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LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE [Ano] Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 2 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE MATERIAL TEÓRICO Responsáveis pelo Conteúdo : Prof. Dr . João Luiz de Souza Lima Profa. Ms. Andréia de Carvalho Andrade Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 3 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde INTRODUÇÃO No contexto das empresas contemporâneas, os processos administrativos desempenham um papel de vital importância na estratégia e na sustentabilidade de qualquer empresa. Portanto, o estudo da Gestão em Saúde consiste numa ferramenta ideal e necessária para a compreensão da Administração como um todo dentro da moderna organização da saúde e está direcionada aos estudantes e profissionais das áreas saúde como um todo. Contém ainda, os procedimentos que os profissionais devem aplicar para incrementar os resultados gerenciais através das atividades envolvendo o processo de tomada de decisões. O estudo sobre a Gestão em Saúde tem como objetivos: 1. Conhecer a evolução de escolas e abordagem da Administração e seus reflexos; 2. Apresentar princípios e conceitos das Teorias da Administração nas organizações modernas da área da saúde; 3. Abordar as novas funções do Administrador em Organizações da Saúde frente aos desafios de gestão das organizações contemporâneas; 4. Relacionar a evolução dos modelos de gestão empresarial e tendências das organizações para o futuro; 5. Definir e buscar as melhorias contínuas relativas aos processos administrativos e gerenciais das organizações da saúde do século XXI; 6. Entender o contexto que envolve as organizações da saúde do século XXI; 7. Conhecer os paradigmas da Administração e as organizações que atuarão num mundo sem fronteiras; 8. Estudar as ideias dos Gurus da Administração, as quais se institucionalizaram nas organizações contemporâneas. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 4 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde Esta apostila está estruturada de acordo com o ementário e a bibliografia (básica e complementar) da disciplina de Gestão em Saúde, conforme os seguintes assuntos envolvidos: a) Conceitos e Definições de Organização e Administração; b) Cenário da Organização e da Administração; c) Evolução dos Valores da Administração; d) Teorias da Administração e seus Precursores; e) Funções do Administrador; f) Novas Abordagens da Administração; g) Gurus da Administração; h) Perspectivas da Administração. A expectativa do Campus Virtual da Universidade Cruzeiro do Sul é a de conduzir o assunto como uma excelente oportunidade de interação dos conceitos em torno das atividades administrativas e estratégicas da organização da saúde moderna. 1. LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE O convívio em sociedade exige um complexo de normas disciplinadoras que estabelecem regras indispensáveis ao convívio entre os indivíduos que a compõem. O conjunto dessas regras deve ser cumprido por todos, pois, do contrário, sanções podem ser aplicadas. (OGUISSO E SCHMIDT, 2010). Assim, é fundamental para a compreensão do cenário sócio político e econômico na saúde pública ou privada, a compreensão das Legislações que regem a assistência à saúde no Brasil. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 5 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde 1.1. Evolução Histórica da Legislação A relação das pessoas na sociedade são reguladas, por meio de normas e regras desde a Antiguidade. O mais antigo sistema de normas legais escritas no mundo foi estabelecido pelo Rei Hammurabi que foi gravado em um enorme bloco cilíndrico de pedra negra com cerca de 3.500 linhas. O Código de Hammurabi foi descrito há mais de 2000 anos e é composto por 282 artigos que, apesar de remontar a tantos anos, é considerado incrivelmente atual, tratando dos direitos da propriedade, da família, sucessões, penhora e até sobre proteção ao consumidor, que, no Brasil, é uma legislação muito recente. (OGUISSO E SCHMIDT, 2010). Figura 1 – Pedra contendo o Código de Hammurabi. Fonte: http://www.eduqueemotive.blogspot.com/2010_07_01_archive... 1.2. Conceituando a Legislação Como já foi mencionado anteriormente, o comportamento humano está sujeito a regras, criadas pelo próprio homem, a fim de manter o equilíbrio das relações entre os homens na sociedade. Assim, a normas e regras constituem as Leis que por sua vez em conjunto formam as Legislações. