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IMUNOLOGIA MÉDICA Prof. André / Prof.ª Maria Imaculada / Prof.ª Sarah Med 99 – 2015.2 AULA 9 – RESPOSTAS MEDIADAS PELOS LINFÓCITOS T > Resposta Primária - Mais lenta e de menor intensidade > Ativação das céls T através do MHC expresso nas APCs: Ocorre necessariamente em Órgãos linfóides secundários > Os linfócitos T imaturos se movimentam pelos órgãos linfóides, interagindo momentaneamente com diversas APCs e parando quando encontram antígeno pelo qual apresentam receptores específicos (↑ afinidade) > O reconhecimento do antígeno, juntamente com outros estímulos de ativação, induz várias respostas nas céls T (secreção de citocinas, expansão clonal e diferenciação de céls T imaturas em céls efetoras e de memória) > As céls T efetoras reconhecem os antígenos em órgaos linfóides ou tec. não linfóides periféricos (órgãos alvo) e são ativadas para executar funções responsáveis pela eliminação de microrganismos e dano tecidual > OBS. Se o macrófago que encontra primeiro o microrganismo infeccioso está previamente ativado, ele é normalmente capaz de erradicar a doença no local de entrada, antes do desenvolvimento da resposta imune adaptativa > Resposta Secundária > Céls T de memória: Presente no conjunto de linfócitos circulantes, concentrados na pele e nas mucosas e nos órgãos linfóides periféricos. Respondem rapidamente ao reecontro com o antígeno e geram novas células efetoras > O próprio linfócito B e os macrófagos são capazes de desenolver a resposta > Como o linfócito localiza o antígeno? > Receptores de localização e moradia: O antígeno atinge o tecido subcutâneo ativando o SII, que responde aos processos de ativação produzindo citocinas. Esta leva a modificação do endotélio vascular, aumentando a expressão de receptores de ligação aos linfócitos. Os linfócitos, que circulam pela periferia dos vasos fazendo eventuais conexões com o endotélio, ligam-se as selectinas (e-selectina) e integrinas expressas pelas células endoteliais próximas ao local de inflamação, e atravessam o endotélio, alcançando o tecido subcutâneo. As células de memória também passam pelos sítios de inflamação, se mantendo ai ao encontrar seu antígeno específico. > Determinantes do tipo da resposta: > Tipo do antígeno - Intra/Extracelular: > Determina a via de apresentação e a classe de linfócitos ativados > Determina o desenvolvimento do quadro clínico - Qualquer alteração na via da resposta modifica o quadro clínico > APCs: Maturidade da célula; Eficiência na apresentação > Expressão de coestimuladores (Ex.: B7-CD28), receptores de inativação (EX.: CTLA-4-CD28) e produção de citocinas > CD40/CD40-L - As céls Th ativadas, diante da interação com o MHC-II, expressam o CD40L e se ligam a CD40 das APCs levando ao aumento de expressão de B7 por estas células e a secreção de citocinas (Ex.: IL-12) que promovem a diferenciação das céls T. > As céls Th ativadas produzem IL-2 e apresentam o IL-2R funcional. Essa citocina induz a proliferação do clone de cél Th em questão > Céls presentes no local de infeccção (citocinas produzidas); base genética > Diferenciação das céls TCD4+ > As características que definem os subtipos de Th são as citocinas que produzem e os fatores de transcrição que expressam > Etapas de diferenciação: > Indução: Citocinas atuam sobre as céls Th estimuladas por antígenos e levam a indução da trancrição de genes das citocinas específicas de cada subgrupo > Comprometimento: A estimulação contínua mantém os genes das citocinas específicas ao subgrupo em um estado transcricionalmente ativo, em detrimento dos genes de citocinas não produzidas pelo subgrupo determinado. Essas alterações tornam a cél Th progressivamente comprometida com o determinado subgrupo. > Amplificação: As citocinas produzidas por um determinado subgrupo promovem o desenvolvimento desse subgrupo e inibem a diferenciação das céls a redor em outro subgrupo. > Th1: Abundantes em locais de forte reação imunologica inata - Ligantes à quimiocinas e selectinas características do processo inflamatório - e de infecção por organismos intracelulares > Diferenciação impulsionada por IL-12; IFN-g (e eventualmente IL-18) produzidos principlamente por Céls dendríticas, Magcrófagos e Céls NK. > CD40/CD40L - Estimulo das cels Th a produção de IL-12 pelas APCs > Produz IFN-g: Amplificação da reação e inibição da conversão de cels Th em outros subtipos (Th2; Th17) > Vias de transcrição ativadas: > T-bet: Estimulada pela presença do antígeno, pelo IFN-g e pela ativação da via STAT1. Leva a produção de IFN-g pela cél Th1 > STAT1: Estimulada pelo IFN-g. Estimula a expressão da via T-bet > STAT4: Estimulada pela IL-12. Leva a produção de IFN-g > Função - Via IFN-g: Ativação de macrófagos; Atuação sobre células B levando na mudança de isotipo para algumas subclasses de IgG e evitando a mudança de isotipo para Ig-IL-4 dependentes (Ex.: IgE); Inibe o desenvolvimento de céls Th2 e Th17; Estímulo a expressão de proteínas da via de apresentação de antígeno > Ativação de Macrófagos via Th1: via CD40/CD40L e INF-g > Produção de espécies reativas de oxigênio, óx. nitrico e enzimas lisossomais aumentadas: Morte do microrg. nos fagolisossomos > Secreção de citocinas (IL-1; IL-12; TNF) e quimiocinas: recrutamento de leucócitos e inflamação; diferenciação de Th1 e produção de IFN-g e aumento da expressão de MHC e moléculas coestimulatórias > As céls Th1 estão relacionadas a reações de hipersensibilidade retardada e a formação de granulomas (Bainhas de linfócitos; Necrose caseaso cercadas de macrófagos na TB). > Th2: Abundantes em locais infectados por helmintos ou na presença de reações alérgicas - Estimulação persistente das céls T sem muita inflamação > Diferenciação estimulada por IL-4 produzida por mastócitos e, eventualmente, eosinófilos. > Produz IL-4, IL-5 e IL-13 > Vias de trascrição ativadas: > STAT6: Estimulado pela IL-4 > GATA-3: Fator mestre da diferenciação em Th2; Aumenta a expressão dos genes IL-4, IL-5 e IL-13; Inibe a expressão da cadeia de sinalização do receptor IL-12. Estimulador específico desconhecido. > Função: Estimula reações de ataque a helmintos - Grandes demais para serem fagocitados, porém susceptíveis a ação de eosinófilos, via IgE, entre outras. > IL-4: Estimula as céls B a mudança para o isotipo IgE; estimula a diferenciação em Th2 e funciona como fator de crescimento para Th2 já diferenciadas; em conjunto com a IL-13 suprimem a via clássica de ativação dos macrófagos (via IFNg), estimulam o peristaltismo e a secreção de mucosas e estimula o recrutamento de leucócitos; > IL-5: Ativação, estimulo ao crescimento e diferenciação dos eosinófilos. > Eosinófilos: liberam grânulos capazes de destruir o tegumento dos helmintos; possuem receptores para porção Fc do IgE OBS - Mastócitos: receptores Fc de alta afinidade para IgE; secretam TNF e outras citocinas inflamatórias, responsáveis por alterações vasculares e reação inflamatória na reação alérgica > Th17: Abundante em infecções bacterianas extracelulares (que levam a expressão de CCL20) e em infecções fungicas, e muito presentes na mucosa intestinal > Diferencianção estimulada por IL-6, IL-1 e IL-23, produzidas principalmente por céls dendríticas, e por TGF-b de origem desconhecida. > Produz IL-21, IL-17 e IL-22 > Vias de transcrição: > RORgT: Ativada pela TGF-b; IL-1 e IL-6. > STAT3: Ativada por IL-6 > Função: > IL-17: Estimula a produção de citocinas e quiomicinas (Ex.: TNF) que induzem a inflamação rica em neutrófilos; Leva a geração de piócitos e formação de pus > IL-22: Mantém a integridade dos tecidos epiteliais de barreira (pele; trato gastro intestinal)pelo estímulo a reações de reparação e produção de peptídeos antimicrobianos > IL-21: Gera cels Th foliculares; Estimula céls B nos centros germinativos; Promove a amplificação por via autócrina das respostas Th17 > Th17 funciona cooperativamente com TH1 > Tgd: Resposta a antígenos não proteicos (ex.: lipídeos); apresentação via CD1 > Diferenciação das céls TCD8+ > Envolve a aquisição de maquinaria para matar céls alvo; Ocorre pela apresentação via MHC-I(primeiro sinal) e pela produção de citocinas por outras céls (segundo sinal) > As células Th efetoras podem produzir citocinas que estimulam a diferenciação dos CTLs ou aumentar a habilidade das APCs em estimular a diferenciação em CLTs > Citocinas: > IL-2: Estimula diferenciação em CTLs ou cels TCD8+ de memória > IL-12 e IFN-g: Estimulam diferenciação em CLTs > IL-15: Sobrevivência das céls T de memória > IL-21: Indução das céls T de memória e prevenção da exaustão das céls TCD8+ > Funções efetoras dos CTL > Formação da sinapse imunológica: A porção CD8+ destas células reconhece alvos que apresentam os mesmos antígenos (via MHC-I) que estimularam sua diferenciação em céls efetoras e que expressam a molécula de adesão ICAM-1, e não matam as células adjacentes que não apresentam o mesmo antígeno. A sinapse formada entre as duas células forma um anel de justaposição estreita entre o CTL e a célula alvo. Essa interação resulta na sinalização bioquímica e ativação dos CTLs. Não há, nessa etapa, necessidade de sinalização externa, advinda de céls dendtrícas ou céls Th. Dentro de alguns