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NÍVEIS DE METIONINA + CISTINA PARA CODORNAS JAPONESAS (Coturnix coturnix japonica) NAS FASES DE CRESCIMENTO E POSTURA ANA CLÁUDIA CORREIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO – UENF CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ JUNHO - 2003 NÍVEIS DE METIONINA + CISTINA PARA CODORNAS JAPONESAS (Coturnix coturnix japonica) NAS FASES DE CRESCIMENTO E POSTURA. ANA CLÁUDIA CORREIA Tese apresentada ao Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias da Universidade Estadual do Norte Fluminense, como parte das exigências para obtenção do título de Mestre em Produção Animal Orientador: Profª. Rita da Trindade Ribeiro Nobre Soares CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ JUNHO - 2003 NÍVEIS DE METIONINA + CISTNA PARA CODORNAS JAPONESAS (Coturnix coturnx japonica) NAS FASES DE CRESCIMENTO E POSTURA. ANA CLÁUDIA CORREIA Tese apresentada ao Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias da Universidade Estadual do Norte Fluminense, como parte das exigências para obtenção do título de Mestre em Produção Animal Aprovada em 27 de junho de 2003 Comissão Examinadora: Profª. Cristina Amorim Ribeiro de Lima (D. Sc., Zootecnia) - UFRRJ Prof. Edenio Detmann (D.Sc., Zootecnia) - UENF Prof. José Brandão Fonseca (PhD., Zootecnia) - UENF Profª. Rita da Trindade Ribeiro Nobre Soares (D. Sc.,Zootecnia) - UENF Orientador ii A Deus, a todo instante, pela vida, saúde e capacidade de discernimento. À minha mãe, Elizabete, pelo amor, exemplo, apoio e estímulo. Ao meu pai, Cláudio, pelo carinho e apoio, mesmo à distância. Ao grande irmão e amigo Jefferson Barreto de Aguiar (in memoriam), pelo eterno incentivo. Aos meus amigos, pelo incentivo, confiança e companheirismo. DEDICO. iii AGRADECIMENTO À Universidade Estadual do Norte Fluminense e ao Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias, pela oportunidade de realizar o curso de pós-graduação. À Fundação Estadual Norte Fluminense (FENORTE) e à Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), pela bolsa de estudo concedida. À Professora Rita da Trindade Ribeiro Nobre Soares, pela amizade, pela segura orientação e constante disposição. Ao meu companheiro Bernardo Diniz, pelo amor, carinho, compreensão e por sempre estar ao meu lado em todos os momentos. À minha nova mãe, Martha, e família, João Alberto, Júnior, Rossana e Luíza, que me receberam de braços abertos e me hospedaram desde minha chegada à cidade. Vocês farão parte da minha vida sempre! À Professora e amiga Rosângela Teixeira de Freitas, pela amizade, companheirismo e honestidade, pelos exemplos que me foram dados ao longo do desenvolvimento deste trabalho, pelo incentivo oferecido nas horas mais difíceis e por suas críticas e sugestões, que contribuíram muito para o aperfeiçoamento não só deste trabalho, mas também da minha pessoa. Ao amigo Fábio Nunes Lista, pela amizade verdadeira e fraternidade de todos esses anos. Ao professor Edenio Detmann, pelos auxílios essenciais na realização das análises estatísticas da pesquisa e pela amizade conquistada ao longo da realização do trabalho. Ao mestre e amigo Fernando Augusto Curvello, pelas elucidações e apoio na área de avicultura. À professora Cristina Amorim Ribeiro de Lima, pelos primeiros contatos técnicos com a Nutrição Animal e pela grata disposição e presença na banca avaliadora. Ao professor Carlos Maria Hubinger Tokarnia, pelos valiosos ensinamentos técnicos e pelo exemplo de vida e conduta no meio científico. Ao amigo Julien Chiquieri, pela dedicação, ajuda e companheirismo, sem o qual este trabalho não teria sido tão bem desenvolvido. Ao colega George André Rodrigues Maia, pela orientação, sugestões e empréstimo dos equipamentos, de grande valia para o sucesso do trabalho. Aos novos amigos Jonas e José Carlos, funcionários do setor de avicultura, pela colaboração durante a fase experimental e constante auxílio nesta pesquisa. À técnica e zootecnista Maria Beatriz Mercadante, pelo grande auxílio prestado na fase experimental. iv Ao técnico do Laboratório de Zootecnia e Nutrição Animal e zootecnista, Cláudio Lombardi, pela assistência e apoio prestados durante a realização das análises bromatológicas. Aos professores do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias, que contribuíram na formação acadêmica com seus ensinamentos durante o curso. À Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, pelo carinho com o qual fui novamente recebida ao cursar disciplinas oferecidas na instituição e realizar a complementação das análises bromatológicas necessárias à conclusão do trabalho. A todas as pessoas desta Universidade que me ajudaram de forma direta e indireta, obrigada pelo carinho. v BIOGRAFIA ANA CLÁUDIA CORREIA, filha de Messias Cláudio Correia e Elizabete da Silva Correia, nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 16 de julho de 1970. Em 1997, graduou-se em Zootecnia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica-RJ. Trabalhou como zootecnista autônoma, atuando em diversas áreas da produção animal, dedicando especial atenção à produção comercial de Animais Silvestres de interesse zootécnico. Foi admitida em março de 2001 no Curso de Pós-graduação em Produção Animal, Mestrado, com concentração na área de Nutrição de Monogástricos, da Universidade Estadual do Norte Fluminense – Darcy Ribeiro (UENF), em Campos dos Goytacazes – RJ, submetendo-se à defesa de tese para conclusão do curso em junho de 2003. CONTEÚDO vi Páginas RESUMO................................................................................................. ABSTRACT............................................................................................. 1. INTRODUÇÃO............................................................................ 2. REVISÃO DE LITERATURA....................................................... 2.1. Níveis de proteína bruta e energia metabolizável para codornas japonesas em crescimento.......................................... 2.2. Níveis de proteína bruta e energia metabolizável para codornas japonesas em postura................................................. 2.3. Exigências em metionina + cistina para codornas japonesas em crescimento.......................................................... 2.4. Exigências em metionina + cistina para codornas japonesas em postura................................................................. 2.5. Métodos de avaliação da qualidade do ovo................... 3. MATERIAL E MÉTODOS............................................................ 3.1. Experimento 01: Exigências de metionina + cistina para codornas japonesas em crescimento.................................. 3.1.1. Local e duração do experimento....................................... 3.1.2. Animais e manejo.............................................................. 3.1.3. Tratamentos e rações experimentais................................ 3.1.4. Características avaliadas...................................................3.1.5. Análises estatísticas.......................................................... 3.2. Experimento 02: Exigências de metionina + cistina para codornas japonesas em postura................................................. 3.2.1. Animais, instalações e manejo alimentar.......................... 3.2.2. Características avaliadas................................................... 3.2.3. Análise estatística.............................................................. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES................................................ 4.1. Experimento 1 – Codornas japonesas em crescimento, fase I............................................................................................ 4.2. Experimento 1 – Codornas japonesas em crescimento, fase II........................................................................................... 4.3. Experimento 2 – Codornas japonesas em postura........................................................................................ 5. CONCLUSÕES........................................................................... 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................... xi xiii 1 4 6 7 10 11 14 15 15 15 15 16 20 21 23 23 25 26 28 28 30 34 44 45 vii LISTA DE TABELAS Páginas 1. Composição das rações experimentais para codornas japonesas em crescimento ................................................................................. 2. Composição da ração usada na fase II do experimento 1 ................ 3. Composição das rações experimentais para codornas japonesas em postura ......................................................................................... 4. Temperaturas máximas e mínimas do galpão de crescimento, registradas durante o período experimental....................................... 5. Médias, coeficientes de variação e níveis descritivos de probabilidade para as variáveis consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar das codornas japonesas na fase de crescimento ....................................................................................... 6. Medias, coeficientes de variação e níveis descritivos de probabilidade para as variáveis consumo de ração, ganho de peso, conversão alimentar e produção de ovos das codornas japonesas na fase II do experimento 18 19 24 28 29 viii 1................................................................ 