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 6 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde A figura 2 a seguir, estabelece um esquema específico envolvendo a constituição das normas e regras que irão formar as leis e, consequentemente, o conjunto de leis que é a própria legislação. Figura 2 – Constituição da Legislação. Fonte: Elaborado pelo Autor É importante destacar que todas as profissões, incluindo as de assistência à saúde, estão regulamentadas por leis ou normas jurídicas. Desta forma, é fundamental que este profissional possa conhecer as legislações que regulamentam suas ações. (OGUISSO E SCHMIDT, 2010). Este conhecimento permite determinação dos direitos e deveres que é fundamental uma vez que, no Decreto-Lei 4.675, de 04/09/1942 no Artigo 3º declara que “ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”. NORMAS E REGRAS LEIS Conjunto de leis é denominado LEGISLAÇÃO Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 7 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde Assim, é indesculpável ao profissional desconhecer as leis, e esse desconhecimento não o eximi, inclusive como cidadão, de cumpri-las rigorosamente. Este dispositivo do Decreto-lei encontra-se ratificado no Código Penal, Artigo 21, que estabelece que “o erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. (OGUISSO E SCHMIDT, 2010). Portanto, os Artigos constantes no Decreto Lei e no Código Penal estão ambos em vigor e estabelecem que: Desta forma, há que se questionar: Destaca-se o fato de que não se trata evidentemente de uma qualificação, capacidade ou aptidão física e nem mesmo técnica, mas LEGAL. OBVIAMENTE, a capacidade legal supõe capacidade técnica e profissional, mas só esta é insuficiente para o exercício legal da profissão. Assim, para instrumentalizá-los para o exercício legal da profissão na área da saúde, a seguir serão destacadas as principais Legislações que regem a assistência à saúde. 1.3. Principais Legislações Aplicadas à Saúde Embora as profissões estarem devidamente regulamentadas, é preciso compreender que como cidadãos, todos os profissionais que atuam na saúde “O DESCONHECIMENTO DALEI É INESCUSÁVEL” Quais as qualificações e condições para o exercício legal da profissão? Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 8 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde estão sujeitos às leis que regem a sociedade em que vivem, como a Constituição Federal, os Códigos Civil e Penal, o Código de Defesa e Proteção do Consumidor e demais legislações que regem o Direito e os direitos. (OGUISSO,2005). É necessário ressaltar que não é suficiente a capacitação técnico- científica, é imprescindível que cada profissional que atua na saúde conheça as legislações vigentes em nosso país e em cada profissão, sabendo utilizá-las para a defesa de um exercício profissional ético e seguro à clientela. Desta forma, serão destacadas aqui algumas Legislações fundamentais para o exercício profissional na saúde, dentre elas destacam-se o Código Penal Brasileiro, o Código Civil, a Lei n.10.241 de 17 de março de 1999 que destaca os direitos dos usuários dos serviços e ações de saúde do Estado de São Paulo; a Lei 8080, a Lei 8142 – Lei Orgânica, a Lei n.8.078 de 11 de setembro de 1990 que dispõe sobre a proteção e defesa do consumidor; e a Norma Regulamentadora 32. 1.4. Conhecendo as Legislações Existem legislações que devem nortear o desenvolvimento das atividades de atenção à saúde, nelas são apresentados os direitos dos usuários bem como as possíveis penalidades impostas ao profissional que não as observar. Contudo, ressalta-se que, estudos têm demonstrado a necessidade de propiciar ambiente seguro, com disponibilidade de recursos humanos e físicos, investimentos em educação e reciclagem, em farmacologia e técnicas de administração de drogas, por exemplo, como medidas necessárias a ser implantadas pelos serviços de enfermagem, tendo o respaldo e o apoio institucional a fim de evitar a exposição da vida e a segurança do cliente. É um direito de o profissional atualizar-se, e uma obrigação da instituição facilitar essa prática. Porém, é de fundamental importância que os profissionais busquem atualização contínua a fim de prestarem atendimento tendo um melhor preparo e assim garantir uma assistência segura. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 9 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde Desta forma, destaca-se que a prevenção por meio de atualizações e aprimoramento profissional, será menos dispendioso às empresas de saúde, do que gastar com indenizações judiciais decorrentes de danos e imperícias profissionais. Assim, se faz necessário uma busca contínua pelo combate ao despreparo técnico, às más condições de trabalho e remuneração insuficiente, o que leva à dupla jornada de trabalho e expõe o profissional a um risco contínuo ao erro. A seguir serão apresentadas algumas das legislações que devem nortear as atividades na área da saúde. 