minutos após a formação da sinapse, o CLT fornece ptns granulosas que conduzem a morte apoptótica da cél alvo (granzimas e perforinas). A exocitose dos grânulos ocorre pelo aumento de Ca++ citoplasmático que ocorre no CTL diante da formação do anel sináptico. > Fas-ligante (Fas-L): Liga-se a receptor Fas na cél alvo, que resulta na ativação de caspases e apoptose. Esse mecanismo independe da formação de grânulos. > Produção de IFN-g: Ativação de macrófagos e redução da replicação viral > A resposta citotóxica dos CLTs é responsável por lesão tecidual em diversas patologias (Ex.: Hepatite B e C) AULA 10 – REGULAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE > Como o número de linfócitos é mantido constante diante da apresentação contínua de antígenos? > Quando a resposta humoral associada a imunidade mediada por células T combate o antígeno, ocorre a contração da resposta imunológica com produção de células de memória específicas para um determinado antígeno. > Mecanismos de regulação da resposta: > Antígeno: Apresentação e ativação do SIA > A medida que os antígenos são eliminados, o estímulo de ativação dos linfócitos é reduzido > Anticorpos: O receptor de cél B (BCR) ou IgG de membrana reconhece o antígeno e ativa o linfócito > Os IgGs produzidos pelos plasmócitos opsonizam os microrg. infectantes. A porção Fc destes anticorpos é reconhecida pelas céls de defesa, incluindo o linfócito B (FcR). A ativação simultânea do BCR e do FcR bloqueia os sinais de ativação do linfócito B, controlando e regulando sua atuação. > Segundo sinal (coestimuladores) > Quando o número de antígenos é reduzido, também é reduzida a expressão de B7. Com essa redução, as moléculas de membrana CTLA-4 (presentes nas APCs e que também se ligam ao CD28, só que com maior avidez) se ligam aos receptores dos linfócitos T. Essa ligação envia sinais inibidores que anulam os sinais TCR/MHC e B7/CD28, impedindo a produção maciça e ativação dos linf. T, levando a contração da resposta e retorno a homeostase. > A ligação do PD-1 presente na membrana dos linfócitos T ao PD-L1 (expresso nas APCs e em diversos tecidos) ou ao PD-L2 (expresso principalmente nas APCs) leva à inibição das respostas de céls T a apresentação do antígeno. > Indução de apoptose dos linfócitos > Linfócitos T que reconhecem autoantígenos com alta afinidade ou que são estimulados repetidamente por antígenos podem morrer por duas vias principais de apoptose > Via-mitocondrial ou intrínseca: Diante da privação de fatores de crescimento, estimulos nocivos, dano ao DNA ou certos tipos de sinalização mediada por receptor ocorre a produção de ptns BH3 (Em linfócitos: Bim). Essas ptns sensoras de estresse celular ligam-se a duas ptns efetoras pró-apoptóticas, Bax e Bak, que se oligomerizam e se inserem na membrana mitocondrial. Na presença de sinais de sobreviência, as ptns Bcl-2 e Bcl-XL bloqueiam as ptns Bax e Bak. Na privação dos sinais de sobrevivência, essas ptns oligomerizadas associadas a BH3 permitem o extravazamento do conteúdo mitocondrial. As proteinas mitocondriais dispersas no citosol ativam as caspases citolíticas (incialmente a caspase 9, seguida de outras caspases em cascata). Essas proteínas levam a fragmentação do DNA e outras alterações (endonucleases, alterações no citoesqueleto) que culminam na morte celular por apoptose. > Células T que reconhecem autoantígenos com alta afinidade na ausência de coestimuladores podem ativar diretamente a ptn Bim (BH3), levando a apoptose por via intrínseca. > Via do receptor de morte celular ou extrínseca: A presença da ligação Fas/Fas-L ou dos receptores de superfície celular ativados por TNF (ou homólogos) oligomerizam e ativam ptns citoplasmáticas adaptadoras que recrutam a pró-caspase 8. Essa última sofre autoclivagem e é ativada. Essa ptn ativada da sequencia a cascata apoptótica citada na via anterior, e também pode ativar a ptn Bid (um tipo de BH3), levando a via intríseca. > Quando o linfócito T é repetidamente ativado, o Fas-L é continuamente expresso na membrana, eventualmente se ligando a uma molécula Fas de outra cél T ou própria, levando a apoptose por via extrínseca. > Diante da fragmentação do DNA, quebra do citoesqueleto e consequente produção de corpos apoptóticos, ocorre a expressão de fosfatidilserina. Essa molécula é reconhecida por ligantes nos fagócitos, que reconhecem e eliminam os corpos apoptóticos. > Interferência mútua entre subtipos de linfócitos: > INF-g: Estimula Th1; Inibe Th17 e Th2 > IL-10: Estimula Th2; Inibe Th1 > IL-4: Estimula Th2; Inibe Th1 e Th17 > IL-10 + TGF-b: Estimula Treg; Inibe Th1 e Th2 > Células T regulatórias (T reg) > São um subconjunto de células T que apresentam atividade regulatória suprimindo respostas imunológicas e mantendo a autotolerância. Ao contrário de outras classes de linfócitos T, apresenta CD25 (IL-2R) completo constitutivamente e altos níveis de CTLA-4. A presença do fator de transcrição FoxP3 é essencial para sua função e desenvolvimento. > O TGF-b estimula a expressão de FoxP3 > Treg naturais: Destino de alguns dos linfócitos TCD4+ que reconhecem autoantígenos no timo. > Treg adapativas: Reconhecimento de antígenos (autótonos ou não) nos órgãos linfóides periféricos. São geradas a partir de LT imaturos, e sua produção é favorecida diante da apresentação de antígeno com pouca resposta imune inata. Associada a retração da resposta imune e ao retorno a homeostase. > IL-2: Leva à diferenciação e sobrevivência das Treg, bem como à manutenção de sua competência funcional, ativando a expressão do fator STAT5, que otimiza a expressão de FoxP3. > Mecanismos de atuação: > Produção de IL-10 e TGF-b: > TGF-b: Inibe a proliferação e as funções efetoras dos LT, bem como a ativação dos macrófagos; Estimula a ativação de Th17 (na presença de IL-6 e IL-1) em detrimento de Th1 e Th2; Estimula a produção de IgA pelos linfócitos B; Promove reparo tecidual pela síntese de colágeno, pela produção de enzimas de modificação da matriz e pela angiogênese > IL-10: Inibe macrófagos ativados e células dendríticas a produzirem IL-12 e a expressarem coestimuladores e MHC-II> O vírus Epstein-Barr apresenta um homólogo a IL-10, apresentando vantagem para burlar o sistema de defesa humano > Reduz a habilidade das APCs de apresentação de antígeno, por inibição competitiva de B7, através da CTLA-4 (receptor T CD28) > Devido a elevada expressão de IL-2R (CD25), consome IL-2 privando outras populações dessa célula desse fator de crescimento > Teoria das redes idiotípicas > Essa teoria propõe que após a eliminação de um antígeno X, além de anticorpos anti-X, sejam gerados anticorpos anti-anti-X. Esses anticorpos formariam uma rede de reconhecimento idiotípico e, na ausência do antígeno X, seriam eliminados por fagócitos. AULA 11 – TOLERÂNCIA E AUTORREATIVIDADE > Características do SIA: Especificidade, Memória e Diferenciação do Próprio/Não próprio > Tolerância consiste na não responsividade do linfócito específico para o antígeno induzido por uma apresentação própria. A autotolerância ocorre através da destruição, inativação ou alteração de especificidade dos linfócitos que reconhecem antígenos próprios com alta avidez durante a maturação. > Tolerógenos: induzem tolerância > Imunógenos: induzem resposta imune > Um mesmo antígeno pode ser tolerógeno e imunógeno em circunstâncias diferentes > A ausência de sinais coestimulatórios pode levar a inibição da resposta imune (tolerância). Alguns microrganismos e tumores utilizam esse recurso, e ele também pode ser utilizado para fins terapêuticos(previne a resposta imunologica indesejada). > Onde ocorre a autotolerância? > Central: Órgãos Linfóides Primários. Principal ponto de encontro dos linfócitos com antígenos próprios. Linfócitos com alta afinidade a antígenos próprios sofrem apoptose, edição do receptor (LB) ou são convertidos em T reg (LT). > Periférica: Quando um antígeno próprio é reconhecido por um linfócito em tecidos periféricos, esses linfócitos são induzidos a anergia ou morte celular pelos L Treg ou são convertidos em Treg adaptativos. É aí onde ocorre a tolerância a antígenos restritos aos tecidos e a supressão de linfócitos que “escaparam” a seleção negativa na tolerância central. > Alguns antígenos podem ser capturados do SIA por barreiras anatômicas ou por serem destruídos por fagócitos rapidamente, evitando que encontrem seus receptores. Esse fenômeno é chamado de ignorância imunológica. OBS - Lupus: Elevada imunoreatividade a elementos nucleares. Os fagócitos não eliminam corpos apoptóticos e com o tempo, o conteúdo apoptótico extravaza, gerando alta reatividade imunológica. > Mecanismos de tolerância central em céls T > Seleção positiva: Capacidade de reconhecer antígenos via MHC. Apenas os linfócitos que reconhecem antígenos recebem estímulo de sobrevivência. Os demais, sem estímulo, sofrem morte por negligência. > Seleção Negativa: Autoantígenos presentes no timo ou na circulação tímica são apresentados aos linfócitos T sobreviventes a seleção positiva. A ptn AIRE permite que as células epiteliais do timo sejam capazes de apresentar diversos autoantígenos que geralmente encontram-se apenas em tecidos periféricos. Linfócitos T que apresentem