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Teixeira de Freitas 2015 3 NATASSJA SILVA SCHAPOCHNICOF SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO LETRAS – HABILITAÇÃO: LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E RESPECTIVAS LICENCIATURAS EDUCAÇÃO INCLUSIVA Teixeira de Freitas 2015 4 EDUCAÇÃO INCLUSIVA Seminário de prática I nas disciplinas de Educação Inclusiva, Sociedade, Educação e cultura e Libras apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral. NATASSJA SILVA SCHAPOCHNICOF 1 INTRODUÇÃO Este texto se propõe a realizar um rastreamento histórico da Educação Especial, procurando resgatar os diferentes momentos vivenciados, objetivando compreender que acontecimentos ou fatos influenciaram na prática do cotidiano escolar, marcando as conquistas alcançadas pelos indivíduos que apresentam necessidades educacionais especiais. Também visa criticar a execução do trabalho inclusivo nas escolas, que ainda são insatisfatórias, da parte docente e física, para os portadores de necessidades que buscam uma educação digna e oportunidades iguais. 5 2 RESUMO SOBRE AS PRINCIPAIS IDEIAS DO TEXTO O texto aborda, principalmente no Brasil, a trilha percorrida da educação aos alunos com necessidades. Originalmente as pessoas com deficiências físicas e mentais foram destinadas a exclusão e segregação. A educação era nula, onde os portadores de tais diferenças eram vistas como doentes e sujeitas à exclusão social, dependentes da solidariedade das igrejas e longe do público considerado “normal”. Somente nos anos 70 houve a preocupação com o sistema educacional, onde foi criada a Educação Especial. Ainda assim a prática era a exclusão, pois não houve a integração de alunos no ensino regular e, muito menos, a preparação para uma vida social. Foi na década de 80 que esse modelo de educação começou a ser questionado e instituído o modelo de Integração, que Visa preparar alunos oriundos das classes e escolas especiais para serem integrados em classes regulares recebendo, na medida de suas necessidades, atendimento paralelo em salas de recursos ou outras modalidades especializadas. (GLAT; FERNANDES, 2005, p. 3) Somente nos anos 90 a proposta de Educação Inclusiva ganhou espaço nas discussões do governo, e hoje é amparada por leis de culmino nacional, estadual e federal. Os alunos, a partir dessa década, não poderiam mais ser excluídos. As escolas devem se adequar para atender a todas as demandas de alunos, especiais ou não, para que o ensino atinja a todos. Os professores precisam ser qualificados, pois a educação especial não é mais paralela, e sim integrada. 6 3 COMPREENSÃO Por mais que haja leis, todas as escolas ainda têm dificuldade em aplicar o método de inclusão. Em vez de praticarem a homogeneidade, elas praticam a exclusão quando não oferecem as ferramentas necessárias (desde o professor capacitado à estrutura do ambiente) para que o aprendizado seja completo. Outro fator que ainda está ajudando para que a inclusão seja incompleta é a falta de treinamento e supervisão nas escolas para que tenham certeza que seu método de inclusão esteja sendo feito e aceito pelos alunos num todo. Tesini e Manzini (1999) alertam que a integração/ inclusão envolve “professores mais capacitados em relação às necessidades especiais, bem como uma pedagogia que se ajuste às necessidades de cada criança [...]” Para que realmente haja uma educação inclusiva, é necessário [...] desenvolver instrumentos de monitoramento sistemáticos (indicadores dos programas implantados), realização de pesquisas qualitativas e quantitativas que possam evidenciar o resultado dos programas implantados e identificação de experiências de sucesso; implantação de programas de capacitação de recursos humanos que incluam a formação de professores dentro da realidade das escolas e na sala de aula regular do sistema de ensino. (Glat et al., 2003, p. 35 apud GLAT; FERNANDES, 2005, p.29 apud VAGULA; VEDOATO, 2014, p.18) 7 4 QUESTÃO SOCIAL DA ESCOLA, NA QUESTÃO DA INCLUSÃO Por muito tempo o etnocentrismo, a exclusão e segregação foram praticados. Com as políticas afirmativas, a proposta de implementar a diversidade em diversas áreas, seja na escola, trabalho ou no convívio social, têm sido práticas adotadas nos ambientes de convívio de todos para que uma sociedade heterogênea seja formada, diminuindo cada vez mais o preconceito contra as minorias. Quanto à função da escola, é preciso que essa diversidade seja praticada e não reprimida. A diferença precisa ser lidada como algo normal e não como algo que precisa ser ajustado. Para que isso aconteça, o corpo docente necessita estar preparado para lidar com essas questões abertamente em salas de aula para promover a igualdade do ser e do saber. É importante que a escola trabalhe com uma educação multicultural, para que todos entendam a pluralidade dos valores culturais e todos os alunos estejam preparados para encarar as diferentes que o mundo globalizado, hoje, oferece. 