7. Estimativas dos parâmetros de curva logística de crescimento animal de acordo com os diferentes níveis de metionina+cistina ..... 8. Médias, coeficientes de variação e níveis descritivos de probabilidade para as variáveis peso médio dos ovos, massa de ovo, peso de casca, espessura de casca, PCSA, matéria seca e valor protéico do ovo na fase II do experimento 1.............................. 9. Temperaturas máximas e mínimas do galpão de postura registradas durante o período experimental ...................................... 10. Médias, coeficientes de variação e níveis descritivos de probabilidade para as variáveis consumo de ração e ganho de peso de acordo com os diferentes níveis de metionina+cistina e períodos de avaliação para codornas japonesas em postura............ 11. Médias, coeficientes de variação e níveis descritivos de probabilidade para a variável conversão alimentar de acordo com os diferentes níveis de metionina+cistina e períodos de avaliação para codornas japonesas em postura................................................ 12. Médias e níveis descritivos de probabilidade para a variável produção de ovos das codornas japonesas....................................... 13. Médias, coeficientes de variação e níveis descritivos de probabilidade para as variáveis gravidade específica (g/cm3) e peso da casca dos ovos (g) de acordo com os diferentes níveis de metionina+cistina e períodos de avaliação para codornas japonesas em postura........................................................................ 14. Médias e níveis descritivos de probabilidade para a variável peso médio do ovo (g) de acordo com os níveis de metionina+cistina na ração em função dos diferentes períodos experimentais .................. 15. Médias e níveis descritivos de probabilidade para a variável massa de ovo (g) de acordo com os níveis de metionina+cistina na ração em função dos diferentes períodos experimentais ............................ 16. Médias e níveis descritivos de probabilidade para a variável espessura de casca dos ovos (mm) de acordo com os níveis de metionina+cistina na ração em função dos diferentes períodos experimentais .................................................................................... 17. Médias e níveis descritivos de probabilidade para a variável percentagem de casca por superfície de área de ovos de acordo com os níveis de metionina+cistina na ração em função dos diferentes períodos de avaliação ....................................................... 18. Médias, coeficientes de variação e níveis descritivos de probabilidade para as variáveis matéria seca (%) e valor protéico (%) de ovos de codornas japonesas.................................................. 31 32 33 34 34 36 37 38 39 40 41 42 ix 43 x LISTA DE FIGURAS Páginas 1. Estimativa de curvas de crescimento animal em função dos níveis de metionina+cistina na ração ............................................. 2. Efeito dos níveis de metionina+cistina sobre o peso dos ovos ..... 3. Efeito dos níveis de metionina+cistina sobre a espessura de casca de ovos de codornas............................................................ 32 39 41 xi RESUMO CORREIA, ANA CLÁUDIA. MSc. Nutrição Animal. Universidade Estadual do Norte Fluminense. Junho/2003. Níveis de metionina+cistina para codornas japonesas (Coturnix coturnix japonica) nas fases de crescimento e postura. Orientador: Rita da Trindade Ribeiro Nobre Soares. Conselheiros: José Brandão Fonseca e Edenio Detmann. Foram realizados dois experimentos simultaneamente. O experimento 1, no qual foram avaliadas codornas na fase de crescimento, foi dividido em duas fases. Na primeira fase foram utilizadas 320 codornas fêmeas, com idade inicial de cinco dias e peso médio de 15,0g, durante 35 dias. O delineamento foi inteiramente casualizado, com quatro repetições e 20 aves por unidade experimental. Os tratamentos consistiram de quatro níveis de metionina+cistina na ração (0,64%; 0,74%; 0,84% e 0,94%). Foram estudadas as variáveis consumo de ração, ganho de peso, conversão alimentar e foi feita a curva de crescimento logístico das aves. Os tratamentos influenciaram de forma linear o ganho de peso, enquanto as outras características estudadas não sofreram influência dos tratamentos. A mortalidade observada no período foi de 3,4%. Na segunda fase do experimento 1, as aves utilizadas na primeira fase foram transferidas para gaiolas, onde permaneceram por 21 dias. Foi utilizado delineamento em quadrado latino, com quatro repetições distribuídas em quatro baterias de xii quatro andares, respeitando-se as repetições da fase anterior. Foi utilizada uma única ração padrão de posturapara todas as aves, com a intenção de observar o efeito residual dos tratamentos aplicados na fase de crescimento. Foram estudadas as variáveis consumo de ração, ganho de peso, conversão alimentar, produção de ovos, idade das aves ao atingirem 5% de postura, peso do ovo, massa do ovo, peso de casca, espessura de casca, porcentagem de casca por superfície de área (PCSA), matéria seca dos ovos e valor protéico dos ovos. Os tratamentos não influenciaram significativamente (P<0,05) nenhuma das variáveis estudadas. A mortalidade observada neste período foi de 1,3%. No experimento 2 foram utilizadas 320 codornas fêmeas com idade inicial de 19 semanas e peso médio de 171,41g, durante 63 dias divididos em três períodos de 21 dias cada. Foi utilizado o delineamento em quadrado latino em esquema de subdivisão de parcelas em função do período de avaliação, contendo quatro tratamentos (0,55%; 0,65%; 0,75% e 0,85% de metionina+cistina na ração), quatro repetições distribuídos em quatro baterias de quatro andares com 20 codornas por unidade experimental. A cada período foram estudadas as mesmas variáveis avaliadas na segunda fase do experimento um além da variável gravidade específica. Os tratamentos influenciaram de forma linear as características conversão alimentar (g/g) no primeiro e segundo períodos experimentais, massa de ovo e PCSA, no primeiro período e apresentaram efeito quadrático nas características peso do ovo e espessura de casca no primeiro período. Houve efeito do período experimental sobre as características consumo de ração, ganho de peso, produção de ovos, peso da casca e valor protéico dos ovos. Palavras-chave: codornas japonesas, nutrição de monogástricos, aminoácidos, qualidade de ovo. xiii ABSTRACT CORREIA, ANA CLÁUDIA. MSc. Animal Nutrition. Universidade Estadual do Norte Fluminense. June/2003. Levels of methyonine plus cystine of growing and laying japanese quail. Advisor: Rita da Trindade Ribeiro Nobre Soares. Committee members: José Brandão Fonseca and Edenio Detmann. Two experiments were run simultaneous. The first one, with growing quails was divided in two phases. In the first phase 320 female quails, five days old, 15,0g mean body weight, were used for a 35 days experimental period. Four levels of methyonine+cystine (0,64%; 0,74%; 0,84% and 0,94%) were studied. Feed intake, body weight gain and feed conversion rate were measured and a growing curve was plotted. Treatments affected the weight gain linearly. However there was no effects of treatments on the other experimental data. There was 3,4% mortality in the period. In the second phase of experiment one, the birds used in the first phase were housed in cages where they were kept for 21 days. A square latin experimental design was used, with four replicates distributed in four xiv batteries with four floors, like the replicates of the first phase. Only one laying basal diet was used for all birds in order to study the residual effect of the treatments of the growing phase. The variables studied were feed intake, body weight gain, feed conversion rate both in g/g and g/dz, egg production, egg weight, age at 5%, egg mass, shell weight, thickness of eggshell, percentage of shell to surface area (PSSA), dry matter and protein value of eggs. The treatments had no significant effect (P<0,05) on any one of the variables studied. There was 1,3%mortality in the period. In experiment two 320 female quails, 19 weeks of age and 171,41g of mean body weight were used for a 63 days experimental period. The experiment was divided in three periods, 21 days each. A square latin experimental design was used with four treatments (0,55%; 0,65%; 0,75% and 0,85% methionine+cystine in the diet). There were four replicates distributed in four batteries with four floors with and 20 quails in each experimental unit. For each period the same variables studied in the second phase of experiment one were also studied plus specific gravity. The treatments affected linearly the data on feed conversion rate (g/g) in the first and second experimental periods, eggs mass and PSSA in the first period. There was quadratic effect for the data on egg weight and shell thickness in the first period. There was significant (P>0,05) effect of experimental periods on feed intake, weight gain, eggs produced, shell weight and protein values of eggs. Key-words: Japanese quails, monogastric nutrition, aminoacids, egg quality. xv 1. INTRODUÇÃO A avicultura comercial nas últimas décadas tem passado