elevada afinidade a antígenos próprios são deletados por apoptose ou se diferenciam em céls Treg. > Mecanismos de tolerância periférica em céls TCD4+ > Anergia (Não responsividade funcional) > A exposição prolongada de cél T maduras a um antígeno na ausência de coestimuladores leva a uma série de alterações bioquímicas que reduz a capacidade destes linfócitos em responderem aos sinais de seus receptores TCR. > A interação CTLA-4/CD28 ou PD-L1 ou PD-L2/PD-1 também pode bloquear os sinais bioquímicos de TCR > Supressão por células Treg > A Treg reduz a expressão de B7 nas APCs e apresenta CTLA-4, que se liga competitivamente ao CD28 e inibe a sinalização TCR. Essa célula também expressa CD4+ que se liga ao MHC-II das APCs, evitando a ligação de outros LTs. O IL-2R (CD25) presente em grande quantidade em sua membrana sequestra IL-2, reduzindo a quantidade de fator de sobrevivência disponível à outros grupos de LT. > Seu funcionamento depende do fator de transcrição FoxP3. > Produzem TGF-b, que reduz a proliferação e função das cels T, bem como IL-10, que reduz a produção de IL-12 e expressão de MHC pelas APCs. > Treg naturais são mais frequentes e são aquelas produzidas no timo durante a seleção negativa, enquanto Treg adaptativas são produzidas nos órgãos periféricos. > Deleção > LT que apresentam afinidade por antígenos próprios ou que são estimulados repetidamente, sofrem apoptose por via intrínseca (ausência dos sinais de sobrevivência) ou extrínseca (expressão contínua de Fas-L ou ativação do receptor de TNF). > Mecanismos de tolerância periférica em céls TCD8+ > Pouco conhecida. Acredita-se estar associada a apresentação via MHC-I sem coestimulação. > Céls Treg podem suprimir sua atividade direta ou indiretamente, via inativação dos LThs e redução da produção de IFN-g. > Por processos desconhecidos, a alta concentração de antigenos próprios leva essas células à apoptose. > Mecanismos de tolerância central em céls B > Se durante a seleção negativa a cél B apresenta alta afinidade a antígenos próprios, pode ocorrer a recombinação da porção variante (edição dos BCRs) ou morte por apoptose (por mecanismos ainda não estabelecidos). > Se os LB apresentam fraca afinidade a antígenos próprios, a célula torna-se anérgica devido a uma regulação negativa da expressão do receptor do antígeno, bem como ao bloqueio da transdução do sinal. > Mecanismos de tolerância periférica em céls B > Na ausência de céls Th específicas, LB que reconhecem antígenos próprios em regiões periféricas são considerados funcionalmente não responsivos e podem morrer por apoptose. Sua estimulação repetida sem fatores de crescimento, leva a expressão da molécula Fas e delecção pela ativação da via intrínseca da apoptose pelo Fas-L dos LTs. > A ligação a receptores inibitórios como CD22 também acontece nessa ocasião. > A administração de antígenos proteicos via subcutânea ou intradérmica com a presença de adjuvantes favorece o desenvolvimento de resposta imune. Enquanto grandes quantidades de antígenos protéicos sem adjuvantes podem induzir a tolerância, por favorecer a apresentação via MHC sem segundo sinal. > A tolerância induzida por antígenos estranhos se dá pela redução na atuação do SI antes da eliminação do patógeno. Ocorre devido a exaustão clonal (produção de linfócitos anérgicos ou esgotados) ou devido a expressão de PD-1 induzida pelo microrganismo. > A redução da imunidade durante a gravidez é associada a redução do risco de reações imunológicas ao feto. AULA 12 – SISTEMA COMPLEMENTO > É um conjunto de proteínas (séricas ou presentes na superfície das células), naturalmente inativas e que interagem entre si tornando-se funcionais – cada proteína adquire atividade enzimática pela ação de outra protease (zimógeno). Funcionam como enzima para a próxima proteína da cadeia, através de uma cascata altamente regulada, que gera produtos com função microbicida > Auxílio a fagocitose > Ativação da resposta inflamatória > Função citolítica > Primeira observação do sistema complemento: “A destruição dos vibriões, a bacteriólise, depende da cooperação de dois corpos. Um é o anticorpo bacteriolítico, termoestável, formado após a imunização do animal e presente em seu soro; o outro já existe no soro do animal normal; ele não resiste ao aquecimento nem à preservação, e não aumenta após a imunização.” Jules Bordet (1870–1961) > Para que haja lise/destruição do microrganismo patogênico, o anticorpo precisa ligar-se ou ao fagócito ou as ptns do sistema complemento. O anticorpo aumenta a eficácia do complemento que, que já existe e é anteriora ele. > O SC participa como mecanismo efetor tanto da imunidade inata quanto adquirida > O sistema complemento é ativado por microrganismos e anticorpos ligados a microrganismos e antígenos > As proteinas do complemento só se tornam ativas quando ligadas a superfície do microrganismo, corpo apoptótico ou ao anticorpo ligado a antígeno. A ativação do complemento é inibida por proteínas reguladoras presentes nas células saudáveis do hospedeiro e ausente na membrana dos microrganismos. > Vias de ativação do complemento > Via Clássica: Primeira via descrita. Depende de determinados isotipos de anticorpos ligados a antígenos - Via ligada a imunidade humoral (segundo contato). > Via alternativa: Via de contato direto com antígeno. Ativação na superfície das céls microbianas na ausência de anticorpos - Via ligada a imunidade inata (primeiro contato). > Via das lectinas: Ativada por uma lectina plasmática que se liga a resíduos de manose em microrganismos - Via ligada a imunidade inata (primeiro contato). > O evento central da ativação do complemento é a proteólise da proteína C3 para gerar produtos biologicamente ativos, e subsequente ligação covalente do produto C3b à superficies microbianas ou anticorpo ligado a antígeno. > A ativação do complemento depende da formação de C3-convertase, que cliva C3 em C3a e C3b, e de C5-convertase, consequente a ligação de C3b às superfícies microbianas, cliva C5 em C5a e C5b. As vias de ativação do complemento diferem na forma que o C3b é produzido mas seguem uma sequencia comum de reações após a clivagem de C5. > Via Clássica de ativação do complemento > A via clássica pode ser ativada pela ligação da cabeça radiada da ptn C1 do complemento as porções Fc de duas moléculas IgG ligadas a antígeno, ou pela ligação dessa mesma ptn C1 as porções Fc de uma ou mais moléculas de IgM ligadas a antígeno. > A ligação de duas ou mais das cabeças globulares de C1q as regiões Fc de IgG/IgM leva a ativação enzimática de C1r, que cliva ativa C1s. > Esta última ativa a ptn circulante C4, que é então clivada em C4a, liberada na circulação, e C4b, que se liga covalentemente ao complexo antígeno-anticorpo. A ptn C2 se liga a C4b e é clivada pela C1s em C2a, que se fixa ao complexo, e C2b (sem importância conhecida). > Essa ligação C4bC2a forma a C3-convertase, capaz de ligar-se e clivar proteoliticamente a ptn C3. > A clivagem de C3 gera C3a, liberado na corrente, e C3b, que permanece na superfície celular. Essas moléculas C3b podem ou amplificar a deposição de C3b ou ligar-se a C3-convertase (C4bC2aC3b) formando a C5- convertase, que cliva C5 em C5b e C5a. > Via alternativa de ativação do complemento > Normalmente a proteína C3 é expontaneamente clivada no sangue a uma baixa taxa. A porção C3b resultante vem a ser hidrolisada e inativada. Esse processão não ocorre caso essa ptn se fixe covalentemente a superfície microbiana. > A alteração conformacional devido a ativação de C3b expõe um local de ligação ao fator B plamático, que se fixa ao complexo C3b/superfície. > O Fator D presente na circulação leva a clivagem do fator B em Bb e Ba, formando o complexo C3bBb, a C3-convertase da via alternartiva. Essa C3-convertase amplifica a geração de C3b. > Quando o produto C3b da clivagem se liga a essa C3-covertase ocorre a formação a C5- convertase (C3bBbC3b), que cliva C5 em C5b e C5a. > Via da Lectinas de ativação do complemento > Via desencadeada pela ligação de polissacarídeos microbianos a lectinas circulantes, tais como a lectina ligadora de manose plasmática (MBL) ou as ficolinas, sempre na ausência de anticorpos. > Essas lectinas assemelham-se a C1q (porção de C1 que se liga a C4 e C2 na via clássica). Elas se liga a manose ou glicanos em uma porção e às ptns MASP (1,2,3), homólogas a C1r e C1s, em outra. Essas ptns MASP clivam C4 e C2 e ativam o complemento a semelhança da via classica. > As C5-convertase geradas pelas vias supracitadas iniciam a sequencia de ativação dos componentes da via terminal do SC, que culmina na formação do complexo citocida de ataque a membrana (MAC). > Os demais componentes do sistema complemento (C6, C7, C8, C9) não apresentam atividade enzimática, apenas estrutural. > C5b liga-se as ptns C6 e C7, formando um complexo proteico hidrofóbico (C5b,6,7) que se liga a bicamada lipídica e atua como receptor de alta afinidade para C8. > Próximo ao complexo C5b-8 a ptn sérica C9 se polmeriza e forma um poro através da membrana. A entrada de água e o consequente desequilíbrio osmótico levam a ruptura celular e necrose. > A deficiência de C9 pode levar a um quadro de infecção de repetição por meningococcus. Exceto