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Aula Leishmanioses medicina

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Leishmanioses 
Parasitologia UnB 
Nadjar Nitz 
 
Classificação Taxonômica 
 Ordem: Kinetoplastida 
 Família: Trypanossomatidae 
 Gênero: Leishmania (Ross, 1903) 
 Subgênero Leishmania 
 Subgênero Viannia 
Complexo Leishmania donovani 
Complexo Leishmania tropica 
Complexo Leishmania mexicana 
Complexo Leishmania braziliensis 
 
A classificação taxonômica leva em consideração aspectos: biológicos, imunológicos, bioquímicos e moleculares, 
localização geográfica e aspectos clínicos. 
Aspectos gerais 
 Protozoário flagelado 
 Digenético (heteroxeno) 
 Hospedeiros vertebrados- mamíferos em geral (roedores, 
cães, marsupiais, primatas, homem) 
 Hospedeiros invertebrados- flebotomíneos 
Hospedeiro intermediário 
 Flebotomíneo – hematofagia 
 gêneros importantes: 
 Phlebotomus (vetores da 
leishmaniose na África, Europa e 
Ásia); 
 Lutzomyia (vetores da leishmaniose 
nas Américas). 
 
 Lutzomyia longipalpis 
 Propriedades da saliva: 
 Vasodilatadores (MAXIDILAN) 
 Anticoagulantes 
 Anti-agregadores de plaquetas 
 Imunomoduladores – ação 
quimiotática para monócitos 
 
Morfologia 
 Formas: 
 A- Amastigotas: 
 Aflageladas, intracelular 
 B- Promastigotas: 
 Flageladas livres ou aderidas no trato 
digestivo hospedeiro invertebrado 
 Forma infectante 
 
 Estruturas: 
 Bolsa flagelar 
 Cinetoplasto 
 Corpúsculo basal 
 Núcleo 
 
 Divisão Binária 
 
Promastigotas 
 
Amastigotas 
 
 
Ciclo de vida 
Ciclo de vida 
Interação parasita-hospedeiro 
 Moléculas de superfície 
 LPG (complexo lipofosfoglicano) 
 Inativação do sistema complemento 
 Proteção contra radicais livres 
 Retarda a fusão do vacúolo parasitóforo com o lisossoma 
 Gp63 
 Inativação do sistema complemento 
 Degrada as enzimas lisossomais 
A figura à direita mostra macrófagos infectados in vitro por 
Leishmania donovani : Em A, temos a internalização de dois 
promastigotas (indicado pela seta) pelo macrófago. Em B, 
podemos observar as formas amastigotas intracelulares. 
Aspéctos Imunonógicos 
 Resposta Imune humoral e celular 
RESISTÊNCIA DO 
HOSPEDEIRO 
ESCAPE 
IMUNOLÓGICO 
DO PARASITA 
•Ativação de Linfócitos T 
CD4+ (Th1) e (Th2); 
•IL-2, IFN, IL-12, TNF; 
•Ativação de macrófagos; 
•Ativação policlonal de 
linfócitos B. 
 
 
•LPG e gp63; 
•Inativação do sistema 
complemento; 
•Proteção contra radicais 
livres e enzimas lisossomais. 
 
 
Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) 
 Zoonose 
 Doença antiga (100dc)- Ásia Central (botão-do-oriente) 
 No Brasil, úlcera-de-bauru – Gaspar Vianna (1911) 
 Formas cutânea, cutaneomucosa e difusa 
 Agentes causadores da LTA no Brasil: 
 Leishmania (Viannia) braziliensis 
 Leishmania (Viannia) guyanensis 
 Leishmania (Viannia) lainsoni 
 Leishmania (Viannia) shawi 
 Leishmania (Viannia) naiffi 
 Leishmania (Leishmania) amazonensis 
 
 
 
LTA - Aspectos clínicos 
 Período de incubação: 2 semanas a três meses 
 Lesão inicial pode regredir espontaneamente, permanecer estacionária ou evoluir 
para nódulo dérmico “histiocitoma”. 
 Histiocitoma- infiltrado inflamatório, com necrose, resultando na desintegração da 
epiderme (Lesão úlcero-crostosa). 
 A progressão da lesão leva a formação de exsudato seropurulento (úlcera típica da 
leishmaniose – circular, com bordas altas, fundo granuloso, cor avermelhada, 
exsudativa). 
 Em seguida pode ocorrer disseminação linfática ou hematogênica, produzindo 
metástase cutânea, subcutânea ou mucosa. 
 
