e no terceiro, aborda a aquisição da cidadania pelo idoso, bem como fundamentação teórica que dirigiu as discussões desta pesquisa, mostrando de uma maneira viva e objetiva as preliminares políticas e legislativas do Estatuto do Idoso, e as garantias previstas no referido estatuto, quanto, a política nacional do idoso e no quarto capítulo a atuação do assistente social junto à pessoa idosa, o processo de trabalho do assistente social, o Assistente Social e a atenção à população idosa e o Assistente social e a atenção à pessoa na idade da velhice
As hipóteses são: o problema da velhice não é  mais particular, e sim, associado; o Estatuto do Idoso vem para sancionar e  garantir, os direitos da população idosa no Brasil.  Finalmente, exibem-se as considerações finais e as fontes bibliográficas examinadas.
2 CAPÍTULO I - O IDOSO NO BRASIL 
2.1 Idoso no Brasil 
O envelhecimento é um processo natural, gradativo e 
irreversível. Mas este processo, para o homem, estabelece-se numa experiência 
única, pessoal e profundamente existencial. A velhice é um fenômeno fatal, 
para aqueles que vivem por muito tempo. No entanto, é uma etapa da vida 
conservada a poucos. Concluir-se, então que, envelhecer é uma vantagem. Todavia, mais importante do que viver muito é viver bem, planificando a vida, descobrindo, nas pequenas coisas, um sentido para a sua  realização, pois a vida é arquitetada a cada momento. Conforme MELO (1992) “O fim último do ser humano é a sua realização. Todo ser humano tem necessidade de  ter um sonho, de buscar a concretização de um projeto que o desafia e dá sentido a vida”. No entanto, jamais é tarde para ter um projeto de vida, buscando ·torná-la mais valiosa, refletindo, repensando sua caminhada, reinventando novos ·caminhos, talvez ainda não cultivado. Na compreensão, a velhice deveria ser o tempo das grandes ambições, da realização dos sonhos e da conquista de direitos, pois entendemos que, nesta etapa da vida, a pessoa tem mais disponibilidade para lutar pelos seus ideais. Portanto, a velhice não é doença, e sim, sabedoria e esperança. Em “A oração dos Idosos”, João Paulo II, assim se expressa: 
A velhice é o coroamento das etapasda vida. Ela apresenta a colheita de tudo o que se aprendeu e viveu: de tudo o que se fez e conseguiu, de tudo o que se sofreu e superou. Como no fim de uma grande sinfonia, os temas dominantes da vida voltam para uma vigorosa síntese sonora. E esta ressonância conclusiva confere sabedoria. (JOÃO PAULO II apud MELO, 2013, p. 22)
Este pensamento permitirá às pessoas idosas, construir-se como pessoa, mudar o mundo, colocar relações de reciprocidade com as outras pessoas, fazendo, desde modo, a história, pois segundo Freire: “O homem não pode participar ativamente na história, na sociedade, na transformação da realidade, se não é auxiliado a tomar consciência da realidade e de sua própria capacidade para transformá-la”. Nomeadamente, o envelhecimento manifesta-se, por uma  decadência das funções dos diversos órgãos, que naturalmente, tende a ser linear em função do tempo. Tal procedimento biológico natural tem uma fisiologia e não uma fisiopatologia. Neste prisma, Passarelli (1997) menciona, que:
Existe o envelhecimento normal e patológico. O normal é aquele ditado para cada espécie. O patológico é aquele no qual as doenças interferem direta ou indiretamente Segundo esse mesmo autor, outro aspecto importante a ressaltar, quanto à conceituação de envelhecimento normal e patológico, é que se costuma incorrer em dois graves erros. 
É importante habituar-se ao que acontece com o idoso como sendo essencialmente ditado pelo envelhecimento; todas as alterações dependem da sua idade, e depois, identificar tudo o que acontece com o idoso como sendo fruto de uma doença. Do mesmo modo, Ballone, (2004) diz que o idoso está numa situação de perdas continuas. A diminuição do suporte sócio familiar, o declínio físico permanecido, a maior frequência de doenças físicas, a incapacidade pragmática crescente e, principalmente a perda do status ocupacional e econômico, compõem o elenco de perdas suficientes para um expressivo rebaixamento da autoestima. Do ponto de vista biológico, na idade arremetida é 
mais frequente o aparecimento de fenômenos degenerativos ou doenças físicas capazes de brotar sintomatologia depressiva. 
No Brasil, os problemas são derivados do subdesenvolvimento e de necessidades cada vez maiores, normalmente o Estado tende a fixar sua atenção e esforço na solução de problemas conjunturais, problemas que afligem a generalidade dos habitantes. O Estado empobrecido não prestigia determinadas esferas da população, como mandaria a terceira idade, o que pode ser constatado pelas recentes Leis que procuram sustentar o atendimento ao idoso. Assim, Ballone (2004) afirma que é certo dizer que os idosos de nossa sociedade estão marginalizados. Eles estão desviados da produção contra a sua untada. Consumem pouco e tendem a consumir maiores recursos da saúde e acabam sobrevivendo a expensas de uma sociedade quase sempre hostil, recebendo as ajudas caridosas que esta se digna oferecer-lhes.
Assim sendo a existência de um meio agressivo ao idoso muitas vezes leva o mesmo a conduta de rejeição ao seu próprio processo de envelhecimento, com recusa a qualquer reflexão sobre esse período da vida e despreparo para afrontá-lo. Melo diz que, aqueles que não se preparam têm duas alternativas: ou vivem mal, enfrentam a velhice com resistência e as dificuldades são repartidas, ou o que é pior, nem chegam lá. Estão excluídos da produção porque ninguém lhes oferece emprego, tornam-se pouco consumistas porque não tem dinheiro, não tem dinheiro porque ninguém lhes dá emprego. Consomem recursos da saúde porque adoecem, e adoecem mais porque não têm soluções para conservar a saúde. No entanto, a mídia foi a primeira a detectar e, firmemente, expandir-se a essa situação lastimável dos idosos. Os idosos só aparecem em propagandas de planos de saúde, no marketing de supermercados estão às pessoas de meia idade e todos os demais prazeres da vida são usurpados pelos jovens, barulhentos e coloridos. Para Sayeg: (1997) “umas das principais necessidades uma nas básicas, para o idoso ou qualquer outro, é a chamada Autonomia Funcional”.
Esta, diz respeito à capacidade que tem a pessoa para valer-se de si mesma, interatuar com o ambiente e satisfazer suas necessidades. As qualidades materiais de existência são fatores decisivos na sensação de Autonomia Funcional dos idosos. Permanecendo suas necessidades melhor satisfeitas, haverá maior independência e liberdade de ação. A maioria dos problemas da Autonomia Funcional pode ser explicada a partir de fatores particulares, familiares e sociais. Dentre estes fatores está à ocupação pregressa e atual, que comumente é inexistente, muitas vezes não porque o idoso não almejaria ralar, mas sim porque não há anuência dele no mercado de trabalho. 
2.2 Processo de transição demográfica no Brasil 
Conforme Schoueri, (1994) o Brasil deixou de ser um país adolescente, o acontecimento do envelhecimento populacional é  uma realidade, consequência da diminuição das taxas de fecundidade e mortalidade. Cálculos populacionais abocam que no ano de 2025 nosso país terá a sexta população de Idosos do mundo, com aproximadamente 32 milhões de pessoas com idade superior a 60 anos. Ainda para o autor, o período que corresponde 1900 e 1960, ainda que tenha havido um crescimento da população idosa de 497%, a população como um todo cresceu 302%, cometendo com que a relação entre ambas fosse de apenas 1,6%. No período seguinte, de 1960 a 2025, afere-se um crescimento a população idosa de 917%, enquanto o ritmo de acréscimo da população total deverá cair para 250%. 
