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Imunologia

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Introdução 
• Histórico da Imunologia: 
✓ Registros da antiguidade indicam que médicos chineses 
praticavam inalação de crostas secas de feridas de varíola 
✓ 1798 – Edward Jenner (varíola bovina – variolação – vacinação) – 
inoculação da varíola bovina no braço de criança de 8 anos, 
desenvolvendo a imunidade 
✓ 1980 – Erradicação da varíola (OMS) 
• Resposta Imune: 
✓ Reação a substâncias estranhas, tais como microrganismos 
(bactérias, fungos, vírus) e macromoléculas (proteínas e 
polissacarídeos) 
✓ Reação contra células tumorais ou ainda células próprias 
normais, levando à autoimunidade 
✓ Dois tipos: 
➢ Resposta imune inata 
➢ Resposta imune adaptativa (humoral ou celular) 
• Células do sistema imunológico: 
✓ Presentes no sangue e na linfa como células circulantes 
✓ Órgãos linfóides 
✓ Disseminadas em quase todos os tecidos 
✓ Local em que as células sanguíneas precursoras se desenvolvem: 
➢ Desenvolvimentos no embrião – fígado fetal e saco amniótico 
➢ Após o nascimento – medula óssea. Diferenciação das células T 
no timo e células B na medula 
✓ APCs: 
➢ Células apresentadoras de antígenos: células especializadas em 
capturar microrganismos e outros antígenos, apresentá-los aos 
linfócitos 
➢ Células dendríticas: encontradas no epitélio da maioria dos 
órgãos, onde capturam os antígenos e levam para órgãos 
linfoides periféricos 
➢ Células fagocitárias mononucleares: se originam na medula 
óssea, circula pelo sangue e são ativadas nos tecidos 
(manócito/macrófago) 
• Imunidade: 
✓ Função do sistema imune: prevenir ou limitar as infecções 
✓ Primeira linha de defesa: barreiras físicas (peles e membranas) 
✓ Segunda linha de defesa: inata (natural) 
✓ Terceira linha de defesa: adaptativa (adquirida) 
Órgãos e Tecidos do 
Sistema Imune 
• Órgãos linfoides centrais (desenvolvimento e maturação): 
medula óssea vermelha e o timo 
✓ Medula óssea: interior dos ossos; faz a hematopoiese; caso a 
medula tenha algum problema, o fígado e o baço assumem a 
hematopoiese com limitações; residência para linfócitos T e B 
virgens 
✓ Timo: maturação de linfócitos T; no córtex ocorre a seleção 
positiva dos timócitos; na medula o CD4 e o CD8 são positivos, 
mas passam por um novo processo para seleção e retirada dos 
linfócitos auto reativos (seleção negativa) onde o CD4 e CD8 são 
selecionados definitivamente 
• Órgãos linfoides periféricos: vasos linfáticos, baço e tecidos 
linfoides associados à mucosas 
✓ Manutenção do ambiente para que o sistema imunológico 
funcione corretamente 
✓ Vasos linfáticos: drenam fluido dos tecidos; estrutura de 
válvulas; acompanham os grandes vasos; não é um sistema 
fechado 
• Dentro dos órgãos linfoides, células especializadas como as 
células dendríticas maduras apresentam antígenos para os 
linfócitos 
• Vasos linfáticos: 
✓ Sistema que coleta o líquido intersticial (parte do plasma), 
fazendo-o retornar para o sangue. Ao ser parcialmente drenado 
pelos vasos linfáticos, passa a ser chamado de linfa. Importante 
no direcionamento de possíveis antígenos aos linfonodos 
• Baço: 
➢ Filtra o sangue da mesma forma como os nódulos linfáticos e 
coletam antígenos, além de se desfazer de eritrócitos 
senescentes (hemocaterese) e reaproveitar Hb 
• Tecido linfoide 
✓ Órgão linfoide: constituído por tecido linfoide, que por sua vez 
é formado por linfócitos 
✓ Linfócitos: populações heterogêneas de células que diferem 
entre si em origem, tempo médio de vida, função etc. 
✓ Duas células importantes para a R.I.A são os linfócitos, que são 
células apresentadoras de antígenos (APC) 
Resposta Imune Inata 
(Natural) 
• Resistência que existe previamente à exposição 
• Não específica 
• Não apresenta desenvolvimento ou memória 
• Funções principais: destruir microrganismos invasores e 
ativar o processo adaptativo 
• Mecanismos da imunidade inata: 
✓ Integridade das barreiras físicas (1ª linha de defesa) 
✓ Células fagocíticas 
✓ Sistema linfático 
✓ Inflamação, febre 
✓ Sistema complemento 
• Células da resposta imune inata: 
✓ Monócito: 
➢ Agranulócito 
➢ No tecido são os macrófagos 
➢ Funções: fagocitose, apresentação de antígenos para linfócitos 
T e produção de citocinas (ex: IL e TNF – mediadores da 
inflamação) 
➢ Macrófago residente nos tecidos: 
 Macrófago alveolar (dust cell) 
 Microgliócito (SNC) 
 Osteoclasto 
 Célula de Hofbawer (placenta) 
➢ Fagocita restos de células mortas 
✓ Células dendríticas: 
➢ Célula não circulante 
➢ Especializadas na captura e apresentação de antígenos para os 
linfócitos T, sendo as principais indutoras de resposta por 
anticorpos 
✓ Neutrófilos: 
➢ Granulócito circulante 
➢ Os mais numerosos e mais importantes da resposta inata 
➢ Passa por um processo de maturação (bastonete → 
segmentado); os neutrófilos segmentados que estão na 
corrente sanguínea 
➢ São fagócitos como os macrófagos e células dendríticas, 
porém, não apresentam antígenos 
➢ Vida curta (kamikaze) 
➢ Quando temos uma infecção no corpo a muito tempo a medula 
não tem tempo de produzir neutrófilos, liberando na corrente 
sanguínea as formas imaturas de neutrófilos (desvio a esquerda 
no hemograma) 
✓ Eosinófilos: 
➢ Granulócito circulante 
➢ Importantes na resposta contra infecções parasitárias e 
processos alérgicos 
➢ Hemograma: eosinofilia (possível infecção parasitaria ou 
processo alérgico em curso) 
✓ Basófilos: 
➢ Granulócito circulante 
➢ Secretam histamina e heparina e tem função semelhante para 
complementar à dos eosinófilos e mastócitos 
➢ Responsável pelos sintomas da alergia 
✓ Mastócitos: 
➢ Não circulante 
➢ Localizados à margem dos vasos sanguíneos, liberam 
mediadores que agem nas paredes vasculares quando ativados 
✓ Células NK (natural killer): 
➢ Reconhecem e exterminam células infectadas por vírus e 
células tumorais, além de produzir interferon-y, que ativa 
macrófagos 
➢ Linfócito TCD8 da imunidade inata 
➢ Reage também a baixos níveis de MHC I; reação rápida 
• Células fagocíticas – diferenças entre neutrófilos e APCs: 
✓ Neutrófilos: somente exterminam o microrganismo 
✓ Macrófagos e células dendríticas: exterminam os 
microrganismos e apresentam o antígeno às células T auxiliares, 
ativando o processo adaptativo = colaboração entre a resposta 
imune inata e a adaptativa. 
