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Necessidade metionina Codornas

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NÍVEIS DE METIONINA + CISTINA PARA CODORNAS JAPONESAS 
(Coturnix coturnix japonica) NAS FASES DE CRESCIMENTO E 
POSTURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANA CLÁUDIA CORREIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY 
RIBEIRO – UENF 
 
CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ 
JUNHO - 2003 
NÍVEIS DE METIONINA + CISTINA PARA CODORNAS JAPONESAS 
(Coturnix coturnix japonica) NAS FASES DE CRESCIMENTO E 
POSTURA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANA CLÁUDIA CORREIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tese apresentada ao Centro de 
Ciências e Tecnologias Agropecuárias 
da Universidade Estadual do Norte 
Fluminense, como parte das exigências 
para obtenção do título de Mestre em 
Produção Animal 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Profª. Rita da Trindade Ribeiro Nobre Soares 
 
 
 
 
 
 
CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ 
JUNHO - 2003 
NÍVEIS DE METIONINA + CISTNA PARA CODORNAS JAPONESAS 
(Coturnix coturnx japonica) NAS FASES DE CRESCIMENTO E 
POSTURA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANA CLÁUDIA CORREIA 
 
 
 
 
 
 
 
Tese apresentada ao Centro de Ciências 
e Tecnologias Agropecuárias da 
Universidade Estadual do Norte 
Fluminense, como parte das exigências 
para obtenção do título de Mestre em 
Produção Animal 
 
 
 
Aprovada em 27 de junho de 2003 
 
Comissão Examinadora: 
 
 
 
Profª. Cristina Amorim Ribeiro de Lima (D. Sc., Zootecnia) - UFRRJ 
 
 
 
Prof. Edenio Detmann (D.Sc., Zootecnia) - UENF 
 
 
 
Prof. José Brandão Fonseca (PhD., Zootecnia) - UENF 
 
 
 
 
Profª. Rita da Trindade Ribeiro Nobre Soares (D. Sc.,Zootecnia) - UENF 
Orientador 
 ii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus, a todo instante, pela vida, saúde e capacidade de discernimento. 
 
À minha mãe, Elizabete, pelo amor, exemplo, apoio e estímulo. 
 
Ao meu pai, Cláudio, pelo carinho e apoio, mesmo à distância. 
 
Ao grande irmão e amigo Jefferson Barreto de Aguiar (in memoriam), pelo eterno incentivo. 
 
Aos meus amigos, pelo incentivo, confiança e companheirismo. 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 iii 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
 
 
À Universidade Estadual do Norte Fluminense e ao Centro de Ciências e Tecnologias 
Agropecuárias, pela oportunidade de realizar o curso de pós-graduação. 
À Fundação Estadual Norte Fluminense (FENORTE) e à Universidade Estadual do Norte 
Fluminense (UENF), pela bolsa de estudo concedida. 
À Professora Rita da Trindade Ribeiro Nobre Soares, pela amizade, pela 
segura orientação e constante disposição. 
Ao meu companheiro Bernardo Diniz, pelo amor, carinho, compreensão e 
por sempre estar ao meu lado em todos os momentos. 
À minha nova mãe, Martha, e família, João Alberto, Júnior, Rossana e Luíza, que me 
receberam de braços abertos e me hospedaram desde minha chegada à cidade. Vocês farão parte 
da minha vida sempre! 
À Professora e amiga Rosângela Teixeira de Freitas, pela amizade, companheirismo e 
honestidade, pelos exemplos que me foram dados ao longo do desenvolvimento deste trabalho, pelo 
incentivo oferecido nas horas mais difíceis e por suas críticas e sugestões, que contribuíram muito 
para o aperfeiçoamento não só deste trabalho, mas também da minha pessoa. 
Ao amigo Fábio Nunes Lista, pela amizade verdadeira e fraternidade de todos esses anos. 
Ao professor Edenio Detmann, pelos auxílios essenciais na realização 
das análises estatísticas da pesquisa e pela amizade conquistada ao longo da 
realização do trabalho. 
Ao mestre e amigo Fernando Augusto Curvello, pelas elucidações e apoio na área de 
avicultura. 
À professora Cristina Amorim Ribeiro de Lima, pelos primeiros contatos técnicos com a 
Nutrição Animal e pela grata disposição e presença na banca avaliadora. 
Ao professor Carlos Maria Hubinger Tokarnia, pelos valiosos ensinamentos técnicos e pelo 
exemplo de vida e conduta no meio científico. 
Ao amigo Julien Chiquieri, pela dedicação, ajuda e companheirismo, sem o qual este 
trabalho não teria sido tão bem desenvolvido. 
Ao colega George André Rodrigues Maia, pela orientação, sugestões e empréstimo dos 
equipamentos, de grande valia para o sucesso do trabalho. 
Aos novos amigos Jonas e José Carlos, funcionários do setor de avicultura, pela colaboração durante a fase 
experimental e constante auxílio nesta pesquisa. 
À técnica e zootecnista Maria Beatriz Mercadante, pelo grande auxílio prestado na fase 
experimental. 
 iv 
Ao técnico do Laboratório de Zootecnia e Nutrição Animal e zootecnista, Cláudio Lombardi, 
pela assistência e apoio prestados durante a realização das análises bromatológicas. 
Aos professores do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias, que contribuíram na 
formação acadêmica com seus ensinamentos durante o curso. 
À Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, pelo carinho com o qual fui novamente 
recebida ao cursar disciplinas oferecidas na instituição e realizar a complementação das análises 
bromatológicas necessárias à conclusão do trabalho. 
A todas as pessoas desta Universidade que me ajudaram de forma direta e indireta, 
obrigada pelo carinho. 
 v 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIOGRAFIA 
 
 
 
ANA CLÁUDIA CORREIA, filha de Messias Cláudio Correia e Elizabete da Silva Correia, nasceu na cidade 
do Rio de Janeiro, em 16 de julho de 1970. 
Em 1997, graduou-se em Zootecnia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 
Seropédica-RJ. 
Trabalhou como zootecnista autônoma, atuando em diversas áreas da produção animal, 
dedicando especial atenção à produção comercial de Animais Silvestres de interesse zootécnico. 
Foi admitida em março de 2001 no Curso de Pós-graduação em Produção Animal, Mestrado, com 
concentração na área de Nutrição de Monogástricos, da Universidade Estadual do Norte Fluminense – Darcy 
Ribeiro (UENF), em Campos dos Goytacazes – RJ, submetendo-se à defesa de tese para conclusão do curso 
em junho de 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTEÚDO 
 
 vi 
 
 
 Páginas 
RESUMO................................................................................................. 
ABSTRACT............................................................................................. 
1. INTRODUÇÃO............................................................................ 
2. REVISÃO DE LITERATURA....................................................... 
2.1. Níveis de proteína bruta e energia metabolizável para codornas 
japonesas em crescimento.......................................... 
2.2. Níveis de proteína bruta e energia metabolizável para codornas 
japonesas em postura................................................. 
2.3. Exigências em metionina + cistina para codornas japonesas em 
crescimento.......................................................... 
2.4. Exigências em metionina + cistina para codornas japonesas em 
postura................................................................. 
2.5. Métodos de avaliação da qualidade do ovo................... 
3. MATERIAL E MÉTODOS............................................................ 
3.1. Experimento 01: Exigências de metionina + cistina para codornas 
japonesas em crescimento.................................. 
3.1.1. Local e duração do experimento....................................... 
3.1.2. Animais e manejo.............................................................. 
3.1.3. Tratamentos e rações experimentais................................ 
3.1.4. Características avaliadas...................................................3.1.5. Análises estatísticas.......................................................... 
3.2. Experimento 02: Exigências de metionina + cistina para codornas 
japonesas em postura................................................. 
3.2.1. Animais, instalações e manejo alimentar.......................... 
3.2.2. Características avaliadas................................................... 
3.2.3. Análise estatística.............................................................. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES................................................ 
4.1. Experimento 1 – Codornas japonesas em crescimento, fase 
I............................................................................................ 
4.2. Experimento 1 – Codornas japonesas em crescimento, fase 
II........................................................................................... 
4.3. Experimento 2 – Codornas japonesas em 
postura........................................................................................ 
5. CONCLUSÕES........................................................................... 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................... 
 
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 vii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
 
 Páginas 
1. Composição das rações experimentais para codornas japonesas em crescimento 
................................................................................. 
2. Composição da ração usada na fase II do experimento 1 ................ 
3. Composição das rações experimentais para codornas japonesas em postura 
......................................................................................... 
4. Temperaturas máximas e mínimas do galpão de crescimento, registradas 
durante o período experimental....................................... 
5. Médias, coeficientes de variação e níveis descritivos de probabilidade para as 
variáveis consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar das codornas 
japonesas na fase de crescimento 
....................................................................................... 
6. Medias, coeficientes de variação e níveis descritivos de probabilidade para as 
variáveis consumo de ração, ganho de peso, conversão alimentar e produção 
de ovos das codornas japonesas na fase II do experimento 
 
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24 
 
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 viii 
1................................................................ 
7. Estimativas dos parâmetros de curva logística de crescimento animal de acordo 
com os diferentes níveis de metionina+cistina ..... 
8. Médias, coeficientes de variação e níveis descritivos de probabilidade para as 
variáveis peso médio dos ovos, massa de ovo, peso de casca, espessura de 
casca, PCSA, matéria seca e valor protéico do ovo na fase II do experimento 
1.............................. 
9. Temperaturas máximas e mínimas do galpão de postura registradas durante o 
período experimental ...................................... 
 