Desse modo, a decorrência dessa mudança na estrutura etária do Brasil conforma uma alteração na forma da pirâmide populacional que progressivamente vai se transformando para a forma de barril. Ramos afirma que as taxas de fecundidade e mortalidade exercem efeitos sobre a forma da pirâmide populacional, sendo nítida a tendência à redução da base, devido a menos entrada de recém-nascidos na população e extensão das porções médias e superior, decorrente do aumento de pessoas que perceberam idades mais progredidas. Diz ainda que, analisa-se que o Brasil encontra-se hoje num aprendizado mediador entre a população em franco crescimento, e outra já em fase estabilizada. Nos países de Terceiro Mundo, a ampliação da probabilidade de vida pode ser observada depois de 1960. No começo do século, a esperança de vida em nosso país ao abrolhar era de 33,7 anos, chegando a 43,2 em 1950 e 55,9 em 1960. Na década seguinte, passou a 57,1 em 1980 atingiu 63,5 anos, esperando-se que até o ano de 2020 essa perspectiva contorne os 72 anos.
Os motivos para tal convergência devem ser essencialmente os fatores conectados ao processo de migração de grandes contingentes populacionais da zona rural para a urbana, ditado, mormente pela crise econômica, que chegam particularmente as classes menos beneficiadas. Tal situação tem levado a mulher a se congregar a força de trabalho, tornando-se mais receptiva ao planejamento familiar. Entretanto, a redução da mortalidade em qualquer fase da vida repercute sobre o crescimento absoluto e adequado do número de pessoas que chegam idades mais avançadas. Nota-se uma redução das causas de morte por doenças infecciosas e um avanço significativo das decorrentes de afecções cardíacas, neoplasias e por causas externas. Contudo, no Brasil este fato não corre de forma homogênea, pois o ritmo de informação de cada entidade patológica pode mudar de uma região para outra. Todavia, as estatísticas do Censo populacional de 2000 mostram que o Brasil já tem cerca de 16 milhões de pessoas com mais de 60 anos, sendo que a região Sudeste reúne quase 11% desta população. Contudo, O envelhecimento populacional é algo que tem sido ambicionado e obtido em todo o mundo. Mas, também são necessárias modificações socioeconômicas profundas, visando melhorar a qualidade de vida dos idosos e aqueles que estão em procedimento de envelhecimento. 
 A expectativa de vida alargou quatro anos para homens, e 6,8 
anos para mulheres.  O acordo de taxas menores de mortalidadee elevadas taxas de fecundidade trouxe o aumento do crescimento vegetativo e a população brasileira palpitou de 41 para 93 milhões de pessoas entre 1940 e 1970, desenvolvendo em média 2,8% ao ano. Entretanto, a percentagem de fecundidade total caiu de 5,8 para 2,7 filhos por mulher, entre 1970 e 1991, a redução superior a 50%. Por consequência, o peso relativo dos jovens caiu de 41,9% para 34,7% no mesmo período e a dimensão de idosos acendeu de 3,1 para 4,8. O número de envelhecimento da população, que era igual a 6,4 em 1960, obteve 13,9 em 1991, aumento superior a 100% em apenas três décadas. Se no início do século XX no Brasil, a proporção de indivíduos que conseguia alcançar os 60 anos se aproximava de 25%, em 1990 ela superava 78% entre as mulheres e 65% entre os homens; a expectativa de vida ao vir ao mundo então já superava os 65 anos de idade. 
2.3 Retrospecto da violência e dos maus tratos no Brasil
No Brasil, os idosos têm sido alvos do cruel fato de violência e dos maus-tratos que tem amaneirado assustadoramente esta geração velha, que sequer tem direito à sua compostura respeitada, e que pede socorro à sociedade. A violência e, adotada como um mal que movimenta a atuação das diversas instituições, governamentais ou não governamentais, envolvidas com a promoção da saúde pública. 
A violência praticada no ambiente familiar, que tanto pode ser por negligência, física ou psicológica, embora guarde uma relação direta com a violência estrutural, não é um problema de saúde circunscrito a uma classe social, mas, principalmente, uma consequência das relações interpessoais. (GUERRA. 1988, p.31-32)
São muitas as causas deste problema: a violência estrutural, originada pelas condições socioeconômicas e políticas, a violência cultural, proveniente das afinidades de predomínio de múltiplos tipos: raciais, étnicas, dos grupos etários e familiares; e a violência de delinquência, individualizada pelos casos socialmente conectados à criminalidade. Perante a situação de pobreza da grande maioria da sociedade brasileira. Segundo Brasil, (1993) historicamente caracterizada pela desigualdade social, a violência doméstica contra os mais velhos é tida como estrutural, sem com isso, por essa mesma desigualdade social, ser também cultural e de delinquência. Dados despontam que também as desigualdades sociais são causas da violência. Diante disto, nota-se, que os nossos idosos encontram-se ilhados no conjunto de atos violentos que os cercam, e que são vindos e manifestos no convívio familiar, no comunitário e no social, ou em todos respectivamente classe social, contudo, principalmente, um efeito das relações interpessoais. De acordo com o documento da UNESCO (2006), a violência contra os idosos acontece em todos os países do mundo e está presente em todas as culturas, faixa de renda, níveis de escolaridade e etnias. Também o relatório ressalta que nenhum tipo de violência contra os idosos é justificável e que todas as formas de agressão devem ser prevenidas. Conforme Guerra (1988, p. 32) expõe que “a violência é um processo de objetalização da velhice, na qual ambos são despidos de qualquer subjetividade e reduzidos à condição de objeto de mau trato”. Diante disto, percebe-se que infelizmente no país velhice tornou-se sinônimo de incapacidade e de inutilidade. Segundo, a autora, é possível dizer que, entre outras características; o ato violento doméstico: é uma violência interpessoal;  é um processo de imposição de maus-tratos à vítima, de sua completa objetalização e sujeição; (GUERRA, 1988 p. 32). Os idosos carecem de proteção e amor para que possam existir em categorias saudáveis e confiantes na sua velhice. 
Para o Estatuto do Idoso (2003), “nos casos de violação a violência psicológica precede a agressão física, a negligência e o abuso”. As vítimas de tormento psicológico a recebe acompanhada de ofensas, humilhações e palavras que denigrem a sua imagem e isto pode durar por anos. Na maioria dos casos, este tipo de violência não é apontado, bem como alguns casos de abuso, maus-tratos e omissão. Já para Oliveira (2002), “90% dos casos dos agressores são pessoas próximas do idoso e a maioria das vítimas tem entre sessenta e cinco a noventa anos de idade”. Prossegue Oliveira (2005) “que muitas vítimas não conseguem denunciar a violência porque sofrem ameaças, ou não andam e nem saem de casa”. E nestes casos, a atitude da família é essencial para garantir a integridade do idoso, uma vez que muitos acobertam as formas de violência por terem medo não terem como viver e se sustentar fora da família ou de perder o respeito do companheiro, a grande maioria das denuncias são anônimas. Para Soler (2000): 
Há a necessidade da contextualização do fenômeno da violência praticada contra os idosos por seus familiares ou responsáveis, considerando-se o ambiente sociopolítico e cultural como fomentador das condições facilitadoras de sua expressão, em interação dinâmica com a família. 
Diante disto, esta maneira não pode ser arquitetada e tratada por meio de uma visão em que, de um lado, está o agressor determinado por seu “mau temperamento” e do outro, sua vítima, no caso do idoso abandonado, esperando o ataque. Tal violência é vista por Soler (2000) “como resultado multicausal e interativo de uma dinâmica sociocultural e política que repercute em todo tecido social, fazendo suas vítimas de maneira indiscriminada”. Na atualidade essa nova ordem vem trazendo consequências dramáticas para a vida de milhões de pessoas, uma vez que, em nome da modernidade capitalista, extremamente competitiva, movida por uma tecnologia de ponta, exige, cada vez mais, um desempenho altamente especializado, que os países excluídos do grupo dos desenvolvidos não têm condições de acompanhar. Infelizmente no Brasil, os efeitos mais visíveis foram: Soler (2000):
Os diferentes planos econômicos buscando-se o ajuste às exigências do mercado internacional em detrimento da qualidade de vida de seus cidadãos; as modificações nas relações de trabalho; o fechamento ou fusão de inúmeras indústrias consideradas obsoletas; um desemprego massivo que, em outubro de 1999, atingiu o índice de 7,5%, representando em torno de 1,3 milhão de desempregados (SOLER, 2000, p.12). 