• Como as células da imunidade inata reconhecem o antígeno? 
✓ Detecção de carboidratos e lipídeos na superfície dos 
microrganismos 
✓ Essas células apresentam receptores denominados: receptores 
de reconhecimento de padrões que reconhecem padrões 
moleculares associados a patógenos (PAMPs), os quais estão 
presentes na superfície de microrganismos e AUSENTES em 
células humanas 
• Quais são esses receptores? 
✓ Receptores semelhantes ao Toll e Lectinas de ligação à manose 
que reconhecem microrganismos do lado EXTERNO das células 
✓ Receptores NOD e receptores do tipo Helicase RIG-I que 
reconhecem microrganismos no INTERIOR das células 
• Receptores do tipo Toll (TLRs): 
✓ Trata-se de uma família de 10 receptores encontrados na 
superfície de macrófagos, células dendríticas e mastócitos 
✓ Os TLRs reconhecem vários componentes microbianos (ex: LPS, 
manose) e, então, ativam fatores de transcrição que 
intensificam a síntese de citocinas pró-inflamatórias, processo 
que inicia uma resposta apropriada contra aquele tipo de 
microrganismo 
✓ Reconhecem os PAMPs 
 
Resposta Imune 
Adaptativa (Adquirida) 
• 3ª linha de defesa 
• Ocorre após exposição a um agente, melhora depois de 
repetidas exposições e é ESPECÍFICA 
• Mediada por anticorpos produzidos por linfócitos B e pelos 
dois tipos de linfócitos T 
• Possuem memória de longa duração para um antígeno 
específico 
• Pode ser ativa ou passiva 
• Linfócitos: 
✓ Glóbulo branco agranulócito 
✓ Principal célula da R.I. adquirida 
✓ Linfócito B; Linfócito T. CD4 (auxiliar); Linfócito T. CD8 
(citotóxico); Células NK 
✓Aumentado em infecções virais 
✓ Populações distintas que diferem quanto às funções e a seus 
produtos proteicos, mas que são indistintos morfologicamente 
✓ Célula tronco pluripotente (hemocistoblasto) 
✓ O hemocistoblasto dá origem a dois progenitores: 
➢ Progenitor mieloide: dá origem a grande maioria de células 
sanguíneas (eritrócito, plaquetas, células da imunidade inata) 
➢ Progenitor linfoide: da origem as células NK e aos linfócitos (T 
e B) 
✓ É na maturação que os linfócitos vão receber os receptores 
➢ Antígeno → ativação → clones (seleção clonal) → células 
efetoras e células de memória 
✓ Linfócitos inativos: 
➢ Ainda não estimulados por antígenos 
➢ Núcleo grande 
➢ Pouco citoplasmas 
➢ Fase G0 do ciclo celular 
✓ Linfócitos estimulados: 
➢ Fase G1 do ciclo celular 
➢ Mais citoplasma 
➢ Mais organelas 
➢ Linfócitos grandes 
✓ Classe de linfócitos: 
➢ Linfócitos B: células que produzem anticorpos 
➢ Linfócitos T: mediadores da imunidade celular 
✓ Linfócitos B: 
➢ Quando ativados se diferenciam em plasmócitos, que são as 
células efetoras, cuja principal função é a secreção de 
anticorpos 
➢ Surge e se matura na medula óssea; tem como destino os 
órgãos linfoides 
➢ Célula efetora: plasmócito (produz anticorpos) 
➢ Receptor de membrana é um anticorpo (faz reconhecimento 
direto, não necessitando de APC) 
➢ Produz citocinas 
✓ Linfócitos T: 
➢ Se apresentam em duas classes principais: 
 Células T CD8+ (ou citotóxicas), que exterminam células 
infectadas 
 Células T CD4+ (ou auxiliares), que atuam na ativação de 
outras células, como os linfócitos B e os macrófagos, 
além de coordenas a resposta imune 
➢ Surge na medula óssea → se matura no timo → destino: órgãos 
linfoides 
➢ Linfócitos TCD4 e TCD8 são do grupo αβ 
➢ Linfócito TCD8: 
 Citotóxico 
 MHC: proteína de superfície da célula que ajuda na 
identificação da célula ou estrutura; o MHC I é a 
identidade da célula (ninguém tem igual exceto gêmeos); 
o MHC II é fabricado pelas APCs (retrato falado); as 
únicas células que não possuem MHC são as hemácias 
 Função: combater células infectadas ou células 
neoplásicas (verificação pelo MHC I) 
➢ Linfócito TCD4: 
 Auxiliar 
 Precisa de APC para ser ativado; seu receptor só lê o 
MHC II 
• Etapas da resposta imune: 
✓ Reconhecimento do antígeno 
✓ Ativação dos linfócitos (proliferação e diferenciação) 
✓ Eliminação dos antígenos 
✓ Homeostasia 
• Ativação dos linfócitos: 
✓ Na resposta imune adquirida, os linfócitos inativos são ativados 
por antígenos e outros estímulos para se diferenciarem em 
células efetoras e de memória 
• Imunidade passiva: 
✓ É resistência baseada em anticorpos pré-formados em outro 