1.4.1. Código Penal Brasileiro No Código Penal Brasileiro há destaque para a punição nas situações de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, quando se deixa de prestar imediato socorro à vítima ou quando não há movimento na busca de diminuir as consequências do seu ato. Destaca-se que, não raramente os profissionais de saúde são envolvidos em casos de homicídios culposos se o crime resultar de negligência, imprudência ou a falta de observância das regras técnicas da profissão. (OGUISSO,2005). Existe ainda a possibilidade dos profissionais de saúde serem, acusados de participação em suicídio, quando de alguma maneira contribuir para o fato. Podendo ocorrer acusação sobre a conduta profissional, no sentido de instigar, induzir ou mesmo auxiliar materialmente o paciente a se matar. (OGUISSO,2005). Assim, espera-se que os profissionais de saúde respeitem os clientes independentes do estado em que se encontrem. É necessário conhecer a fisiopatologia bem como, identificar como o cliente tem enfrentado o diagnóstico, tratamento, cuidados, gravidade do caso, suas possibilidades sendo, apoio para o cliente, familiar e amigos. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 10 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde Espera-se que o profissional tenha sensibilidade para lidar com o cliente, que o conheça e saiba respeitar o momento de dizer-lhe a verdade sobre o diagnóstico, as complicações do tratamento, o prognóstico e as possibilidades, ainda que remotas de cura. Assim, espera-se que não haja quebra da confiança que deve existir entre ambos. Outra possibilidade é da ocorrência de lesões corporais aos clientes hospitalizados, que podem ser consideradas leves (o dano não deixa seqüela nem incapacitação para as ocupações habituais por mais de trinta dias); graves (ocorre incapacidade para as ocupações habituais por mais de trinta dias, podendo provocar perigo de vida ou debilidade permanente de algum membro, sentido ou função); gravíssimas (quando ocorre incapacidade permanente) ou seguidas de morte. (OGUISSO, 2005). Destaca-se que a equipe de enfermagem pode ser acusada de expor a vida do cliente a perigo direto ou iminente conforme exposto nos artigos a seguir: Artigo 132 “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto ou iminente.” Artigo 136 “expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis.” Há que se destacar ainda outros delitos que podem ser praticados por qualquer profissional da área de saúde como apresentados nos artigos identificados a seguir: Artigo 133 “abandonar pessoa que esta sob seus cuidados, guarda vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono, sendo delito que pode resultar em lesão corporal grave ou mesmo a morte.” Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 11 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde Artigo 135 “omissão de socorro é uma imputação grave sobre o profissional que tem o dever de prestar assistência.” 1.4.2. Código Civil Brasileiro O Código Civil Brasileiro define como negligência a falta de atenção e a imperícia como decorrente da deficiência ou ausência de conhecimento, de falta de habilidade e destreza. Destaca ainda que, a imprudência resulta de atitude precipitada, sem avaliação das suas possíveis conseqüências. O Artigo 186 do Código Civil prevê: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar o direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” Destaca-se que o dano consiste no prejuízo resultante da lesão a um direito alheio. 1.4.3. Lei Nº. 8080, de 19 de Setembro de 1990 Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondente. (CONSELHO FEDERAL DE SAÚDE, 2008). 1.4.4. Lei Orgânica da Saúde Nº. 8.142, de 28 de dezembro de 1990 Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. (CONSELHO FEDERAL DE SAÚDE, 2008). 