Com isto, como resultado desta globalização, existiu uma maior meditação de riquezas poucos e o aumento da pobreza para a grande maioria da população. Igualmente, maioria menos favorecida, teve diminuído, enormemente, seu acesso aos bens de produção, a aprimores condições de saúde, à educação, ao saneamento básico, à moradia, ultrajando situações já viventes de desigualdade que, para Minayo “... influenciam profundamente as práticas de socialização.” (MINAYO, 1994, p.8). Diante o exposto, “para a velhice, a violência estrutural atinge particularmente aqueles indivíduos em situação de risco pessoal e social, ou seja, os vitimado”, na distinção feita por Guerra e Azevedo (1997), que passam cotidianamente a violência devido ao descaso, ausência de recursos, de alimentação e medicamentos, das precárias condições de moradia e de saúde. 
A pesquisa realizada por Soler (2000) oferece algumas estatísticas que servem para comprovar os efeitos dessa nova ordem econômica nas vidas das pessoas idosas e suas famílias: 
É o Nordeste a região que mais concentra famílias vivendo abaixo da linha de pobreza – com rendimento mensal de até meio salário mínimo -, sendo que, na faixa etária de 0 - 7 anos, estão 53,4% das crianças e velhos. São milhões delas mantidas em um ciclo perverso, sendo-lhes negado o direito básico à dignidade, o que vem a ferir o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Estatuto do idoso. O mesmo ocorre com suas famílias que, desassistidas ou mal assistidas, repetem as condições de exploração/ abandono de que são vítimas. Um outro dado que o autor enfatiza é que não é a pobreza em si que leva milhares de crianças e velhos aos maus-tratos e abusos de que são vítimas. (SOLER, 2000, p.12).
Em consequência do conhecimento de que a violência e os maus-tratos e um acontecimentoprotegida por um muro de silêncio e de opressão, buscou-se entender-se outra decisiva na construção da violência contra o idoso exercida na intimidade do lar, é a cultura que, ao colocar normas, valores, costumes, que causam também como os indivíduos se pautarão de acordo com a distribuição do poder. Saffioti (1989, p.13-21) sugeriu:
O conceito de Síndrome do Pequeno Poder, para explicar como se instala a relação de destrutividade entre filhos, netos ou responsáveis e seus idosos, através de relações interpessoais de natureza hierárquica, transgeracional, em que o agressor abusa de sua autoridade sobre a vítima, com o respaldo da sociedade, atingindo democraticamente todas as classes sociais. 
Ainda Saffioti (1997) “propõe a nomenclatura Violência Intrafamiliar” depois de fazer uma apreciação dos contrassensos existentes na constituição dos sujeitos históricos, considerando gênero, raça, etnia e classe social e explana que têm particularidades, ainda que sutis entre a Violência Doméstica e maus-tratos e a Violência Intrafamiliar. Segundo a autora:
A violência doméstica instala-se entre pessoas que não mantêm vínculos de consanguinidade ou afetivos enquanto que, a Violência Intrafamiliar ocorre entre pessoas com vínculos consanguíneos e/ou afetivos, havendo, em comum, entre estas modalidades o espaço doméstico (SAFFIOTI, 1997, p.03). 
São muitas as formas de violência contra os mais velhos, o mau-trato é uma das mais remotas e comuns. Essa forma de violência se distingue por um dano ocasionado ao idoso pelos próprios filhos. Esse dano pode ter por causa uma violência física, psicológica ou omissiva. O mau-trato é um feitio de violência que se confere no ambiente intrafamiliar, daí as ações preventivas ou protetoras.
Dentre as distintas formas como a violência se expõe a violência doméstica vem atraindo a atenção: a que é exercitada pelos filhos ou responsáveis contra seus pais e avós, é o básico foco de violência cometida contra o idoso, tanto dentro da residência da família quanto fora. Entende-se a violência como um adjacente de atitudes invasivas do ser humano contra outro ser humano, seja pela força física ou não. Contudo, a violência e maus tratos no meio familiar é uma inclusão de desigualdade, já que, é supra de tudo uma relação onde o mais forte reprime e aborrece do mais fraco. Entretanto, a própria autora assegura que eles são parcialmente sobrepostos, sendo que: [...] a violência familiar pode estar contida na doméstica. “Quando o agressor é parente da vítima, trata-se via de regra, de violência familiar e doméstica”. (SAFFIOTI, 1997, p.5). 
2.3.1 O caráter abusivo da família na prática da violência e de maus-tratos contra o idoso 
Ao considerar a violência e os maus-tratos na família, procura-se habituar-se a natureza abusiva das relações de poder exercidas pelos filhos ou responsáveis pelos idosos como ainda refere às consequências de tais atos. 
Pode-se dizer que esta violência contra idosos:
Representa todo ato de omissão, praticados por filhos, netos, parentes ou responsáveis, contra os idosos que – sendo capaz de causar dano físico, moral e/ou psicológico à vítima – implica, de um lado uma transgressão do poder/ dever de proteção do adulto e, de outro, uma coisificação da velhice, isto é, uma negação do direito que os idosos têm de ser tratados como sujeitos e pessoas em condição de igualdade de tratamento. (GUERRA, 1998, p. 32-33).
Comumente atribui se a violência e maus tratos apenas às classes sociais menos favorecidas, mas, isto além de revelar desconhecimento, também resulta de uma distorção da questão. Incide que as pessoas socialmente mais apadrinhadas contam com soluções materiais e intelectuais mais adulterados para camuflarem, ou melhor, abafarem o caso, ou senão têm o acesso mais fácil aos profissionais em atitude particular e sigiloso; histórias e comprovantes mais convincentes quanto aos “acidentes” ocorridos com os mais velhos, sendo assim, o poder aquisitivo para burlar a lei são diferentes. Enquanto aquelas pessoas que competem às classes pobres são denunciadas com maior frequência, a mídia faz maior sensacionalismo, pois estes não dispõem de recursos materiais para usarem serviços profissionais particulares, tendo que recorrer aos serviços públicos de saúde no socorro a suas vítimas. O que é uma deformidade da realidade, posto que, ambos deveriam serem punidos de forma igualitária. 
2.3.2 O perigo está onde menos se espera: em casa 
Excepcionalmente, os idosos vivem rodeados de pessoas ameaçadoras ou de situações que podem os expor ao perigo, algumas vezes consegue-se sair intactos destas situações de risco, mas às vezes revogando os torna vítimas. Os anciãos, especialmente aqueles mais vulneráveis, que passam por um processo de envelhecimento patológico, comumente tornam-se manchete de jornais ou de rodas de conversa de familiares, amigos e desconhecidos por serem vítimas da violência. No entanto, a violência ou mau-trato físico é a compreensão que fica mais internalizada para como violência, é a violência física capaz de originar lesão, ferida, dor ou incapacidade. É o familiar, culpado ou asilo que, num momento de raiva ou desesperança injustificável, dá empurrão no idoso, bate nele com as próprias mãos ou utilizando algum instrumento. Em muitos casos o idoso fica tão machucado que precisa de atendimento médico, e, na maioria das vezes, é o próprio violentador que o leva ao hospital, alegando uma simples queda ou acidente doméstico. Os profissionais de saúde e cuidadores profissionais devem estar atentos para este tipo de situação. 
A violência ou mau-trato psicológico é o ato de infligir dor, culpa, pena ou remorso por meio de palavras ou expressões não verbais. É o familiar ou responsável que faz ameaça emocional ao idoso visando benefícios próprios, sendo que o idoso sai ofendido. Com esse tipo de violência o idoso não está incidindo por um processo de envelhecimento saudável também é presa fácil deste enredo. Normalmente este idoso não aponta o familiar pelo fato de ser alguém de sua própria família; além de se sentir envergonhado, o violentador faz com que ele se sinta de certa forma, culpado, se fizer a denúncia, que conseguintemente acarretará em algum tipo de punição judicial para o agressor. 