hospedeiro 
✓ Administração de anticorpos contra difteria, tétano e botulismo 
✓ Da mesma forma, anticorpos pré-formados contra certos vírus 
(ex: hepatites A e B) podem ser injetados no hospedeiro para 
limitar a multiplicação viral 
✓ Outras formas de imunidade: passagem de IgG da mãe para o 
feto durante a gravidez e IgA da mãe para o recém-nascido 
durante o aleitamento 
✓ A principal vantagem é a pronta disponibilidade de grandes 
quantidades de anticorpos e a desvantagens é o curto período 
de vida (não desenvolve memória) 
• Imunidade ativa: 
✓ É a resistência induzida após o contato com antígenos externos 
✓ Pode ocorrer durante infecções clínicas ou subclínicas por meio 
da imunização por patógenos vivos, inativos ou seus antígenos, ou 
pela exposição a produtos microbianos (ex: toxinas) 
✓ Em todas essas circunstâncias, o hospedeiro produz ativamente 
uma resposta imune que consiste em anticorpos e células T 
auxiliares e citotóxicas ativadas 
✓ A principal vantagem da imunidade ativa é a resistência de longa 
duração e sua desvantagem é o desenvolvimento lento 
• Resposta imune adaptativa humoral: 
✓ Mediada por anticorpos, produzidos pelas células B, sendo o 
principal mecanismo de defesa contra microrganismos 
extracelulares e toxinas 
• Resposta imune adaptativa celular: 
✓ Mediada por células T, importante na imunidade conta 
microrganismos intracelular (vírus e algumas bactérias) 
Vacinas 
• Tipos de vacinas: 
✓ Organismos vivos/atenuados: 
➢ Primeira vacina com organismo vivo: varíola 
➢ Geralmente contra infecções virais 
➢ A vacina da pólio atenuada (Sabin) tem sido substituída pela 
vacina inativada (Salk) 
➢ Vantagens: dose única; proteção duradoura; resposta 
humoral/celular 
➢ Desvantagens: risco de reversão para tipo selvagem; pouca 
definição da composição 
✓ Organismos mortos: 
➢ São inativadas por agentes químicos, aquecimento ou irradiação 
UV, exemplo: influenza, cólera, coqueluche 
➢ Utilizam apenas componentes da parede celular 
➢ Quando o mecanismo patogênico da doença envolve uma toxina, 
é utilizada uma forma modificada dela 
➢ Vantagens: não existe risco de reversão; sem risco de 
transmissão 
➢ Desvantagens: múltiplos reforços; patógeno deve ser cultivado 
in vitro; principalmente resposta humoral; uso de adjuvantes 
✓ Vacinas de subunidades: 
➢ Subcomponentes dos organismos patogênicos, por exemplo: 
proteínas ou polissacarídeos 
➢ Polissacarídeos são antígenos fracos e produzem apenas 
resposta tipo IgM, sendo potencializados quando em 
conjugação com proteínas 
➢ Vantagens: composição conhecida; produção em larga escala; 
sem riscos 
➢ Desvantagens: resposta humoral; múltiplas doses; adjuvantes 
✓ Vacinas de DNA, vetores recombinantes, citocinas, otimização 
do epítopo (pontinha do antígeno) 
✓ Adjuvantes: 
➢ São substâncias químicas que, em conjunto com antígenos mais 
fracos, potencializam a resposta imunológica 
➢ O sal de alumínio é usado em humanos incorporado à vacina DTP 
➢ Adjuvantes experimentais: adjuvante completo ou incompleto 
de Freuns (mistura de óleo e detergentes) usado com 
micobactérias. 
Antígenos e Anticorpos 
• Antígenos (Ag) 
✓ Qualquer substância solúvel, celular ou particulada que pode ser 
especificamente ligada por um anticorpo ou por um receptor de 
antígeno de célula T; Substâncias capazes de induzir uma 
resposta imune específica 
✓ Propriedades dos antígenos: 
➢ Imunogenicidade: capacidade de induzir uma resposta imune 
especifica 
➢ Antigenicidade: capacidade de interagir com os linfócitos T ou 
B já sensibilizados 
➢ Moléculas que desencadeiam a resposta imune são chamadas de 
imunógenos 
➢ Hapteno: molécula que, por si, não é imunogênica (não é capaz 
de estimulado resposta) mas que pode estimular quando 
acoplada a uma molécula carreadora 
➢ Epítopo ou determinante antigênico: a região de um antígeno 
que combina com os produtos de uma resposta imune 
específica; menor porção do antígeno com potencial de geral a 
reposta imune; é a área da molécula do antígeno que se liga aos 
receptores celulares e aos anticorpos (se ligam ao Fab dos 
anticorpos) 
➢ Adjuvantes: intensificam a imunogenicidade de compostos com 
ele misturado, sem interferir na especificidade da resposta. 