nesse caso, o C9 funciona normalmente como um auxiliador no combate ao patógeno. > As células próprias possuem mecanismos de proteção e regulação a ação do SC. Entretanto, a função das ptns reguladoras pode ser superada pela ativação excessiva das vias do complemento. > A ptn C1-INH se liga a C1q eventualmente ativada e mimetiza o substrato das porções C1r e C1s, ligando-se as proteinas do complemento e impedindo sua atuação. > A deficiência de C1-INH leva ao edema angioneurótico da Doença de Quincke, devido a desregulação e aumento da degradação de C4 e C2. > A presença de fator H no plasma inibe competitivamente a ligação de C3b a Bb, não permitindo a condução da via alternativa. > O fator de aceleração do decaimento (DAF), presente na superficie celular de mléculas próprias, ocupa o sítio de ligação de C2 em C4, evitando a formação da C3-convertase da via clássica. > A proteína de membrana CD59 impede a polimerização e adição de C9 ao complexo C5b-8, enquanto a proteína plasmática S impede a inserção de C5b-6,7 na membrana. > Funções efetoras do sistema complemento > As principais funções efetoras do sistema complemento na imunidade são de promover a fagocitose de microrganismos, estimular a inflamação e induzir a lise desses microrganismos. > Opsonização e fagocitose > O revestimento de microrganismos por C3b ou C4b (pela via clássica) leva a sua fagocitose, pois os neutrófilos e macrófagos possuem receptores que reconhecem a essas ptns ativadas. > A ativação dos macrófagos por IFN-g e a presença de anticorpos também otimiza esse processo. > Estimulação das respostas inflamatórias > C3a, C5a e, em escala muito menor, C4a ativam a desgranulação de mastócitos, mobilizam neutrófilos e modificam as células endoteliais, favorecendo o processo inflamatório. > Citolise mediada pelo complemento > Ocorre através da formação do MAC > Limpeza de imunocomplexos circulantes > A ativação do complemento sobre as moléculas Ig pode bloquear as interações Fc-Fc promovendo a dissolução de imunocomplexos > Imunocomplexos ligados a C3b ligam-se a ptn CD1 dos eritrócitos. Esses são filtrados nos estreitos capilares sinusóides pelas céls de Kuppfer (fagócitos), onde os imunocoplexos são removidos. > Limpeza de colesterol > Diante da saturação dos hepatócitos e redução de seus receptores de superfície, o excesso de colesterol circulante pode ser capturado por macrófagos, lavando a formação de placas de ateroma. O sistema complemento forma imunocomplexos com essas moléculas lipídicas, que serão eliminados pelo SI. > Relação com fenômenos alérgicos > Ligado, por exemplo, a formação de edema > Aumento da adesão de células citotóxicas > A ação de células TCD8+ efetoras e NK é otimizada pela presença de C3b > Ativação de linfócitos B e células B de memória > A ligação de C3d ao receptor CR2 dos linfócitos B facilita a ativação dessas células e o início da resposta humoral. Se o LB se liga ao antígeno e ao C3d simultaneamente,a sinalização induzida pelo antígeno é otimizada e o linfócito é imediatamente ativado, através de ativação timoindependente. > Os antígenos opsonizados também se ligam às células dentríticas foliculares nos centros germinativos dos órgãos linfóides, se mantendo ali por mais tempo. Sua presença e constante apresentação aos linfócitos leva a repetida reativação do sistema imune adaptativo e ao aumento na produção de anticorpos. AULA 13 – IMUNIDADE ANTINFECCIOSA > O fenômeno patológico depende dos mecanismos da imunidade contra o microrganismo, dos mecanismos de escape do microrganismo e da agressão causada pelo microrganismo. > A sobrevivencia e a patogenicidade de um microrganismo são criticamente influenciadas pela sua capacidade de evasão e resistência aos mecanismos efetores da imunidade > Imunidade antiviral > Os principais mecanismos da imunidade inata contra os vírus são a inibição da infecção por interferon tipo I e destruição pelas céls NK de células infectadas > A endocitose dos vírus e o reconhecimento das ptns virais pelos PRRs (TLRs, RIG) , ativa os fatores de transcrição responsáveis pela produção de INF tipo I (os IRFs). O interferon produzido é lançado para fora das células e atua da maneira autócrina e nas células vizinhas, inibindo a síntese de ptns virais e levando a degradação do RNA viral. > A expressão de MHC-I em células infectadas por vírus é muitas vezes desligada, como mecanismo de escape, evitando a ativação das CTLs. A ausência de MHC-I retira as céls NK de seu estado de inibição, tornando-as ativas, e promovendo sua atividade citolítica. > A imunidade adaptativa contra infecções virais se dá pela produção de anticorpos, que bloqueiam a ligação e entrada dos vírus nas células hospedeiras, e pela ação dos CTLs, que eliminam a infecção induzindo células infectadas à apoptose. > Os anticorpos neutralizam os vírus, e impedem sua adesão (ex.: IgA, nas mucosas) e invasão celular. Também formam imunocomplexos que facilitam sua fagocitose. > A eliminação dos virus que residem dentro das células se dá pelos CTLs. > Em infecções latentes, o DNA viral persiste nas céls do hospedeiro, mas não há replicação ou destruição celular. > Em algumas infecções o dano celular é causado pela ação dos CTLs, e não pela virulência do patógeno (ex.: Hepatite B). > O IFN e os anticorpos são responsáveis pela neutralização viral. Já as céls NK e os CTLs, são responsáveis pela eliminação de células infectadas. A intensidade da resposta imune e a consequente manifestação clínica depende do equilíbrio entre esses fatores. OBS: Na Hepatite B, a forma aguda grave ou fulminante da doença é causada por uma intensa atividade T citotóxica, com menor expressão de IFN tipo I. Os pacientes assistomáticos, que tendem a desenvolver a forma crônica da doença, apresentam uma alta expressão de INF tipo I, com menor resposta de CTLs. A resposta ideal a esse microrganismo consiste em uma alta produção de IFN tipo I associada a uma resposta via CTL moderada. > Mecanismos de escape virais > Os vírus podem alterar seus antígenos por mutações pontuais e rearranjo no seu material genético (frequentemente vírus RNA), deixando de ser alvos da resposta imune (ex.: vírus HN) através da mudança antigênica. > Grandes rearranjos genéticos e a recombinação do material genético de diferentes cepas virais em células hospedeiras pode levar a geração de novas cepas, mais ou menos patogênicas, mais ou menos resistentes. > Vírus com elevada taxa de multiplicação, que invadem células importantes (ex.: neurônios, linfócitos, miocardiócitos, etc) ou que levam a produção de substâncias lesivas podem levar o hospedeiro a óbito (alta letalidade). > Alguns vírus inibem a apresentação de antígenos através da inibição de proteínas citosólicas associadas ao MHC-I (ex.: Epstein Barr ⇒reduz a atividade do proteossoma; Herpes simplex ⇒ inibe a TAP…) > Alguns vírus produzem proteínas que inibem a resposta imunologica. Essas podem ser de caráter imunodepressor (ex.: Epstein Barr⇒ produz um homólogo a IL-10) ou podem ser receptores homólogos aos receptores para de citocinas do SI (ex.: produção de homólogos de receptores de IFN, impedindo sua atuação na célula). > Imunidade para bactérias extracelulares > Os principais mecanismo da resposta imune inata contra bact. extracelulares é a ativação do complemento, a fagocitose e a resposta inflamatória. > O LPS ou proteoglicano da membrana bacteriana estimulam a via alternativa de ativação do complemento. Bactérias que expressam manose em sua superfície podem ativa-lo pela via das lectinas. Ambas as vias resultam na opsonização, fagocitose e estímulo a resposta inflamatória. > Os fagocitos reconhecem, endocitam e digerem as bacterias opsonizadas ou não (via TLRs), e também produzem citocinas pró-inflamatórias. > A imunidade humoral é uma importante resposta imunológica protetora contra bactérias extracelulares, e funciona para bloquear a infecção, eliminar os microrganismos e neutralizar suas toxinas. Os anticorpos produzidos ligam-se à proteínas da parede celular e às toxinas secretadas, e sua ação consiste na neutralização, opsonização e ativação do complemento pela via clássica. > Os antígenos bacterianos também ativam as células Th, que produzem citocinas que induzem a inflamação local; aumentam a atividade fagocítica e microbicida dos fagócitos e estimulam a produção de anticorpos. > As céls Th17 produzem IL-17 que recruta neutrófilos e monócitos promovendo a inflamação local. > As céls Th1 produzem IFN-g, que ativa os macrófagos (otimizando a fagocitose) e induz a produção de isotipos opsonizantes pelos plasmócitos. > Mecanismos de evasão de bactérias extracelulares > As bactérias com capsulas ricas em polissacarídeo resistem a fagocitose e são, por conseguinte, muito mais virulentas que as cepas homólogas que não apresentam cáspula. > Algumas dessas bactérias encapsuladas possuem ácido sálico que inibe a ativação do complemento pela via alternativa. > Outro mecanismo utilizado é a variação antigênica, através da alterações nos genes que definem a expressão de antígenos. Algumas bactérias variam os antígenos presentes em sua porção pili, outras sofrem alterações químicas nas superfícies do LPS ou outros polissacarídeos de