por grande progresso. As espécies de maior interesse econômico, tais como frangos de corte, galinhas de postura, perus, codornas, marrecas e galinha d’angola, vêm se destacando (FIGUEREDO, 1998). A codorna pertence à ordem dos Galináceos, família Phasianidae, gênero Coturnix. Espécies e subespécies do gênero Coturnix e estão distribuídas por todos os continentes, exceto a Antártida. As espécies mais comuns são a Coturnix coturnix japonica (codorna japonesa) e a Coturnix coturnix coturnix (codorna européia), além de linhagens específicas para produção de carne, como a Colinus virginianus (Bobwhite). As principais características da codorna japonesa são a elevada rusticidade, o crescimento acelerado com reduzido consumo alimentar, o ciclo reprodutivo curto com postura regular, boa fertilidade e precocidade sexual. No Brasil, a coturnicultura tem se desenvolvido de maneira acelerada, devido às vantagens que apresenta — baixo investimento inicial, uso de pequenas áreas com mão-de-obra reduzida, rápido retorno econômico e fácil aceitação dos xvi ovos no mercado. Além disso, desempenha importante papel social, pois constitui uma alternativa de geração de receita dentro de propriedades rurais principalmente entre pequenos e médios criadores, entre os quais o nível de informação é baixo e o uso de tecnologia é limitado. É normal o interesse de pesquisadores da área avícola, no sentido de desenvolver trabalhos que venham a contribuir para o maior aprimoramento e fixação dessa cultura como fonte rentável na produção avícola, principalmente para pequenos produtores privados e assentamentos rurais (FURLAN et al., 1998). Um dos fatores que têm sido exaustivamente estudados na produção avícola são os níveis nutricionais, visto que aproximadamente 75% dos custos variáveis de produção são provenientes da alimentação. No Brasil, os estudos em nutrição de codornas tornam-se ainda mais importantes, pois, além dos elevados custos na formulação de rações para essa espécie, ainda hoje são utilizadas tabelas de exigências nutricionais provenientes de outros países, com dados oriundos de aves, alimentos e condições ambientais diferentes das nossas, como no caso das tabelas do NRC (National Research Council, 1994). Em muitos casos, ainda, são feitas extrapolações dos valores nutricionais constantes nas tabelas de exigências de frangos de corte e/ou galinhas poedeiras, mas os dados assim obtidos não são ideais para o desenvolvimento e desempenho adequados das codornas. Por outro lado, as estimativas de níveis nutricionais avaliados diretamente com codornas japonesas são muito antigos e escassos. Atualmente, as formulações das rações para codornas japonesas estão baseadas no conceito de proteína bruta, o que normalmente resulta em dietas com conteúdo de aminoácidos superior ou inferior ao exigido, acarretando alterações na produção e prejudicando o retorno econômico da atividade. Devido às facilidades de compra e ao estabelecimento de preços acessíveis, cresce hojeem dia a prática de incorporar aminoácidos sintéticos nas rações. Desse modo, é possível obter rações de mínimo custo, apropriadas para compensar o fato de os teores de PB serem inferiores aos recomendados nas tabelas de exigências nutricionais, atendendo também às exigências em aminoácidos essenciais (SILVA, 1996). Com um fornecimento de níveis aminoacídicos mais próximos das necessidades animais, há um aumento na eficiência de utilização protéica e uma xvii maximização do uso dos aminoácidos para síntese protéica, minimizando o seu uso como fonte de energia. No Brasil, as rações para aves são normalmente formuladas à base de milho e farelo de soja, e portanto são geralmente deficientes em certos aminoácidos, principalmente metionina, que é essencial para o desenvolvimento e desempenho normal das aves. Por essa razão, há um especial interesse em determinar as exigências dos aminoácidos, a fim de obter melhores resultados de desempenho dos animais (CONHALATO, 1998). Segundo CONHALATO (1998), fatores como estresse, linhagem, ambientes térmicos, teor de proteína na ração, energia digestível e principalmente os alimentos utilizados na formulação podem influenciar as exigências de metionina pelas aves. O amadurecimento precoce das codornas (35 a 42 dias de idade) sugere a necessidade de programas alimentares que maximizem a taxa de crescimento e promovam, simultaneamente, um bom desenvolvimento corporal, de modo que o peso ideal seja alcançado na maturidade sexual. Desse modo, é possível garantir um alto grau de uniformidade do plantel e de normalidade na fase de postura. As condições nutricionais estabelecidas durante o período de crescimento influenciam o desempenho das aves na fase de produção.A maioria dos estudos, porém, têm sido conduzidos com o objetivo de determinar as exigências nutricionais de aves de postura na fase de produção (SHIM & LEE, 1988; SHRIVASTAV et al., 1990; MURAKAMI et al., 1994), sendo escassos os trabalhos direcionados para determinar as exigências na fase de crescimento. A falta de informações na literatura nacional sobre os níveis aminoacídicos para codornas japonesas em crescimento e postura norteou a necessidade desta pesquisa, a qual tem como objetivos principais: estimar as exigências em metionina+cistina para codornas japonesas em crescimento e postura e avaliar a influência dos níveis administrados durante a fase de crescimento sobre o desempenho animal na fase de postura. 2. REVISÃO DE LITERATURA Para MURAKAMI (1991) existem poucos trabalhos de pesquisa no Brasil voltados para as exigências nutricionais para codornas japonesas, existindo ainda muitas controvérsias entre os resultados já publicados. Sendo assim, ainda hoje são necessárias mais pesquisas, visando obter resultados mais consistentes no que se refere à produção e às exigências nutricionais em coturnicultura. Os estudos referentes aos níveis de proteína são de suma importância, pois as fontes protéicas constituem-se nos componentes de maior importância na prática comercial. O fornecimento desse nutriente em quantidades suficientes para suprir as necessidades das aves deve ser observado para que não se onere o custo de produção (FORBES e SHARIATMADARI, 1994) através de comprometimentos sobre a eficiência de utilização dos demais nutrientes e dos alimentos com um todo. Aproximadamente 25% dos custos da alimentação, são decorrentes das fontes protéicas (ALBINO et al., 1992 e LIMA, 1996). Além dos fatores econômicos, existe também uma preocupação com as contaminações sofridas pelo ambiente, devido ao excesso de nitrogênio excretado pelos animais em decorrência de excessos de compostos protéicos na dieta. De acordo com SCHUTTE et al. (1994), a proteína contida nos ingredientes de uma ração é um de seus principais nutrientes. A eficiência da utilização de uma ração depende da quantidade, da composição e da digestibilidade de seus aminoácidos, os quais são exigidos em níveis específicos pelas aves. A simples redução do nível de proteína bruta, abaixo do recomendado nas tabelas de exigências nutricionais para as aves, não tem proporcionado resultados de desempenho equivalentes aos obtidos com dietas contendo maiores teores protéicos, que atendam a essas recomendações, uma vez que o teor de PB da 5 5 ração pode influenciar as exigências nutricionais em cada aminoácido individualmente (NRC, 1994). A diminuição do nível de PB da ração implica a necessidade de medidas que possam reduzir ou eliminar os problemas que causa, de modo a não comprometer o desempenho dos animais. Sendo assim, uma das possíveis soluções seria utilizar níveis de proteína bruta mais baixos, atendendo às exigências nutricionais mínimas, com a suplementação de aminoácidos na forma cristalina, maximizando de maneira geral a utilização das proteínas e demais nutrientes e atendendo às exigências dos animais, mas mantendo-se os padrões de produção obtidos em rações com níveis mais elevados de proteína bruta (SILVA, 1996). Normalmente, os valores de energia metabolizável (EM) dos alimentos e de exigências de EM, utilizados para poedeiras comerciais, são usados para formulação de rações para codornas japonesas. A princípio, essa extrapolação parece incorreta, uma vez que um dos fatores que influencia o aproveitamento de um determinado alimento — e, por conseguinte, o seu valor energético — é a taxa de passagem pelo trato digestivo. Essa taxa está relacionada com uma série de variáveis, tais como a quantidade de alimento ingerido (Mangold, citado por HEUSER, 1945), a composição do alimento, (GOLIAN e POLN, 1984; SHIRES et al., 1987; FURLAN et al., 1996 e OLIVEIRA, 1998), o aspecto físico do alimento, (CHOI et al., 1986; REECE et al., 1986 e LEANDRO et al., 2001), o conteúdo de umidade, a freqüência e o tempo de fornecimento do alimento, além das variações individuais (HEUSER, 1945) e características anatômicas interespecíficas, justificando desta forma a necessidade de considerações diferenciadas para o estabelecimento de teores alimentares e exigências de EM entre espécies. 