O abuso financeiro ou material é a opressão imprópria ou ilegal dos recursos financeiros do idoso. É o familiar que obriga o idoso a subscrever um mandato garantindo a ele plenos poderes sobre seus bens; ou aquele que usa todos os recursos financeiros do idoso, vende bens e não concentra o dinheiro para o uso do idoso; é o cuidador que rouba na casa do idoso, que na maioria das vezes não dá conta do ocorrido ou a família duvida dele. O abuso sexual é a relação sexual sem a aceitação do idoso. Uma violação da intimidade e do respeito do paciente durante os cuidados de higiene não deixa de ser atendida como um abuso. O desleixo é recusar-se ou não se responsabilizar pelos cuidados do idoso. É o familiar que ostenta cuidar do idoso, mas não garante a ele sua qualidade de vida, não se cuida com os cuidados básicos que um idoso dependente necessita tais como comer, vestir-se, cuidar de sua higiene, etc. O mesmo transporta para o cuidador, pode-se ainda citar como exemplo o familiar que leva o idoso para uma instituição de longa estabilidade não, pois esta irá adequar melhores cuidados ao idoso, mas apenas para se vir livre daquele “peso” para ele. 
O abandono é uma forma de negligência. O familiar ou cuidador deixa o idoso sozinho em casa, sem assistência ou amparo. Compete à família, aos profissionais de saúde e à sociedade em geral observar casos de suspeita de qualquer um destes tipos de violência e apontar à polícia, ao conselho municipal do idoso, ou às autoridades locais adequadas, para que as autoridades adotem as providências necessárias para garantir a integridade física e psicológica do idoso, vítima de violência. Lembrando que se tiver o conhecimento de um idoso que tem sido vítima de violência e não se denunciar estará sendo coniventescom o agressor. 
2.3.3 As Formas de Violência 
As violências e os maus-tratos contra o idoso manifestam-se de diferentes formas, além da agressão física. Do mesmo modo, para Cavalcanti, (2007.p.98) “é comum à violência por meio de ameaças, humilhações e outras formas que afetam psicologicamente aos idosos”. Outra forma fiel de violência é a omissão: alguns filhos, responsáveis ou instituições deixam de prover os cuidados necessários ao idoso, tias com; medicamentos, tratamento adequado, cuidados e afeto. Igualmente, eles passam a sofrer privações essenciais à sua saúde, como falta de carinho, de limpeza e, até mesmo, de alimentação apropriada. 
Contudo, a violência estrutural é a desigualdade social provocada pela pobreza e a discriminação expressada de múltiplas formas. Apenas 25% dos idosos no Brasil habitam com três salários mínimos ou mais. A violência institucional é a que tem efeito pelas instituições assistenciais de longa permanência. Também se refere à aplicação ou omissão na gestão das políticas sociais como serviços de saúde, assistência, previdência social. A violência interpessoal é também conhecida como familiar, refere-se às interações e relações do cotidiano. Porém, abusos e negligências, problemas de espaço físico nas residências e por problemas econômicas, somadas a um imaginário social que considera a velhice como “decadência”, são individualmente relevantes. A violência por abuso físico, maus tratos físicos ou violência física, conhecida pelo uso da força física para obrigar os idosos a fazerem o que não desejam, para feri-los, atentando incapacidade ou morte. O Abuso psicológico, violência psicológica ou maus tratos psicológicos são as agressões verbais que visam aterrorizar os idosos, humilhar, restringir sua liberdade e isolá-lo da convivência social.
Enquanto que o abuso sexual ou violência sexual é o ato sexual com pessoas idosas por meio de violência física ou ameaças. Já o abandono é a violência que sai pela deserção ou carência dos responsáveis governamentais, institucionais ou familiares de prestarem assistência a uma pessoa idosa necessitada de proteção. Tudo que à negligência, esta é a recusa ou omissão de cuidados básicos, devidos e necessários aos idosos, pela família ou instituições. O Abuso Financeiro e econômico é a exploração ilegal ou imprópria dos idosos, ou utilização não consentida por eles de seus recursos financeiros e patrimoniais. A autonegligência  relaciona-se com a conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, devido à recusa de cuidar de si mesma.
Lembra-se, que a violência doméstica e os maus-tratos a idosos não devem ser entendidos fora do contexto da violência social ou estrutural em que os indivíduos e as comunidades estão implantados. Além destas ainda temos o abuso ou violência física, abuso ou violência psicológica, negligências. De tal modo, idosos, vítimas de violência e maus tratos, costumam apresentar vários sintomas físicos e psicológicos associados, o que pode ser observado através de seu comportamento. Para GABEL (1997, p. 10) “Maus-Tratos, abrangem tudo o que uma pessoa faz e concorre para o sofrimento e a alienação do outro, utilizando o termo em seu sentido amplo”. Já para Guerra (1998, p.22), existe atualmente “um consenso na ciência quanto à nomenclatura a ser utilizada, Maus - Tratos”, incluindo como categorias de maus-tratos os abusos físicos, os abusos psicológicos, os abusos morais e afetivos e as negligências. 
Portanto, é importante estar atento a marcas na pele e fraturas, advertindo que também podem ser decorrentes de violência, especialmente quando reiteradas. As marcas podem ser permitidas por queimaduras ou por algum objeto doméstico como cintos, ferros de passar roupas, alimentos e outros. Além disso, a própria aparência da pessoa pode ser motivo para se suspeitar de violência e maus tratos, demonstrando falta de alimentação adequada, nem sempre decorrente da pobreza e falta de asseio e higiene, também pode significar maus tratos. Diante disto, aqueles que tratam mal os idosos, às vezes, são também negligentes em outros aspectos que até os impedem ter contato como os outros, vizinhos, amigos, outros parentes ou mesmo deixando de despedir cuidados com a saúde da pessoa, que apresenta diversas vezes alguma moléstia. Várias desses destaques em conjunto levam às suspeitas de violência, demandando especial cuidado por parte de todos que o cercam. 
2.3.4 Táticas de controle aos maus-tratos e violência 
Buscando respostas imediatas, além do atendimento apropriado às vítimas de violência tanto nos aspectos físicos como psicossociais, vale distinguir a demanda nos termos epidemiológicos que se apresenta. Com essa finalidade vem se situando no Brasil. 
O sistema de notificação de notificação/investigação individual da violência doméstica, sexual e/ou outras violências através das secretarias estaduais e municipais de saúde após promulgação do Estatuto do Idoso que estabeleceu a notificação compulsória, no território nacional, do caso de violência contra os idosos que forem atendidos em serviços de saúde públicos ou privados. (CAVALCANTI, 2007. P.98).
Depois das dificuldades de produzir informações legítimas da amplitude desses agravos em face de natureza burocrática dos sistemas de informação e cultura de omitir tais agravos vergonha ou descrédito nas instituições públicas por parte das vítimas a complexidade do aparelho de Estado ou setores da administração publica onde se insere essa assistência resulta tanto na assistência inadequada a estas como no controle social do fenômeno violência, ou seja, a prevenção destas ocorrências e punição dos agressores. Sabe-se que basta examinar a dimensão da rede de instituições envolvidas: 
As Unidades de Saúde do SUS (Pronto Atendimento, Setores de Emergência e da Assistência Hospitalar; Serviços de Saúde Mental) o CRAS Centro de Referência de Assistência Social do SUAS – (Sistema Único de Assistência Social); o Ministério Público, o Conselho Tutelar, o órgão responsável em fiscalizar se os direitos previstos no do Idoso e o Conselho Municipal do idoso que administra o velhice a Secretarias de governo (Secretarias de Ação Social, da Mulher, do idoso, etc),delegacia de polícia, Vara de Família e conselho municipal do idosos, CRAS etc. (CAVALCANTI, 2007.P.98). 