São adicionados às vacinas 
➢ Aloantígenos: marcadores de superfície celular que ocorrem 
em alguns membros da mesma espécie, mas não em outros 
(transplantes) 
➢ Superantígenos: estimulantes potentes de células T, provocam 
resposta imune exacerbada 
➢ Alérgeno: antígeno que provoca reação alérgica e pode levar a 
um choque anafilático 
➢ Autoantígeno: moléculas próprias que causam reação imune 
(doença autoimune) 
✓ Reconhecimento de antígenos: 
➢ Por meio de anticorpos que se ligam especificamente aos 
antígenos nas fases de reconhecimento e efetora 
➢ Moléculas do MHC 
➢ Receptores dos linfócitos T 
• Anticorpos (Ac) 
✓ Sempre vai reagir com o antígeno que estimulou sua produção, 
porém, se um outro antígeno for parecido com o que estimulou 
sua produção, ele também irá reagir com esse (reação cruzada) 
✓ Proteínas globulínicas (imunoglobulinas) que reagem 
especificamente com o antígeno que estímulo a sua produção 
✓ Anticorpos estãopresentes na circulação e irão localizar os 
antígenos para neutralizar e/ou marcar para eliminação; ligam-
se especificamente aos antígenos tanto na fase de 
reconhecimento quanto na fase efetora da imunidade humoral 
✓ Fase efetora → produz anticorpo 
✓ Desencadeamento de vários mecanismos efetores para 
eliminação do antígeno 
✓ Proteínas dos complementos; células fagocitárias e eosinófilos 
ajudam o anticorpo a elimina o antígeno 
✓ Funções efetoras dos anticorpos/imunoglobulinas: 
➢ Neutralização de microrganismo e toxinas 
➢ Ativação do sistema complemento 
➢ Opsonização dos antígenos para aumentar a fagocitose 
➢ Citotoxicidade celular dependente de anticorpo (ADCC) 
➢ Hipersensibilidade imediata 
➢ Reconhecem linfócitos B 
✓ Estrutura das imunoglobulinas: 
➢ Cadeias leves e pesadas unidas por ligações dissulfeto 
(formato de Y) 
➢ Regiões variáveis (terminações) 
➢ Regiões constantes (partes inferiores) 
➢ Regiões Fc (base do Y; porção que entra em contato com a 
célula; região constante) e Fab (porções superiores do Y; parte 
que entra em contato com o antígeno; região variável) 
✓ Classes de imunoglobulinas: 
➢ IgG (monômero): predominante durante a resposta 
secundária e constitui importante defesa contra vírus e 
bactérias. Compõe 80% de todos os anticorpos do soro. São 
capazes de atravessar a placenta. É um dos anticorpos que 
podem ativar o sistema complemento. É a imunoglobulina que 
opsoniza microrganismos, ou seja, intensifica a eficácia da 
fagocitose. 
➢ IgM (pentâmero): principal imunoglobulina na resposta 
primária. Compõe 5 a 10% de todos os anticorpos do soro. 
Está envolvida na resposta aos antígenos do grupo ABO. Tem 
vida relativamente curta em relação ao IgG que é mais longa. 
Pode ser produzida pelo feto. É imunoglobulina que possui a 
maior avidez, pois pode envolver seus 10 sítios de ligação. 
➢ IgA (dímero): principal imunoglobulina presente nas 
secreções (muco, saliva, lágrimas, leite materno). Compõe 10 a 
15% dos anticorpos do soro. Sua principal função é impedir a 
fixação de patógenos às superfícies das mucosas. A IgA que 
circula no soro é na forma de monômero, e a forma mais 
importante é em forma de dímero, a chamada IgA secretora, 
produzida pelos plasmócitos. 
➢ IgD (monômero): constitui apenas 0,2% dos anticorpos no 
soro total. São encontrados no sangue, na linfa e na superfície 
das células B. Não possui função específica definida. 
➢ IgE (monômero): compõe apenas 0,002% dos anticorpos no 
soro total. É a imunoglobulina mediadora da hipersensibilidade 
imediata (anafilática) e participa na defesa do hospedeiro 
contra certos parasitas. Liga-se a basófilos e mastócitos e 
funcionam como receptoras de antígenos (alérgenos) e 
liberam histamina e outros mediadores químicos. 
• Interações Antígeno-Anticorpo 
✓ Associação bimolecular, semelhante a interação enzima-
substrato 
✓ Interação não altera antígeno nem anticorpo 
✓ É reversível 
✓ Interações não-covalentes entre epítopo (antígeno) e região 
variável (anticorpo) 
✓ Os anticorpos, ao interagirem com antígenos específicos, 
desenvolvem 3 mecanismos efetores: 
➢ Ativação da via clássica do sistema complemento 
➢ Opsonização de antígenos 
➢ Ativação da citotoxicidade celular dependente do anticorpo 
✓ Além destes mecanismos, também neutralizam microrganismos 
e toxinas, e atuam na hipersensibilidade imediata (alergias) 
✓ Reações de precipitação; reações de aglutinação; 
radioimunoensaio (RIA); ensaio imunoenzimático (ELISA); 
wetern blotting; imunoprecipitação; imunofluorescência; 
citometria de fluxo. 