2.1 Níveis de Proteína Bruta e Energia Metabolizável para Codornas Japonesas em Crescimento 6 6 O tempo de passagem da digesta através do intestino das codornas é muito rápido, variando de 60 a 90 minutos (McFarland e Fredland, 1965, citados por VOHRA, 1971). Comparando a utilização de energia entre codornas japonesas em crescimento e pintos de corte, BEGIN (1968) não verificou diferenças na eficiência alimentar em dietas com baixa (2.200 kcal/kg) ou alta energia (3.400 kcal/kg), podendo concluir que a codorna pode utilizar dietas com baixa ou alta energia tão eficientemente quanto os pintos de corte. O maior valor de EM de alimentos fibrosos para codornas pode ser explicado pela maior digestibilidade da fibra. Nesse sentido, ANDUJAR et al. (1976) determinaram um coeficiente de digestibilidade de 16% para a codorna em uma dieta com 4,4% de fibra bruta (FB), valor que foi maior do que a digestibilidade da FB de 9,6% para galinhas (Fonnesbeck et al., 1974; Santomá et al., 1989, citados por SANTOMÁ, s.d.). Neste contexto, de acordo com ANDUJAR et al. (1997), a alta digestibilidade da FB em codorna parece ser em função do maior tamanho do ceco, relativo ao tamanho do próprio corpo, quando comparados com galinhas. Por outro lado, a dieta protéica exigida pelas codornas é influenciada pela energia metabolizável contida nos ingredientes usados nas formulações das rações, sendo purificadas ou não (SHIM e VORHA, 1984). Apesar de o nível de energia ser o principal fator determinante do consumo, quando o conteúdo protéico da ração é menor, as aves tendem a aumentar o seu consumo alimentar, para compensarparcialmente o menor conteúdo em aminoácidos (CHWALIBOG e BALDWIN, 1995). MURAKAMI et al. (1994), estudando os níveis nutricionais protéicos e energéticos para codornas japonesas em crescimento, por meio de dietas formuladas à base de milho e farelo de soja (contendo os níveis de 2.800 e 3.000 kcal de EM/kg e 20%, 22%, 24% e 26% de PB), verificaram que os níveis mais adequados para o melhor desempenho dos animais foram 20% de PB e 3.000 kcal de EM/kg. Os resultados obtidos por WEBER e REID (1967) e BRANDÃO et al. (1991) e os preconizados pelo NRC (1994) determinaram o nível de 24% de PB como sendo o mais adequado para codornas em crescimento. Não obstante, todos eles diferem quanto ao nível de energia metabolizável requerido, sendo respectivamente de 2.900 kcal, 2.200 kcal e 2.060 kcal de EM/kg. 7 7 SVACHA et al. (1970) verificaram o nível de 26% de PB como sendo o exigido para codornas japonesas em fase inicial para bom crescimento das codornas. Este dado é semelhante àquele apresentado por HARDY e EDWARDS (1981), que verificaram que são necessários níveis maiores que 24% de PB para se obter o máximo crescimento das codornas japonesas. De acordo com o observado por SHIM e VOHRA (1984), na fase inicial (1 a 14 dias de idade) o requerimento em proteína para codornas japonesas para um máximo crescimento pode ser maior (28 a 32% de PB), sendo que o crescimento diferenciado das dietas contendo níveis mais altos e mais baixos desaparece após a terceira semana de idade dos animais. Estes mesmos autores verificaram que após a terceira semana de idade, o nível protéico podia ser reduzido até o nível de 20%, sendo mantido este nível até a sexta semana de idade. Por outro lado, KIRKPINAR et al. (1995), trabalhando com seis dietas protéicas (variando de 16 a 30% de PB) para codornas japonesas em crescimento, verificaram que, com o aumento do nível de proteína da dieta, havia um rápido aumento na taxa de crescimento das aves, concluindo que níveis superiores a 26% maximizam o crescimento das aves. 2.2 Níveis de Proteína Bruta e Energia Metabolizável para Codornas Japonesas em Postura A taxa de postura possui correlação positiva com o teor protéico da ração. Do mesmo modo, um menor consumo de proteína pelas aves, submetidas a rações de níveis energéticos mais altos, resulta em menor produção de ovos. Assim, faz-se necessário que o consumo de energia, proteína e aminoácidos essenciais esteja em balanço para que haja uma produção eficiente e economicamente viável (BRAGA, 1978; CHWALIBOG e BALDWIN, 1995). O tamanho do ovo é altamente dependente da ingestão diária de proteína, pelo fato de as poedeiras terem pouca habilidade em estocar proteína. Desse modo, a concentração protéica e o consumo de ração têm sido importantes para controlar o nível de consumo de proteína em função da produção dos ovos (PESTI, 1992). Em média, o ovo de uma codorna pesa aproximadamente 10g, contendo 74% de água, 13% de proteína, 11,2% de gordura e 1,8% de cinzas, o que requer 1,31 g de proteína para essa ave produzir um ovo, e 0,3 g para mantença, ou seja, 8 8 um total de 1,61 g de proteína. Se for considerada uma eficiência de 55% na utilização do alimento, pode-se inferir que a codorna necessitará de 2,93 g de proteína por dia, para produzir um ovo. Como as codornas consomem, em média, 20 g de alimento por dia, a ração deverá conter, portanto, no mínimo 14,65% de proteína (SHIM e VOHRA, 1984). BEGIN e INSKO JR (1972) observaram que as codornas em postura necessitavam de quantidades maiores que 4,71 g de proteína por dia para manterem uma taxa de postura entre 78% e 80%. YAMANE et al. (1979) sugeriram um nível mínimo de 4,9 g de proteína por dia para codornas japonesas em postura, combinado a um fornecimento de energia metabolizável (EM) de 63 kcal/dia e ALLEN e YOUNG (1980) demonstraram que a exigência diária de proteína para codornas em postura estava entre 2,9 e 3,5g de proteína bruta. Para o consumo de ração e ganho de peso de codornas em postura, GROPP e ZUCKER (1969) e VOHRA (1971) verificaram que o nível de 16% de proteína era satisfatório para se obter uma boa produção de ovos. Já o POULTRY RESEARCH CENTRE (1974) recomenda 18% PB e 3.100 kcal EM/kg de ração para codornas japonesas em postura. CRIVELLI-ESPINOSA et al. (1980), trabalhando com diferentes níveis de proteína (16%, 18%, 20%, 22%, e 24%) em rações para codornas japonesas de 10 semanas de idade, demonstraram que, para obter melhor produção e maior peso do ovo, para codornas em reprodução, eram necessários 24% de PB e 3.000 kcal EM/kg de ração. Em estudos sobre o efeito da adição de diferentes níveis de proteína bruta proteína (14%, 16%, 18% e 20% de PB) em rações para codornas em postura à base de milho e farelo de soja, PIRES JR (1981) constatou que, para aves de 35 semanas de idade, eram necessários 20% de PB e 2.800 kcal EM/kg para se obter maior porcentagem de postura, maior peso dos ovos e uma melhor conversão alimentar (g ração/dz de ovos). Em adição, SCHWARTZ e ALLEN (1981) verificaram que, para codornas aos quatro meses de idade, os melhores resultados para postura, peso do ovo e conversão alimentar demandaram, respectivamente, 15,0%, 15,0% e 14,8% de proteína, equivalendo a um consumo de 2,30 g, 2,35 g e 2,28 g de PB/dia, respectivamente. Aos oito meses de idade, a exigência estimada para as mesmas variáveis foi maior que 20% de PB. Os autores também demonstraram que, aos 4 9 9 meses, 8 meses e 12 meses de idade, foram necessários, respectivamente, 14,6%, 16,5% e 18% de proteína na ração para maximizar a proteína corporal, e demonstraram decréscimo da necessidade de proteína na ração em função do aumento da idade da codorna. SAKURAI (1981) variou os níveis de PB de 14% a 24%, e a energia metabolizável, de 2.700 kcal a 3.300 kcal EM/kg em rações de codornas japonesas em postura. Nesse estudo, verificou que as variáveis consumo alimentar, produção de ovos, peso do ovo, eficiência alimentar e peso corporal aumentaram com os níveis crescentes de proteína (14% a 24%) para cada característica estudada, havendo diferença entre os níveis de energia metabolizável. Houve também uma melhoria na eficiência alimentar, quando o nível de energia metabolizável aumentava de 2.700 kcal para 3.300 kcal EM/kg. Para as taxas de produção de ovos, peso do ovo e peso corporal, o efeito de 2.700 kcal EM/kg foi superior ao nível de 3.000 kcal EM/kg, quando o nível de proteína subia de 14% para 21%, não tendo sido encontradas diferenças significativas para os níveis de energia mediante o fornecimento de 24% de PB na ração. Por outro lado, MURAKAMI (1991), trabalhando com quatro níveis de proteína (16%, 18%, 20% e 22%) e quatro níveis de energia metabolizável (2.500 kcal, 2.700 kcal, 2.900 kcal e 3.100 kcal EM/kg), verificou que os níveis de proteína e energia mais indicados para codornas na fase de postura são, respectivamente, 18% de PB e 2.700 kcal EM/kg. Além disso, verificou que o nível de 19,66% PB apresentou a melhor conversão alimentar, com base em (kg de ração)/ (kg de ovos). Entretanto, VILAR et al. (1991) verificaram que níveis menores que 25% de proteína não proporcionaram ótima produção de ovos. SHRIVASTAV et al. (1993), estudando níveis protéicos para codornas em produção e reprodução, verificaram menores percentagem de produção de ovos/fêmea/dia, eficiência da conversão alimentar e ganho de peso corporal das fêmeas com suprimento de 16% de PB, e que o peso dos ovos aumentou com o aumento do nível protéico Com o passar do tempo, a qualidade do ovo não foi afetada entre os níveis de 19% a 25% de PB, não se verificando diferenças entre os tratamentos para fertilidade e eclodibilidade. Quando ANNAKA et al. (1993) estudaram os efeitos de seis raçõescom diferentes níveis protéicos e o nível fixo de energia de 2.900 kcal EM/kg, sobre a performance de codornas japonesas de dez a cinqüenta e seis semanas de idade, 10 10 demonstraram que, para maior massa de ovo e mínima conversão alimentar, as exigências