Com isso, essa noção rede de serviços propõe a integração dessas instituições, apesar disso as modificações institucionais envolvem cotações de natureza política e cultural ainda inteiramente compreendidas ou controláveis. Do mesmo modo, tem-se conhecimento de toda essa rede de apoio e prevenção à violência, há como evitar que estas formas de violência aconteçam, e é preciso diferenciar que o idoso dependente também é cidadão e tem garantidos todos os seus direitos pelo Estatuto do Idoso; entender que maus tratos existem instruir-se a buscar ajuda para melhorar o cuidado, dividindo-o com outras pessoas; sempre refletir diariamente sobre seus atos ao cuidar do idoso dependente, procurando alguma falha que esteja ocorrendo, e que no futuro, passa denunciar maus tratos.
A violência a abusos psicológicos, bem como a violência física são as imagens mais tristes e inaceitáveis de maus tratos na terceira idade. O principal agressor é, na maioria das vezes, um familiar. Decretar que calem a boca, gritar e ameaçar são alguns dos exemplos de violência psicológica. Já a violência física pode ser propaga tanto pela agressão propriamente dita, como pelo abuso psicológico. O descuido, do verbo negligenciar e deixar de cuidar também são formas de tratar mal os idosos. É a falta ou o esquecimento em fornecer os cuidados vitais ao idoso dependente, bem como a alimentação, os medicamentos, a higiene, a moradia e a proteção econômica devida. Também submerge situações em que não se tolere que outras pessoas providenciem os cuidados devidos aos idosos dependentes. 
3 CAPÍTULO II - A VIOLÊNCIA E OS MAUS TRATOS CONTRA O IDOSO
3.1 Acepção de violência
A violência é um acontecimento que se aumenta e alastranas relações sociais e interpessoais, provocando sempre uma relação de poder que não é do feitio da natureza humana, e sim da resolução da cultura e passa por todas as classes sociais de uma forma tão intensa que, para o senso comum, passa a ser idealizada e acolhida de forma natural à existência de um mais forte jugulando um mais fraco, metodologia que Faleiros (1995) define como a “fabricação da obediência”. No entanto, o termo violência é entendido como um conjunto de maneiras agressivas do ser humano contra outro ser humano ora pela força física ora não. Entretanto, a violência e os maus-tratos é uma relação de diferença, onde a própria família, que precisaria cuidar e zelar pelo bem estar do idoso os tratam mal e agridem.
Ultimamente, vem tornando-se mais visível desde que passou a ser debatida e examinada por diferentes setores da sociedade brasileira, preocupados em compreendê-la, em habituar-se aos fatores que a determinam, buscando encontrar soluções de enfrentamento que possam reduzi-la a níveis compatíveis com a ordem social colocada. Nesse sentido, estudiosos do fenômeno violência encontram ainda várias dificuldades quanto à edificação de uma nomenclatura uniformizada para a seu julgamento, uma vez que os fatores que o determinam são multifacetados, isto de acordo com Faleiros e Campos, (2000, p. 4-5). As autoras expõem ainda que:
“tanto a diversidade de termos conceituais, utilizados para designar o mesmo fenômeno, quanto um mesmo termo empregado para designar aspectos diferentes do fenômeno estudado, confundem ainda mais, tornando a tarefa de padronização muito mais complicada”. (FALEIROS E CAMPOS, 2000, p.6). 
No Brasil, atualmente, a violência praticada contra o idoso têm sido assombrosa que passou a ser apreciada pelo Ministério da Saúde como um enigma de saúde pública com infinita expressividade que segundo o mesmo Ministério, decide como precisam ser tratadas e noticiadas às ocorrências deste fenômeno, apoiando as preocupações daqueles que, em função das atividades que exercem, deparam-se diariamente com seus efeitos e resultados. Geralmente os agressores são familiares e parentes chegados que estão entre os mais comuns agentes de violência contra os idosos nas mais variadas formas, desde violências verbais e psicológicas a abusos e maus tratos e violências mecânicas dos mais fracos. De acordo com Guerra e Azevedo (1998): 
“há um consenso de que esta forma de violência é uma derivação de violências mais amplas, que marcam e são marcadas pelas diferentes relações sociais de classes, de gênero, de raça ou etnia, instalando-se nos relacionamentos intrafamiliares como uma distorção do cuidar”.
Diante o exposto, percebe-se que ato de violência sempre emanado de atos de violência recebidos pelo agressor independe de raça, classe ou nível social. Com isso, 
“Cuidar inclui necessariamente o envolvimento afetivo com o outro; Cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de atenção, de zelo, e de desvelo. Representa uma atitude de ocupação, de preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro”. (Boff, 1999, p.)
É perceptível, então que não é mais possível desconhecer sua presença no cotidiano de milhares de idosos, o que precisam da realização de propostas e programas de apoio, de prevenção, e até mesmo de cura dos efeitos da violência impetrada contra eles, faz-se necessário também tanto o tratamento dos seus agentes, quanto uma a tentativa de reduzir a sua incidência e de possibilitar o verdadeiro reconhecimento dos idosos como sujeitos de direitos. 
3.2 O Idoso e a Sociedade 
A renúncia ao idoso no Brasil se energiza na insegurança do amparo dada pelo Estado. Sabe-se que na maioria das vezes que os nossos velhinhos são afastados de tudo, mas isso acontece por causa da falta de consciência. Se os jovens sustassem a ideia de que futuramente irão ficar velhos, buscaria dar valor a convivência com idosos. Ninguém quer ser tratado como um objeto sem valor. Porém, esta é a realidade do Brasil. Muitas famílias arrastam os idosos para morar em asilos e quando eles chegam lá acabam sendo versados como animais. Muitos deles não têm uma boa alimentação, um tratamento adequado médico e nem psicológico. E, por conseguinte acabam atentando a morte adiantada desses velhinhos. 
O Brasil deveria instalar mais recurso diante dessa situação, pois se calcular a porcentagem de idosos está crescendo cada vez mais. O governo apoia aos idosos. Existe uma lei que os defendem, contudo, ainda precisa se fazer mais por eles. O Estatuto do Idoso é um conjunto de leis que objetivam acobertar e proteger aos cidadãos que já alcançaram certa idade. Na legislação é considerado idoso aquele que tem igual ou acima de 60 anos. O estatuto existe para que não se deixe no esquecimento, é uma prova que os idosos têm direitos que devem ser cumpridos. Deste modo, quanto à saúde diz-se que os idosos devem ter tudo que necessitam, como um atendimento médico gratuito. O estatuto do idoso diz que o governo deve ter uma atenção maior para com os idosos. 
No caso de dúvida de maus-tratos a idosos deve-se advertir alguma autoridade local. Deve-se ter a participação do idoso nas atividades culturais e de lazer, e seus direitos garantem que deve pagar apenas metade ou ter seus assentos garantidos. Mesmo tendo seus direitos descritos em estatuto ainda existe preconceito ao idoso no que diz respeito ao trabalho, no entanto, eles podem decretar e cumprir algumas atividades que estiverem ao seu alcance, ponderando suas condições físicas, intelectuais e psíquicas. Velho não significa estar doente, em regra, associa-se a velhice a indisposição. Sabe-se que há mais debilitação física e doenças entre as pessoas de 60 a 80 anos do que entre as pessoas jovens. Algumas condições são, sobretudo, comuns entre as pessoas da terceira idade. Estudos bem planejados amparam a constituir a elevação entre velhice e doença. Mas, encontram-se algumas contestações nítidas mesmo entre o mais saudável dos velhos e os jovens. 
