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Relatório 3 - Estágio em Patologia

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Peterson Vinicius Elias da Silva 15/0064021
Relatório 3 do Estágio em Patologia – 29/03/2017
	Nesse dia, compareci ao estágio às 15h30. Por não ser um horário muito cômodo para as pessoas da minha turma, acabei sendo o único estagiário presente e acompanhei a microscopia até às 17h40.
	A primeira análise era referente a uma paciente de 37 anos que apresentava uma lesão no colo uterino encontrada em um exame preventivo, foi então removido um fragmento do útero para a análise microscópica. Foram evidenciados alguns achados interessantes nas lâminas, como algumas células com halo claro perinuclear e membrana nuclear irregular, que são alterações estruturais sugestivas – porém, não confirmatórias - de infecção por HPV (Figura 1), fator pré-disponente a neoplasias malignas. Foi encontrada também metaplasia nas células do endocérvice, onde o epitélio que normalmente é colunar, se apresentava na forma pavimentosa. Havia alguns vestígios de hemossiderina também, indicando que houve uma hemorragia anteriormente no local.
	O caso seguinte foi o de uma paciente de 18 anos que apresentava um nódulo na mama. À microscopia foi evidenciado que ele era bem delimitado, sem formação de cápsula, ductos tortuosos. Foi diagnosticado como um fibroadenoma, um tumor benigno de mama muito comum composto por células fibroblásticas tumorais e tecido glandular [1]. Apresenta-se como uma massa firme e bem-delimitada com alguns centímetros de diâmetro (Figura 2).Figura 1: Coilocitose: Alterações morfológicas decorrentes da infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV). Imagem retirada de Robbins Patologia Básica, 2013, página 683. [1]
Foi verificado um outro caso de fibroadenoma logo após, múltiplos deles aliás, em uma paciente de 43 anos. Foram encontrados vários nódulos medindo de 2 a 5 mm no mesmo quadrante da mama em questão.
O próximo caso foi de um paciente de 92 anos que apresentava uma lesão em pápula na pele. Evidenciava-se à microscopia uma produção excessiva de queratina. A suspeita de um dos residentes era de uma queratose seborreica (Figura 3), um tumor benigno de pele marrom acastanhado com pouca relevância clínica, porém, foi confirmado se tratar de uma queratose actínica (Figura 4), uma lesão geralmente pequena, áspera e avermelhada causada por exposição solar que pode evoluir para um carcinoma in situ [1].Figura 2: Fibroadenoma de mama. Imagem retirada de Robbins Patologia Básica, 2013, página 167. [1]
O último caso era de um paciente com pólipos esofágicos e gástricos que foram mandados para análise na microscopia. Os pólipos gástricos apresentavam algumas glândulas irregulares de tamanhos diferentes. Foi confirmado se tratar de um pólipo hiperplásico, uma pequena massa de células originada de uma hiperplasia do epitélio geralmente causada por gastrite crônica [1]. A condição de gastrite crônica foi confirmada na análise do pólipo esofágico, este também sendo diagnosticado como hiperplásico. Pesquisando sobre o pólipo gástrico, achei interessante ressaltar que pólipos grandes podem evoluir para uma displasia, uma desorganização tecidual que pré-dispõe o desenvolvimento de uma neoplasia maligna [1]. Figura 3: Queratose seborreica. Imagem disponível em: http://dermagrupo.com.br/dermatologia/dermatologia-clinica/ceratose-seborreica/
Mais uma vez eu acompanhei a atividade de microscopia e tive um aprendizado interessante sobre algumas doenças que aparecem nos casos por conta da curiosidade incitada no momento da descrição. Porém, espero vivenciar outras atividades diferentes nas próximas semanas, pois imagino que a Patologia ainda tem muito mais a oferecer.Figura 4: Queratose actínica. Imagem disponível em: http://www.peleemdia.com.br/ceratose-actinica-doencas-da-pele/#
Referência bibliográfica:
 [1] KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; ASTER, J. C. Robbins Patologia Básica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013

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