10. Médias, coeficientes de variação e níveis descritivos de probabilidade para as 
variáveis consumo de ração e ganho de peso de acordo com os diferentes níveis 
de metionina+cistina e períodos de avaliação para codornas japonesas em 
postura............ 
11. Médias, coeficientes de variação e níveis descritivos de probabilidade para a 
variável conversão alimentar de acordo com os diferentes níveis de 
metionina+cistina e períodos de avaliação para codornas japonesas em 
postura................................................ 
12. Médias e níveis descritivos de probabilidade para a variável produção de ovos 
das codornas japonesas....................................... 
13. Médias, coeficientes de variação e níveis descritivos de probabilidade para as 
variáveis gravidade específica (g/cm3) e peso da casca dos ovos (g) de acordo 
com os diferentes níveis de metionina+cistina e períodos de avaliação para 
codornas japonesas em postura........................................................................ 
14. Médias e níveis descritivos de probabilidade para a variável peso médio do ovo 
(g) de acordo com os níveis de metionina+cistina na ração em função dos 
diferentes períodos experimentais .................. 
15. Médias e níveis descritivos de probabilidade para a variável massa de ovo (g) de 
acordo com os níveis de metionina+cistina na ração em função dos diferentes 
períodos experimentais ............................ 
16. Médias e níveis descritivos de probabilidade para a variável espessura de casca 
dos ovos (mm) de acordo com os níveis de metionina+cistina na ração em 
função dos diferentes períodos experimentais 
.................................................................................... 
17. Médias e níveis descritivos de probabilidade para a variável percentagem de 
casca por superfície de área de ovos de acordo com os níveis de 
metionina+cistina na ração em função dos diferentes períodos de avaliação 
....................................................... 
18. Médias, coeficientes de variação e níveis descritivos de probabilidade para as 
variáveis matéria seca (%) e valor protéico (%) de ovos de codornas 
japonesas.................................................. 
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LISTA DE FIGURAS 
 
 
 
 
 
 
Páginas 
1. Estimativa de curvas de crescimento animal em função dos níveis de 
metionina+cistina na ração ............................................. 
2. Efeito dos níveis de metionina+cistina sobre o peso dos ovos ..... 
3. Efeito dos níveis de metionina+cistina sobre a espessura de casca de ovos de 
codornas............................................................ 
 
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39 
 
41 
 
 xi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
CORREIA, ANA CLÁUDIA. MSc. Nutrição Animal. Universidade 
Estadual do Norte Fluminense. Junho/2003. Níveis de metionina+cistina 
para codornas japonesas (Coturnix coturnix japonica) nas fases de 
crescimento e postura. Orientador: Rita da Trindade Ribeiro Nobre Soares. 
Conselheiros: José Brandão Fonseca e Edenio Detmann. 
 
 
 
Foram realizados dois experimentos simultaneamente. O experimento 
1, no qual foram avaliadas codornas na fase de crescimento, foi dividido em 
duas fases. Na primeira fase foram utilizadas 320 codornas fêmeas, com 
idade inicial de cinco dias e peso médio de 15,0g, durante 35 dias. O 
delineamento foi inteiramente casualizado, com quatro repetições e 20 aves 
por unidade experimental. Os tratamentos consistiram de quatro níveis de 
metionina+cistina na ração (0,64%; 0,74%; 0,84% e 0,94%). Foram 
estudadas as variáveis consumo de ração, ganho de peso, conversão 
alimentar e foi feita a curva de crescimento logístico das aves. Os 
tratamentos influenciaram de forma linear o ganho de peso, enquanto as 
outras características estudadas não sofreram influência dos tratamentos. A 
mortalidade observada no período foi de 3,4%. Na segunda fase do 
experimento 1, as aves utilizadas na primeira fase foram transferidas para 
gaiolas, onde permaneceram por 21 dias. Foi utilizado delineamento em 
quadrado latino, com quatro repetições distribuídas em quatro baterias de 
 xii 
quatro andares, respeitando-se as repetições da fase anterior. Foi utilizada 
uma única ração padrão de posturapara todas as aves, com a intenção de 
observar o efeito residual dos tratamentos aplicados na fase de crescimento. 
Foram estudadas as variáveis consumo de ração, ganho de peso, conversão 
alimentar, produção de ovos, idade das aves ao atingirem 5% de postura, 
peso do ovo, massa do ovo, peso de casca, espessura de casca, porcentagem 
de casca por superfície de área (PCSA), matéria seca dos ovos e valor 
protéico dos ovos. Os tratamentos não influenciaram significativamente 
(P<0,05) nenhuma das variáveis estudadas. A mortalidade observada neste 
período foi de 1,3%. No experimento 2 foram utilizadas 320 codornas 
fêmeas com idade inicial de 19 semanas e peso médio de 171,41g, durante 63 
dias divididos em três períodos de 21 dias cada. Foi utilizado o 
delineamento em quadrado latino em esquema de subdivisão de parcelas 
em função do período de avaliação, contendo quatro tratamentos (0,55%; 
0,65%; 0,75% e 0,85% de metionina+cistina na ração), quatro repetições 
distribuídos em quatro baterias de quatro andares com 20 codornas por 
unidade experimental. A cada período foram estudadas as mesmas 
variáveis avaliadas na segunda fase do experimento um além da variável 
gravidade específica. Os tratamentos influenciaram de forma linear as 
características conversão alimentar (g/g) no primeiro e segundo períodos 
experimentais, massa de ovo e PCSA, no primeiro período e apresentaram 
efeito quadrático nas características peso do ovo e espessura de casca no 
primeiro período. Houve efeito do período experimental sobre as 
características consumo de ração, ganho de peso, produção de ovos, peso da 
casca e valor protéico dos ovos. 
Palavras-chave: codornas japonesas, nutrição de monogástricos, 
aminoácidos, qualidade de ovo. 
 xiii 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
CORREIA, ANA CLÁUDIA. MSc. Animal Nutrition. Universidade 
Estadual do Norte Fluminense. June/2003. Levels of methyonine plus 
cystine of growing and laying japanese quail. Advisor: Rita da Trindade 
Ribeiro Nobre Soares. Committee members: José Brandão Fonseca and 
Edenio Detmann. 
 
 
 
Two experiments were run simultaneous. The first one, with growing 
quails was divided in two phases. In the first phase 320 female quails, five 
days old, 15,0g mean body weight, were used for a 35 days experimental 
period. Four levels of methyonine+cystine (0,64%; 0,74%; 0,84% and 
0,94%) were studied. Feed intake, body weight gain and feed conversion 
rate were measured and a growing curve was plotted. Treatments affected 
the weight gain linearly. However there was no effects of treatments on the 
other experimental data. There was 3,4% mortality in the period. In the 
second phase of experiment one, the birds used in the first phase were 
housed in cages where they were kept for 21 days. A square latin 
experimental design was used, with four replicates distributed in four 
 xiv 
batteries with four floors, like the replicates of the first phase. Only one 
laying basal diet was used for all birds in order to study the residual effect 
of the treatments of the growing phase. The variables studied were feed 
intake, body weight gain, feed conversion rate both in g/g and g/dz, egg 
production, egg weight, age at 5%, egg mass, shell weight, thickness of 
eggshell, percentage of shell to surface area (PSSA), dry matter and protein 
value of eggs. The treatments had no significant effect (P<0,05) on any one 
of the variables studied. There was 1,3%mortality in the period. In 
experiment two 320 female quails, 19 weeks of age and 171,41g of mean 
body weight were used for a 63 days experimental period. The experiment 
was divided in three periods, 21 days each. A square latin experimental 
design was used with four treatments (0,55%; 0,65%; 0,75% and 0,85% 
methionine+cystine in the diet). There were four replicates distributed in 
four batteries with four floors with and 20 quails in each experimental unit. 
For each period the same variables studied in the second phase of 
experiment one were also studied plus specific gravity. The treatments 
affected linearly the data on feed conversion rate (g/g) in the first and 
second experimental periods, eggs mass and PSSA in the first period. There 
was quadratic effect for the data on egg weight and shell thickness in the 
first period. There was significant (P>0,05) effect of experimental periods 
on feed intake, weight gain, eggs produced, shell weight and protein values 
of eggs. 
Key-words: Japanese quails, monogastric nutrition, aminoacids, egg 
quality. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 xv 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 
A avicultura comercial nas últimas décadas tem passado por grande 
progresso. As espécies de maior interesse econômico, tais como frangos de corte, 
galinhas de postura, perus, codornas, marrecas e galinha d’angola, vêm se 
destacando (FIGUEREDO, 1998). 
A codorna pertence à ordem dos Galináceos, família Phasianidae, gênero 
Coturnix. Espécies e subespécies do gênero Coturnix e estão distribuídas por todos 
os continentes, exceto a Antártida. As espécies mais comuns são a Coturnix coturnix 
japonica (codorna japonesa) e a Coturnix coturnix coturnix (codorna européia), além 
de linhagens específicas para produção de carne, como a Colinus virginianus 
(Bobwhite). 
As principais características da codorna japonesa são a elevada rusticidade, 
o crescimento acelerado com reduzido consumo alimentar, o ciclo reprodutivo curto 
com postura regular, boa fertilidade e precocidade sexual. 
No Brasil, a coturnicultura tem se desenvolvido de maneira acelerada, 
devido às vantagens que apresenta — baixo investimento inicial, uso de pequenas 
áreas com mão-de-obra reduzida, rápido retorno econômico e fácil aceitação dos 
 xvi 
ovos no mercado. Além disso, desempenha importante papel social, pois constitui 
uma alternativa de geração de receita dentro de propriedades rurais principalmente 
entre pequenos e médios criadores, entre os quais o nível de informação é baixo e o 
uso de tecnologia é limitado. 
É normal o interesse de pesquisadores da área avícola, no sentido de 
desenvolver trabalhos que venham a contribuir para o maior aprimoramento e 
fixação dessa cultura como fonte rentável na produção avícola, principalmente para 
pequenos produtores privados e assentamentos rurais (FURLAN et al., 1998). 
Um dos fatores que têm sido exaustivamente estudados na produção avícola 
são os níveis nutricionais, visto que aproximadamente 75% dos custos variáveis de 
produção são provenientes da alimentação. 
No Brasil, os estudos em nutrição de codornas tornam-se ainda mais 
importantes, pois, além dos elevados custos na formulação de rações para essa 
espécie, ainda hoje são utilizadas tabelas de exigências nutricionais provenientes de 
outros países, com dados oriundos de aves, alimentos e condições ambientais 
diferentes das nossas, como no caso das tabelas do NRC (National Research 
Council, 1994). Em muitos casos, ainda, são feitas extrapolações dos valores 
nutricionais constantes nas tabelas de exigências de frangos de corte e/ou galinhas 
poedeiras, mas os dados assim obtidos não são ideais para o desenvolvimento e 
desempenho adequados das codornas. Por outro lado, as estimativas de níveis 
nutricionais avaliados diretamente com codornas japonesas são muito antigos e 
escassos. 
Atualmente, as formulações das rações para codornas japonesas estão 
baseadas no conceito de proteína bruta, o que normalmente resulta em dietas com 
conteúdo de aminoácidos superior ou inferior ao exigido, acarretando alterações na 
produção e prejudicando o retorno econômico da atividade. 
Devido às facilidades de compra e ao estabelecimento de preços acessíveis, 
cresce hojeem dia a prática de incorporar aminoácidos sintéticos nas rações. Desse 
modo, é possível obter rações de mínimo custo, apropriadas para compensar o fato 
de os teores de PB serem inferiores aos recomendados nas tabelas de exigências 
nutricionais, atendendo também às exigências em aminoácidos essenciais (SILVA, 
1996). 
Com um fornecimento de níveis aminoacídicos mais próximos das 
necessidades animais, há um aumento na eficiência de utilização protéica e uma 
 xvii 
maximização do uso dos aminoácidos para síntese protéica, minimizando o seu uso 
como fonte de energia. 
No Brasil, as rações para aves são normalmente formuladas à base de milho 
e farelo de soja, e portanto são geralmente deficientes em certos aminoácidos, 
principalmente metionina, que é essencial para o desenvolvimento e desempenho 
normal das aves. Por essa razão, há um especial interesse em determinar as 
exigências dos aminoácidos, a fim de obter melhores resultados de desempenho dos 
animais (CONHALATO, 1998). 
Segundo CONHALATO (1998), fatores como estresse, linhagem, ambientes 
térmicos, teor de proteína na ração, energia digestível e principalmente os alimentos 
utilizados na formulação podem influenciar as exigências de metionina pelas aves. 
O amadurecimento precoce das codornas (35 a 42 dias de idade) sugere a 
necessidade de programas alimentares que maximizem a taxa de crescimento e 
promovam, simultaneamente, um bom desenvolvimento corporal, de modo que o 
peso ideal seja alcançado na maturidade sexual. Desse modo, é possível garantir 
um alto grau de uniformidade do plantel e de normalidade na fase de postura. 
As condições nutricionais estabelecidas durante o período de crescimento 
influenciam o desempenho das aves na fase de produção.A maioria dos estudos, 
porém, têm sido conduzidos com o objetivo de determinar as exigências nutricionais 
de aves de postura na fase de produção (SHIM & LEE, 1988; SHRIVASTAV et al., 
1990; MURAKAMI et al., 1994), sendo escassos os trabalhos direcionados para 
determinar as exigências na fase de crescimento. 
A falta de informações na literatura nacional sobre os níveis aminoacídicos 
para codornas japonesas em crescimento e postura norteou a necessidade desta 
pesquisa, a qual tem como objetivos principais: estimar as exigências em 
metionina+cistina para codornas japonesas em crescimento e postura e avaliar a 
influência dos níveis administrados durante a fase de crescimento sobre o 
desempenho animal na fase de postura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
 