3.3 As causas da violência contra o idoso 
Hoje em dia, vive-se um grande progresso tecnológico, o que possibilita maior qualidade de vida e de saúde. Tal progresso, de modo óbvio bom, traz consigo o envelhecimento populacional em todo o mundo. O avanço inegável da medicina tem admitido que a população idosa obtenha padrões de bem-estar nunca vividos antes, como medicamentos, tecnologias de diagnóstico, recursos de intervenção sobre o corpo admitem prolongar a saúde, diminuir a doença e, com isso, acrescentar a autonomia física do idoso. Todavia, as pessoas e instituições não estão montadas para sofrer com as questões sociais e psíquicas peculiares do envelhecimento, causando um conjunto de sofrimentos socialmente embutidos aos idosos. Sobressai-se então a violência e os maus-tratos, que inclui muito no mundo todo. Porém nos Estados Unidos da América, aproximadamente dois milhões de idosos passam por maus-tratos a cada ano; subsídios disponíveis advertem que somente 19% dos casos chegam a conhecimento público, vistos por vizinhos ou policiais. A cada cem idosos quatro passam algum tipo de violência; como são peculiares nos casos de violência em família, à maioria dos sofrimentos embutidos aos idosos no espaço doméstico não é registrada. 
A velhice, antes considerada como questão privada, se junta à agenda pública, já que se tornou responsabilidade pública, preocupar-se e zelar pelo bem estar dos idosos. A estrutura normativa atual se admite, de forma consensual, que os cuidados para com os idosos são de responsabilidade contígua da família, da sociedade e do Estado. Logo, reporta-se a centralidade da família, incluindo como apoio o Estado. Contudo, é admissível que o idoso seja endereço do cuidado prioritário na família, haja vista que ali é que se crescem e cumprem os vínculos básicos do sujeito e se atribui identidade ao sujeito. Entretanto, não se deve achar que naquela pequena célula social se dão inúmeras formas de violência contra seus os círculos mais sutis,entre os quais estão as mulheres, crianças e os idosos. Não se deve, porém acreditar que a violência dirigida ao idoso é de interesse específico do espaço privado. Se o lar é o seio dessas violências, por outro lado há que se distinguir a participação da sociedade atualizada, que depositam novas deprecas na vida familiar, demudando os papéis sociais clássicas e as estruturas que sustentam a vida familiar. Há pouco tempo, a mulher cumpria o papel de cuidar do lar responsável pelo bem estar de todos da casa, sem amontoarem-se as tarefas que hoje se lhe atribuem. Familiares próximos não cuidam mais de seus antepassados, dando oportunidade a que se averiguem hoje altos índices de violências contra idosos ocorrendo por conta do convívio de diferentes gerações na mesma unidade doméstica. Proeminência de que o convívio familiar já não pode mais garantir uma velhice bem acontecida. É a exaustão da população que força a comunicação entre as gerações, em expressão da estrutura e crescimento, a desconsertado das cidades, juntados à carência de políticas públicas para a saúde e a assistência social, aceitando que a população idosa fique à mercê da violência social, psicológica e física. 
A miséria social e econômica também contribui para a sobremaneira na edificação e concretização do fenômeno da violência. Resumindo, a violência estrutural pode ser a pedra de toque da violência que abrange o homem e a família. Ainda é acrescentado a isso o fato de que o idoso perdeu seu lugar de respeito como o depositário da experiência familiar e comunitária. Contrariamente, a sociedade atual instiga o indivíduo a tomar estratégias de combate à degradação e à decadência. Velhice e envelhecimento são, portanto, entendimentos que trazem à tona questões como a degeneração, a decadência, o desequilíbrio demográfico e o custo das políticas sociais. Embora, a ampliação da vida fez brotar dificuldades próprias do envelhecimento como a comunicação com portadores das várias doenças degenerativas que abrangem os idosos, frequentemente distinguidas pelo declínio cognitivo. Igualmente, o idoso tem sua imagem agregada à decadência, à perda de habilidades cognitivas e de controles físicos e emocionais, alicerces importantes da autonomia dos sujeitos. Múltiplas doenças crônicas colocam-nos em situação de dependência, impetrando cuidados para os quais a família nem sempre está disponível. Nesse procedimento, o idoso abiscoita o status de objeto da técnica médica, que tende a discutir os processos biológicos do envelhecimento separados de parâmetros culturais e sociais. 
Neste prisma, cria-se uma mistura de cultura que estimula a violência, esta sendo abrangida como um ato único ou frequente ou cancelamento que cause dano ou tormento ao idoso e que se produz em qualquer relação na qual exista probabilidade de confiança. Segundo Cavalcanti (2007):
A violência doméstica é a violência, explícita ou velada, literalmente praticada dentro de casa ou no âmbito familiar, entre indivíduos unidos por parentesco civil dentre eles, o marido e mulher, sogra, padrasto ou parentesco natural pai, mãe, filhos, irmãos etc. Inclui diversas práticas, como a violência e o abuso sexual contra as crianças, maus-tratos contra idosos, e violência contra a mulher e contra o homem geralmente nos processos de separação litigiosa além da violência sexual contra o parceiro. 
Diante o exposto, entende-se que a raiz da violência contra o idoso abrolha-se no seio da família, a detentora do poder de cuidar que teria a obrigação de zelar pelos idosos.  Deste modo:
A violência infligida ao idoso pode ser dividida em violência física, aquela que envolve agressão direta, contra pessoas queridas do agredido ou destruição de objetos e pertences do mesmo bem patrimonial; violência psicológica, aquela que envolve agressão verbal, ameaças, gestos e posturas agressivas, juridicamente produzindo danos morais; e violência socioeconômica, quando envolve o controle da vida social da vítima ou de seus recursos econômicos (Cavalcanti, 2007). 
Já Dahlberg e Krug (2006, p.56) analisam violência, maus-tratos, abandono e a negligência aos idosos, como enquadradas na classe interpessoais, subdividindo-se quanto à natureza Física, Moral, Psicológica ou de Privação e abandono. 
[...] Da categoria autodirigida o comportamento suicida especialmente o suicídio ampliado (associado ao homicídio de familiares) e de comportamentos de autoabuso especialmente se consideramos o contexto de causalidade. É mais frequente o uso do termo "violência doméstica" para indicar a violência contra parceiros, contra a esposa, contra o marido, contra crianças e contra os idosos. (Dahlberg e Krug. 2006). 
Com isso, compreende-se também que muitos casos de violência e maus-tratos encontram-se unificados ao consumo de álcool e drogas, uma vez que seu consumo pode desandar a pessoa fazendo com ela fique mais irritável e agressiva especialmente nas crises de abstinência. (Cavalcanti, 2007.p.51). Para os autores, “nesses casos o agressor pode apresentar inclusive um comportamento absolutamente normal e até mesmo amável enquanto sóbrio o que pode dificultar a decisão em denunciá-lo”. (Minayo e Souza. 1997.p.514). Por isto, muitas das vezes esta violência demora a ser entendida, ou às vezes quando é já derivou em graves implicações. Como adverte Minayo e Souza (1997); 
A violência e as doenças transmissíveis são as principais causas de morte na humanidade desde tempos imemoriais, com os avanços da medicina, disponibilidade de água potável e melhorias da urbanização a redução das doenças infecciosas e parasitárias, tem voltado o foco da saúde pública para a ocorrência da violência. 
Mas como ressalva os autores este é um fenômeno que demanda a auxílio de profissionais competentes para auxiliar a precaver ou senão após a ocorrência saná-lo, alerta para os riscos de reducionismo e necessidade de uma ação pública. Estatísticas em um estudo realizado em São Paulo mostram que a violência contra os idosos é muito maior do que a contra a mulher ou crianças. Segundo Dias (1998), esteve quanto à relação autor vítima, que 1.496 (81,1%) agressões aconteceram entre filhos e pais, 213 (11,6%) entre responsáveis e idosos, e 135 (7,3%) entre outros familiares. No mesmo estudo, (Dias, 1998) chama os motivos da agressão como “desentendimentos domésticos que se referem às discussões ligadas à convivência entre vítima e agressor, prevaleceram em todos os grupos, fato compreensível se for considerado que o lar foi o local de maior ocorrência das agressões”. 