membrana. > As bactérias extracelulares também podem inibir a ação dos radicais de oxigênio, evitando sua digestão. > Imunidade a microrganismos intracelulares > A resposta imune inata contra bactérias intracelulares se dá principalmente através de fagócitos e células NK. > A resistência aos mecanismos de fagocitose faz com que os produtos bacterianos reconhecidos o interior do fagócito (via TLRs e NLRs) ativem essas celulas imunes. A presença de DNA bacteriano leva a produção de IFN tipo I. > As células dentríticas e macrófagos, na presença de microrg. intracelulares, produzem IL-2 e IL-15 que ativa as céls NK. Estas últimas produzem IFN-g que leva a morte da bactéria pelo fagócito. > O recrutamento e ativação de fagócitos via céls Th (CD40 e IFN-g) e a ação citolítica dos CTLs acontece de forma cooperativa na defesa contra bactérias intracelulares. > As células Th1 se diferenciam devido a produção de IL-12 pelas APCs e produzem IFN-g, que estimula a atividade microbicida dos macrófagos > Em diversas patologias a ativação dos macrófagos via Th leva a formação de granulomas, como tentativa de conter a infecção, levando a necrose e dano tecidual. Na tuberculose, a reação via Th1 exacerbada leva a destruição do parênquima pulmonar; Na leishmaniose, a destruição visceral e cutânea e na hanseníase a resposta conjunta Th1/Th2 leva a lesão neurológica. > A alteração no padrão de resposta (Th1 com ↑ INF-g e IL-2 ouTh2 com ↓INF-g) altera o quadro clínico e pode determinar a eliminação ou não do patógeno. > Quando antígenos bacterianos alcançam o citosol é sinal de que os mesmos não estão sendo controlados pelos mecanismos de fagocitose. Os CLTs, então, são estimulados via MHC-I e provocam a apoptose da célula infectada. > Mecanismos de escape dos microrganismos intracelulares > Inibição da fusão do fagolisossoma > Escape para o citosol através da lise da membrana do fagolisossoma > Eliminação direta ou inativação de substâncias microbicidas (ex.: EROs) > Variação antigência (Fase-específica ou contínua ex.: Trypanossoma, Plasmodium…) > Imunidade a helmintos > A imunidade a helmintos se dá ou no sítio de desenvolvimento ou na porta de entrada do parasita. > A desfesa é mediada por céls Th2 que, através da secreção de IL-4 e IL-5, estimula a produção de IgE, recruta e ativa os eosinófilos. > A porção Fc da IgE produzida (e ligada aos antígenos do tegumento do helminto) se liga aos mastócitos e eosinófilos, provocando a liberação de seus grânulos. > A ação conjunta de mastócitos e eosinófilos também propicia a peristálse e colabora para eliminação de helmintos intestinais. > Mecanismos de evasão dos helmintos > Os helmintos tornam-se resistentes aos mecanismos do sistema complemento e das CLTs por meios ainda não esclarecidos > Expulsão de capas antigências antes ou após a fusão de anticorpos > Geram inibição da resposta imune, atribuida a produção de enzimas imunossupressoras por macrófagos ativados via Th2 e por defeitos de ativação nas céls T > Podem apresentar variações antigênicas AULA 14 – CITOCINAS > São polipeptídeos produzidos em resposta a antígenos, secretados por células do sistema imune inato e adaptativo > Medeiam funções celulares e estimulam respostas diversas > Sua secreção é breve e autolimitada, ocorrendo em situações específicas. Uma vez sintetizadas são imediatamente secretadas, não havendo armazenamento. > A ativação celular leva a ativação dos fatores de transcrição para expressão de citocinas > Sua produção pode ocorrer diretamente durante a trancrição ou posterior a ela, sendo produto ativo de um precursor que precisa sofrer proteólise. > Sua ligação à seus receptores (que são escassos nas membranas celulares) ocorre com altíssima afinidade e desencadeia reações intracelulares (com a participação de outras ptns) que permitem que a célula alvo desempenhe sua função efetora. > Formas de atuação > Pleitropismo: uma mesma citocina atua em células diferentes com funções diferentes > Redundância: duas citocinas diferentes estimulam a mesma célula com a mesma finalidade > Sinergia: duas citocinas juntas atuam com o mesmo fim, ocorrendo a soma de estímulos > Antagonismo: duas citocinas diferentes atuam de forma antagônica entre si > Tipos de ação > Autócrina: a citocina atua na célula que a produz. Ex.: IL-2 ⇒ TCD4+ > Parácrina: a citocina atua sobre as células adjacentes > Endócrina: a citocina atinge a circulação e provoca estímulos em células distantes > Alguns receptores são capazes de reconhecer diferentes citocinas Citocina + Receptor ⇒ Fosforilações ⇒ Ativação os fatores de transcrição ⇒ Expressão gênica ⇒ Transdução > Mecanismos de feedback negativo: Levam a inibição ou contração da reposta > Antagonistas de citocinas: se ligam aos receptores ou citocinas impedindo a ligação e o estímulo > Receptores de engodo: ligam-se a citocina mas não geram sinalização. Inibem competitivamente a atuação dos receptores de citocinas. > Cascata de sinalização: outras moléculas bloqueiam a atuação de cinases através de fosfatases opostas a cascata > Inibição do fator de transcrição de citocina > Quimiocinas: Citocinas estruturalmente homólogas que estimulam o movimento dos leucócitos e regulam a migração dos leucócitos do sangue para o tecido. Elas regulam o tráfego de linfócitos e outros leucócitos através dos tecidos linfóides periféricos e podem estimular a angiogênese. > As citocinas também estão envolvidas no desenvolvimento de órgãos não linfóides > Os receptores de citocinas podem ser constitutivos (relacionados ao tráfego basal de células, ao fluxo normal e homeostático) ou não-constitutivos (tendo sua expressão induzida ou suprimida na presença de antígenos) > Podem ser usados como agentes terapêuticos no desenvolvimento das céls hematopoiéticas. Entretanto, o pleitropismo inerente a seu funcionamento representa uma barreira para a sua aplicação. AULA 15 – MECANISMOS DE AGRESSÃO IMUNOLÓGICA > Imunopatologia: Processo amplo que inclui antígenos próprios e não próprios. Ex.: Destruição tecidual em TB > Autoimunidade: Pertence ao campo da imunopatologia, relacionado a geração de resposta imune à antígenos próprios. > Mecanismo de hipersensibilidade do SIA: > Tipo I: Hipersensibilidade imediata (Alergia ou Atopia). Ação patogênica de IgE contra antígenos ambientais. Ativação de mastócitos e seus mediadores > Tipo II: Ação patogênica de IgG/IgM. Opsonização e fagocitose; Ativação do complemento; Anormalidades nas funções celulares > Tipo III: Ação patogênica de IgG/IgM e imunocomplexos que se depositam em tecidos e paredes dos vasos e causam lesão. Recrutamento de leucócitos através da ativação do complemento e porção Fc > Tipo IV: Ação patogênica de céls TCD4+ (hipersensibilidade retardada) e CTLs (citólise mediada por células T). Ativação de macrófagos; Morte às células alvo e inflamação mediada por citocina > Hipersensibilidade Tipo I - Hipersensibilidade imediata (Alergia ou Atopia) > Resposta a antígenos ambientais que envolvem céls Th2 onde, em sua fase efetora, os mastócitos e eosinófilos liberam mediadores que levam ao aumento da permeabilidade vascular, vasodilatação, e contração dos músculos liso e visceral. > Fase inicial: Primeiro contato com o antígeno. > Indivíduos atópicos produzem altos níveis de IgE em resposta a alérgenos ambientais. Enquanto os demais geralmente produzem outros isotipos de Ig, como IgM e IgG e pequenas quantidades de IgE > Após o primeiro contato ocorre a produção de IgE, e esse Ig sensibiliza os mastócitos (e basófilos) que se ligam a sua porção Fc (FceR). > Sensibilização: Captura dos antigenos ambientais proteicos (céls B) e apresentação a céls TCD4+ que se diferenciam em Th2 ou Thf, ambas produzindo IL-4, IL-5 e IL-13. > Estímulo a produção de IgE pelas células B e sensibilização dos mastócitos > Ativação dos mastócitos: A ligação contígua (lado a lado) dos antígenos as moléculas IgE leva a formação de ligações cruzadas entre os receptores FceR dos mastócitos. > Essa mudança conformacional gera uma cascata de reações que resulta na formação de substâncias rápidas (ou imediatas, pré-formadas) e substâncias lentas da anafilaxia (que não são pré-formadas). > Substâncias rápidas: > Durante a cascata, a fosfolipase Cg (PLCg) é ativada, e posteriormente a proteína cinase C (PKC). Essa PKC fosforila o componente de miosina da cadeia leve dos complexos actina-miosina localizados sob a membrana plasmática. > A ativação da PLCg também leva a abertura dos canais de Ca++, bloqueando a função reguladora das moléculas inibitórias que, em repouso, impedem a fusão dos grânulos a membrana. > A desmontagem do complexo actina-miosina somada a abertura dos canais Ca++ permite a fusão dos grânulos proteicos préformados com a membrana e sua exocitose. > Histamina: contração das céls endoteliais, aumento da permeabilidade vascular, estímulo a produção de vasodilatadores (óxido nítrico; prostaglandinas), aumento da peristalse e broncoespasmo... > Substâncias lentas da anafilaxia - Prolongamento da resposta: > Os lipídeosda membrana são hidrolizados pelo componente PLA² da cascata. Esses lipídeos hidrolisados fornecem substratos que serão convertidos, através de outras cascatas enzimáticas, em mediadores finais. O