Para MURAKAMI (1991) existem poucos trabalhos de pesquisa no Brasil 
voltados para as exigências nutricionais para codornas japonesas, existindo ainda 
muitas controvérsias entre os resultados já publicados. Sendo assim, ainda hoje são 
necessárias mais pesquisas, visando obter resultados mais consistentes no que se 
refere à produção e às exigências nutricionais em coturnicultura. 
Os estudos referentes aos níveis de proteína são de suma importância, pois 
as fontes protéicas constituem-se nos componentes de maior importância na prática 
comercial. O fornecimento desse nutriente em quantidades suficientes para suprir as 
necessidades das aves deve ser observado para que não se onere o custo de 
produção (FORBES e SHARIATMADARI, 1994) através de comprometimentos 
sobre a eficiência de utilização dos demais nutrientes e dos alimentos com um todo. 
Aproximadamente 25% dos custos da alimentação, são decorrentes das fontes 
protéicas (ALBINO et al., 1992 e LIMA, 1996). 
Além dos fatores econômicos, existe também uma preocupação com as 
contaminações sofridas pelo ambiente, devido ao excesso de nitrogênio excretado 
pelos animais em decorrência de excessos de compostos protéicos na dieta. 
De acordo com SCHUTTE et al. (1994), a proteína contida nos ingredientes 
de uma ração é um de seus principais nutrientes. A eficiência da utilização de uma 
ração depende da quantidade, da composição e da digestibilidade de seus 
aminoácidos, os quais são exigidos em níveis específicos pelas aves. 
A simples redução do nível de proteína bruta, abaixo do recomendado nas 
tabelas de exigências nutricionais para as aves, não tem proporcionado resultados 
de desempenho equivalentes aos obtidos com dietas contendo maiores teores 
protéicos, que atendam a essas recomendações, uma vez que o teor de PB da 
 
 
5 
5 
ração pode influenciar as exigências nutricionais em cada aminoácido 
individualmente (NRC, 1994). 
A diminuição do nível de PB da ração implica a necessidade de medidas que 
possam reduzir ou eliminar os problemas que causa, de modo a não comprometer o 
desempenho dos animais. Sendo assim, uma das possíveis soluções seria utilizar 
níveis de proteína bruta mais baixos, atendendo às exigências nutricionais mínimas, 
com a suplementação de aminoácidos na forma cristalina, maximizando de maneira 
geral a utilização das proteínas e demais nutrientes e atendendo às exigências dos 
animais, mas mantendo-se os padrões de produção obtidos em rações com níveis 
mais elevados de proteína bruta (SILVA, 1996). 
Normalmente, os valores de energia metabolizável (EM) dos alimentos e de 
exigências de EM, utilizados para poedeiras comerciais, são usados para formulação 
de rações para codornas japonesas. A princípio, essa extrapolação parece incorreta, 
uma vez que um dos fatores que influencia o aproveitamento de um determinado 
alimento — e, por conseguinte, o seu valor energético — é a taxa de passagem pelo 
trato digestivo. Essa taxa está relacionada com uma série de variáveis, tais como a 
quantidade de alimento ingerido (Mangold, citado por HEUSER, 1945), a 
composição do alimento, (GOLIAN e POLN, 1984; SHIRES et al., 1987; FURLAN et 
al., 1996 e OLIVEIRA, 1998), o aspecto físico do alimento, (CHOI et al., 1986; 
REECE et al., 1986 e LEANDRO et al., 2001), o conteúdo de umidade, a freqüência 
e o tempo de fornecimento do alimento, além das variações individuais (HEUSER, 
1945) e características anatômicas interespecíficas, justificando desta forma a 
necessidade de considerações diferenciadas para o estabelecimento de teores 
alimentares e exigências de EM entre espécies. 
 
 
 
 
2.1 Níveis de Proteína Bruta e Energia Metabolizável para Codornas Japonesas 
em Crescimento 
 
 
 
6 
6 
O tempo de passagem da digesta através do intestino das codornas é muito 
rápido, variando de 60 a 90 minutos (McFarland e Fredland, 1965, citados por 
VOHRA, 1971). 
Comparando a utilização de energia entre codornas japonesas em 
crescimento e pintos de corte, BEGIN (1968) não verificou diferenças na eficiência 
alimentar em dietas com baixa (2.200 kcal/kg) ou alta energia (3.400 kcal/kg), 
podendo concluir que a codorna pode utilizar dietas com baixa ou alta energia tão 
eficientemente quanto os pintos de corte. 
O maior valor de EM de alimentos fibrosos para codornas pode ser explicado 
pela maior digestibilidade da fibra. Nesse sentido, ANDUJAR et al. (1976) 
determinaram um coeficiente de digestibilidade de 16% para a codorna em uma 
dieta com 4,4% de fibra bruta (FB), valor que foi maior do que a digestibilidade da FB 
de 9,6% para galinhas (Fonnesbeck et al., 1974; Santomá et al., 1989, citados por 
SANTOMÁ, s.d.). Neste contexto, de acordo com ANDUJAR et al. (1997), a alta 
digestibilidade da FB em codorna parece ser em função do maior tamanho do ceco, 
relativo ao tamanho do próprio corpo, quando comparados com galinhas. 
Por outro lado, a dieta protéica exigida pelas codornas é influenciada pela 
energia metabolizável contida nos ingredientes usados nas formulações das rações, 
sendo purificadas ou não (SHIM e VORHA, 1984). 
Apesar de o nível de energia ser o principal fator determinante do consumo, 
quando o conteúdo protéico da ração é menor, as aves tendem a aumentar o seu 
consumo alimentar, para compensarparcialmente o menor conteúdo em 
aminoácidos (CHWALIBOG e BALDWIN, 1995). 
MURAKAMI et al. (1994), estudando os níveis nutricionais protéicos e 
energéticos para codornas japonesas em crescimento, por meio de dietas 
formuladas à base de milho e farelo de soja (contendo os níveis de 2.800 e 3.000 
kcal de EM/kg e 20%, 22%, 24% e 26% de PB), verificaram que os níveis mais 
adequados para o melhor desempenho dos animais foram 20% de PB e 3.000 kcal 
de EM/kg. 
Os resultados obtidos por WEBER e REID (1967) e BRANDÃO et al. (1991) 
e os preconizados pelo NRC (1994) determinaram o nível de 24% de PB como 
sendo o mais adequado para codornas em crescimento. Não obstante, todos eles 
diferem quanto ao nível de energia metabolizável requerido, sendo respectivamente 
de 2.900 kcal, 2.200 kcal e 2.060 kcal de EM/kg. 
 
 
7 
7 
SVACHA et al. (1970) verificaram o nível de 26% de PB como sendo o 
exigido para codornas japonesas em fase inicial para bom crescimento das 
codornas. Este dado é semelhante àquele apresentado por HARDY e EDWARDS 
(1981), que verificaram que são necessários níveis maiores que 24% de PB para se 
obter o máximo crescimento das codornas japonesas. 
De acordo com o observado por SHIM e VOHRA (1984), na fase inicial (1 a 
14 dias de idade) o requerimento em proteína para codornas japonesas para um 
máximo crescimento pode ser maior (28 a 32% de PB), sendo que o crescimento 
diferenciado das dietas contendo níveis mais altos e mais baixos desaparece após a 
terceira semana de idade dos animais. Estes mesmos autores verificaram que após 
a terceira semana de idade, o nível protéico podia ser reduzido até o nível de 20%, 
sendo mantido este nível até a sexta semana de idade. 
Por outro lado, KIRKPINAR et al. (1995), trabalhando com seis dietas 
protéicas (variando de 16 a 30% de PB) para codornas japonesas em crescimento, 
verificaram que, com o aumento do nível de proteína da dieta, havia um rápido 
aumento na taxa de crescimento das aves, concluindo que níveis superiores a 26% 
maximizam o crescimento das aves. 
 