protéicas deveriam ser de 19,4% e 18,7%, respectivamente, e que a eficiência protéica para produção de ovos foi de 27,6%. Também demonstraram que dietas contendo 25,1% e 28,3% PB causavam as maiores taxas de mortalidade, provavelmente devido a toxidez causada por excesso de compostos nitrogenados no organismo. O NRC (1994) citou os níveis de 20% de PB e 2.900 kcal EM/kg como adequados para codornas japonesas em postura. PINTO (1998), avaliando o desempenho de codornas japonesas em postura, durante quatro períodos experimentais de 28 dias, por meio de dietas contendo 3 níveis de energia (2.850 kcal, 2.900 kcal e 3.050 kcal EM/kg) e 5 níveis de PB (16%, 18%, 20%, 22% e 24% PB), verificou que os níveis de 2.850 kcal EM/kg e 24% PB foram os mais adequados para o máximo desempenho das aves. 2.3 Exigências em Metionina+Cistina para Codornas Japonesas em Crescimento A relação metabólica entre metionina e cistina já tem sido estabelecida. A metionina é um aminoácido indispensável e deve ser provido na dieta e a cistina pode ser sintetizada a partir da metionina, tornando-se dispensável. Dados mostram que a cistina pode ser totalmente substituída pela metionina. As informações a respeito dos requerimentos em aminoácidos para codornas em crescimento são escassas e defasadas, possuindo ainda muitas informações desencontradas, o que desperta o interesse de se estabelecer os níveis nutricionais de metionina+cistina para codornas japonesas no Brasil. As rações das aves, formuladas a base de milho e farelo de soja, são, geralmente, deficientes em metionina, lisina e outros aminoácidos, sendo estes essenciais para o desenvolvimento e desempenho normais dos animais, os quais devem ter suas rações suplementadas com aminoácidos sintéticos. A deficiência de aminoácidos pode resultar em aumento de consumo de alimentos para atender as necessidades diárias destes, podendo também causar uma deposição desproporcional de tecido adiposo em relação à deposição muscular. A ligeira deficiência de aminoácidos, inicialmente, não irá refletir nos resultados de ganho de peso, mas sim no aumento da proporção de tecido adiposo 11 11 dos animais, devendo ser apontada como uma das causas de obesidade em algumas espécies, como frango de corte, perus, patos e codornas (KLASING, 1998). Os efeitos negativos do desbalanço aminoacídico geralmente deprimem o crescimento, variando o consumo e a utilização dos nutrientes da ração, causando problemas neurológicos e morte, sendo tais efeitos ampliados em função do status nutricional, idade do animal e propriedades intrínsecas e metabólicas de cada aminoácido. SVACHA et al. (1970), estudando as exigências nutricionais em lisina, metionina e glicina para codornas japonesas em dois períodos de crescimento (0 a 3 e 4 a 5 semanas de idade), verificaram que para o primeiro período foram necessários 1,37% de lisina, 0,74% de aminoácidos sulfurosos e 1,74% de glicina. Para o segundo período, os níveis foram de 1,20% de lisina, 0,72% de aminoácidos sulfurosos e 1,17% de glicina. Young et al. (1978), citados pelo NRC (1994), usando dietas semi- purificadas, contendo 25% PB, determinaram os requerimentos em metionina e metionina+cistina para codornas japonesas em crescimento, como sendo de 0,43% e 0,72%, para se obter o máximo crescimento dos animais. Já a Associação Espanhola de Coturnicultura (1972), citada por REIS (1980), determinou os níveis de 0,55% de metionina e 0,95% de metionina+cistina para codornas japonesas em crescimento. O NRC (1994) recomenda que, para um nível protéico de 24%, os níveis de metionina e metionina+cistina para codornas japonesas em crescimento são de 0,50% e 0,75%, respectivamente. 2.4 Exigências em Metionina+Cistina para Codornas Japonesas em Postura O nível protéico, bem como a composição aminoacídica da proteína ingerida, está entre os principais componentes das dietas para poedeiras, pois sua necessidade está em função da formação da clara e da gema do ovo, necessitando de uma porcentagem diária para máximo desempenho produtivo das aves. Embora as exigências em aminoácidos sejam usualmente fornecidas nas tabelas como porcentagem da ração, a quantidade necessária do nutriente deve ser obtida em fontes balanceadas para máxima produtividade. Fatores como teor de 12 12 fibra e relação proteína:energia podem afetar o consumo de ração e conseqüentemente, a quantidade de aminoácidos ingeridos (SILVA, 1997). As exigências de proteína e aminoácidos variam consideravelmente de acordo com a taxa de crescimento e produção de ovos. Os aminoácidos obtidos a partir das proteínas das dietas são usados pelas aves em diversas funções, como constituintes estruturais primários de tecidos, tais como: pele, penas, matriz óssea, ligamentos, bem como órgãos e músculos. Além disso, os aminoácidos e pequenos peptídeos resultantes da digestão e absorção das proteínas, contribuem para diversas funções metabólicas, sendo precursores de constituintes corporais protéicos (NRC, 1994). Em condições normais a excreção de aminoácidos e proteínas é mínima, portanto, o organismo animal tende a se manter em equilíbrio nitrogenado, desde que as dietas sejam convenientemente equilibradas (ANDRIGUETTO et al., 1990). ALLEN e YOUNG (1980), usando dietas semi-purificadas (3150 kcal EM/kg) para codornas poedeiras verificaram que a exigência total de proteína foi ligeiramente superior a 16% PB de uma mistura de caseína e farelo de soja e suplementadas ou não com aminoácidos essenciais e ácido glutâmico para promover ótima produção de ovos. Estes autores também determinaram a exigência de metionina em 0,37% e metionina+cistina em 0,68% da dieta. Os autores demonstraram que para a ração suplementada com metionina, o requerimento diário de proteína era de 3,52 g/dia. A Associação Espanhola de Coturnicultura (1972) citada por REIS (1980) citou os níveis de 0,40% de metionina e 0,65 a 0,70% de metionina+cistina como sendo os mais adequados para codornas em reprodução. Foi sugerida por YAMANE et al. (1980) uma ingestão de 0,15 g/dia de metionina+cistina para aves em postura. SHIM e LEE (1988) investigando a necessidade de metionina para codornas em reprodução, verificaram que as aves alimentadas com 0,62% de metionina apresentavam ótima produção de ovos e utilização do alimento. Por outro lado, SHIM e LEE (1989) encontraram o nível de 0,68% de metionina+cistina (0,34% de metionina) para uma máxima fertilidade e eclodibilidade dos ovos de codorna. Em dietas contendo 0,39% de metionina, SHIM e CHEN (1989) obtiveram melhor produção de ovos e ingestão de alimentos quando comparadas com dietas contendo 0,49%; 0,59% e 0,69% de metionina. Da mesma forma, CHEN e SHIM (1989) encontraram exigência de 0,375% de metionina na 13 13 presença de 0,30% de cistina disponível, em uma dieta com 20% PB. A ingestão diária de 79,5 mg de metionina disponível foi necessária para uma maior produção de ovos. SHRIVASTAV et al. (1990) trabalhando com dietas à base de milho e farelo de soja contendo 22% PB, 0,79% de lisina e 0,59% de metionina+cistina, verificaram que estes níveis são adequados para suportar uma boa produção e ovos de qualidade na codorna japonesa. SHIM e LEE (1993), utilizando-se de uma ração basal de 16% PB e 1,6% de aminoácidos sulfurosos, ou rações suplementadas com aminoácidos sintéticos, demonstraram que as rações deviam conter 0,43% de metionina e 0,18% de cistina para que as codornas tivessem maior produção deovos, peso de ovos e conversão alimentar. Neste contexto, MURAKAMI et al. (1994) em experimento para estimar as exigências em metionina para codornas japonesas em postura, por meio de dieta contendo 16% PB e variando em 5 níveis de suplementação com DL-metionina, encontraram níveis de exigência de metionina superiores a 0,45%. Já STRINGHINI et al. (1995), pesquisando níveis de energia metabolizável (3000 kcal EM/kg) e de metionina para codornas japonesas em postura, estimaram níveis de metionina superiores a 0,50%. O NRC (1994) cita os níveis de 0,45% de metionina e 0,70% de metionina+cistina como sendo os mais adequados para codornas japonesas em postura. GARCIA et al. (1997), trabalhando com 3 níveis de proteína bruta (16, 18 e 20%), 3 níveis de metionina+cistina (0,700; 0,875 e 1,00%) e 2 níveis de lisina (1,100 e 1,375%), para codornas japonesas em postura, verificaram que os níveis mais adequados para obter o máximo desempenho dos animais foram de 18% PB, 0,70% de metionina+cistina e 1,00% de lisina. 2.5 Avaliação da Qualidade do Ovo 14 14 Por definição, gravidade específica é o peso do volume de uma substância, relativo ao peso de um volume equivalente de água a 4ºC com densidade igual a 1,000 g/cm3 (HARMS et al., 1990). A gravidade específica dos ovos permite monitorar a qualidade da casca dos ovos destinados à incubação. Segundo MARQUES (1994), esta técnica requer o uso de equipamentos simples, tais como densímetro e baldes plásticos. MORENG e AVENS (1990) citaram que, além disso, existe a necessidade de uma balança e peneiras pequenas para a captura dos ovos. Segundo MARQUES (1994), a casca do ovo piora com a idade. Sob o ponto de vista da eclodibilidade, a principal preocupação do produtor de pintinhos é a percentagem de ovos com densidade inferior a 1,080 e, sabe-se que, um lote em pico de produção produz alta percentagem de ovos com densidade de 1,080 (85% a 90% dos ovos) e um lote com 60 semanas de idade manterá 75% a 80% de seus ovos com densidade de 1,080, caso o lote de aves seja bem manejado e não tenha aumentado o peso corporal. Se um lote apresentar uma densidade média de ovos de 1,085 e baixar para 1,080, este decréscimo corresponderá a uma perda de 3% na eclodibilidade e isto geralmente ocorre. Logo a variação de 0,005 na densidade média representará, em média, uma redução de 3% na eclodibilidade. Segundo BARRO (1990), ovos de galinhas com gravidade específica inferior a 1,080 apresentam índice de trincagem muito superior à média. Para codornas os dados relativos a gravidade específica não foram encontrados. 