LTA -Formas clínicas 
Formas clínicas Localização Teste de 
Montenegro 
Espécie 
Leishmaniose cutânea 
(LC) 
úlceras únicas ou 
múltiplas confinadas na 
derme. 
positivo L. mexicana, L. braziliensis, L. 
guyanensis, L. amazonensis, L. 
laisonsi 
Leishmaniose 
cutaneomucosa (LCM) 
infecção da derme com 
úlceras, metástase para 
a mucosa, destruição 
da cartilagem. 
Positivo 
(resposta imune 
exagerada) 
L. braziliensis, L. guyanensis 
 
Leishmaniose cutânea 
difusa (LCD) 
 
Infecção confinada na 
derme, nódulos não 
ulcerados 
disseminados por todo 
corpo 
Negativo 
(imunidade 
celular 
comprometida) 
L. amazonensis 
 
Leishmaníose cutânea 
Leishmaníose mucocutânea 
Leishmaníose difusa 
LTA - Diagnóstico 
 Clínico 
 Laboratorial 
 Pesquisa do parasita 
 Exame direto de esfregaços corados, 
exame histopatológico, cultura, inóculo em 
animais, PCR 
 Métodos Imunológicos 
 Teste de Montenegro (intradérmico)- 
reação de hipersensibilidade tardia 
 Imunofluorescência indireta 
 
 
 
Antígeno de Montenegro aplicado na pele para 
o diagnóstico de leishmaniose 
LTA - Tratamento 
 Gaspar Vianna(1912)- antimonial 
tártaro emético 
 Atualmente utiliza-se antimonial 
pentavalente 
 17mg/kg de peso/dia, durante 10 dias 
(intramuscular ou endovenosa) 
 Imunoterapia - Mayrink e cols 
 Vacina para imunoprofilaxia, Leishvacin 
(Biobrás) 
 Alternativa na terapêutica dos casos 
resistentes aos antimoniais ou 
cardiopatas, nefropatas e gestantes. 
Lesão ulcerosas no braço direito e 
cicatrizes atróficas seis meses após a 
tratamento. 
 
Leishmaniose Visceral Americana 
 Calazar- doença crônica grave de alta letalidade (59 mil 
mortes em 2001/OMS) 
 Complexo Leishmania donovani 
 L. donovani 
 L. infantum 
 Fatores de risco: desnutrição, uso de imunossupressores e 
co-infecção por HIV. 
 
Aspéctos biológicos 
 Mecanismo de transmissão 
 vetorial (Lutzomyia longipalpis) 
 Uso de drogas injetáveis 
 Transfusão sanguínea 
 Reservatório - canídeos 
 