8 5 DE SEGREGAÇÃO À INCLUSÃO A educação especial demorou a ser vista como algo possível. No século XVI as pessoas com deficiências físicas e mentais só eram acolhidas pela igreja por também serem filhos de Deus, mas eram mantidos longe dos olhos da sociedade. Ernicéia Gonçalves Mendes (2006, p.1) frisa que a segregação era baseada na crença de que eles seriam mais bem atendidos em suas necessidades educacionais se ensinados em ambientes separados. Somente no século XIX as pessoas começaram a ser encaminhadas para as classes especiais em escolas regulares. Nos anos 60 os movimentos sociais humanitários mobilizaram a sociedade, apontando as causas negativas da segregação e da marginalização, aonde nos anos 70 a primeira escola inclusiva foi propriamente pensada. Na procura de promover acesso à educação para todos, incluindo os portadores de deficiência, houve a Conferência Mundial sobre princípios, política e prática na área das necessidades especiais, onde surgiu a Declaração de Salamanca (1994, p.1) que diz em um dos seus tópicos: As escolas regulares seguindo esta orientação inclusiva constituem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e solidárias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos; além disso, proporcionam uma educação adequada à maioria das crianças e promovem a eficiência, numa óptima relação custo-qualidade, de todo o sistema educativo. 9 6 ESCOLA INCLUSIVA E SUA POSTURA FRENTE À HOMOGENEIDADE A educação inclusiva tem sido alvo de infinitas e intermináveis discussões desde os anos 70, porém nenhuma conclusão sobre o que é certo ou errado foi concluída. Há tempos está em pauta sobre o que fazer e como fazer com as pessoas com necessidades especiais, mas a realidade é que ninguém conseguiu até hoje estabelecer regras, ambientes e situações que pudessem atender a todas as necessidades dessas pessoas. A batalha pela inclusão social nas escolas tem sido longa, onde os portadores de necessidades sofreram muito ao longo dos anos por terem sido julgados doentes, incapazes e inferiores. O termo inclusão já traz implícito a ideia de exclusão, pois só é possível incluir alguém que já foi excluído. A inclusão está respaldada na dialética inclusão/ exclusão, com a luta das minorias na defesa dos seus direitos (Marilú Mourão Pereira, 2008). Por mais que hoje essa necessidade seja clara para todos, ainda faltam recursos para que o Brasil desenvolva projetosonde os profissionais estejam preparados para atuar dentro da realidade da inclusão e haja homogeneidade dentro das salas de aula. 10 7 CONCLUSÃO Como podemos ver, ainda não há um modelo correto de escola inclusiva. Muitas medidas ainda precisam ser tomadas para que uma escola inclusiva seja ideal. Não somente por parte das pessoas da sociedade que precisam abrir os horizontes e aceitar todas as diferenças físicas e/ou mentais; o governo também precisa ser mobilizado para que os recursos sejam repassados para a preparação dos educadores que vão trabalhar nessas áreas e às escolas que vão receber os alunos. A padronização das escolas ainda está muito longe da realidade, mas com os esforços do público e governo, se juntos trabalharem, uma escola inclusiva pode virar modelo para que toda a sociedade tenha direitos iguais em todas as áreas, principalmente na educação que é um direito de todos. 11 REFERÊNCIAS PEREIRA, Marilú Mourão. Inclusão Escolar – Um desafio entre o ideal e o real. Disponível em: http://www.pedagobrasil.com.br/educacaoespecial/inclusaoescolar.htm Acesso em: setembro, 2015. Tesini, S. F. & Manzini, E. J. (1999). Perspectivas de professores que trabalham com deficientes mentais sobre a proposta de inclusão na rede oficial de ensino. Em E.J. Manzini (Org.). Integração do aluno com deficiência: perspectiva e prática pedagógica (pp.85-96) Marília: UNESP. MENDES, Enicéia Gonçalves. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v11n33/a02v1133.pdf Acesso em: setembro, 2015. UNESCO. Declaração de Salamanca sobre princípios, política e práticas na área de necessidades educativas especiais – 1994. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001393/139394por.pdf Acesso em: setembro, 2015. VAGULA, Edilaine; Vedoato, Sandra Cristina M. Educação Inclusiva e Língua Brasileira de Sinais. V126e. Londrina: Unopar, 2014. 208 p. 12 1 INTRODUÇÃO 2 Resumo sobre as principais ideias do texto 3 compreensão 4 questão social da escola, na questão da inclusão 5 de segregação à inclusão 6 ESCOLA INCLUSIVA E SUA POSTURA FRENTE À HOMOGENEIDADE 7 CONCLUSÃO REFERÊNCIAS