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1. Experimento 01: Exigência de metionina + cistina para codornas japonesas em crescimento 3.1.1. Local e duração dos experimentos O experimento foi conduzido no setor de Avicultura do Núcleo de Pesquisa em Zootecnia do Laboratório de Zootecnia e Nutrição Animal do CCTA/UENF situado no Colégio Agrícola Antônio Sarlo, no município de Campos dos Goytacazes. O período experimental foi de dez de janeiro a sete de março de 2003, sendo dividido em duas fases, identificadas como fase I (de cinco a 40 dias de idade) e fase II (de 40 a 61 dias de idade). 3.1.2. Animais e manejo Foram utilizadas 320 codornas japonesas fêmeas (Coturnix coturnix japonica) com cinco dias de idade e peso médio de 15,0 g que foram alimentadas com as rações experimentais até os 40 dias. As codornas foram distribuídas ao acaso ao início do experimento em 16 boxes de 1,5 x 2,0m, alocados em galpão de alvenaria, com telas de plástico de abertura 0,5”, telhas de amianto e cortinas de plástico. Cada boxe possuía um 16 16 bebedouro e um comedouro e, enquanto necessário, círculo de proteção para o grupo de aves. O piso foi forrado com cama de casca de arroz. Como fonte de calor em cada boxe, utilizou-se uma lâmpada de 100 W para aquecimento das aves nos primeiros dias de vida. A altura da lâmpada era regulada de acordo com o crescimento das aves ou condições ambientais. Aos 40 dias de idade as codornas foram transferidas para gaiolas de arame galvanizado, com dimensões de 1,0m de comprimento x 0,25m de largura x 0,20m de altura, com quatro subdivisões iguais de 0,25 m, dispostas em quatro andares. O comedouro e o bebedouro utilizados foram do tipo calha, em chapa metálica galvanizada, e ambos foram colocados percorrendo toda a extensão das gaiolas, sendo o comedouro na parte frontal e o bebedouro na parte posterior da gaiola. Os animais foram mantidos neste esquema até o final do período experimental. Semanalmente as aves foram pesadas e o consumo de ração no período foi medido. A partir de 40 dias de idade todas as aves receberam à vontade a mesma ração de postura e foram acompanhadas até aos 61 dias de idade, quando foi encerrado o experimento. O programa de iluminação artificial foi único para todos os grupos experimentais, sendo fornecida luz artificial por 24 horas até a segunda semana de idade (14 dias). Por meio de um termômetro de máxima e mínima, foram registradas as temperatura máxima e mínima do ar no interior do galpão, durante todo o período experimental. 3.1.3. Tratamentos e rações experimentais Na fase inicial do experimento as aves foram submetidas a uma ração basal (Tabea 1) limitante em metionina e metionina+cistina até aos 40 dias de idade. A ração basal foi suplementada com quatro níveis de DL-metionina - 99% (0,000%; 0,101%; 0,202%; 0,303%), para completar os níveis de 0,64%; 0,74%; 0,84% e 0,94% de metionina+cistina na ração. A suplementação de DL-metionina foi feita em substituição ao componente inerte (areia lavada), garantindo assim que as dietas permaneçam isoprotéicas (20%PB). 17 17 As rações experimentais foram formuladas valendo-se das informações sobre as composições dos ingredientes apresentadas em ROSTAGNO et al. (2000), e as exigências nutricionais das codornas de acordo com NRC (1994), exceto com relação à proteína bruta e metionina+cistina. O fornecimento das rações, bem como o da água foi feito à vontade para os animais. As composições alimentar e nutricional calculada das rações experimentais oferecidas às aves na fase inicial encontram-se na Tabela 1. A ração basal de postura foi formulada utilizando milho, farelo de soja e suplementos vitamínicos/minerais, de acordo com as exigências nutricionais preconizadas pelo NRC (1994) e sua composição percentual e calculada encontra- se na Tabela 2. 18 18 Tabela 1 - Composição das rações experimentais para codornas japonesas em crescimento. Ingredientes (%) Ração 1 0,64% met+cis Ração 2 0,74% met+cis Ração 3 0,84% met+cis Ração 4 0,94% met+cis Milho 51,716 51,716 51,716 51,716 Farelo de soja 29,841 29,841 29,841 29,841 Farelo de trigo 10,000 10,000 10,000 10,000 Calcário 1,115 1,115 1,115 1,115 Óleo vegetal 5,000 5,000 5,000 5,000 Fosfato bicálcico 0,951 0,951 0,951 0,951 DL-Metionina 99% 0,000 0,101 0,202 0,303 Mistura mineral vitamínica1 0,400 0,400 0,400 0,400 L-Lisina HCl 0,321 0,321 0,321 0,321 Areia lavada 0,393 0,292 0,191 0,090 Sal 0,263 0,263 0,263 0,263 Total 100,00 100,00 100,00 100,00 Composição Calculada Proteína Bruta (%) 20,00 20,00 20,00 20,00 EM (kcal EM/kg) 2900 2900 2900 2900 Metionina+cistina (%) 0,64 0,74 0,84 0,94 Lisina (%) 1,30 1,30 1,30 1,30 Ca (%) 0,80 0,80 0,80 0,80 P disponível (%) 0,30 0,30 0,30 0,30 1 Composição/kg: Vit. A, 3.750.000 UI; Vit. D3, 750.000UI; Vit. E, 7.500 mg; Vit. K3, 1.000 mg; Vit. B1, 750 mg; Vit. B2, 1.500 mg; Vit. B6, 1.500 mg; Vit. B12, 7.500 mcg; Niacina, 10.000mg; Ácido pantotênico, 3.750 mg; Biotina, 30 mg; Ácido fólico, 375 mg; Colina, 10.000 mg; Selênio, 45 mg; Iodo, 175 mg; Ferro, 12.525 mg; Cobre, 2.500 mg; Manganês, 19.5000 mg; Zinco, 13.750 mg; Avilamicina, 15.000 mg; Nicarbazina, 12.5000 mg; Narasin, 10.000 mg; B.H.T.; 500 mg; Vit. C, 12.500 mg 19 19 Tabela 2 - Composição da ração usada na fase II do experimento com codornas japonesas em crescimento. Ingredientes Porcentagens Milho 57,455 Farelo de soja 33,000 Calcário 5,440 Fosfato bicálcico 1,290 Óleo vegetal 2,000 DL-Metionina 99% 0,140 Mistura mineral vitamínica1 0,400 Sal 0,275 Total 100,00 Composição Calculada Proteína Bruta (%) 20,00 EM (kcal EM/kg) 2900 Metionina+cistina (%) 0,78 Lisina (%) 1,00 Ca (%) 2,50 P disponível (%) 0,35 1 Composição/kg: Vit. A, 2.500.000 UI; Vit. D3, 625.000 UI; Vit. E, 3.750 mg; Vit. K3, 500 mg; Vit. B1, 500 mg; Vit. B2, 1.000 mg; Vit. B6, 1.000 mg; Vit. B12, 3.750 mcg; Niacina, 7.500 mg; Ácido pantotênico, 4.000 mg; Biotina, 15 mg; Ácido fólico, 125 mg; Colina, 75.000 mg; Selênio, 45 mg; Iodo, 175 mg; Ferro, 12.525 mg; Cobre, 2.500 mg; Manganês, 19.5000 mg; Zinco, 13.750 mg; Avilamicina, 20.000 mg; B.H.T.; 500 mg; Vit. C, 12.500 mg 20 20 3.1.4. Características avaliadas Foram avaliadas as seguintes características de desempenho: ganho de peso (g), consumo de ração (g), conversão alimentar (g de ração consumida/g de ovo produzido) e mortalidade no período de cinco a 40 dias. Na segunda fase do experimento, além das características supra citadas, foi verificada a idade das aves ao atingirem 5% de postura, taxa de postura e conversão alimentar (g de ração consumida/dúzia de ovos produzida). Com relação à qualidade dos ovos, as variáveis avaliadas foram: peso médio dos ovos (g), massa de ovos (g/ave/dia), peso da casca (g), porcentagem de casca por superfície de área, espessura da casca (mm) e composição bromatológica do ovo (matéria seca e valor protéico do ovo). No último dia do período de postura com duração de 21 dias foram retirados ao acaso, dez ovos de cada unidade experimental, utilizados na avaliação das variáveis referentes à qualidade do ovo inteiro, qualidade interna e qualidade da casca do ovo, sendo então pesados em balança com aproximação de 0,01 g. O peso médio estimado foi referente ao período de 21 dias. Para avaliar a qualidade do ovo inteiro foram utilizados dados de peso médio do ovo e massa de ovo, obtida multiplicando-se o número de ovos produzidos em cada período pelo peso médio dos ovos. A avaliação da qualidade interna foi feita a partir dos dados do conteúdo do ovo e da composição bromatológica do ovo (sólidos totais e proteína bruta). Os valores de conteúdo dos ovos foram obtidos pelo produto entre o número de ovos postos e o peso médio dos mesmos, subtraído pelo peso das cascas. Os conteúdos internos dos ovos foram retirados manualmente e acondicionados em frascos de vidro com tampa, formando uma amostra composta por dez ovos homogeneizados (gema e albúmem), segundo metodologia descrita por CAMPOS & NUNES (1981). De cada amostra composta foram retiradas duas sub-amostras para as análises de sólidos totais (estufa de ventilação forçada por 24 horas a 105ºC) e proteína bruta (método micro-Kjeldhal; %N x 6,25) (SILVA, 1990). As cascas dos ovos foram secas em estufa de ventilação forçada por 24 horas a 105ºC, e foi obtido o peso da casca, utilizando-se balança com aproximação de 0,01 g. A porcentagem da casca por superfície de área (PCSA) foi calculada de acordo com a fórmula descrita por ABDALLAH et al., (1993): 21 21 Em que: PC = peso da casca (g) PO = peso do ovo (g) A espessura da casca foi determinada segundo metodologia descrita por NORDSTROM & OUSTERHOUT (1982), na qual quatro pedaços da casca seca mais a membrana foram retirados de posições eqüidistantes da região equatorial do ovo. A espessura de cada pedaço foi medida com micrômetro externo da marca Mitutoyo modelo 103-137, com curso de 25 mm, leitura de 0,01 mm e exatidão de ± 0,002 mm. A espessura da casca foi obtida a partir da média das quatro medidas obtidas. 