Para muitos autores, são os fatos comuns e banais os responsáveis pela conversão de agressividade em agressão completa ainda a autora (1998) que o sentimento de poder, bem como a impunidade, são fatores que generalizam a violência. Outra suposição é que a maioria dos casos de violência contra os idosos são classes financeiras mais baixas, a classe média e a alta também tem casos, mas as denúncias nestas classes são poucas, denunciam menos por vergonha e medo de se exporem e a sua família. Conforme Dias (1998) o fenômeno acontece em todas as classes porém mais visíveis entre os indivíduos com fracos recursos econômicos. A violência cometida contra o idoso, existe, mas a intenção é camuflar mais pelo fato, do próprio idoso, não denunciar, viver preso em casa, ou estar acamado necessitando de cuidados. Pode ter como agente tanto os próprios familiares, quanto parentes ou amigos, persuadidos a espancar ou humilhar os mais velhos, além do abandono material, moral e afetivo. 
3.4 Os maus tratos contra idosos 
Hoje em dia, depois de 16 anos da edição da Lei da Política Nacional do Idoso (Lei 8.842/94) e após 07 anos o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03) ainda encontra-se em fase inicial a adoção de práticas garantidoras dos direitos do idoso no Brasil. Já que, arduamente as autoridades tomam conhecimento destes atos. No entanto, urge que se adotem equipamentos para mudar esse quadro. Ora, ocorre que o limite etário que determina o ingresso na velhice, apesar de não fixado em qualquernorma internacional, é a idade de 60 anos. É a partir dessa idade, em regra, que uma pessoa pode ser definida como idosa, no Brasil inclusive, conforme essas duas leis citadas se calculam os índices de envelhecimento da população, crescentes em todo o mundo. Existem muitas investigações sobre como alguém pode praticar atos que possam emanar em maus tratos para com os idosos? Excepcionalmente, maus-tratos com idosos podem ser mais comuns do que se possa idealizar. E o que é mais dramático: os principais geradores dos maus-tratos estão dentro de casa, das instituições asilares ou dos hospitais. Maus-tratos é todo ato, único ou repetitivo, ou até omissão velada, que pode advir com a pessoa idosa, onde ocorre dano ou incômodo. Ultimamente, uma das formas mais corriqueiras é o abuso financeiro ao idoso. Isto é, é o abuso impróprio e ilegal ou uso não permitido de seus recursos financeiros. É o uso ilegal e indevido, apropriação indébita da característica e dos bens financeiros, adulteração de documentos jurídicos, negação do direito de acesso e controle dos bens, supervisão imprópria do cartão do segurado do INSS. O empréstimo por consignação é um fato muito comum, o mesmo é descontado do benefício do INSS. O abuso psicológico, a violência psicológica e a violência física são as representações mais tristes e inadmissíveis de maus tratos na terceira idade. O mais aterrador é que o principal agressor é o próprio familiar. Atos como mandar calar a boca, gritar e ameaçar são alguns dos exemplos de violência psicológica. Enquanto que a violência física pode ser propagada tanto pela agressão propriamente dita, como pelo abuso sexual ou pela violência morais, também impingidos ao idoso. 
Existem situações em que não se aceita que outras pessoas providenciem os cuidados devidos aos idosos subordinados. Os maus-tratos podem acontecer: na casa do próprio idoso, na casa do responsável, na comunidade em que reside nas instituições de longa permanência ou nos hospitais. Na maioria das vezes pode ocorrer por um gesto impensado, mas também há casos de ações pensadas de agredir sistematicamente o idoso. Determinadas outras causas, dentro de casa, que podem gerar os maus tratos, tais como: relação desgastada na família, excessivo do responsável ou familiar, incapacidade do responsável (ou parente) de oferecer cuidado adequado ou nas instituições de longa permanência. Nestes lugares, os maus-tratos acontecem quando há uma administração deficiente, com habilitação imprópria do pessoal, supervisão de enfermagem deficiente, número escasso de pessoal e instituições isoladas, sem participar da agregação de classe. 
4 CAPITULO III- A AQUISIÇÃO DA CIDADANIA PELO IDOSO 
4.1 Preliminares políticas e legislativas do Estatuto do Idoso 
Perante concordância com as discussões que se realizam em países socialmente mais crescidos, no Brasil a diferença que é comum, a propósito do papel do idoso na nossa sociedade, tem mudado seus contornos e assumido diferentes percepções, cada uma delas de acordo com o enfoque tomado para a análise da questão, ligada ainda ao conjunto em que a contenda se concretiza. O envelhecimento contornou-se numa questão constitucional no mundo de hoje. Frias menciona que diante dessa nova realidade, é importante a construção de Políticas Públicas capazes de cobrir não só os direitos dos idosos, mas também qualidades adequadas ao envelhecimento humano. Lehr (1999) comenta que uma política voltada para o idoso é mais do que uma política de cuidado ou uma política de sistemas de aposentadorias. É política do cuidado tem de também contiver outros aspectos além do financeiro. A política para o idoso é a política do estar benéfica. A acepção de política, na concepção de SEIFFERT está relacionada a tudo o que se refere à cidade e, por conseguinte, o que é urbano, civil, público e até mesmo sociável e social. Para Seiffert, (2001) em seu sentido mais vasto a política pública trata da alocação de soluções para a sociedade. Isto acontece em um ambiente de altercação por recursos insuficientes, que necessitam ser rateados pelo governo, para atender as inúmeras demandas e prioridades postas pela Sociedade. A partir desse enfoque de análise, entende-se por Política Pública um conjunto de formulações e uma organização de vários programas e serviços que considerem ações nas áreas econômicas, sociais, ambientais, culturais etc. 
Não obstante, o avanço que a Sociedade Civil tem dado por meio das organizações sociais, no sentido de expressar suas vontades políticas, econômicas e sociais, tem espremido os órgãos públicos para atender às demandas sociais, inevitavelmente cabe ao Estado à regulamentação social das Políticas Públicas. Tais políticas na área da Gerontologia, na opinião de Rodrigues (2000):
Devem atender às necessidades de uma população com mais de 60 anos de idade. Elas precisam contemplar projetos e ações na área da
seguridade social (saúde, previdência e assistência social) e em outras áreas como habitação, educação, trabalho, cultura e lazer. É somente com a carta Constitucional de 1988 que estas ações são transformadas em Direito.
É somente com a carta Constitucional de 198849 que estas
ações são transformadas em Direito. Sobressai Seguin (2001) que: Abarcar a proteção do idoso na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 representou uma evolução, lançou luz sobre o tema e forçou o legislador infraconstitucional a manifestar-se. No campo da Gerontologia, as Políticas Sociais concretizadas elo Estado brasileiro se concretizam em dois momentos distintos: o primeiro admira as políticas de Previdência Social; têm um caráter mais e proteção social. O secundário tem seu marco primitivo com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, cogitando na perspectiva da seguridade social. 
A Constituição de 1988 admite a proeminência de duas leis: a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) nº 8.742 de 07.12.1993, tratando o tema do envelhecimento na ótica do Direito; e a Política Nacional do Idoso (PNI) Lei nº 8.842 de 04.01.1994, controvertendo a questão do envelhecimento como uma dificuldade que deve ser abordado por todas as frações da sociedade. Seiffert (2001) analisa que a conquista expressa na LOAS representa um marco na história da justiça social e da evolução política dos reconhecimentos dos direitos sociais e humanos pela primeira vez, o cidadão é chamado como doutor de direitos. Logo, o Brasil atual poderá abonar um envelhecimento saudável para a população idosa, sobretudo para o idoso frágil que tem igual direito de gozar uma velhice digna. Desta maneira, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, assevera os direitos do idoso em seu artigo 194º. 