 
Complexo Principal de 
Histocompatibilidade (MHC) 
• Introdução 
✓ Molécula de superfície encontrada em todas as células nucleadas 
do organismo 
✓ Sistema de defesa do próprio organismo contra antígenos 
próprios e não próprios 
✓ A identificação do MHC ocorreu pela investigação da sua função 
na resposta imunológica aos tumores, na rejeição de 
transplantes e no controle da resposta imune (também é 
denominado Antígeno Leucocitário Humano-HLA) 
✓ São codificados por genes dominantes, por isso é tão difícil 
encontrar doadores 100% compatíveis 
• Classes de MHC 
✓ Moléculas de MHC Classe I estão presentes nas células 
nucleadas e são reconhecidas pelos receptores de linfócitos T 
CD8+ 
✓ Moléculas de MHC Classe II estão presentes apenas nas células 
apresentadoras de antígenos e são reconhecidas pelos 
receptores de linfócitos T CD4+ 
• Processamento e apresentação de antígenos às células do T 
CD8+ 
✓ Os antígenos apresentados pelas moléculas MHC de Classe I são 
gerados dentro da mesma célula que produziu a molécula 
✓ Os peptídeos gerados são derivados de proteínas que se 
encontram no citoplasma da célula, podendo ser da própria 
célula, de origem viral ou de outros microrganismos 
intracelulares e antígenos tumorais, ou seja, MHC de Classe I 
apresentam antígenos de agentes intracelulares 
• Processamento e apresentação de antígenos às células do T 
CD4+ 
✓ Os antígenos apresentados pelas moléculas MHC de Classe II 
resultam de proteólise de moléculas endocitadas ou partículas 
fagocitadas pelas APCs 
✓ As partículas são internalizadas em vesículas intracelulares, que 
se fundem com os lisossomos, que contém enzimas proteolíticas 
✓ Os peptídeos originados da degradação se ligam à fenda da 
molécula do MHC de Classe II, ou seja, MHC de Classe II 
apresentam antígenos de agentes extracelulares 
• Rejeição de transplantes de tecidos 
✓ Introdução: 
➢ Basicamente, o sistema imune do receptor reconhece o enxerto 
como sendo estranho e o ataca 
➢ A rejeição é um processo complexo em que a imunidade célula 
e os anticorpos circulantes desempenham seus papéis 
➢ A ideia original nasceu da compreensão de que era possível 
curar doenças pela implantação de células, tecidos ou órgãos 
saudáveis de um indivíduo para outro 
✓ Classificação: 
➢ Auto-enxerto: transplante de órgãos ou tecidos procedentes 
do próprio indivíduo (autólogo) 
➢ Aloenxerto: transplante entre indivíduos da mesma espécie 
(heterólogo), grande maioria das rejeições 
✓ Resumo: 
➢ APCs captam e apresentam antígenos a células T CD8+ via 
MHC-I 
➢ Ativação e expansão de células T CD8+ 
➢ Rejeição do tecido transplantado 
 
Sistema Complemento 
• Introdução 
✓ Conjunto de proteínas inativadas existentes no plasma 
✓ Considerado parte da imunidade inata pois é inespecífico, porém, 
é dependente da reação antígeno-anticorpo, fazendo parte 
também da imunidade adaptativa 
✓ Tem como função a eliminação de um resgaste de um agente 
estranho pela ativação de mecanismos como fagocitose, reação 
inflamatória e lise na membrana celular 
• Função 
✓ Provoca poros na membrana plasmática do patógeno, denominado 
complexo de ataque à membrana (MAC) 
✓ Este poro ocasiona desequilíbrio osmótico e lise celular 
✓ Pode ser ativado por 3 vias diferentes: clássica, alternativa e 
das lectinas 
• Mecanismo 
✓ O SC é ativado diretamente pela presença das bactérias e 
produtos bacterianos (VIA ALTERNATIVA) 
✓ Pela ligação da lectina a açúcares na superfície celular 
bacteriana (LIGAÇÃO À MANOSE) 
✓ Por complexos antígeno-anticorpos (VIA CLÁSSICA) 
✓ A ativação por qualquer uma dessas vias inicia uma cascata de 
eventos proteolíticos que produzem fatores quimiotáticos para 
atrair células fagocíticas ao sítio da inflamação, aumentar a 
permeabilidade vascular, promover a opsonização e eliminação, 
matando diretamente o agente infectante 
✓ As 3 vias se fundem num ponto comum – a ativação do C3 
• Via clássica 
✓ Ligação à porção Fc do anticorpo que está ligada aos antígenos 
da superfície celular ou num complexo imune com antígeno 
solúveis 
✓ O primeiro componente do complemento, designado C1 é um 
complexo de 3 proteínas separadas (C1q, C1r e C1s) 
✓ A ativação da cascata clássica requer a ligação do C1q a dois 
anticorpos IgG, já a alteração com IgM pode acontecer com 
apenasuma molécula 
✓ C1q ativa C1r e C1s que, por sua vez, cliva o C4 em C4a e C4b e o 
C2 em C2a e C2b 
✓ A união de C4b e C2a produz a C3 convertase, que se liga à 
membrana celular e cliva C3 em fragmentos C3a e C3b 
✓ A C3 convertase amplifica a resposta dividindo muitas moléculas 
de C3 
✓ Por fim, a interação de C3b com C3 convertase ligado à 
membrana produz a C5 convertase que representa outra etapa 
de amplificação 
• Via alternativa 
✓ É ativada diretamente pelas superfícies celulares bacterianas e 
seus componentes 
✓ Esta via pode ser ativada antes do estabelecimento de uma 
resposta imune às bactérias infectantes porque não depende do 
anticorpo e não envolve os componentes iniciais do complemento 
(C1, C2 e C4) 
✓ A ativação inicia-se pela ligação do fator D da properdina, que 
divide o fator B no complexo, levando ao fragmento ativo Bb que 
permanece ligado ao C3b que adere à superfície celular e ancora 
o complexo 
✓ A cascata continua de modo análogo à via clássica 
✓ Ocorre na ausência da interação antígeno-anticorpo 
• Via das lectinas 
✓ A proteína de ligação à manose é uma grande proteína sérica que 
se liga à manose não reduzida nas superfícies celulares 
bacterianas, fúngicas, entre outras 
✓ A proteína de ligação à manose substitui o componente C1q e ao 
se ligas às superfícies bacterianas ativa a clivagem da serina 
protease 
✓ A serina protease associada à PLM cliva os componentes C4 e C2 
para produzir a C3 convertase, o ponto de junção da cascara do 
complemento 
• Considerações finais 
✓ A ativação destes componentes desenvolve mecanismos de 
opsonização, aumento da permeabilidade vascular por meio da 
liberação de histamina pelos macrófagos e atuam como fatores 
quimiotáticos 
✓ O estágio final envolve a criação do complexo de ataque à 
membrana 
✓ Os seres humanos possuem mecanismos para impedir a geração 