3.1.5. Análises estatísticas Na primeira fase do experimento (cinco a 40 dias de idade) foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado, contendo quatro tratamentos, (quatro níveis de metionina + cistina), quatro repetições com 20 codornas por unidade experimental. O modelo estatístico utilizado foi o seguinte: Yij = µ + Ti+ e(i)j; Em que: Yij = observação referente ao tratamento i sobre a repetição j; µ = constante geral Ti = efeito relativo ao tratamento i (i = 1, 2, 3 e 4); e e(i)j = erro aleatório, associado a cada observação, pressuposto NID (0;σ2) . Na segunda fase experimental (40 a 61 dias de idade) foi utilizado o delineamento em quadrado latino, contendo quatro tratamentos (quatro níveis de metionina+cistina), quatro repetições distribuídos em quatro baterias de quatro andares com 20 codornas por unidade experimental. O modelo estatístico utilizado foi o seguinte: Yijk = µ + Ti + Bj + Ak + eijk; 100 9782,3 7056,0 × × = PO PCPCSA 22 22 Em que: Yijk = observação referente ao tratamento i sobre a bateria j no andar k; µ = constante geral; Ti = efeito relativo ao tratamento i (i = 1, 2, 3 e 4); Bj = efeito relativo à bateria j (j = 1, 2, 3 e 4); Ak = efeito relativo ao andar k (k = 1, 2 ,3 e 4); e eijk = erro aleatório associado a cada observação, pressuposto NID (0;σ2) . A partir das estimativas regulares de peso tomadas nas diferentes unidades experimentais, estimou-se o padrão de crescimento animal sob os diferentes tratamentos segundo o modelo logístico: Em que: Y = peso vivo (g); PM = peso à maturidade (g); B = parâmetro de ajustamento escalar; K = taxa fracional média de crescimento (dia-1); e t = idade dos animais (dias). Os dados foram submetidos às análises estatísticas, utilizando-se o programa Sistema para Análises Estatísticas versão 8.0 – (SAEG, 1999). A comparação entre níveis de metionina+cistina nas rações foi realizada por intermédio da decomposição da soma de quadrados relacionada a esta fonte em contrastes ortogonais relativos aos efeitos de ordem linear, quadrática e cúbica, com posterior ajuste de equações de regressão linear (α=0,05). tkeB PMY . .1 −+ = 23 23 3.2. EXPERIMENTO 2: Exigências de Metionina+Cistina para Codornas Japonesas em Postura 3.2.1 Animais, Instalações e Manejo Alimentar O experimento teve início em 10 de janeiro de 2003 e teve a duração de 63 dias divididos em três períodos de 21 dias tendo fim em 14 de março de 2003. Foram utilizadas 320 codornas japonesas (Coturnix coturnix japonica) com 19 semanas de idade e peso médio de 171,41 g, distribuídas ao acaso em quatro baterias de quatro andares com quatro tratamentos (quatro níveis de metionina+cistina), sendo analisados por quadrado latino. As aves foram alojadas em gaiolas de arame galvanizado, com dimensões de 1,0m de comprimento x 0,25m de largura x 0,20m de altura, dispostas em quatro andares. Cada gaiola possui quatro subdivisões iguais de 0,25m. O comedouro e o bebedouro utilizados foram do tipo calha, em chapa metálica galvanizada, e ambos foram colocados percorrendo toda a extensão das gaiolas, sendo o comedouro na parte frontal e o bebedouro na parte posterior da gaiola. As aves foram submetidas a uma ração basal limitante em metionina e metionina+cistina. A ração basal foi suplementada com quatro níveis de DL- metionina - 99% (0,000%; 0,101%; 0,202% e 0,303%) para completar os níveis de 0,55%; 065%; 0,75% e 0,85% de metionina+cistina na ração. A suplementação deDL-metionina foi feita em substituição a areia lavada, garantindo assim que as dietas permanecessem isoprotéicas. As rações experimentais foram formuladas valendo-se das informações sobre as composições dos ingredientes apresentadas em ROSTAGNO et al. (2000), e as exigências nutricionais das codornas de acordo com NRC (1994), exceto com relação à proteína bruta e metionina+cistina. O fornecimento da dieta, bem como o da água foi feito à vontade para os animais. A composição percentual e calculada das dietas experimentais encontra-se na Tabela 3. O programa de luz utilizado foi de 17 horas de luz artificial. As mensurações de temperatura dentro do galpão foram registradas por meio de termômetros de máxima e mínima. 24 24 Tabela 3 - Composição das rações experimentais para codornas japonesas em postura Ingredientes (%) Ração 1 0,55% met+cis Ração 2 0,65% met+cis Ração 3 0,75% met+cis Ração 4 0,85% met+cis Milho 62,296 67,296 67,296 67,296 Farelo de soja 23,701 23,701 23,701 23,701 Calcário 5,370 5,370 5,370 5,370 Fosfato bicálcico 1,379 1,379 1,379 1,379 DL-Metionina 99% 0,000 0,101 0,202 0,303 Mistura mineral e vitamínica1 0,400 0,400 0,400 0,400 L-Lisina HCl 0,287 0,287 0,287 0,287 Areia lavada 1,337 1,236 1,135 1,034 Sal 0,263 0,263 0,263 0,263 Total 100,00 100,00 100,00 100,00 Composição Calculada Proteína Bruta (%) 18,00 18,00 18,00 18,00 EM (kcal EM/kg) 2900 2900 2900 2900 Metionina+cistina (%) 0,55 0,65 0,75 0,85 Metionina (%) Lisina (%) 1,00 1,00 1,00 1,00 Ca (%) 2,50 2,50 2,50 2,50 P disponível (%) 0,35 0,35 0,35 0,35 Na (%) 1 Composição/kg: Vit. A, 2.500.000 UI; Vit. D3, 625.000 UI; Vit. E, 3.750 mg; Vit. K3, 500 mg; Vit. B1, 500 mg; Vit. B2, 1.000 mg; Vit. B6, 1.000 mg; Vit. B12, 3.750 mcg; Niacina, 7.500 mg; Ácido pantotênico, 4.000 mg; Biotina, 15 mg; Ácido fólico, 125 mg; Colina, 75.000 mg; Selênio, 45 mg; Iodo, 175 mg; Ferro, 12.525 mg; Cobre, 2.500 mg; Manganês, 19.5000 mg; Zinco, 13.750 mg; Avilamicina, 20.000 mg; B.H.T.; 500 mg; Vit. C, 12.500 mg 25 25 3.2.2 Características avaliadas Ao final de cada período de 21 dias foram avaliadas as seguintes características de desempenho: consumo de ração (g), conversão alimentar (g/g e g/dz), produção de ovos (%) e mortalidade (%). Com relação à qualidade dos ovos as variáveis avaliadas foram: peso médio dos ovos (g), massa de ovos (g/ave/dia), gravidade específica, peso da casca (g), porcentagem de casca por superfície de área (%), espessura da casca (mm) e composição bromatológica do ovo (%matéria seca e valor protéico do ovo). No último dia de cada período de postura com duração de 21 dias foram retirados ao acaso dez ovos de cada unidade experimental, utilizados na avaliação das variáveis referentes à qualidade do ovo inteiro, qualidade interna e qualidade da casca do ovo, sendo então pesados em balança com aproximação de 0,01 g. O peso médio estimado foi referente a cada período de 21 dias. Para avaliar a qualidade do ovo inteiro foram utilizados dados de peso médio do ovo e massa de ovo, obtida multiplicando-se o número de ovos produzidos em cada período pelo peso médio dos ovos. A avaliação da qualidade interna foi feita a partir dos dados do conteúdo do ovo e da composição bromatológica do ovo (sólidos totais e proteína bruta). Os valores de conteúdo dos ovos foram obtidos pelo produto entre o número de ovos postos e o peso médio dos mesmos, subtraído pelo peso das cascas. Os conteúdos internos dos ovos foram retirados manualmente e acondicionados em frascos de vidro com tampa formando uma amostra composta por dez ovos homogeneizados (gema e albúmem), segundo metodologia descrita por CAMPOS & NUNES (1981). De cada amostra composta foram retiradas duas sub-amostras para as análises de sólidos totais (estufa de ventilação forçada por 24 horas a 105ºC) e proteína bruta (método micro-Kjeldhal; %N x 6,25) (SILVA, 1990). A primeira variável relacionada à qualidade da casca a ser medida foi a gravidade específica dos ovos, utilizando o método desenvolvido por Olsson (1934) e citado por MAIA et al., (2002), que não é destrutivo e de fácil manipulação. Os ovos são mergulhados, um a um, em soluções salinas com concentrações crescentes de 1,070 a 1,100, com intervalos de 0,005 e, por flotação, determina-se a gravidade correspondente a cada ovo. MORENG & AVENS (1990) citaram que este teste só é válido para ovos com câmara de ar pequena, ou seja, ovos frescos. 26 26 Enquanto as sete soluções salinas foram preparadas com água destilada e sal comum, calibradas com densímetro (Incoterm, modelo PE 5582), e acondicionadas em recipientes plásticos, os ovos coletados foram armazenados no laboratório durante uma hora, com o objetivo de igualar sua temperatura com a temperatura ambiente. Posteriormente, foram imersos em água, visando a retirada das impurezas aderidas à casca e diminuição da absorção da primeira solução salina, segundo metodologia descrita por MORENG & AVENS (1990). As cascas dos ovos foram secas em estufa de ventilação forçada por 24 horas a 105ºC, e foi obtido o peso da casca, utilizando-se balança com aproximação de 0,01 g. A porcentagem da casca por superfície de área (PCSA) foi calculada de acordo com a fórmula descrita por ABDALLAH et al., (1993): Em que: PC = peso da casca (g) PO = peso do ovo (g) A espessura da casca foi determinada segundo metodologia descrita por NORDSTROM & OUSTERHOUT (1982), na qual quatro pedaços da casca seca mais a membrana foram retirados de posições eqüidistantes da região equatorial do ovo. A espessura de cada pedaço foi medida com micrômetro externo (Mitutoyo modelo 103-137) com curso de 25 mm, leitura de 0,01 mm e exatidão de ± 0,002 mm. A espessura da casca foi obtida a partir da média das quatro medidas obtidas. 