2.2 Níveis de Proteína Bruta e Energia Metabolizável para Codornas Japonesas 
em Postura 
 
A taxa de postura possui correlação positiva com o teor protéico da ração. 
Do mesmo modo, um menor consumo de proteína pelas aves, submetidas a rações 
de níveis energéticos mais altos, resulta em menor produção de ovos. Assim, faz-se 
necessário que o consumo de energia, proteína e aminoácidos essenciais esteja em 
balanço para que haja uma produção eficiente e economicamente viável (BRAGA, 
1978; CHWALIBOG e BALDWIN, 1995). 
O tamanho do ovo é altamente dependente da ingestão diária de proteína, 
pelo fato de as poedeiras terem pouca habilidade em estocar proteína. Desse modo, 
a concentração protéica e o consumo de ração têm sido importantes para controlar o 
nível de consumo de proteína em função da produção dos ovos (PESTI, 1992). 
Em média, o ovo de uma codorna pesa aproximadamente 10g, contendo 
74% de água, 13% de proteína, 11,2% de gordura e 1,8% de cinzas, o que requer 
1,31 g de proteína para essa ave produzir um ovo, e 0,3 g para mantença, ou seja, 
 
 
8 
8 
um total de 1,61 g de proteína. Se for considerada uma eficiência de 55% na 
utilização do alimento, pode-se inferir que a codorna necessitará de 2,93 g de 
proteína por dia, para produzir um ovo. Como as codornas consomem, em média, 20 
g de alimento por dia, a ração deverá conter, portanto, no mínimo 14,65% de 
proteína (SHIM e VOHRA, 1984). 
BEGIN e INSKO JR (1972) observaram que as codornas em postura 
necessitavam de quantidades maiores que 4,71 g de proteína por dia para 
manterem uma taxa de postura entre 78% e 80%. YAMANE et al. (1979) sugeriram 
um nível mínimo de 4,9 g de proteína por dia para codornas japonesas em postura, 
combinado a um fornecimento de energia metabolizável (EM) de 63 kcal/dia e 
ALLEN e YOUNG (1980) demonstraram que a exigência diária de proteína para 
codornas em postura estava entre 2,9 e 3,5g de proteína bruta. 
Para o consumo de ração e ganho de peso de codornas em postura, 
GROPP e ZUCKER (1969) e VOHRA (1971) verificaram que o nível de 16% de 
proteína era satisfatório para se obter uma boa produção de ovos. Já o POULTRY 
RESEARCH CENTRE (1974) recomenda 18% PB e 3.100 kcal EM/kg de ração para 
codornas japonesas em postura. 
CRIVELLI-ESPINOSA et al. (1980), trabalhando com diferentes níveis de 
proteína (16%, 18%, 20%, 22%, e 24%) em rações para codornas japonesas de 10 
semanas de idade, demonstraram que, para obter melhor produção e maior peso do 
ovo, para codornas em reprodução, eram necessários 24% de PB e 3.000 kcal 
EM/kg de ração. 
Em estudos sobre o efeito da adição de diferentes níveis de proteína bruta 
proteína (14%, 16%, 18% e 20% de PB) em rações para codornas em postura à 
base de milho e farelo de soja, PIRES JR (1981) constatou que, para aves de 35 
semanas de idade, eram necessários 20% de PB e 2.800 kcal EM/kg para se obter 
maior porcentagem de postura, maior peso dos ovos e uma melhor conversão 
alimentar (g ração/dz de ovos). 
Em adição, SCHWARTZ e ALLEN (1981) verificaram que, para codornas 
aos quatro meses de idade, os melhores resultados para postura, peso do ovo e 
conversão alimentar demandaram, respectivamente, 15,0%, 15,0% e 14,8% de 
proteína, equivalendo a um consumo de 2,30 g, 2,35 g e 2,28 g de PB/dia, 
respectivamente. Aos oito meses de idade, a exigência estimada para as mesmas 
variáveis foi maior que 20% de PB. Os autores também demonstraram que, aos 4 
 
 
9 
9 
meses, 8 meses e 12 meses de idade, foram necessários, respectivamente, 14,6%, 
16,5% e 18% de proteína na ração para maximizar a proteína corporal, e 
demonstraram decréscimo da necessidade de proteína na ração em função do 
aumento da idade da codorna. 
SAKURAI (1981) variou os níveis de PB de 14% a 24%, e a energia 
metabolizável, de 2.700 kcal a 3.300 kcal EM/kg em rações de codornas japonesas 
em postura. Nesse estudo, verificou que as variáveis consumo alimentar, produção 
de ovos, peso do ovo, eficiência alimentar e peso corporal aumentaram com os 
níveis crescentes de proteína (14% a 24%) para cada característica estudada, 
havendo diferença entre os níveis de energia metabolizável. Houve também uma 
melhoria na eficiência alimentar, quando o nível de energia metabolizável 
aumentava de 2.700 kcal para 3.300 kcal EM/kg. Para as taxas de produção de 
ovos, peso do ovo e peso corporal, o efeito de 2.700 kcal EM/kg foi superior ao nível 
de 3.000 kcal EM/kg, quando o nível de proteína subia de 14% para 21%, não tendo 
sido encontradas diferenças significativas para os níveis de energia mediante o 
fornecimento de 24% de PB na ração. 
Por outro lado, MURAKAMI (1991), trabalhando com quatro níveis de 
proteína (16%, 18%, 20% e 22%) e quatro níveis de energia metabolizável (2.500 
kcal, 2.700 kcal, 2.900 kcal e 3.100 kcal EM/kg), verificou que os níveis de proteína e 
energia mais indicados para codornas na fase de postura são, respectivamente, 
18% de PB e 2.700 kcal EM/kg. Além disso, verificou que o nível de 19,66% PB 
apresentou a melhor conversão alimentar, com base em (kg de ração)/ (kg de ovos). 
Entretanto, VILAR et al. (1991) verificaram que níveis menores que 25% de proteína 
não proporcionaram ótima produção de ovos. 
SHRIVASTAV et al. (1993), estudando níveis protéicos para codornas em 
produção e reprodução, verificaram menores percentagem de produção de 
ovos/fêmea/dia, eficiência da conversão alimentar e ganho de peso corporal das 
fêmeas com suprimento de 16% de PB, e que o peso dos ovos aumentou com o 
aumento do nível protéico Com o passar do tempo, a qualidade do ovo não foi 
afetada entre os níveis de 19% a 25% de PB, não se verificando diferenças entre os 
tratamentos para fertilidade e eclodibilidade. 
Quando ANNAKA et al. (1993) estudaram os efeitos de seis raçõescom 
diferentes níveis protéicos e o nível fixo de energia de 2.900 kcal EM/kg, sobre a 
performance de codornas japonesas de dez a cinqüenta e seis semanas de idade, 
 
 
10 
10 
demonstraram que, para maior massa de ovo e mínima conversão alimentar, as 
exigências protéicas deveriam ser de 19,4% e 18,7%, respectivamente, e que a 
eficiência protéica para produção de ovos foi de 27,6%. Também demonstraram que 
dietas contendo 25,1% e 28,3% PB causavam as maiores taxas de mortalidade, 
provavelmente devido a toxidez causada por excesso de compostos nitrogenados no 
organismo. 
O NRC (1994) citou os níveis de 20% de PB e 2.900 kcal EM/kg como 
adequados para codornas japonesas em postura. 
PINTO (1998), avaliando o desempenho de codornas japonesas em postura, 
durante quatro períodos experimentais de 28 dias, por meio de dietas contendo 3 
níveis de energia (2.850 kcal, 2.900 kcal e 3.050 kcal EM/kg) e 5 níveis de PB (16%, 
18%, 20%, 22% e 24% PB), verificou que os níveis de 2.850 kcal EM/kg e 24% PB 
foram os mais adequados para o máximo desempenho das aves. 
 
2.3 Exigências em Metionina+Cistina para Codornas Japonesas em 
Crescimento 
 
A relação metabólica entre metionina e cistina já tem sido estabelecida. A 
metionina é um aminoácido indispensável e deve ser provido na dieta e a cistina 
pode ser sintetizada a partir da metionina, tornando-se dispensável. Dados mostram 
que a cistina pode ser totalmente substituída pela metionina. 
As informações a respeito dos requerimentos em aminoácidos para 
codornas em crescimento são escassas e defasadas, possuindo ainda muitas 
informações desencontradas, o que desperta o interesse de se estabelecer os níveis 
nutricionais de metionina+cistina para codornas japonesas no Brasil. 
As rações das aves, formuladas a base de milho e farelo de soja, são, 
geralmente, deficientes em metionina, lisina e outros aminoácidos, sendo estes 
essenciais para o desenvolvimento e desempenho normais dos animais, os quais 
devem ter suas rações suplementadas com aminoácidos sintéticos. 
A deficiência de aminoácidos pode resultar em aumento de consumo de 
alimentos para atender as necessidades diárias destes, podendo também causar 
uma deposição desproporcional de tecido adiposo em relação à deposição 
muscular. A ligeira deficiência de aminoácidos, inicialmente, não irá refletir nos 
resultados de ganho de peso, mas sim no aumento da proporção de tecido adiposo 
 
 
11 
11 
dos animais, devendo ser apontada como uma das causas de obesidade em 
algumas espécies, como frango de corte, perus, patos e codornas (KLASING, 1998). 
Os efeitos negativos do desbalanço aminoacídico geralmente deprimem o 
crescimento, variando o consumo e a utilização dos nutrientes da ração, causando 
problemas neurológicos e morte, sendo tais efeitos ampliados em função do status 
nutricional, idade do animal e propriedades intrínsecas e metabólicas de cada 
aminoácido. 
SVACHA et al. (1970), estudando as exigências nutricionais em lisina, 
metionina e glicina para codornas japonesas em dois períodos de crescimento (0 a 3 
e 4 a 5 semanas de idade), verificaram que para o primeiro período foram 
necessários 1,37% de lisina, 0,74% de aminoácidos sulfurosos e 1,74% de glicina. 
Para o segundo período, os níveis foram de 1,20% de lisina, 0,72% de aminoácidos 
sulfurosos e 1,17% de glicina. 
Young et al. (1978), citados pelo NRC (1994), usando dietas semi-
purificadas, contendo 25% PB, determinaram os requerimentos em metionina e 
metionina+cistina para codornas japonesas em crescimento, como sendo de 0,43% 
e 0,72%, para se obter o máximo crescimento dos animais. Já a Associação 
Espanhola de Coturnicultura (1972), citada por REIS (1980), determinou os níveis de 
0,55% de metionina e 0,95% de metionina+cistina para codornas japonesas em 
crescimento. 
O NRC (1994) recomenda que, para um nível protéico de 24%, os níveis de 
metionina e metionina+cistina para codornas japonesas em crescimento são de 
0,50% e 0,75%, respectivamente. 
 