principal substrato é o ácido araquidônico que é convertido em eicosanoídes como prostagladina, pela via da ciclo-oxigenase nos mastócitos, e leucotrienos pela via da lipoxigenase. > O recrutamento de várias moléculas adaptadoras e cinases em resposta a ligação cruzada de FceR levam a ativação dos fatores de transcrição NFAT, NF-kB e AP-1. Esses fatores de transcrição determinam a produção de diversas citocinas que contribuem para a inflamação alérgica: TNF, IL-1, IL-4, IL-5, IL-6, IL-13, CCL3, CCL4 e vários fatores estimulantes de colônia. > O desenvolvimento tardio da alergia pode ocorrer se houver apresentação do antígeno em todas as condições próprias para produção de IgE (Ex.: IL-4) > Teste de alergia: Sensibilidade imediata ou Hipersensibilidade retardada. Determina a causa da alergia e seu mecanismo patogênico. > Hipersensibilidade Tipo II - Doenças causadas por anticorpos contra células fixas e antígenos do tecido > Anticorpos contra antígenos celulares ou da matriz causam doenças que afetam específicamente as células ou tecidos onde esses antígenos se encontram - a resposta imune é bem localizada. Podem ser parte de uma reação autoimune ou correspondentes a antígenos microbianos. Ocorrem através de 3 mecanismos principais: > Opsonização e fagocitose: Os anticorpos podem opsonizar as células diretamente ou ativar a via clássica do complemento. As células opsonizadas são destruídas por fagócitos. > Ex: Anemia hemolitica autoimune; Púrpura trombocitopenica autoimune - Antic. específicos para eritrócitos ou plaquetas > Inflamação: Os antic. depositados sobre as células (associados ao complemento ou não) recrutam neutrófilos e macrófagos, produtores de citocinas pró-inflamatórias e enzimas que levam ao dano tecidual (EROs, enzimas lisossomais). > Febre reumática: Reação com formação de complexos nas válvulas cardíacas, gerando inflamação e edema. Os antígenos das válvulas cardíacas são semelhantes aos do streptococcos B-hemolitico do grupo A, levando a uma reação cruzada dos anticorpos produzidos. > Funções celulares anormais: Anticorpos que se ligam a receptores normais ou outras ptns podem interferir no funcionamento da células. > Pênfido vulgar: Anticorpos anti-desmossomos. Formação de bolhas que estouram e abrem portas para infecção. > Goodpasture: Anticorpos contra membrana do glomérulo renal > Anemina perniciosa (megaloblástica): Anticorpos contra fator intrínseco, impedindo a captação de vitamina B12 > Miastenia grave: Anticorpos contra receptores de acetil-colina. Não há passagem de informação do neurônio para o músculo. > Doença de Graves: Anticorpos contra receptores de TSH na tireóide. Esses anticorpos se ligam aos receptores TSH e tem caráter estimulante, aumentando a produção de T3 e T4, que regulam negativamente a produção de TSH pela pituitária. > Hipersensibilidade Tipo III - Doenças mediadas por imunocomplexos > Imunocomplexos que causam doença podem ser ligados a autoantígenos ou antígenos externos. As características patologicas dessas doenças são relacionadas ao local de deposição dos imunocomplexos, e não a fonte celular do antígeno, tendendo a ser sistêmicas - embora regiões de filtração como articulação e rins sejam especificamente susceptíveis. A quantidade de deposição nos tecidos é determinada pela natureza dos imunocomplexos e pelas características dos vasos sanguíneos. > Pequenos imunocomplexos se depositam nos vasos com mais facilidade que grandes imunocomplexos, gerando quadros de vasculite. Alguns imunocomplexos, entretanto, são retidos nos processos de filtração glomerular e sinovial, levando a glomerulite ou artrite, com ativação do complemento, lise celular e inflamação. Esses depósitos ativam leucócitos e mastócitos secretores de citocinas e mediadores vasoativos, que acentuam a deposição de imunocomplexos pelo aumento da permeabilidade e do fluxo. > Lupus Eritematoso Sistêmico (LES): Deposição de complexos formados por anticorpos anti-elementos nucleares nos rins, vasos sanguíneos, pele, entre outros. > Poliartrite nodosa: Acúmulo de imunocomplexos de antígenos de superfície do vírus da hepatite B e anticorpo nas articulações. > Glomerulonefrite pós-Stretococcos: Deposição de imunocomplexos de parede celular bacteriana e anticorpo nos glomérulos renais. > Doença do soro: A aplicação de soro antiofídico ou antidiftérico pode levar a formação de imunocomplexos que causam infartamento ganglionar. > Dosagem de C3/C4: Durante o processo patológico, essas proteínas estão sendo degradadas e seus níveis séricos encontram-se reduzidos. > Hipersensibilidade Tipo IV - Doenças causadas por linfócitos T > Os linfócitos TCD4+ efetores, especialmente das subpopulações Th1 e Th17 danificam os tecidos pela produção de citocinas e desencadeamento da inflamação. Já os TCD8+ efetores matam diretamente as células. Essas células T podem ser autorreativas ou específicas para antígenos proteicos estranhos apresentados internamente as células ou ligado à elas, presente nos tecidos. A lesão tecidual via cel T pode ser acomanhada de fortes respostas imunes protetoras contra microrganismos persistentes (especialmente intracelulares). > Na inflamação imunomediada, as céls Th1 e Th17 produzem citocinas que recrutam e ativam leucócitos. > Th17: IL-17, promove recrutamento de neutrófilos > Th1: IFN-g, promove ativação de macrófagos > CTLs: TNF e quimiocinas > Muitas doenças autoimunes especificas a determinados órgãos são causadas pela interação de céls T autorreativas com autoantígenos, o que leva aliberação de citocinas e inflamação. > Ex.: Artrite reumatóide, esclerose múltipla, diabetes tipo I, psoríase… > Reações de cels T a antígenos estranhos também pode levar a inflamação e lesão nos tecidos. Bactérias intracelulares podem produzir inflamação granulomatosa (inflamação e fibrose). > Ex: Tuberculose > Várias doenças cutâneas resultam da exposição tópica a rodutos químicos ou antígenos ambientais, e esse fenomeno é chamado sensibilidade de contato (formação de neoantígenos: produtos + proteínas próprias). Ex.: Plantas com produtos semelhantes a hapteno ; alguns metais e luvas de latex podem conjugar-se a proteínas próprias e gerar reação via TCD4+ (eczema). > Inflamação de caráter crônico, com sobreposição de fases agudas. > Hipersensibilidade do tipo tardio (DTH): Após a sensibilização (infecção microbiana, contatos com produtos quimicos a antígenos ambientais, injeção parenteral de antígenos proteicos...), em caso de nova exposição ao antígeno, ocorre grande infiltrado inflamatório de céls T, monócitos, celulas endoteliais entumecidas, escape e deposição de fibrina nos tecidos e formação de edema. > As reações crônicas de DTH podem se desenvolver se uma resposta Th1 a uma infecção ativar os macrófagos mas não for capaz de eliminar o patógeno fagocitado. Se o microrganismo estiver em uma área pequena, a reação produzirá nódulos de tecido inflamatório chamados granulomas. > As respostas de CLTs a infecções virais podem levar a lesão tecidual em decorrencia da morte celular ainda que o vírus não possua caráter citopático. Ex.: Hepatites virais AULA 16 – IMUNODIAGNÓSTICO: PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES IMUNITÁRIAS > Utilização de ferramentas do sistema imunitário para diagnóstico clínico. Apresentam vantagens que os permitem ser utilizados como ferramentas: > Especificidade da resposta imunitária > Afinidade dos receptores do sistema imunitário adquirido: Define a sensibilidade/especificidade do teste.> Sorologia X testes cutâneos >Diagnóstico de: > Doenças autoimunes - Quantificação de antic. para antígenos próprios > Doenças infecciosas > Alergias > Neoplasias > Quantificação de hormônios ou drogas > O SI pode responder a praticamente qualquer coisa, oferecendo uma ampla gama de possibilidades de testes > Sorologia > Detecçãode anticorpos >Sub-classes(ex: hipogamaglobulinemialigada ao X) > Avaliação da deficiencia de um isotipo específico > Anticorpos antígeno-específicos (ex: sorologias virais ou autoimunitárias) > HIV, Hepatite, Etc. - Baixa viremia com muitos anticorpos > São produzidos muito mais anticorpos que a quantidade de antígenos OBS.: A resposta imune adaptativa leva tempo entre a infecção e a produção de anticorpos, começando pela produção de IgM, que decai rapidamente pela mudança à produção do isotipo IgG (por sinalisação Th). Linfócitos B de memória produzem grandes quantidades de IgG por bastante tempo, sendo esse anticorpo um marcador de memória imunológica. > Interpretação: IgM+ / IgG normal ⇒ infecção atual IgM+ / IgG+ ⇒ infecção atual ou recente ou reinfecção IgM normal / IgG+ ⇒ infecção antiga (cicatriz imunológica) ou vacinação IgM normal / IgG normal ⇒ ausência de infecção ou janela imunológica > Detecção de antígenos > Diagnóstico de doenças infecciosas > Quantificação de hormônios, drogas ou outras substâncias > Técnicas de imunodiagnóstico baseadas na presença de anticorpos > ELISA (teste imunoenzimático, EIA) > Western blot > Imunofluorescência > Citometriade fluxo > Teste imunocromatográfico > Como são feitos os anticorpos para diagnóstico? > Policlonais > Imunização de coelhos, cabras, cavalos, burros, ovelhas, etc - Repetidas vezes para grande produção de