da C3 convertase visando protegê-los da inativação inapropriada 
do complemento (inibidos de C1, proteína de ligação a C4, Fator 
H, entre outros) 
Citocinas 
• Introdução 
✓ Interação entre as diferentes populações de células se dá por 
diferentes moléculas de sinalização (hormônios e citocinas) 
✓ Possuem receptores específicos 
✓ São estimuladas para realizar funções como estimular ou inibir 
a divisão/proliferação 
✓ Estimular a secreção de suas próprias moléculas de sinalização 
✓ Induzir apoptose 
• Conceitos 
✓ Citocinas são polipeptídios produzidos em resposta a 
microrganismos e outros antígenos, que medeiam e regulam 
reações imunológicas e inflamatórias (proteínas mediadoras da 
resposta imune) 
✓ Funções: crescimento e diferenciação de linfócitos, ativação das 
células efetoras, desenvolvimento de células hematopoiéticas 
✓ Interleucinas: produzidas por leucócitos e que atuam em outros 
leucócitos 
✓ Citocinas pró-inflamatórias (Th1): interleucinas 1, 2, 6, 7 e FNT 
(Fator de Necrose Tumoral ou Tecidual) 
✓ Citocinas anti-inflamatórias (Th2): interleucinas 4, 10, 13 e FTC 
(Fator Transformador de Crescimento) 
✓ As citocinas são mediadores necessários para conduzir a 
resposta inflamatória aos locais de infecção e lesão favorecendo 
a cicatrização 
✓ A produção exagerada pode manifestar-se sistematicamente 
com instabilidade hemodinâmica ou distúrbios metabólicos 
• Estímulos 
✓ Ag → TCR/BCR → IFN-γ; IL-2; IL-4 
✓ PAMPs → TLR → IL-1; TNF-α 
✓ Ac → FcR → IL-1; TNF-α 
• Propriedades 
✓ A secreção das citocinas é breve e autolimitada (não são 
armazenadas) 
✓ Suas ações são pleiotrópicas (diferentes células secretam a 
mesma citocina e atuam em diferentes tipos de locais) e 
redundante (citocinas diferentes que produzem o mesmo efeito) 
✓ Podem influenciar a síntese de outras citocinas 
✓ Antagonistas (efeito de uma citocina anulando o efeito da outra) 
ou sinérgica 
✓ Iniciam suas ações pela ligação a receptores específicos 
✓ As respostas celulares às citocinas são reguladas 
• Classificação 
✓ Interleucinas (citocinas de leucócitos para leucócitos) 
✓ FNT (fator de necrose tecidual) 
✓ Quimiocinas (citocinas capazes de causar quimiotaxia) 
✓ Interferons 
✓ Fatores de crescimento 
• Citocinas da imunidade inata 
✓ Produzidas pelos fagócitos estimulados por produtos 
bacterianos (ex: LPS) 
✓ Agem em células endoteliais e leucócitos 
✓ FNT-α: 
➢ Pleiotropismo exacerbado 
➢ Principal função: recrutar neutrófilos e linfócitos para o local 
➢ Citocina pró-inflamatória produzida por monócitos, macrófagos 
e linfócitos T 
➢ Após procedimento cirúrgico, trauma ou durante as infecções, 
o FNT- α é um dos mediadores mais precoces e potentes da 
resposta inflamatória 
➢ É indutor de metabolismo muscular e caquexia por estimular a 
lipólise e inibir a lipoproteína lipase (induz apoptose em 
adipócitos) 
➢ Outras ações: ativar a coagulação, estimular moléculas de 
adesão, PGE, fator ativador de plaquetas e influenciar a 
apoptose 
➢ Quando tem alta produção devido a continuação da infecção, o 
FNT cai na circulação sistêmica, o corpo começa a ter reações 
de febre, age sobre a medula óssea que libera células e libera 
proteínas da fase aguda 
➢ Se a infecção se mantém, o FNT causa uma diminuição da PA 
(choque hipovolêmico) e bloqueia a glicogenólise no fígado, 
ocorre também a dificuldade de perfusão no rim e nos pulmões 
(esse mecanismo também acontece quando temos uma neoplasia 
maligna) 
✓ IL-1: 
➢ Produzida por macrófagos, monócitos e por células não 
imunológicas como fibroblastos e células endoteliais ativadas 
durante a lesão, infecção e inflamação 
➢ IL-1β produz inflamação sistêmica através da ativação da 
ciclooxigenase-2 (COX2) 
➢ Formação de prostaglandinas que causam febre e dor 
➢ Secretada em baixa concentração serve como mediadora de 
inflamação local 
➢ Semelhante ao TNF 
➢ Quando cai na circulação sistêmica, causa efeitos quase iguais 
ao TNF 
✓ IL-12: 
➢ Principal mediador da resposta imune natural inicial a 
microrganismos intracelulares e indutor da imunidade 
adaptativa 
➢ Produzida por macrófagos ativados, células dendríticas e 
células-B 
➢ Estimula a transformação das células T CD4 em Th1 (linfócito 
mais específico para vírus ou parasitas intracelulares) 
➢ Redução da produção de IgE pela supressão da síntese de IL-
4 
➢ Ponte entre a imunidade inata e adquirida 
✓ IL-6: 
➢ Um dos mais precoces e importantes mediadores de indução e 
controle da síntese e liberação de proteínas de fase aguda 
pelos hepatócitos; 
➢ É considerado o marcador mais relevante do grau de lesão 
tecidual durante um procedimento cirúrgico; 
➢ É uma citocina pró-inflamatória que promove maturidade e 
ativação de neutrófilos, macrófagos e 
diferenciação/manutenção de linfócitos T – citotóxicos e 
células NK 
➢ Ação mais direta no hepatócito. 
➢ Inibe a produção do MHC II e macrófagos 
✓ Interferon – tipo I: 
➢ Podem ser produzidas por qualquer célula do organismo 
➢ Capacidade de produção é definida geneticamente 
➢ São uma família de citocinas estruturalmente relacionadas que 
medeiam a resposta imune natural e inicial a infecções virais 
➢ Começa a ser produzida pela primeira célula infectada e tem 
primeira ação parácrina 
➢ Segunda ação vai ser autócrina que vai ser estimular uma 
expressão do MHC I 
➢ IFN—α: macrófagos e células dendríticas 
➢ IFN—β: fibroblastos 
➢ Promove sequestro de linfócitos nos linfonodos 
➢ Uso terapêutico: hepatite viral, câncer. 
• Citocinas da imunidade adaptativa 
✓ Produzidas pelos linfócitos T em resposta ao reconhecimento de 
antígenos 
✓ Induzem as muita diferenciações que vemos nas células da 
imunidade adaptativa (crescimento e diferenciação) 
✓ IL-2: 
➢ Produzida principalmente por células T CD4 e em menor 
quantidade pelas células T CD8 
➢ Atua através de receptores para estimular o crescimento e a 
proliferação de linfócitos T e B 
➢ É uma interleucina que contribui para a geração e propagação 
de respostas imunológicas específicas doantígeno (expansão 
clonal dos linfócitos) 
➢ Tem sido largamente estudada em aplicações clínicas, tais 
como a terapia oncológica, imunodeficiência e rejeição de 
transplantes. 