2.4 Exigências em Metionina+Cistina para Codornas Japonesas em Postura 
 
O nível protéico, bem como a composição aminoacídica da proteína 
ingerida, está entre os principais componentes das dietas para poedeiras, pois sua 
necessidade está em função da formação da clara e da gema do ovo, necessitando 
de uma porcentagem diária para máximo desempenho produtivo das aves. 
Embora as exigências em aminoácidos sejam usualmente fornecidas nas 
tabelas como porcentagem da ração, a quantidade necessária do nutriente deve ser 
obtida em fontes balanceadas para máxima produtividade. Fatores como teor de 
 
 
12 
12 
fibra e relação proteína:energia podem afetar o consumo de ração e 
conseqüentemente, a quantidade de aminoácidos ingeridos (SILVA, 1997). 
As exigências de proteína e aminoácidos variam consideravelmente de 
acordo com a taxa de crescimento e produção de ovos. Os aminoácidos obtidos a 
partir das proteínas das dietas são usados pelas aves em diversas funções, como 
constituintes estruturais primários de tecidos, tais como: pele, penas, matriz óssea, 
ligamentos, bem como órgãos e músculos. Além disso, os aminoácidos e pequenos 
peptídeos resultantes da digestão e absorção das proteínas, contribuem para 
diversas funções metabólicas, sendo precursores de constituintes corporais 
protéicos (NRC, 1994). 
Em condições normais a excreção de aminoácidos e proteínas é mínima, 
portanto, o organismo animal tende a se manter em equilíbrio nitrogenado, desde 
que as dietas sejam convenientemente equilibradas (ANDRIGUETTO et al., 1990). 
ALLEN e YOUNG (1980), usando dietas semi-purificadas (3150 kcal EM/kg) 
para codornas poedeiras verificaram que a exigência total de proteína foi 
ligeiramente superior a 16% PB de uma mistura de caseína e farelo de soja e 
suplementadas ou não com aminoácidos essenciais e ácido glutâmico para 
promover ótima produção de ovos. Estes autores também determinaram a exigência 
de metionina em 0,37% e metionina+cistina em 0,68% da dieta. Os autores 
demonstraram que para a ração suplementada com metionina, o requerimento diário 
de proteína era de 3,52 g/dia. 
A Associação Espanhola de Coturnicultura (1972) citada por REIS (1980) 
citou os níveis de 0,40% de metionina e 0,65 a 0,70% de metionina+cistina como 
sendo os mais adequados para codornas em reprodução. Foi sugerida por YAMANE 
et al. (1980) uma ingestão de 0,15 g/dia de metionina+cistina para aves em postura. 
SHIM e LEE (1988) investigando a necessidade de metionina para codornas 
em reprodução, verificaram que as aves alimentadas com 0,62% de metionina 
apresentavam ótima produção de ovos e utilização do alimento. 
Por outro lado, SHIM e LEE (1989) encontraram o nível de 0,68% de 
metionina+cistina (0,34% de metionina) para uma máxima fertilidade e eclodibilidade 
dos ovos de codorna. Em dietas contendo 0,39% de metionina, SHIM e CHEN 
(1989) obtiveram melhor produção de ovos e ingestão de alimentos quando 
comparadas com dietas contendo 0,49%; 0,59% e 0,69% de metionina. Da mesma 
forma, CHEN e SHIM (1989) encontraram exigência de 0,375% de metionina na 
 
 
13 
13 
presença de 0,30% de cistina disponível, em uma dieta com 20% PB. A ingestão 
diária de 79,5 mg de metionina disponível foi necessária para uma maior produção 
de ovos. 
SHRIVASTAV et al. (1990) trabalhando com dietas à base de milho e farelo 
de soja contendo 22% PB, 0,79% de lisina e 0,59% de metionina+cistina, verificaram 
que estes níveis são adequados para suportar uma boa produção e ovos de 
qualidade na codorna japonesa. 
SHIM e LEE (1993), utilizando-se de uma ração basal de 16% PB e 1,6% de 
aminoácidos sulfurosos, ou rações suplementadas com aminoácidos sintéticos, 
demonstraram que as rações deviam conter 0,43% de metionina e 0,18% de cistina 
para que as codornas tivessem maior produção deovos, peso de ovos e conversão 
alimentar. 
Neste contexto, MURAKAMI et al. (1994) em experimento para estimar as 
exigências em metionina para codornas japonesas em postura, por meio de dieta 
contendo 16% PB e variando em 5 níveis de suplementação com DL-metionina, 
encontraram níveis de exigência de metionina superiores a 0,45%. Já STRINGHINI 
et al. (1995), pesquisando níveis de energia metabolizável (3000 kcal EM/kg) e de 
metionina para codornas japonesas em postura, estimaram níveis de metionina 
superiores a 0,50%. 
O NRC (1994) cita os níveis de 0,45% de metionina e 0,70% de 
metionina+cistina como sendo os mais adequados para codornas japonesas em 
postura. 
GARCIA et al. (1997), trabalhando com 3 níveis de proteína bruta (16, 18 e 
20%), 3 níveis de metionina+cistina (0,700; 0,875 e 1,00%) e 2 níveis de lisina 
(1,100 e 1,375%), para codornas japonesas em postura, verificaram que os níveis 
mais adequados para obter o máximo desempenho dos animais foram de 18% PB, 
0,70% de metionina+cistina e 1,00% de lisina. 
 
 
 
2.5 Avaliação da Qualidade do Ovo 
 
 
 
14 
14 
Por definição, gravidade específica é o peso do volume de uma substância, 
relativo ao peso de um volume equivalente de água a 4ºC com densidade igual a 
1,000 g/cm3 (HARMS et al., 1990). 
A gravidade específica dos ovos permite monitorar a qualidade da casca dos 
ovos destinados à incubação. Segundo MARQUES (1994), esta técnica requer o uso 
de equipamentos simples, tais como densímetro e baldes plásticos. MORENG e 
AVENS (1990) citaram que, além disso, existe a necessidade de uma balança e 
peneiras pequenas para a captura dos ovos. 
Segundo MARQUES (1994), a casca do ovo piora com a idade. Sob o ponto 
de vista da eclodibilidade, a principal preocupação do produtor de pintinhos é a 
percentagem de ovos com densidade inferior a 1,080 e, sabe-se que, um lote em 
pico de produção produz alta percentagem de ovos com densidade de 1,080 (85% a 
90% dos ovos) e um lote com 60 semanas de idade manterá 75% a 80% de seus 
ovos com densidade de 1,080, caso o lote de aves seja bem manejado e não tenha 
aumentado o peso corporal. 
Se um lote apresentar uma densidade média de ovos de 1,085 e baixar para 
1,080, este decréscimo corresponderá a uma perda de 3% na eclodibilidade e isto 
geralmente ocorre. Logo a variação de 0,005 na densidade média representará, em 
média, uma redução de 3% na eclodibilidade. 
Segundo BARRO (1990), ovos de galinhas com gravidade específica inferior 
a 1,080 apresentam índice de trincagem muito superior à média. Para codornas os 
dados relativos a gravidade específica não foram encontrados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. MATERIAL E MÉTODOS 
 
 
 
3.1. Experimento 01: Exigência de metionina + cistina para codornas 
japonesas em crescimento 
 
3.1.1. Local e duração dos experimentos 
 
O experimento foi conduzido no setor de Avicultura do Núcleo de Pesquisa 
em Zootecnia do Laboratório de Zootecnia e Nutrição Animal do CCTA/UENF 
situado no Colégio Agrícola Antônio Sarlo, no município de Campos dos 
Goytacazes. O período experimental foi de dez de janeiro a sete de março de 2003, 
sendo dividido em duas fases, identificadas como fase I (de cinco a 40 dias de 
idade) e fase II (de 40 a 61 dias de idade). 
 
3.1.2. Animais e manejo 
 
Foram utilizadas 320 codornas japonesas fêmeas (Coturnix coturnix 
japonica) com cinco dias de idade e peso médio de 15,0 g que foram alimentadas 
com as rações experimentais até os 40 dias. 
As codornas foram distribuídas ao acaso ao início do experimento em 16 
boxes de 1,5 x 2,0m, alocados em galpão de alvenaria, com telas de plástico de 
abertura 0,5”, telhas de amianto e cortinas de plástico. Cada boxe possuía um 
 
 
16 
16 
bebedouro e um comedouro e, enquanto necessário, círculo de proteção para o 
grupo de aves. O piso foi forrado com cama de casca de arroz. 
Como fonte de calor em cada boxe, utilizou-se uma lâmpada de 100 W para 
aquecimento das aves nos primeiros dias de vida. A altura da lâmpada era regulada 
de acordo com o crescimento das aves ou condições ambientais. 
Aos 40 dias de idade as codornas foram transferidas para gaiolas de arame 
galvanizado, com dimensões de 1,0m de comprimento x 0,25m de largura x 0,20m 
de altura, com quatro subdivisões iguais de 0,25 m, dispostas em quatro andares. O 
comedouro e o bebedouro utilizados foram do tipo calha, em chapa metálica 
galvanizada, e ambos foram colocados percorrendo toda a extensão das gaiolas, 
sendo o comedouro na parte frontal e o bebedouro na parte posterior da gaiola. Os 
animais foram mantidos neste esquema até o final do período experimental. 
Semanalmente as aves foram pesadas e o consumo de ração no período foi 
medido. A partir de 40 dias de idade todas as aves receberam à vontade a mesma 
ração de postura e foram acompanhadas até aos 61 dias de idade, quando foi 
encerrado o experimento. 
O programa de iluminação artificial foi único para todos os grupos 
experimentais, sendo fornecida luz artificial por 24 horas até a segunda semana de 
idade (14 dias). 
Por meio de um termômetro de máxima e mínima, foram registradas as 
temperatura máxima e mínima do ar no interior do galpão, durante todo o período 
experimental. 
 