Patogenia 
 L. chagasi infecta células do SMFO local de inoculação do 
parasita (picada na pele) geralmente passa desapercebido 
Pode evoluir para cura espontânea ou os parasitas 
podemmigrar para os linfonodos e depois, para as visceras. 
 Alterações esplênicas: esplenomegalia com hiperplasia e hipertrofia 
das células do SMF 
 Alterações hepáticas: hepatomegalia com hiperplasia e hipertrofia das 
células de Kupffer 
 Alterações no tecido hemocitopoético: medula óssea com 
hiperplasia e densamente parasitada. Pode levar a desregulação da 
hematopoese. Anemia grave. 
 Alterações renais: gromerolonefrite proliferativa e nefrite intersticial 
 Alterações nos linfonodos: hiperplasia com hipergamaglobulinemia 
 Alterações pulmonares: pneumonite intersticial (tosse seca) 
Aspectos clínicos 
 Forma assintomática 
 maior parcela da população em área endêmica 
 Febre baixa recorrente, tosse seca, diarréia, sudorese, prostração 
 Forma aguda 
 2 meses iniciais. 
 Febre alta, palidez de mucosas, hepatoesplenomegalia discreta 
 Forma crônica ou calazar 
 Desnutrição, caquexia acentuada, hepatoesplenomegalia associada a ascite, edema 
generalizado, dispnéia, cefaléia, dores musculares, perturbações digestivas. 
 Infecções bacterianas associadas: pneumonia e broncopneumonia; tuberculose; diarréia e 
desinteria; otite, gengivite, estomatite e cancrum oris. 
 Infecções concomitantes: Plasmodium ou Schistosoma. 
 É considerada infecção oportunista para indivíduos com AIDS/HIV. 
 Leishmaniose dérmica pós-calazar (LDPK) 
 Ocorre após o tratamento do forma visceral 
 Lesões de pele com aparência variada, áreas de hipopigmentação, pápulas ou máculas, 
principalmente na face, tronco e membros. 
 Etiologia ainda inexplicada. 
 
Leishmaniose visceral 
• Esplenomegalia e hepatomegaliaDiagnóstico 
 Sintomas clínicos 
 Diagnóstico laboratorial 
 Pesquisa do parasita 
 aspirado de medula óssea, baço, fígado ou 
linfonodo corados com Giemsa ou leishman. 
 Crescimento em meio de cultura 
 Inoculação em animais de laboratório 
 PCR 
 
 Métodos imunológicos 
 Presença de hipergamaglobulinemia – 
pesquisa de IgG e IgM específicas 
 Imunofluorescencia indireta (IFI) 
 Ensaio Imunoenzimático (ELISA) 
 Teste rápido imunocromatográfico (TRALD; 
RICH) 
 Reação de Montenegro - negativa 
Pesquisa direta em amostra de órgão Linfóide 
mostrando inúmeras formas de Leishmania. 
 
Tratamento 
 A quimioterapia é limitada 
 Uso de antimoniais pentavalentes (Glucantime) 
20mg/kg/dia por 20 dias por via intravenosa ou 
intramuscular 
 Algumas cepas apresentam resistência aos antimoniais 
 
Leishmaniose visceral canina (LVC) 
 Sintomatologia cutânea 
 nódulos e ulcerações 
 alopécia 
 descamações furfuráceas 
 dermatosclerose 
 Sintomatologia geral/visceral 
 anemia 
 adinamia 
 hipertermia 
 fibrilação muscular 
 sangramento nasal 
 hepato-esplenomegalia 
 adenopatias 
 emagrecimento 
 perda do apetite 
 conjuntivite purulenta 
 ceratite / pigmentação de córnea 
 úlceração de córnea 
 paralisia do trem posterior 
Lesões discretas 
Lesões graves 
Ministério da Saúde recomenda o sacrifício dos cães 
com leishmaniose 
 Brasília 2014 - Levantamento 
da Vigilância Ambiental do 
Distrito Federal (DF) 
constatou 9,19% resultados 
positivos e 89,9% negativos 
para a LVC. O maior número 
de casos confirmados 
ocorreu nos meses de abril e 
maio, com 13,56% e 16,6%, 
respectivamente e os de 
menores índices nos meses 
de outubro e agosto, com 
5,42% e 6,1%, 
respectivamente. As regiões 
administrativas com maior 
incidência de casos positivos 
foram Sobradinho com 19,3% 
e Lago Norte com 18,3% 
 
Tratamento do cão 
 Leishmaniose canina- autorização 
para o tratamento 
 Remédio em vez de eutanásia Cidades 
Decisão judicial considera ilegal a portaria 
que proíbe o tratamento com medicamento 
de uso humano em animais com 
leishmaniose. Medida divide a opinião de 
veterinários. Ministério da Saúde informa que 
não foi avisado da determinação 
Uma decisão da Justiça autoriza mudanças na 
forma como cães com leishmaniose são 
tratados. 
 
 Vacinas 
 Leish-Tec 
 Leishimune – 
 
 Coleira com piretróides