✓ IL-4: 
➢ Anti-inflamatória – papel na inibição de macrófagos 
➢ Produzida por linfócitos T CD4, mastócitos, eosinófilos e 
basófilos 
➢ Tem ação sobre os linfócitos T, B, NK, mastócitos e células 
endoteliais 
➢ Induz a produção de IgG e IgE pelos linfócitos B. 
➢ Induz a transformação do linfócito T CD4 em Th2 
✓ Interferon – tipo II (IFN-γ): 
➢ Ativa macrófagos e potencializa a sua atividade 
➢ Estimula a produção de IgG e IgM pelo linfócito B 
➢ Aumenta a expressão de MHC-II nas células APCs 
➢ Estimula a transformação do linfócito T CD4 em Th1. 
Imuno-Hematologia 
• Introdução 
✓ Transfusão de hemácias: 
➢ Importante modalidade terapêutica com capacidade de 
restabelecer o transporte de oxigênio dos pulmões para os 
tecidos 
➢ Importante para pacientes com anemias graves e 
sangramentos agudos 
✓ Imuno-hematologia é a área pela análise laboratorial deste 
sangue a ser transfundido, para que o paciente tenha maior 
segurança transfusional 
✓ Testes imuno-hematológicos: 
➢ Detectam na membrana das hemácias os antígenos de grupos 
sanguíneos 
➢ No soro ou plasma pode detectar os anticorpos contra 
antígenos eritrocitários 
• Conceitos básicos 
✓ Membrana: mosaico fluido; dupla camada de lipídios contendo 
proteínas, lipídios e carboidratos; antígenos eritrocitários 
✓ Antígenos eritrocitários: 
➢ Substâncias capazes de induzir o sistema imune à formação de 
um anticorpo e de se combinar com ele 
➢ Os antígenos podem ser açucares ou proteínas 
➢ São herdados dos pais e sua expressão na membrana das 
hemácias é denominada fenótipo eritrocitário 
➢ São reconhecidos e determinados por volta de 285 antígenos 
contidos em 30 sistemas de grupos sanguíneos 
✓ Carboidratos: 
➢ ABO 
➢ Hr 
➢ Secretor 
➢ Lewis 
➢ P 
✓ Proteínas: 
➢ Rh 
➢ Gerbich 
➢ MNSs 
➢ Diego 
➢ Kidd 
➢ Cromer 
➢ Duffy, Colton, Kell 
✓ Anticorpos: 
➢ Anticorpos naturais: anticorpos formados contra antígenos não 
presentes no organismo e sem necessidade de contato prévio. 
(Ex: anticorpos do sistema ABO) 
➢ Anticorpos irregulares: anticorpos formados a partir da 
exposição a um antígeno; ocorrência não esperada (Ex: 
aloimunização pelo sistema Rh) 
✓ Grupo sanguíneo: 
➢ Refere-se a um conjunto de antígenos com características 
genéticas e bioquímicas semelhantes 
• Sistema ABO 
✓ Anticorpos: os anticorpos anti-A e anti-B são detectados no soro 
de indivíduos que não possuem os antígenos correspondentes, 
geralmente após os 6 meses de vida 
✓ Pesquisa dos antígenos fixados na membrana da hemácia e 
anticorpos presentes no soro 
✓ Classificação define o grupo sanguíneo do indivíduo e é feita por 
meio de duas provas: 
➢ Prova direta: pesquisa dos antígenos fixados nas hemácias do 
paciente. Deve ser feita com soros Anti-A, Anti-B e Anti-A,B 
➢ Prova reversa: pesquisa do anticorpo no soro do paciente. Deve 
ser feita com hemácias tipadas A e B 
• Sistema Rh 
✓ Maior e mais complexo sistema de grupo sanguíneo 
✓ Segundo em importância transfusional 
✓ Principais antígenos: D, C/c e E/e 
✓ Antígenos com alta capacidade imunogênica estimulam o sistema 
imune induzindo a formação de anticorpos (doença hemolítica 
perinatal e reações transfusionais) 
✓ Rh positivo/Rh negativo: 
➢ Presença e ausência do antígeno D na membrana da hemácia 
➢ RhD fraco: expressão reduzida do antígeno D na membrana 
(indivíduos portadores deste antígeno devem ser considerados 
RhD positivos) 
✓ Antígeno D: vários componentes. Quando parte destes 
componentes está ausente – D variante 
✓ Indivíduos portadores de algumas variantes podem ser 
sensibilizados e produzirem anticorpos anti-D 
• Prova do D fraco 
✓ Procedimento do teste: 
➢ A amostra previamente tipada, que tenha sido identificada 
como rH negativo: 
 Lavar as hemácias dos dois tubos por três vezes com 
solução fisiológica. Após a última lavagem, desprezar o 
sobrenadante secando as bordas do tubo para retirar 
toda solução fisiológica 
 A cada tubo adicionar duas gotas de soro Anti-IgG 
(Soro de Coombs). Misturar bem 
 Centrifugar a 3.400 rpm por 15 segundos 
 Agitar suavemente os tubos para pesquisar ou não a 
presença de aglutinação 
✓ Resultados: 
➢ Se não houver aglutinação, o sangue deve ser classificado com 
Rh negativo 
➢ Se houver aglutinação no tubo que recebeu o reagente Anti-D, 
o sangue é portador do Fator D fraco e deve ser considerado 
Rh Positivo 
• Exames pré-transfusionais 
✓ Determinar o grupo ABO do receptor 
✓ Determinar o fator Rh do receptor 
✓ Pesquisa de anticorpos irregulares no soro do receptor 
✓ Selecionar bolsa compatível com ABO/Rh e retipá-la 
✓ Realizar a prova de compatibilidade (sangue da bolsa x plasma 
no receptor) 
• Hemaglutinação 
✓ Tipagem as células sanguíneas vermelhas (antígenos ABO) 
✓ Princípio: 
➢ Hemácias misturadas em lâmina com anti-soro dos antígenos do 