3.1.3. Tratamentos e rações experimentais 
 
Na fase inicial do experimento as aves foram submetidas a uma ração basal 
(Tabea 1) limitante em metionina e metionina+cistina até aos 40 dias de idade. A 
ração basal foi suplementada com quatro níveis de DL-metionina - 99% (0,000%; 
0,101%; 0,202%; 0,303%), para completar os níveis de 0,64%; 0,74%; 0,84% e 
0,94% de metionina+cistina na ração. 
A suplementação de DL-metionina foi feita em substituição ao componente 
inerte (areia lavada), garantindo assim que as dietas permaneçam isoprotéicas 
(20%PB). 
 
 
17 
17 
As rações experimentais foram formuladas valendo-se das informações 
sobre as composições dos ingredientes apresentadas em ROSTAGNO et al. (2000), 
e as exigências nutricionais das codornas de acordo com NRC (1994), exceto com 
relação à proteína bruta e metionina+cistina. O fornecimento das rações, bem como 
o da água foi feito à vontade para os animais. 
As composições alimentar e nutricional calculada das rações experimentais 
oferecidas às aves na fase inicial encontram-se na Tabela 1. 
A ração basal de postura foi formulada utilizando milho, farelo de soja e 
suplementos vitamínicos/minerais, de acordo com as exigências nutricionais 
preconizadas pelo NRC (1994) e sua composição percentual e calculada encontra-
se na Tabela 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
18 
Tabela 1 - Composição das rações experimentais para codornas japonesas em 
crescimento. 
 
 
Ingredientes (%) 
Ração 1 
0,64% 
met+cis 
Ração 2 
0,74% 
met+cis 
Ração 3 
0,84% 
met+cis 
Ração 4 
0,94% 
met+cis 
Milho 51,716 51,716 51,716 51,716 
Farelo de soja 29,841 29,841 29,841 29,841 
Farelo de trigo 10,000 10,000 10,000 10,000 
Calcário 1,115 1,115 1,115 1,115 
Óleo vegetal 5,000 5,000 5,000 5,000 
Fosfato bicálcico 0,951 0,951 0,951 0,951 
DL-Metionina 99% 0,000 0,101 0,202 0,303 
Mistura mineral vitamínica1 0,400 0,400 0,400 0,400 
L-Lisina HCl 0,321 0,321 0,321 0,321 
Areia lavada 0,393 0,292 0,191 0,090 
Sal 0,263 0,263 0,263 0,263 
Total 100,00 100,00 100,00 100,00 
Composição Calculada 
Proteína Bruta (%) 20,00 20,00 20,00 20,00 
EM (kcal EM/kg) 2900 2900 2900 2900 
Metionina+cistina (%) 0,64 0,74 0,84 0,94 
Lisina (%) 1,30 1,30 1,30 1,30 
Ca (%) 0,80 0,80 0,80 0,80 
P disponível (%) 0,30 0,30 0,30 0,30 
1
 Composição/kg: Vit. A, 3.750.000 UI; Vit. D3, 750.000UI; Vit. E, 7.500 mg; Vit. K3, 1.000 mg; Vit. B1, 
750 mg; Vit. B2, 1.500 mg; Vit. B6, 1.500 mg; Vit. B12, 7.500 mcg; Niacina, 10.000mg; Ácido 
pantotênico, 3.750 mg; Biotina, 30 mg; Ácido fólico, 375 mg; Colina, 10.000 mg; Selênio, 45 mg; Iodo, 
175 mg; Ferro, 12.525 mg; Cobre, 2.500 mg; Manganês, 19.5000 mg; Zinco, 13.750 mg; Avilamicina, 
15.000 mg; Nicarbazina, 12.5000 mg; Narasin, 10.000 mg; B.H.T.; 500 mg; Vit. C, 12.500 mg 
 
 
 
19 
19 
Tabela 2 - Composição da ração usada na fase II do experimento com codornas 
japonesas em crescimento. 
 
Ingredientes Porcentagens 
Milho 57,455 
Farelo de soja 33,000 
Calcário 5,440 
Fosfato bicálcico 1,290 
Óleo vegetal 2,000 
DL-Metionina 99% 0,140 
Mistura mineral vitamínica1 0,400 
Sal 0,275 
Total 100,00 
Composição Calculada 
Proteína Bruta (%) 20,00 
EM (kcal EM/kg) 2900 
Metionina+cistina (%) 0,78 
Lisina (%) 1,00 
Ca (%) 2,50 
P disponível (%) 0,35 
1
 Composição/kg: Vit. A, 2.500.000 UI; Vit. D3, 625.000 UI; Vit. E, 3.750 mg; Vit. K3, 500 mg; Vit. B1, 
500 mg; Vit. B2, 1.000 mg; Vit. B6, 1.000 mg; Vit. B12, 3.750 mcg; Niacina, 7.500 mg; Ácido 
pantotênico, 4.000 mg; Biotina, 15 mg; Ácido fólico, 125 mg; Colina, 75.000 mg; Selênio, 45 mg; Iodo, 
175 mg; Ferro, 12.525 mg; Cobre, 2.500 mg; Manganês, 19.5000 mg; Zinco, 13.750 mg; Avilamicina, 
20.000 mg; B.H.T.; 500 mg; Vit. C, 12.500 mg 
 
 
 
20 
20 
3.1.4. Características avaliadas 
 
Foram avaliadas as seguintes características de desempenho: ganho de 
peso (g), consumo de ração (g), conversão alimentar (g de ração consumida/g de 
ovo produzido) e mortalidade no período de cinco a 40 dias. Na segunda fase do 
experimento, além das características supra citadas, foi verificada a idade das aves 
ao atingirem 5% de postura, taxa de postura e conversão alimentar (g de ração 
consumida/dúzia de ovos produzida). 
Com relação à qualidade dos ovos, as variáveis avaliadas foram: peso 
médio dos ovos (g), massa de ovos (g/ave/dia), peso da casca (g), porcentagem de 
casca por superfície de área, espessura da casca (mm) e composição bromatológica 
do ovo (matéria seca e valor protéico do ovo). 
 No último dia do período de postura com duração de 21 dias foram retirados 
ao acaso, dez ovos de cada unidade experimental, utilizados na avaliação das 
variáveis referentes à qualidade do ovo inteiro, qualidade interna e qualidade da 
casca do ovo, sendo então pesados em balança com aproximação de 0,01 g. O 
peso médio estimado foi referente ao período de 21 dias. 
Para avaliar a qualidade do ovo inteiro foram utilizados dados de peso médio 
do ovo e massa de ovo, obtida multiplicando-se o número de ovos produzidos em 
cada período pelo peso médio dos ovos. 
A avaliação da qualidade interna foi feita a partir dos dados do conteúdo do 
ovo e da composição bromatológica do ovo (sólidos totais e proteína bruta). 
Os valores de conteúdo dos ovos foram obtidos pelo produto entre o número 
de ovos postos e o peso médio dos mesmos, subtraído pelo peso das cascas. 
Os conteúdos internos dos ovos foram retirados manualmente e 
acondicionados em frascos de vidro com tampa, formando uma amostra composta 
por dez ovos homogeneizados (gema e albúmem), segundo metodologia descrita 
por CAMPOS & NUNES (1981). De cada amostra composta foram retiradas duas 
sub-amostras para as análises de sólidos totais (estufa de ventilação forçada por 24 
horas a 105ºC) e proteína bruta (método micro-Kjeldhal; %N x 6,25) (SILVA, 1990). 
As cascas dos ovos foram secas em estufa de ventilação forçada por 24 
horas a 105ºC, e foi obtido o peso da casca, utilizando-se balança com aproximação 
de 0,01 g. A porcentagem da casca por superfície de área (PCSA) foi calculada de 
acordo com a fórmula descrita por ABDALLAH et al., (1993): 
 
 
21 
21 
 
Em que: 
PC = peso da casca (g) 
PO = peso do ovo (g) 
 
A espessura da casca foi determinada segundo metodologia descrita por 
NORDSTROM & OUSTERHOUT (1982), na qual quatro pedaços da casca seca 
mais a membrana foram retirados de posições eqüidistantes da região equatorial do 
ovo. A espessura de cada pedaço foi medida com micrômetro externo da marca 
Mitutoyo modelo 103-137, com curso de 25 mm, leitura de 0,01 mm e exatidão de ± 
0,002 mm. A espessura da casca foi obtida a partir da média das quatro medidas 
obtidas. 
 
3.1.5. Análises estatísticas 
 
Na primeira fase do experimento (cinco a 40 dias de idade) foi utilizado o 
delineamento experimental inteiramente casualizado, contendo quatro tratamentos, 
(quatro níveis de metionina + cistina), quatro repetições com 20 codornas por 
unidade experimental. O modelo estatístico utilizado foi o seguinte: 
Yij = µ + Ti+ e(i)j; 
Em que: 
Yij = observação referente ao tratamento i sobre a repetição j; 
µ = constante geral 
Ti = efeito relativo ao tratamento i (i = 1, 2, 3 e 4); e 
e(i)j = erro aleatório, associado a cada observação, pressuposto NID (0;σ2) . 
Na segunda fase experimental (40 a 61 dias de idade) foi utilizado o 
delineamento em quadrado latino, contendo quatro tratamentos (quatro níveis de 
metionina+cistina), quatro repetições distribuídos em quatro baterias de quatro 
andares com 20 codornas por unidade experimental. O modelo estatístico utilizado 
foi o seguinte: 
Yijk = µ + Ti + Bj + Ak + eijk; 
100
9782,3 7056,0
×





×
=
PO
PCPCSA
 
 
22 
22 
Em que: 
Yijk = observação referente ao tratamento i sobre a bateria j no andar k; 
µ = constante geral; 
Ti = efeito relativo ao tratamento i (i = 1, 2, 3 e 4); 
Bj = efeito relativo à bateria j (j = 1, 2, 3 e 4); 
Ak = efeito relativo ao andar k (k = 1, 2 ,3 e 4); e 
eijk = erro aleatório associado a cada observação, pressuposto NID (0;σ2) . 
 