anticorpos > Coleção e purificação do soro > Baratos, fáceis de fazer > Baixa especificidade (reações cruzadas) - Vários anticorpos que reconhecem diferentes epítopos de diferentes antígenos > Baixa reprodutibilidade > Monoclonais: hibridomade células B > Imunização do aminal e retirada de linfócitos B: esses linfócitos produtores de anticorpo morreriam rapidamente. Se Realiza uma hibridização induzida com uma célula cancerígena derivada de LB. > Produção de antic. + Capacidade de replicação ilimitada = Hibridoma > Alta especificidade - Todos os anticorpos são derivados do mesmo clone de LB, por isso, tem afinidade ao mesmo antígeno > Caros, difíceis de fazer > ELISA (‘Enzyme-linkedimmunosorbentassay’) > Relativamente barato e fácil de fazer > 96 amostras em poucas horas > Versátil – detecção de muitos tipos de antígenos > Sensibilidade razoável a muito boa > Método: > Em cada poço da placa de plástico se deposita uma solução salina contendo o antígeno ou proteina de interesse e se retira o excesso > O soro-teste é adicionado e a placa é lavada para retirada do excesso (Anticorpos que não se ligaram as ptns) > Um soro-anti-Ig humana marcado com cloróforo é adiconado e a placa é lavada para retirada do excesso (Antígenos que não se ligaram á Ig humana) > O substrato que confere a cor ao marcador é adicionado e se realiza a leitura > Método- ELISA de captura (“ELISA Sanduíche”): > Em cada poço da placa de plástico se deposita uma solução salina contendo o anticorpo-anti-epítopo 1 da ptn X > O soro-teste (busca pela ptn X) é adicionado e a placa é lavada para retirada do excesso (Antígenos que não se ligaram aos anticorpos- anti-epítopo 1 da ptn X) > Uma solução salina contendo o anticorpo-anti-epítopo 2 da ptn X é adiconado, e a placa é lavada para retirada do excesso (Anticorpo-anti-epítopo 2 da ptn X que não se ligaram aos seus antígenos) > Enzima marcadora de anticorpo anti-epítopo 2 é adicionado > O substrato que confere a cor ao marcador é adicionado e se realiza a leitura > Método - ELISA por competição (?) > Western Blot > Método > Eletroforese de proteínas de interesse (Ex.: Ptns virais do HIV) em gel > Transferencia das ptns separadas para membrana > Soro do paciente em contato com a membrana ⇒ Busca de anticorpos para os antigenos da ptns de interesse > Adição de Ig anti-Ig humana associada a marcador ⇒ Leitura > Desvantagens: demorado e razoavelmente caro > Vantagens: Alta especificidade > Imunoflurescência > Anticorpo para detecção de ptns de interesse marcado com marcador florescente (fluoróforo) > Informação espacial; Mostra a localização dos antígenos > Células não-coradas: pouco contraste > Anticorpos conjugados a fluoróforos > Vantagens: observar distribuição do antígeno (ex. Lupus - Ac anti-núcleo); alta especificidade > Desvantagens: MUITO caro, tecnicamente difícil > Citometria de fluxo: > Vantagens: versátil, pode-se analisar múltiplos parâmetros; bastante quantitativo > Desvantages: caro e tecnicamente complexo > Marcação de ptns celulares diferentes com com fluoróforos diferentes (Ex.: CD3+ ⇒ Vermelho; CD4+ ⇒ Amarelo; CD8+ ⇒ Verde) > Leitura no citômetro de fluxo das cores produzidas: Ptns presentes ou ausentes e, se presentes, em que quantidade. > Contagem de células > Teste Imunocromatográfico > Partículas de ouro (vermelhas) conjugadas a anticorpos anti-ptn de interesse (Ex.: B-HCG) > Amostra submetida a difusão no papel do teste ⇒ Na parte superior se encontram anticorpos anti-anti-ptn de interesse > Complexo anti-p.i. com particula de ouro + p.i. + anti-anti-p.i ⇒ Parada e acúmulo, permitindo a leitura > Sensibilidade e Especificidade de um teste imunodiagnóstico: > Sensibilidade: dentre todos os pacientes com a doença, quantos vão ter um teste positivo. Alta sensibilidade – poucos falso-negativos > Depende do método; Da afinidade ang-antic; Da densidade e disposição do ang > Especificidade: dentre todos os pacientes que não tem a doença, quantos vão ter um teste negativo. Alta especificidade – poucos falso-positivos > Depende das caracteristícas do ang ⇒ quanto mais simples e puro, menor a chance de reação cruzada > Falso negativo - Possibilidade: Período de ‘janela imunológica’ : tempo decorrido entre a infecçãoe o aparecimento de reação sorológica ou de teste intradérmico positivos. > Varia de 10 a 14 dias, na maioria das infecções, até três meses,como na infecção pelo HIV. > Outras: Reagentes fora do prazo de validade ou estragados por problemas na armazenagem e transporte; Erros de identificação e de procedimento; Injeção profunda em testes intradérmicos; Acaso > Falso-positivos - Possibilidades: Vacinação prévia: testes sorológicos e intradérmicos podem se positivar por vacinação prévia. > Outras: Administração de anticorpos transferidos por soros hiperimunes ou imunoglobulinas; Transferência placentária de anticorpos: IgG nos primeiros 6 a 12meses; Falhas técnicas: erros de identificação e de procedimento; Acaso. > Valores de sensibilidade e espicificidade determinam diferentes estratégias imunológicas. Ex.: Teste de HIV numa bolsa de sangue e num indíviduo - Quais as repercuções de um falso positivo? E de um falso negativo? > Valores preditivos > Chance do resultado positivo ser realmente positivo e do resultado negativo ser realmente negativo. > Valores preditivos positivos e negativos se alteram de acordo com a prevalência da condição num grupo estudado e dependem dos valores de sensibilidade e especificidade. AULA 17 – IMUNIDADE ANTI-TUMORAL > Definições: > NEOPLASMA: Literalmente quer dizer “novo crescimento” > TUMOR: originalmente vem da inflamação aguda (intumescimento= inchaço) > ONCOLOGIA: do grego oncos = tumor; estudo de tumores ou neoplasmas > CÂNCER:termo utilizado para neoplasias malignas (Latim- caranguejo) devido a presença de tumor com intensa vascularização - Forma de “caranguejo” > Câncer é uma doença genética caracterizada pelo acúmulo progressivo de mutações no genoma das células alteradas. > Essas células apresentam vantagens quanto à proliferação e∕ou à resistência a mecanismos de indução de morte celular. Também podem apresentar mutações em sistemas de reparo do DNA → predisposição a mutações; gera variabilidade e forma uma massa tumoral heterogênea. > Capacidade de invasão local e indução de alterações no microambiente tecidual (Ex: formação de novos vasos - angiogênese) e capacidade de metastatização > Transformação: Uma celula sofre alteração genética e torna-se tumoral. > Proliferação: Sua proliferação contínua leva a formação de um tumor local (benigno). Se essa poliferação não é parada pelo SI e o tumor atinge a lâmina basal subjacente ocorre a formação de um tumor maligno. Este pode eventualmente alcançar a corrente sanguínea e promover a formação de metastases em outras partes do corpo. > Após cruzar a membrana basal e atravassar a matriz extracelular, as células tumorais podem alcançar a corrente sanguínea, interagindo com células do SI e plaquetas. Essas plaquetas formam êmbolos metastáticos e auxilia na adesão das células tumorais à membrana basal do sítio de metastase. > Muitas vezes essas celulas podem estimular a angiogênese no local de estabelecimento do tumor primário, bem como de suas metástases. > A interação das células neoplásicas com o SI frequentemente desencadeia uma resposta imune adaptativa. A presença de infiltrado linfocítico no sítio do tumor indica um melhor prognóstico. > Vigilância imunológica: Conceito proposto por Macfarlane Burnet (1950). Esse conceito determina que o SI reconhece e destrói clones de células transformadas antes que tornem-se tumores ou depois de já formados. Entretanto, essa teoria de vigilância imunológica mostrou-se muitas vezes controversa (existência de tumores pouco imunogênicos). De qualquer modo, é possível afirmar que, em alguns caso, o SI inato e adaptativo reagem contra tumores. > Há antígenos tumorais que são reconhecidos como estranhos pelo SI do indivíduo. Entretanto, a RI geralmente é ineficiente na prevenção do crescimento neoplásico. A maioria dos tumores tendem a ser fracamente imunogênicos. Tumores que provocam resposta forte costumam ser induzidos por vírus oncogênicos, pois estes possuem tant antígenos virais quanto tumorais. > Características de antígenos tumorais: > Antígenos tumor - específico: expresso apenas em células tumorais, ausentes em células normais. São produtos das mutações oncogênicas, de proteínas ou da adição de material genético de vírus oncogênicos. > Antígenos associados à tumores: também são expressos em células normais (expressão aberrante ou desregulada). > Oncogenes: Mutações pontuais, deleções, translocações cromossômicas ou inserções de genes virais. Levam a expressão de genes cujos produtos são necessários para a transformação maligna ou para manutenção do fenótipo maligno. > Os produtos oncogenes podem ser processados e apresentados pelas próprias células via MHC-I. Muitos dos produtos oncogenes são proteínas e nucleases citosólicas, que podem ser degradadas no proteassoma e apresentadas por essa via. Ou essas celulas quando mortas ou diante da liberação de corpos apoptóticos são reconhecidas pelas APCs, fagocitadas e seus produtos antigênicos são apresentados via MHC-II > Genes