grupo sanguíneo A ou B 
➢ Se o antígeno estiver presente na célula haverá aglutinação 
visível na lâmina 
 
Anemias Hemolíticas 
Imunológicas 
• Anemia hemolítica auto-imune (AHAI) 
✓ São causadas por produção de anticorpos contra os eritrócitos 
do próprio organismo 
✓ São caracterizados por teste direto de antiglobulina (TAD) 
positivo 
✓ Divididos em dos tipos: 
➢ Anticorpo “quente” 
➢ Anticorpo “frio” 
✓ Anticorpos anti-eritrocitários que causam hemólise em seres 
humanos: IgG e IgM 
✓ IgG: antígenos Rh eritrocitários, com atividade máxima a 37ºC 
(anticorpos quentes) 
✓ IgM: contra antígenos I ou outros antígenos de membrana 
eritrocitária, reagem a baixas temperaturas, com atividade 
máxima a 4ºC (anticorpos frios) 
✓ Pode ser idiopática ou secundária a alguma doença 
✓ Mecanismo: 
➢ Hemácias “recobertas” com anticorpos ou com sistema 
complemento 
➢ Capturadas pelos macrófagos do sistema RE que possuem 
receptores fragmento Fc anticorpos 
➢ Destruição prematura (principalmente no baço) 
✓ Aspectos clínicos: 
➢ Qualquer idade 
➢ Ambos os sexos 
➢ Anemia de gravidade variável 
➢ Baço geralmente 
✓ Achados laboratoriais: 
➢ Sinais de aumento da destruição eritroide: 
 Aumento da bilirrubina sérica, não conjugada e ligada à 
albumina 
 Aumento do urobiolinogênio urinário 
➢ Sinais de aumento da produção eritroide: 
 Reticulocitose 
➢ TAD positivo 
➢ Sinais de dano aos eritrócitos: 
 Morfologia 
 Fragilidade osmótica 
• Anema hemolítica aloimune 
✓ Reações hemolíticas transfusionais 
✓ Doença hemolítica do recém-nascido 
✓ Aloenxertos (TMO) 
• Teste de Coombs Direto (TAD) 
✓ Este teste avalia se a hemácia do paciente está sensibilizada “in 
vivo” com anticorpos ou com proteínas do sistema complemento 
✓ Princípio: 
➢ Detecção de eritrócitos sensibilizados “in vivo” por anticorpos 
ou por frações do complemento 
✓ Aplicações: 
➢ Doença hemolítica perinatal 
➢ AHAI 
➢ Anemias hemolíticas induzidas por drogas 
➢ Reações hemolíticas pós-transfusionais 
✓ A positividade nessa prova indica que a hemácia está 
sensibilizada e é recomendada a identificação da classe e do 
anticorpo 
• Teste de Coombs Indireto (PAI) 
✓ Essa prova avalia a presença de anticorpos irregulares 
circulantes no soro de doadores de sangue, receptores, 
gestantes, pacientes com suspeita de anemia hemolítica por 
presença de anticorpos, entre outros 
✓ Princípio: 
➢ Detecção de anticorpos anti-eritrocritários através da 
sensibilização de hemácias “in vitro” 
✓ Aplicações: 
➢ Pesquisa de anticorpos irregulares no soro de pacientes poli-
transfundidos, gestantes, doadores, etc. 
➢ Identificação das especificidades de anticorpos irregulares 
em painel de hemácias 
➢ Investigação das reações hemolíticas pós-transfusionais 
➢ Identificação de antígenos eritrocitários (fenotipagem) 
 
Diagnóstico de Doenças 
Congênitas e Perinatais 
• Introdução✓ A via mais frequente pela qual o feto se torna infectado é a 
hematogênica transplacentária, após a infecção materna 
✓ As infecções adquiridas pelo feto são denominadas infecções 
congênitas 
✓ A placenta é mais permeável à passagem de agentes microbianos 
quanto mais tardia a gestação 
✓ Apesar de ser menos frequente a infecção fetal na primeira 
metade da gestação, maior é a probabilidade de morte do 
embrião e infecção sintomática fetal 
✓ As infecções adquiridas no período peri-parto e até três 
semanas pós-natais são denominadas infecções perinatais 
✓ Exemplos de doenças: 
➢ Sífilis 
➢ Hepatite B 
➢ HIV 
➢ Toxoplasmose 
➢ CMV 
➢ Vírus herpes simples 
➢ Streptococcus b 
• Toxoplasmose 
✓ Com exceção de mulheres portadoras de HIV, o feto só se torna 
infectado quando a mae adquire a infecção aguda durante a 
gestação 
• Teste de avidez de IgG 
✓ Anticorpos da classe IgM contra o toxoplasma são 
frequentemente utilizados como marcador sorológico da fase 
aguda da toxoplasmose. 
✓ Teste de avidez de IgG anti- T. gondii, devem ser utilizados para 
definir a fase da infecção. 
✓ IgM- pode persistir por 1 ano ou mais na circulação- falso-
positivo para fase aguda 
✓ Fase inicial da infecção (os de baixa avidez), dos anticorpos 
que indicam infecção crônica (os de alta avidez); 
✓ Avidez aumenta após o amadurecimento do sistema 
imunológico; 
✓ Valores elevados de avidez de IgG indicam infecção ocorrida 
em período superior de 12-16 semanas. 
➢ Gestante- pré-natal- IgM reagente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	Introdução
	Órgãos e Tecidos do Sistema Imune
	Resposta Imune Inata
	Resposta Imune Adaptativa 
	Vacinas
	Antígenos e Anticorpos
	Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC)
	Sistema Complemento
	Citocinas
	Imuno-Hematologia
	Anemias Hemolíticas Imunológicas
	Diagnóstico de Doenças Congênitas e Perinatais

Outros materiais