A partir das estimativas regulares de peso tomadas nas diferentes unidades 
experimentais, estimou-se o padrão de crescimento animal sob os diferentes 
tratamentos segundo o modelo logístico: 
 
 
 
Em que: 
Y = peso vivo (g); 
PM = peso à maturidade (g); 
B = parâmetro de ajustamento escalar; 
K = taxa fracional média de crescimento (dia-1); e 
t = idade dos animais (dias). 
 
Os dados foram submetidos às análises estatísticas, utilizando-se o 
programa Sistema para Análises Estatísticas versão 8.0 – (SAEG, 1999). A 
comparação entre níveis de metionina+cistina nas rações foi realizada por 
intermédio da decomposição da soma de quadrados relacionada a esta fonte em 
contrastes ortogonais relativos aos efeitos de ordem linear, quadrática e cúbica, com 
posterior ajuste de equações de regressão linear (α=0,05). 
tkeB
PMY
.
.1 −+
=
 
 
23 
23 
 3.2. EXPERIMENTO 2: Exigências de Metionina+Cistina para Codornas 
Japonesas em Postura 
 
3.2.1 Animais, Instalações e Manejo Alimentar 
 
O experimento teve início em 10 de janeiro de 2003 e teve a duração de 63 
dias divididos em três períodos de 21 dias tendo fim em 14 de março de 2003. 
Foram utilizadas 320 codornas japonesas (Coturnix coturnix japonica) com 19 
semanas de idade e peso médio de 171,41 g, distribuídas ao acaso em quatro 
baterias de quatro andares com quatro tratamentos (quatro níveis de 
metionina+cistina), sendo analisados por quadrado latino. 
As aves foram alojadas em gaiolas de arame galvanizado, com dimensões 
de 1,0m de comprimento x 0,25m de largura x 0,20m de altura, dispostas em quatro 
andares. Cada gaiola possui quatro subdivisões iguais de 0,25m. O comedouro e o 
bebedouro utilizados foram do tipo calha, em chapa metálica galvanizada, e ambos 
foram colocados percorrendo toda a extensão das gaiolas, sendo o comedouro na 
parte frontal e o bebedouro na parte posterior da gaiola. 
As aves foram submetidas a uma ração basal limitante em metionina e 
metionina+cistina. A ração basal foi suplementada com quatro níveis de DL-
metionina - 99% (0,000%; 0,101%; 0,202% e 0,303%) para completar os níveis de 
0,55%; 065%; 0,75% e 0,85% de metionina+cistina na ração. 
A suplementação deDL-metionina foi feita em substituição a areia lavada, 
garantindo assim que as dietas permanecessem isoprotéicas. 
As rações experimentais foram formuladas valendo-se das informações 
sobre as composições dos ingredientes apresentadas em ROSTAGNO et al. (2000), 
e as exigências nutricionais das codornas de acordo com NRC (1994), exceto com 
relação à proteína bruta e metionina+cistina. O fornecimento da dieta, bem como o 
da água foi feito à vontade para os animais. A composição percentual e calculada 
das dietas experimentais encontra-se na Tabela 3. 
O programa de luz utilizado foi de 17 horas de luz artificial. As mensurações 
de temperatura dentro do galpão foram registradas por meio de termômetros de 
máxima e mínima. 
 
 
 
24 
24 
Tabela 3 - Composição das rações experimentais para codornas japonesas em 
postura 
 
 
Ingredientes (%) 
Ração 1 
0,55% 
met+cis 
Ração 2 
0,65% 
met+cis 
Ração 3 
0,75% 
met+cis 
Ração 4 
0,85% 
met+cis 
Milho 62,296 67,296 67,296 67,296 
Farelo de soja 23,701 23,701 23,701 23,701 
Calcário 5,370 5,370 5,370 5,370 
Fosfato bicálcico 1,379 1,379 1,379 1,379 
DL-Metionina 99% 0,000 0,101 0,202 0,303 
Mistura mineral e vitamínica1 0,400 0,400 0,400 0,400 
L-Lisina HCl 0,287 0,287 0,287 0,287 
Areia lavada 1,337 1,236 1,135 1,034 
Sal 0,263 0,263 0,263 0,263 
Total 100,00 100,00 100,00 100,00 
Composição Calculada 
Proteína Bruta (%) 18,00 18,00 18,00 18,00 
EM (kcal EM/kg) 2900 2900 2900 2900 
Metionina+cistina (%) 0,55 0,65 0,75 0,85 
Metionina (%) 
Lisina (%) 1,00 1,00 1,00 1,00 
Ca (%) 2,50 2,50 2,50 2,50 
P disponível (%) 0,35 0,35 0,35 0,35 
Na (%) 
1
 Composição/kg: Vit. A, 2.500.000 UI; Vit. D3, 625.000 UI; Vit. E, 3.750 mg; Vit. K3, 500 mg; Vit. B1, 
500 mg; Vit. B2, 1.000 mg; Vit. B6, 1.000 mg; Vit. B12, 3.750 mcg; Niacina, 7.500 mg; Ácido 
pantotênico, 4.000 mg; Biotina, 15 mg; Ácido fólico, 125 mg; Colina, 75.000 mg; Selênio, 45 mg; 
Iodo, 175 mg; Ferro, 12.525 mg; Cobre, 2.500 mg; Manganês, 19.5000 mg; Zinco, 13.750 mg; 
Avilamicina, 20.000 mg; B.H.T.; 500 mg; Vit. C, 12.500 mg 
 
 
25 
25 
3.2.2 Características avaliadas 
 
Ao final de cada período de 21 dias foram avaliadas as seguintes 
características de desempenho: consumo de ração (g), conversão alimentar (g/g e 
g/dz), produção de ovos (%) e mortalidade (%). 
Com relação à qualidade dos ovos as variáveis avaliadas foram: peso médio 
dos ovos (g), massa de ovos (g/ave/dia), gravidade específica, peso da casca (g), 
porcentagem de casca por superfície de área (%), espessura da casca (mm) e 
composição bromatológica do ovo (%matéria seca e valor protéico do ovo). 
No último dia de cada período de postura com duração de 21 dias foram 
retirados ao acaso dez ovos de cada unidade experimental, utilizados na avaliação 
das variáveis referentes à qualidade do ovo inteiro, qualidade interna e qualidade da 
casca do ovo, sendo então pesados em balança com aproximação de 0,01 g. O 
peso médio estimado foi referente a cada período de 21 dias. 
Para avaliar a qualidade do ovo inteiro foram utilizados dados de peso médio 
do ovo e massa de ovo, obtida multiplicando-se o número de ovos produzidos em 
cada período pelo peso médio dos ovos. 
A avaliação da qualidade interna foi feita a partir dos dados do conteúdo do 
ovo e da composição bromatológica do ovo (sólidos totais e proteína bruta). 
Os valores de conteúdo dos ovos foram obtidos pelo produto entre o número 
de ovos postos e o peso médio dos mesmos, subtraído pelo peso das cascas. 
Os conteúdos internos dos ovos foram retirados manualmente e 
acondicionados em frascos de vidro com tampa formando uma amostra composta 
por dez ovos homogeneizados (gema e albúmem), segundo metodologia descrita 
por CAMPOS & NUNES (1981). De cada amostra composta foram retiradas duas 
sub-amostras para as análises de sólidos totais (estufa de ventilação forçada por 24 
horas a 105ºC) e proteína bruta (método micro-Kjeldhal; %N x 6,25) (SILVA, 1990). 
A primeira variável relacionada à qualidade da casca a ser medida foi a 
gravidade específica dos ovos, utilizando o método desenvolvido por Olsson (1934) 
e citado por MAIA et al., (2002), que não é destrutivo e de fácil manipulação. Os 
ovos são mergulhados, um a um, em soluções salinas com concentrações 
crescentes de 1,070 a 1,100, com intervalos de 0,005 e, por flotação, determina-se a 
gravidade correspondente a cada ovo. MORENG & AVENS (1990) citaram que este 
teste só é válido para ovos com câmara de ar pequena, ou seja, ovos frescos. 
 
 
26 
26 
Enquanto as sete soluções salinas foram preparadas com água destilada e 
sal comum, calibradas com densímetro (Incoterm, modelo PE 5582), e 
acondicionadas em recipientes plásticos, os ovos coletados foram armazenados no 
laboratório durante uma hora, com o objetivo de igualar sua temperatura com a 
temperatura ambiente. Posteriormente, foram imersos em água, visando a retirada 
das impurezas aderidas à casca e diminuição da absorção da primeira solução 
salina, segundo metodologia descrita por MORENG & AVENS (1990). 
As cascas dos ovos foram secas em estufa de ventilação forçada por 24 
horas a 105ºC, e foi obtido o peso da casca, utilizando-se balança com aproximação 
de 0,01 g. A porcentagem da casca por superfície de área (PCSA) foi calculada de 
acordo com a fórmula descrita por ABDALLAH et al., (1993): 
 
Em que: 
PC = peso da casca (g) 
PO = peso do ovo (g) 
 
A espessura da casca foi determinada segundo metodologia descrita por 
NORDSTROM & OUSTERHOUT (1982), na qual quatro pedaços da casca seca 
mais a membrana foram retirados de posições eqüidistantes da região equatorial do 
ovo. A espessura de cada pedaço foi medida com micrômetro externo (Mitutoyo 
modelo 103-137) com curso de 25 mm, leitura de 0,01 mm e exatidão de ± 0,002 
mm. A espessura da casca foi obtida a partir da média das quatro medidas obtidas. 
 