mutados aleatoriamente podem levar a formação de antígenos tumorais cujos produtos não estão relacionados ao fenótipo maligno – mas podem ser reconhecidas pelo SI. > Algumas proteínas podem ser alteradas após a sua produção, e, então, gerar o perfil tumoral. > Produtos celulares não mutados mas anormalmente expressos: Alguns antígenos tumorais que induzem a resposta imune podem ser proteínas celulares normais, expressas de forma anormal. > Ex.: Ptns anormalmente expressas em Melanomas Tirosinase: É uma enzima envolvida na biossíntese de melanina, expressa apenas em melanócitos normais – ou em melanomas. Essa ptn é produzida em poucas células e em quantidades pequenas em células normais, de modo que não provocam tolerância. Quando expressas em grandes quantidades tanto células Th quanto CTLs são capazes de reconhecer seus peptídeos e responder a sua presença. > Antígenos de vírus oncogênicos: Um mesmo vírus induz mesma mutação gênica. Portanto antígenos tumorais são compartilhadas pelos tumores que foram induzidos pelos mesmo vírus. O SI pode desempenhar resposta contra tumores induzidos por vírus pois reconhecem e destroem as células infectadas. Entretanto, caso esse vírus sofra mutações a ação do sitema imune, bem como o tratamento terapeutico, ficam dificultados. > Antígenos oncofetais são proteínas expressas em feto em desenvolvimento normal. Em adultos normais apenas estão presentes em pequenas quantidades, e em tumores estão presentes em grandes quantidades (antígenos oncofetais). > Antígenos glicolipídicos e glicoprotéicos alterados : Glicoprotéinas e glicolipídeos encontram-se presentes na superfície de células tumorais em níveis mais altos do que o normal. Essas as glicoproteínas e glicolipídeos também podem se apresentar de formas anormais. Esses elementos podem ser marcadores de diagnóstico, e podem ser alvos para desenvolvimento de terapias. > Respostas imunes contra tumores: Resposta Imune Inata > Macrófagos encontram-se presentes no microambiente de tumores. Sua ativação via IFN-g leva a liberação de enzimas lisossômicas e produção de reativos de oxigênio e de óxido nítrico. Esses fagócitos também produzem TNF, que posui uma série de funções antitumorais: > Trombose nos vasos sanguíneos do tumor. > Indução apoptose – via extrínseca via receptor TNF. > Apoptose seguida de fagocitose dos corpos apotóticos leva a criação de ambiente anti-inflamatório (IL-10 e TGF-b), que é uma condição não tão eficiente. Os processos que envolvem a necrosedas células tumorais são mais eficiente pois são mais imunogênicos, induzindo estado proinflamatório e a resposta imune. > Perfil M1: Produtores de INF-g, reconhecem as céls tumorais opsonizadas e desencadeiam o processo inflamatório. > Perfil M2: Produtores de TGF-b, IL-10 e VEGF, Favorecem a progressão e vascularização do tumor. Ativados por via alternativa. > Acredita-se que a inflamação crônica favorece o surgimento de células tumorais por mecanismos ainda não esclarecidos. > APCs: apresentação de antígenos para ativação de LTs. Em casos de coestimulação insuficiente pode ocorrer a geração de tolerância aos antígenos tumorais. Os mecanismos necessários para co-estimulação eficiente na apresentação de antígenos tumorais não sao esclarecidos, mas acredita-se que esteja relacionado a um microambiente propício para estimular a co-estimulação. > Respostas imunes contra tumores: Resposta Imune Inata/Adquirida > Células NK: Eliminam várias células tumorais com redução na expressão de MHC de classe I e que escapam da lise por CTLs. > Respostas imunes contra tumores: Resposta Imune Inata/Adquirida > Linfócitos T - Mecanismo principal: lise por CD8+ CTLs. São capazes de reconhecer uma grande variedade de antígenos tumorais e induzir as células tumorais a morte. Sua ação citotóx > Cross-priming: apresentação via MHC-I e MHC-II, estimulando tanto ação das células TCD4+ quanto TCD8+. > As células TCD4+ demandam a atividade das APCs (com presença de coestimulação) para tornarem-se ativas. Elas auxiliam tanto a resposta via CTLs (produzindo citocinas ativadoras) quanto a resposta humoral (direcionando a formação de anticorpos). > Anticorpos específicoscontra antígenos tumorais opsonizam as células tumorais e podem ativar o complemento. > Fagocitose - A opsonização auxilia tanto a tarefa dos macrófagos, portadores de receptor Fc, qaunto o reconhecimento pelas células NK (via receptor Fc) que medeiam a destruição da célula tumoral (citotoxidade dependente de anticorpo). > Falhas no controle das células tumorais: > Essas células derivam de células do hospedeiro. Portanto, tendem a ser fracamente imunogênicas, por isso tumores com RI forte são normalemente induzidos por vírus oncogênicos (as proteínas virais são antígenos estranhos). > O crescimento e disseminação rápidos do tumor frequentemente superam a capacidade do SI de controlar eficazmente seu desenvolvimento (que exige eliminação de todas as células malignas). > Mecanismos de evasão tumorais > Tumores são formados por populações dinâmicas e de instabilidade genética nas células tumorais. Essas células possuem características e podem expressar produtos diferente. Isso permite o escape e progressão de subpopulações resistentes mesmo que o SI represente uma pressão seletiva negativa a um determinado produto. > Algumas células neoplásicas não expressam antígenos tumorais, e por isso não são reconhecidas pelo SI > Essas celulas podem induzir a redução na expressão de moléculas de MHC e de moléculas coestimulatórias (geração de tolerância). > Pode ocorrer o aumento da expressão de moléculas inibidoras de células T (CTLA-4; PD-L1) e a secreção de citocinas imunosupressoras (TGF-b) > O Fas-L pode ser expresso na membrana de células tumorais, induzindo as células T do sistema imune a apoptose. > O anticorpo contra antígenos tumorais de superfície induz a endocitose e eliminação do complexo antígeno - anticorpo pela própria celula > As celulas tumorais podem induzir a produção de colágeno, gerandoum sítio privilegiado ⇒ Ignorância imunológica > Moléculas do glicocálice (mucopolissacarídeos contendo ácido siálico) são mais expressas em tumores e tornam os antígenos tumorais inacessíveis ao SI > Ausência de indução de células T efetoras por baixa expressão de moléculas coestimuladoras e MHC de classe II (redução da apresentação cruzada). > Expressão de proteínas inibidoras da apoptose. > Resistência à perfurina por expressão de catepsina B e PI-9. > Estímulo a produção de macrófagos M2 e Treg, que levam a retração da resposta imune > Possíveis condutas terapêuticas: > Extirpação cirúrgica > Quimioterapia > Radioterapia > Imunoterapia - Crescente campo de pesquisa > Uma grande vantagem da imunoterapia é que ela é altamente específica, não lesando células saudáveis do hospedeiro > Identificação de antígenos tumorais para estabelecimento de potencias à imunoterapia ou de marcadores de imunodiagnóstico: > Co-cultivo de células tumorais e mononucleares, seguido de isolamento e proliferação induzida das células CTLs ativadas em cultura. > Produção de cDNA para diversos antígenos, sua inserção em APCs e co-cultivo das células incoculadas com cDNA e linfócitos T isolados ⇒ Avaliação de indução e morte celular para pesquisa e identficação do antígeno cancerígeno imunogênico > Estimuladores da resposta imune do hospedeiro (imunoterapia ativa): > Imunização do indivíduo com células tumorais mortas ou antígenos derivados. > Células dendríticas dos pacientes + antígenos tumorais. > Vacinas de DNA (cDNA) > Retirada de células dentríticas do paciente ⇒ Inserção do plasmídeo de cDNA (antígeno tumoral) ⇒ Proliferação induzida e reinserção das células no paciente ⇒ Resultado esperado: Apresentação dos antígenos ao SIA e ativação de linfócitos > Transfecção de genes de coestimuladores e citocinas: Aumento na expressão de B7 e IL-2, levando a maior ativação de CTLs sem que seja necessário o conhecimento do antígeno em questão > Bloqueio das vias inibidoras > Inibição do CTLA-4 – surgimento de doenças autoimunes. > Bloqueio da via PD-L1 ∕ PD-1 – eficaz no aumento da morte de tumores em camundongos, testes em humanos em progresso. > Depleção de Tregs – testes em modelos animais. > Estimulação inespecífica do SI > Por meio de injeções de substâncias inflamatórias em paciente com tumor – BCG (bacilo de Calmette-Guérin) nos locais de crescimento tumoral. Ocorre a ativação de macrófagos pelas presença das micobactérias. > Usado atualmente no tratamento do câncer de bexiga. > Terapia celular adotiva > Isolamento de células TCD8+ do paciente, Estimulação invitro (IL-2) e proliferação, seguido de reinserção dessas celulas no paciente. > Evita mecanismos de evasão e acelera a respostas > Mesmo procedimento está sendo testado com APCs > Imunoterapia passiva >Anticorpos anti-tumorais: Opsonização, fagocitose e ativação do sistema complemento. > Anticorpo monoclonal anti-tumor específico para eliminação de tumores > Conjugação dos anticorpos a toxinas: morte celular em caso de endocitose do complexo antígeno-anticorpo > Conjugação a radioisotopos: Morte por radiação. Não é tão seguro, pois pode prejudicar células normais adjacentes
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