4.2 A Política Nacional do Idoso
A Política Nacional do Idoso, instituída em 1994, Lei nº 8.842 inventou, direitos e normas para o exercício dos direitos, dando autonomia, integração e participação efetiva como instrumento de cidadania. Esta política foi construída a partir do movimento da sociedade civil, e, no esclarecimento de Barroso foi o período mágico de esperança cidadã. A desinformação sobre o idoso e sobre as características do envelhecimento em nosso contexto social ainda é grande. O envelhecimento humano, de fato, quase nunca foi estudado. Poucas escolas no país constituíram cursos para assistir as pessoas mais velhas. Uma prova disso é que até um tempo atrás, o médico que ambicionasse se especializar em geriatria precisava pesquisar na Europa. A Constituição de 1988, no entanto, deixou clara a preocupação e atenção que deve ser dispensada ao assunto, quando colocou em seu texto a questão do idoso. Foi o chute inicial para a significação da Política Nacional do Idoso, que traçou os direitos desse público e as linhas de ação setorial. O acréscimo da esperança de vida do brasileiro imagina um grande desafio para os governos bem como para a sociedade civil. O programo das políticas públicas e a essencial garantia dos direitos sociais da pessoa idosa, certamente garantirá um envelhecimento saudávele com decência. 
A política pública de atenção ao idoso se inventaria com o desenvolvimento socioeconômico e cultural, assim como com a ação reivindicatória dos movimentos sociais. Um termo admirável dessa trajetória foi a Constituição Federal de 1988, que depositou em suas disposições o conceito de Seguridade Social, fazendo com que a rede de proteção social alterasse o seu enfoque estritamente assistencialista, passando a ter uma conotação ampliada de cidadania. No entanto, a Política Nacional do Idoso objetiva criar condições para solicitar a longevidade com qualidade de vida assentando-se em prática ações voltada, não apenas para os que estão velhos, mas também para aqueles que vão envelhecer, bem como lista as capacidades das várias áreas e seus respectivos órgãos.
Segundo os membros do ministério público essa política proporciona algumas deficiências como: falta de especificação da lei que contribua para criminalizar a discriminação, o preconceito, o desprezo e a injúria em relação ao idoso, assim como para publicidades preconceituosas e outras condutas ofensivas; dificuldades em tipificar o abandono do idoso em hospitais, clínicas, asilos e outras entidades auxiliares para a punição de parentes das vítimas; falta de regulamentação criteriosa sobre o funcionamento de asilos, sendo sucinto que a lei aponte o que devem essas entidades disponibilizar para a clientela, quem deverá fiscalizá-las, e qual a punição para os infratores. Contudo, os desafios trazidos pelo envelhecimento da população têm diversas dimensões e dificuldades, mas nada é mais justo do que garantir ao idoso a sua integração na comunidade. O envelhecimento da população influencia o consumo, a transferência de capital e propriedades, impostos, pensões, o mercado de trabalho, a saúde e assistência médica, a composição e organização da família. É um processo normal, inevitável, irreversível e não uma doença. Portanto, não deve ser tratado apenas com soluções médicas, mas também por intervenções sociais, econômicas e ambientais. 
O distanciamento entre a lei e a realidade dos idosos no Brasil ainda é enorme. Conforme os especialistas, para que esta situação se decomponha, é preciso que ela prossiga a ser debatida e reivindicada em todos os espaços possíveis, pois somente a mobilização constante da sociedade é capaz de conformar um novo olhar sobre o processo de envelhecimento dos cidadãos brasileiros. Mediante art. 4º da Lei nº. 8.842/94 compõem diretrizes da Política Nacional do Idoso:  
I - viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso, que proporcionem sua integração às demais gerações; II - participação do idoso, através de suas organizações 
representativas, na formulação, implementação e avaliação das políticas, planos, programas e projetos a serem desenvolvidos; III - priorização do atendimento ao idoso através de suas próprias famílias, em detrimento do atendimento asilar, à exceção dos idosos que não possuam condições que garantam sua própria sobrevivência; IV - descentralização político-administrativa; V - capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas 
áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de 
serviços; VI - implementação de sistema de informações que permita a divulgação da política, dos serviços oferecidos, dos planos, programas e projetos em cada nível de governo; VII - estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os 
aspectos biopsicossociais do envelhecimento; VIII - priorização do atendimento ao idoso em órgãos públicos e privados prestadores de serviços, quando desabrigados e sem família; IX - apoio a estudos e pesquisas sobre as questões relativas ao envelhecimento. 
Recomenda-se, que o ingresso do idoso aos direitos especiais que lhe são dedicados em lei é expressão da sua cidadania e, como tal, deve ser viabilizado tanto pela esfera governamental, quanto pela sociedade civil. Ser cidadão é ter acordo de seus direitos e deveres civis e políticos, compartilhando das decisões que intervêm na vida de cada um, com um sentimento ético e consciência de cidadania.  Para tanto, a cidadania se proclama na ação política, mas também no desejo, na paixão e nas necessidades, sendo, cada uma delas, passagem de uma instancia a outra. Desta forma, a ação política é o compromisso político diante do sofrimento do outro. Ao mesmo tempo em que a sociedade exclui, há um movimento para a inclusão, porém, não há a totalidade de uma reversão, mas a possibilidade de surgirem sentimentos de solidariedade em relação àqueles que sofrem. Apesar disso, a Política Nacional do Idoso, datada de 1994, que discute a condição do idoso no Brasil tem pouca aplicação quando se adverte experiência vivencial de pessoas de Terceira Idade. 
A restringida aplicabilidade da Lei deve principiar a ser discutida nos próximos anos, quando a população com mais de 60 anos deverá desenvolver de forma significativa. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) em 2025 haverá no Brasil cerca de 32 milhões de habitantes com mais de 60 anos, o que constituirá quase meada da população idosa da América Latina. A ampliação da idade média populacional não é acompanhada, porém, por ações públicas que cubram ao idoso, condições dignas de vida, introdução social e assistência médica. Não obstante, a Política Nacional do Idoso determina medidas e providências para possibilitar qualidade de vida ao idoso, bem como participação ativa na sociedade. A Lei, porém, até agora não resultou em mudanças significativas no cotidiano da vida do idoso. 
4.3 Estatuto do Idoso 
O governo ainda precisa de uma legislação a suficiente abrangente e adequada de unir em seu corpo as principais diretrizes sobre a questão. Com isso, o alvo do Estatuto é estabilizar direitos que a legislação já previa. A legislação consolidou-se na forma do Estatuto do Idoso, cobrindo de forma inconfundível seus direitos basilares e sua tutela. Mais compreensiva do que a Política Nacional do Idoso, o Estatuto é apropriado de acumular desde a segurança de prioridade aos idosos na prestação de serviços públicos, administrativos ou judiciais, até questões de saúde, lazer, transporte e cidadania. Porém, o Estatuto do Idoso foi sancionado 1° de outubro de 2003, que define medidas de proteção às pessoas com idade igual ou superior aos 60 anos. O projeto regulamenta os direitos dos idosos, causa compulsões às entidades assistenciais, institui penalidades para diversas situações de desrespeito aos idosos. O Estatuto do Idoso contém 118 artigos que regulamentam os direitos dos idosos, tendo a finalidade de operacionalizar a abonação dos direitos garantidos por políticas públicas e mecanismos processuais. 
Para a velocidade deste processo de sensibilização, a Subcomissão Temporária do Idoso cumpriu papel principal como instância centralizadora das contendas sobre a Terceira Idade no Senado Federal. Como órgão oficial constituído pela Casa, a Subcomissão foi culpada pela análise dos 30 projetos de lei em tramitação no Senado Federal sobre o tema, com destaque para o projeto de lei que criava o Estatuto do Idoso. Lima explica que desde sua instalação, a Subcomissão reuniu-se diferentes vezes para discutir as propostas legislativas para a área, viabilizando não apenas a informação e a reflexão da realidade brasileira da população idosa, mas, especialmente, para nomear alternativas legislativas que cheguem a aperfeiçoar a condição de vida do idoso no Brasil. 
É necessário destacar sempre as adivinhações da exigibilidade jurídica da prestação pelo Estado diante das frequentes referências à arbitrariedade administrativa, verdadeiro entrave à concretização das disposições de garantia presentes na legislação e na própria Constituição Federal, ainda, parte da doutrina veja nas disposições presentes no Estatuto um grau de efetividade maior das diretrizes relativas às políticas voltadas à pessoa do idoso, é sempre cogente destacar. Trata-se de fato comum, que se tem verificado principalmente quando da apreciação

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