3.2.3 Análise Estatística 
 
Foi utilizado o delineamento em quadrado latino em esquema de subdivisão 
de parcelas em função do período de avaliação, contendo quatro tratamentos, 
(quatro níveis de metionina + cistina), quatro repetições distribuídos em quatro 
baterias de quatro andares com 20 codornas por unidade experimental. O modelo 
estatístico utilizado foi o seguinte: 
Yijkl = µ + Ti+ Bj + Ak + eijk + Pl + TPil + εijkl; 
100
9782,3 7056,0
×





×
=
PO
PCPCSA
 
 
27 
27 
Em que:
 
 
Yijkl = observação referente ao tratamento i sobre a bateria j no andar k e período l; 
µ = constante geral; 
Ti = efeito relativo ao tratamento i (i = 1, 2, 3, 4); 
Bj = efeito relativo à bateria j (j = 1, 2, 3 e 4); 
Ak = efeito relativo ao andar k (k = 1, 2 ,3 e 4); 
eijk = efeito residual das parcelas; 
Pl = efeito relativo ao período l de 21 dias (l = 1, 2, 3) 
TPlj = efeito de interação entre o tratamento i e o período l; 
εijkl = erro aleatório, associado a cada observação, pressuposto NID (0,σ2). 
 
Os dados foram submetidos às análises estatísticas, utilizando-se o 
programa Sistema para Análises Estatísticas versão 8.0 – (SAEG, 1999). A 
comparação entre níveis de metionina+cistina nas rações foi realizada por 
intermédio da decomposição da soma de quadrados relacionada a esta fonte em 
contrates ortogonais relativos aos efeitos de ordens linear, quadrática e cúbica, com 
posterior ajuste de equações de regressão linear. Quando pertinente, as médias 
obtidas para os diferentes períodos foram comparadas por intermédio do teste de 
Tukey. Para todos os procedimentos estatísticos adotou-se 0,05 como nível crítico 
de probabilidade para o erro tipo I. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
 
 
4.1 . Experimento 1: Exigência de metionina+cistina para codornas japonesasem crescimento 
– Fase I 
 
As mensurações das temperaturas máxima e mínima, obtidas durante o período experimental estão 
apresentadas na Tabela 4. 
 
 
 
Tabela 4 - Temperaturas máximas e mínimas do galpão, registradas durante o 
período experimental. 
 
Temperatura (ºC) 
Período Experimental Mínima Máxima 
Fase I 24,54 33,51 
Fase II 25,22 33,89 
 
 
 
As codornas, por possuírem grande área corporal em relação ao peso, na fase de crescimento, são 
dependentes de ambiente termo-higrométrico ideal (1ª semana de idade, 38 ºC e 65% de UR; 2ª semana de 
idade 32 ºC e 60% de UR; 3ª semana de idade 27 ºC e 60% de UR; a partir da 4ª semana de idade 21 a 25 ºC 
e 60% de UR), segundo REIS (1980) e PINTO (2002). Desta forma, os círculos de proteção e as fontes de 
aquecimento foram mantidos até a segunda semana após o início do experimento. A partir da terceira 
 
 
29 
29 
semana, o aquecimento foi retirado, tendo as codornas permanecido em temperatura ambiente natural, pois as 
temperaturas observadas permaneceram elevadas em relação à zona de conforto das codornas. 
Na Tabela 5 estão apresentados os valores médios obtidos para consumo de ração, ganho de peso e conversão 
alimentar para codornas japonesas alimentadas com rações de diferentes níveis de metionina+cistina, no 
período de cinco aos 40 dias de idade. 
 
 
 
Tabela 5 - Médias, coeficientes de variação (CV) e níveis descritivos de probabilidade (Valor P) para as 
variáveis consumo de ração em gramas/ave (CR), ganho de peso em gramas/ave (GP) e 
conversão alimentar em gramas de ração consumida/gramas de peso ganho (CA) de acordo 
com os diferentes níveis de metionina+cistina para codornas japonesas em crescimento de 
cinco aos 40 dias de idade. 
 
Nível de metionina+cistina (%) 
Variável 0,64 0,74 0,84 0,94 
 
CV (%) 
 
Anova1 
CR 426,6 434,9 442,0 422,4 6,9 NS 
GP2 104,0 112,2 114,9 113,6 4,5 L* 
CA 4,1 3,9 3,8 3,7 6,7 NS 
1
 L = efeito linear referente aos níveis de metionina+cistina na ração, com valor P = 0,0147, NS – Não 
significativo. 
2
 =Yˆ 86,2550 + 31,4930X (r² = 0,6856) 
 
 
 
Verificou-se efeito linear positivo (P<0,05) dos níveis de metionina+cistina sobre o ganho de peso. Sobre as 
demais variáveis de desempenho, não se observou efeito significativo dos níveis crescentes de 
metionina+cistina, apesar da tendência de melhora observada do primeiro nível administrado em relação aos 
demais. 
O aumento no ganho de peso das codornas em função da elevação dos níveis de aminoácidos sulfurosos nas 
rações agregam aos resultados obtidos por PINTO (2002) que também verificou maior ganho de peso de 
codornas japonesas em crescimento em função da elevação dos níveis de aminoácidos testados em seu 
trabalho. Tais resultados assemelham-se também àqueles descritos por BARBOSA (1998), trabalhando com 
frangos de corte em fase de crescimento, também verificou efeito linear dos níveis crescentes de aminoácidos 
sulfurosos sobre o ganho de peso das aves. 
 
 
30 
30 
Embora o ganho de peso das aves tenha aumentado de forma linear, constatou-se uma pequena queda nos 
valores absolutos de ganho de peso com o maior nível de aminoácidos testado. 
Com os resultados obtidos neste experimento, pode-se afirmar que a exigência de metionina+cistina para 
melhor resposta de ganho de peso situa-se acima daquela para consumo de ração e abaixo daquela para 
conversão alimentar, em concordância com os resultados de PINTO (2002). Além disso, os níveis de 
metionina+cistina para codornas japonesas em crescimento preconizados pelo NRC (1994) estão próximos 
aos encontrados neste experimento para atenderem a exigência das aves para máximo desempenho produtivo. 
 
4.2 . Experimento 1: Exigência de metionina+cistina para codornas japonesas em crescimento 
– Fase II 
 
Na segunda fase do experimento 1, foi avaliado o efeito residual dos tratamentos aplicados na fase de 
crescimento, tendo sido fornecida, neste período, apenas uma ração padrão de postura para todas as aves. 
É possível que devido à alta temperatura ambiente observada neste período, sendo a temperatura mínima 
maior que a máxima tolerada na zona de conforto térmico das aves em postura (21 a 25 ºC), o desempenho 
produtivo das aves tenha sido prejudicado, numa tentativa de manterem a temperatura corporal dentro dos 
limites homeostáticos. 
Não foi verificada diferença significativa (P>0,05) entre os tratamentos aplicados na fase de 
crescimento sobre nenhuma das características de desempenho produtivo ou de qualidade do ovo testadas na fase 
de postura (Tabela 6). 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 6 - Médias, coeficientes de variação (CV) e níveis descritivos de probabilidade (Valor P) para as 
variáveis consumo de ração em gramas/período (CR), ganho de peso em gramas/período 
(GP), conversão alimentar – CAG (g de ração/g de ovos) e CAD (g de ração/dúzia de ovos) e 
produção de ovos (%/período) (PR) de acordo com os diferentes níveis de metionina+cistina 
para codornas japonesas em crescimento de 40 aos 61 dias de idade, alimentadas com ração 
basal para postura. 
 
 Nível 
 
 
31 
31 
Variável 0,64 0,74 0,84 0,94 CV (%) Anova1 
CR 381,2 368,1 381,3 387,8 7,1 NS 
GP 21,5 20,1 19,9 18,0 17,2 NS 
CAD 440,16 442,05 388,90 395,85 9,9 NS 
CAG 3,9 3,9 3,4 3,5 9,6 NS 
PR 57,2 47,9 55,1 56,9 15,8 NS 
1
 efeitos linear, quadrático e cúbico referentes aos níveis de metionina+cistina na ração não 
significativo. 
 
Os tratamentos influenciaram a idade na qual as aves atingiram 5% de postura. Esta idade foi menor 
quanto maior o nível de metionina+cistina na ração (46,75; 45; 43,75 e 43,5 dias, respectivamente para 0,64%; 
0,74%; 0,84% e 0,94% de metionina+cistina). O aumento dos níveis de metionina+cistina administrados às aves 
propiciou a antecipação do momento de alcance da idade adulta, e conseqüente maturidade sexual. 
Constatou-se diferença entre tratamentos (P<0,05) quanto aos padrões de crescimento das aves 
(Tabela 7 e Figura 1). A taxa de crescimento aumentou com a elevação dos níveis de metioniona+cistina. 
Estimou-se uma curva de crescimento para cada tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 7 – Estimativas dos parâmetros da curva logística de crescimento animal de acordo com os diferentes 
níveis de metionina+cistina na ração. 
 
Parâmetros Tratamentos (% de 
metionina+cistina) PM2 B3 K4 
0,64 150,04 ± 2,03 12,67 ± 0,85 0,099 ± 0,003 
0,74 151,88 ± 2,10 12,87 ± 0,98 0,106 ± 0,004 
0,84 154,94 ± 1,75 13,32 ± 0,86 0,109 ± 0,003 
0,94 151,10 ± 1,49 12,62 ± 0,72 0,110 ± 0,003 
1
 estimativa e erro padrão assintótico. 
2peso à maturidade (g). 
3parâmetro sem interpretação biológica direta. 
4taxa fracional de crescimento. 
 
 
 
 
32 
32 
 
10
40
70
100
130
160
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade (dias)
Pe
so
 
Vi
vo
 
(g)
0,64% metionina+cistina 0,74% metionina+cistina
0,84% metionina+cistina 0,94% metionina+cistina
 
Figura 1 - Estimativas de curvas de crescimento animal em função dos níveis de metionina+cistina na ração 
 
Observou-se efeito da suplementação diferenciada até os 40 dias de idade e este se manteve ainda 
após este período. Houve um nivelamento do padrão de crescimento em relação aos níveis de metionina+cistina 
testados próximo aos 60 dias de idade 
Sobre as características de produção e qualidade de ovo testadas na 
segunda fase deste experimento, não foram observadas diferenças significativas dos 
níveis de metionina+cistina administrados na fase inicial sobre a fase de postura 
(Tabela 8). 
 
 
 
Tabela 8 – Médias, coeficientes de variação (CV) e níveis descritivos de 
probabilidade (Valor P) para as variáveis peso médio dos

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