3.2.3 Análise Estatística Foi utilizado o delineamento em quadrado latino em esquema de subdivisão de parcelas em função do período de avaliação, contendo quatro tratamentos, (quatro níveis de metionina + cistina), quatro repetições distribuídos em quatro baterias de quatro andares com 20 codornas por unidade experimental. O modelo estatístico utilizado foi o seguinte: Yijkl = µ + Ti+ Bj + Ak + eijk + Pl + TPil + εijkl; 100 9782,3 7056,0 × × = PO PCPCSA 27 27 Em que: Yijkl = observação referente ao tratamento i sobre a bateria j no andar k e período l; µ = constante geral; Ti = efeito relativo ao tratamento i (i = 1, 2, 3, 4); Bj = efeito relativo à bateria j (j = 1, 2, 3 e 4); Ak = efeito relativo ao andar k (k = 1, 2 ,3 e 4); eijk = efeito residual das parcelas; Pl = efeito relativo ao período l de 21 dias (l = 1, 2, 3) TPlj = efeito de interação entre o tratamento i e o período l; εijkl = erro aleatório, associado a cada observação, pressuposto NID (0,σ2). Os dados foram submetidos às análises estatísticas, utilizando-se o programa Sistema para Análises Estatísticas versão 8.0 – (SAEG, 1999). A comparação entre níveis de metionina+cistina nas rações foi realizada por intermédio da decomposição da soma de quadrados relacionada a esta fonte em contrates ortogonais relativos aos efeitos de ordens linear, quadrática e cúbica, com posterior ajuste de equações de regressão linear. Quando pertinente, as médias obtidas para os diferentes períodos foram comparadas por intermédio do teste de Tukey. Para todos os procedimentos estatísticos adotou-se 0,05 como nível crítico de probabilidade para o erro tipo I. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 . Experimento 1: Exigência de metionina+cistina para codornas japonesasem crescimento – Fase I As mensurações das temperaturas máxima e mínima, obtidas durante o período experimental estão apresentadas na Tabela 4. Tabela 4 - Temperaturas máximas e mínimas do galpão, registradas durante o período experimental. Temperatura (ºC) Período Experimental Mínima Máxima Fase I 24,54 33,51 Fase II 25,22 33,89 As codornas, por possuírem grande área corporal em relação ao peso, na fase de crescimento, são dependentes de ambiente termo-higrométrico ideal (1ª semana de idade, 38 ºC e 65% de UR; 2ª semana de idade 32 ºC e 60% de UR; 3ª semana de idade 27 ºC e 60% de UR; a partir da 4ª semana de idade 21 a 25 ºC e 60% de UR), segundo REIS (1980) e PINTO (2002). Desta forma, os círculos de proteção e as fontes de aquecimento foram mantidos até a segunda semana após o início do experimento. A partir da terceira 29 29 semana, o aquecimento foi retirado, tendo as codornas permanecido em temperatura ambiente natural, pois as temperaturas observadas permaneceram elevadas em relação à zona de conforto das codornas. Na Tabela 5 estão apresentados os valores médios obtidos para consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar para codornas japonesas alimentadas com rações de diferentes níveis de metionina+cistina, no período de cinco aos 40 dias de idade. Tabela 5 - Médias, coeficientes de variação (CV) e níveis descritivos de probabilidade (Valor P) para as variáveis consumo de ração em gramas/ave (CR), ganho de peso em gramas/ave (GP) e conversão alimentar em gramas de ração consumida/gramas de peso ganho (CA) de acordo com os diferentes níveis de metionina+cistina para codornas japonesas em crescimento de cinco aos 40 dias de idade. Nível de metionina+cistina (%) Variável 0,64 0,74 0,84 0,94 CV (%) Anova1 CR 426,6 434,9 442,0 422,4 6,9 NS GP2 104,0 112,2 114,9 113,6 4,5 L* CA 4,1 3,9 3,8 3,7 6,7 NS 1 L = efeito linear referente aos níveis de metionina+cistina na ração, com valor P = 0,0147, NS – Não significativo. 2 =Yˆ 86,2550 + 31,4930X (r² = 0,6856) Verificou-se efeito linear positivo (P<0,05) dos níveis de metionina+cistina sobre o ganho de peso. Sobre as demais variáveis de desempenho, não se observou efeito significativo dos níveis crescentes de metionina+cistina, apesar da tendência de melhora observada do primeiro nível administrado em relação aos demais. O aumento no ganho de peso das codornas em função da elevação dos níveis de aminoácidos sulfurosos nas rações agregam aos resultados obtidos por PINTO (2002) que também verificou maior ganho de peso de codornas japonesas em crescimento em função da elevação dos níveis de aminoácidos testados em seu trabalho. Tais resultados assemelham-se também àqueles descritos por BARBOSA (1998), trabalhando com frangos de corte em fase de crescimento, também verificou efeito linear dos níveis crescentes de aminoácidos sulfurosos sobre o ganho de peso das aves. 30 30 Embora o ganho de peso das aves tenha aumentado de forma linear, constatou-se uma pequena queda nos valores absolutos de ganho de peso com o maior nível de aminoácidos testado. Com os resultados obtidos neste experimento, pode-se afirmar que a exigência de metionina+cistina para melhor resposta de ganho de peso situa-se acima daquela para consumo de ração e abaixo daquela para conversão alimentar, em concordância com os resultados de PINTO (2002). Além disso, os níveis de metionina+cistina para codornas japonesas em crescimento preconizados pelo NRC (1994) estão próximos aos encontrados neste experimento para atenderem a exigência das aves para máximo desempenho produtivo. 4.2 . Experimento 1: Exigência de metionina+cistina para codornas japonesas em crescimento – Fase II Na segunda fase do experimento 1, foi avaliado o efeito residual dos tratamentos aplicados na fase de crescimento, tendo sido fornecida, neste período, apenas uma ração padrão de postura para todas as aves. É possível que devido à alta temperatura ambiente observada neste período, sendo a temperatura mínima maior que a máxima tolerada na zona de conforto térmico das aves em postura (21 a 25 ºC), o desempenho produtivo das aves tenha sido prejudicado, numa tentativa de manterem a temperatura corporal dentro dos limites homeostáticos. Não foi verificada diferença significativa (P>0,05) entre os tratamentos aplicados na fase de crescimento sobre nenhuma das características de desempenho produtivo ou de qualidade do ovo testadas na fase de postura (Tabela 6). Tabela 6 - Médias, coeficientes de variação (CV) e níveis descritivos de probabilidade (Valor P) para as variáveis consumo de ração em gramas/período (CR), ganho de peso em gramas/período (GP), conversão alimentar – CAG (g de ração/g de ovos) e CAD (g de ração/dúzia de ovos) e produção de ovos (%/período) (PR) de acordo com os diferentes níveis de metionina+cistina para codornas japonesas em crescimento de 40 aos 61 dias de idade, alimentadas com ração basal para postura. Nível 31 31 Variável 0,64 0,74 0,84 0,94 CV (%) Anova1 CR 381,2 368,1 381,3 387,8 7,1 NS GP 21,5 20,1 19,9 18,0 17,2 NS CAD 440,16 442,05 388,90 395,85 9,9 NS CAG 3,9 3,9 3,4 3,5 9,6 NS PR 57,2 47,9 55,1 56,9 15,8 NS 1 efeitos linear, quadrático e cúbico referentes aos níveis de metionina+cistina na ração não significativo. Os tratamentos influenciaram a idade na qual as aves atingiram 5% de postura. Esta idade foi menor quanto maior o nível de metionina+cistina na ração (46,75; 45; 43,75 e 43,5 dias, respectivamente para 0,64%; 0,74%; 0,84% e 0,94% de metionina+cistina). O aumento dos níveis de metionina+cistina administrados às aves propiciou a antecipação do momento de alcance da idade adulta, e conseqüente maturidade sexual. Constatou-se diferença entre tratamentos (P<0,05) quanto aos padrões de crescimento das aves (Tabela 7 e Figura 1). A taxa de crescimento aumentou com a elevação dos níveis de metioniona+cistina. Estimou-se uma curva de crescimento para cada tratamento. Tabela 7 – Estimativas dos parâmetros da curva logística de crescimento animal de acordo com os diferentes níveis de metionina+cistina na ração. Parâmetros Tratamentos (% de metionina+cistina) PM2 B3 K4 0,64 150,04 ± 2,03 12,67 ± 0,85 0,099 ± 0,003 0,74 151,88 ± 2,10 12,87 ± 0,98 0,106 ± 0,004 0,84 154,94 ± 1,75 13,32 ± 0,86 0,109 ± 0,003 0,94 151,10 ± 1,49 12,62 ± 0,72 0,110 ± 0,003 1 estimativa e erro padrão assintótico. 2peso à maturidade (g). 3parâmetro sem interpretação biológica direta. 4taxa fracional de crescimento. 32 32 10 40 70 100 130 160 0 10 20 30 40 50 60 70 Idade (dias) Pe so Vi vo (g) 0,64% metionina+cistina 0,74% metionina+cistina 0,84% metionina+cistina 0,94% metionina+cistina Figura 1 - Estimativas de curvas de crescimento animal em função dos níveis de metionina+cistina na ração Observou-se efeito da suplementação diferenciada até os 40 dias de idade e este se manteve ainda após este período. Houve um nivelamento do padrão de crescimento em relação aos níveis de metionina+cistina testados próximo aos 60 dias de idade Sobre as características de produção e qualidade de ovo testadas na segunda fase deste experimento, não foram observadas diferenças significativas dos níveis de metionina+cistina administrados na fase inicial sobre a fase de postura (Tabela 8). Tabela 8 – Médias, coeficientes de variação (CV) e níveis descritivos de probabilidade (Valor P) para as variáveis peso médio dos
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