1.4.5. Lei Nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990 Dispõe sobre a proteção e defesado consumidor que passa a contar com um poderoso instrumento de defesa dos seus direitos. Assim, recomenda-se ao profissional de saúde defender-se da acusação que o cliente (consumidor) lhe Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 12 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde faz, comprovando que não falhou e não causou dano ou risco de dano ao mesmo. (OGUISSO,2005). Destaca-se, contudo, que, a responsabilização pelo dano causado pode ocorrer independente da comprovação de culpa do profissional, levando-se em conta o princípio da vulnerabilidade da vítima. Assim, o legislador busca a proteção do cliente/consumidor, quando considerado a parte mais fraca na relação do consumo. Destaca-se ainda que, a responsabilidade ética pressupõe a existência de infração ética, ou seja, ofensa às normas norteadoras da conduta ética esperada para o profissional . A responsabilidade civil pressupõe a existência de dano e de culpa, ou seja, esse tipo de responsabilidade existe quando o profissional age de forma negligente, imperita ou imprudente e, dessa maneira, expõe o cliente a riscos ou mesmo a prejuízos. Já a responsabilidade penal é pessoal e intransferível, ou seja, o indivíduo que comete um crime, em função de sua atividade profissional, não pode ver transferida a responsabilidade pelo ilícito a outrem, a terceiro (ao colega ou à instituição em que trabalha). 1.4.3. Norma Regulamentadora (NR) – 32 Esta Norma Regulamentadora tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade. (BRASIL,2005) Os estabelecimentos de assistência à saúde podem expor os profissionais que ali atuam a várias situações de risco que muitas vezes são deixados de Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 13 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde lado. Em muitas situações os profissionais deixam de utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI) mesmo sabendo que sua profissão o expõe a vários agentes de risco.(FAGUNDES,2009; ROBAZZI,2004) Os riscos podem ser biológicos, físicos, químicos, psicossociais e ergonômicos. A convivência com estes riscos predispõe os trabalhadores a se tornarem enfermos e a sofrerem acidentes de trabalho, quando não adotadas medidas de segurança. (FAGUNDES,2009; ROBAZZI,2004). Frente à possibilidade de exposição a tantos riscos, o profissional de saúde deve atentar-se a cumprir e fazer cumprir a NR-32 nos estabelecimentos de saúde, prestando uma assistência adequada não só a quem cuida, mas também ao cuidador. O que se pretendeu aqui não foi esgotar as discussões sobre as legislações, mas dar um panorama mínimo das principais legislações vigentes em nosso país que regem as ações dos profissionais de saúde. Devemos lembrar que, ao escolher trabalhar nesta área, esta escolha vem recheada de normas e rotinas, necessárias para uma assistência de excelência e para a GARANTIA DA QUALIDADE DE VIDA. O Profissional da Área da Saúde não deve ter dúvidas, mesmo aquele que esta adentrando em uma área que é apaixonante, pelas possibilidades de atuação junto ao ser humano, no qual, a atuação profissional pode ser o diferencial na qualidade, no restabelecimento, na minimização de sofrimento na vida dos respectivos clientes/pacientes. Sim! Falamos aqui em Clientes. Hoje mais do que nunca a Área da Saúde vive esta relação de oferta e prestação de serviço, mas este fato não tira o brilho e a importância das atividades desenvolvidas nesta área, muito pelo contrário, é necessário que possam ver nesta relação uma forma de controle social no desenvolvimento das atividades que com certeza poderão trazer benefícios aos profissionais, por meio da exigência de condições para uma adequada atuação profissional. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 14 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde 2. PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO Não é novidade dizer que as organizações mudaram muito nos últimos anos. Hoje o capital é nômade, não tem raízes claras. O lucro nem sempre fica no lugar onde foi gerado. As organizações buscam atingir metas cada vez mais agressivas, e menos gente faz com que isso aconteça. Grandes estruturas, poucas pessoas. A Tecnologia da Informação (TI) possibilitou isso em um curto espaço de tempo. Já é possível a existência de estruturas pequenas operando globalmente e atingindo resultados inimagináveis até poucas décadas atrás. A rapidez das mudanças tecnológicas e a abertura comercial no Brasil, a partir da década de 1990, geraram um descompasso cultural. Nem todos se acostumaram a essas mudanças. Mas a adaptação é necessária. O mundo mudou As pessoas mudaram. O mercado mudou. E principalmente nossos clientes mudaram. Hoje o mercado se movimenta rápido, e poucos analistas conseguem fazer previsões que vão além do futuro imediato. Empresas que elaboraram planos de negócio visando atingir resultados em cinco ou dez anos são raras, talvez apenas algumas entre as maiores e mais bem-estruturadas. Na maioria das situações que vivemos existe algum tipo de negociação. Estas negociações envolvem não só relacionamentos comerciais, mas também os relacionamentos sociais e familiares. Negocia-se com os fornecedores sobre as condições de fornecimento, com os bancos sobre empréstimos, com os empregados sobre os salários que serão pagos em determinado período, com os clientes sobre as condições de pagamento e assim por diante. O Processo de Negociação visa superar possíveis conflitos e ao mesmo tempo obter para a empresa o melhor resultado possível da negociação. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 15 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde As Etapas do Processo de Negociação envolvem o planejamento da negociação, a condução da negociação e o acompanhamento e a avaliação da informação. 2.1. O Planejamento da Negociação O Planejamento da Negociação envolve as seguintes fases consagradas do Processo Administrativo: Efetuar um histórico das relações de negociação já efetuadas com a outra parte (cliente ou fornecedor); Analisar as características pessoais do outro negociador (envolvendo o cliente ou o fornecedor); Definir os resultados desejados; Definir os objetivos críticos; Analisar e definir os objetivos e as necessidades da outra parte (envolvendo o cliente ou o fornecedor); Definir os valores e motivações do outro negociador (envolvendo o cliente ou o fornecedor); Analisar a relação de forças entre os dois negociadores; Determinar quais os pontos que podem constituir-se em conflitos pessoais; Selecionar a estratégia e as táticas que serão adotadas na negociação; Criar um plano de concessões; Simular a negociação; Gerar uma melhor opção para uma alternativa não negociada. 2.2. A Condução da Negociação: É importanteefetuar um bom planejamento da execução da negociação. Todos os cuidados tomados durante a fase de planejamento podem ser postos a perder caso sejam cometidos erros na negociação propriamente dita. Na Condução da Negociação é importante seguir as seguintes fases: Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 16 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde Criar um clima amigável para a negociação; Informar os objetivos da negociação; Obter de concordância para o prosseguimento; Definir as regras a serem utilizadas; Obter informações sobre as necessidades da outra parte; Testar a validade das premissas analisadas na fase de planejamento; Verificar os valores mais relevantes; Descrever o negócio que está sendo proposto; Ressaltar os pontos que estão em consonância com os valores descobertos; Apresentar os problemas que serão resolvidos com a solução proposta; Em todos os tópicos, sempre que surgirem divergências deve-se procurar enfrentá-las de modo honesto e aberto; Levantar dúvidas potenciais e respondê-las; Prestar atenção aos sinais de fechamento; Propor fechamento. 3.3. O Acompanhamento e a Avaliação da Negociação: O Acompanhamento e a Avaliação da Negociação podem ser decompostos nas seguintes etapas: Montar programa de implantação dos compromissos assumidos; Acompanhar os custos e os prazos da implantação; Corrigir desvios; Comparar a diferença entre os objetivos previstos e os realizados; Avaliar os passos utilizados na negociação; Fazer uma auto-avaliação das atitudes tomadas durante a negociação; Avaliar o comportamento do outro negociador; Analisar o outro negociador procurando definir o seu estilo. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 17 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde CONSIDERAÇÕES FINAIS Vimos o quanto a Legislação na Área da Saúde é importante, além dos seus componentes que afetam decisivamente a estratégia e o planejamento das organizações que vivem a saúde. O Processo de Negociação, por sua vez, deve ser aplicado pelos Profissionais da Área da Saúde. A Tecnologia da Informação (TI) deve ser uma ferramenta de apoio estratégico na condução das atividades de Gestão em Saúde, principalmente no que se refere às atividades de longo prazo, atendendo objetivos empresariais e comerciais da organização. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 18 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde REFERÊNCIAS BRASIL. NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços De Saúde. 2005. Disponível em: http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_32.pdf. CONSELHO FEDERAL DE SAÚDE. Cartilha para orientação dos Conselheiros de Saúde. Disponível em: http://www.conselho.saude.sp.gov.br/resources/ces/cartilha.pdf. FAGUNDES, G. NR 32. Uma Realidade na Área Hospitalar. Disponível em: http://www.ssaguiar.com/Artigos-%7C%7C-Articles/Sa%C3%BAde-e-Beleza/nr-32-uma- realidade-na-area-hospitalar.html OGUISSO, T.; SCHMIDT, M. J. O Exercício da Enfermagem: uma abordagem ético- legal. 3ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2010. OGUISSO, T. Trajetória Histórica e Legal da Enfermagem. Barueri, SP: Manole,2005. ROBAZZI, M. L. C. C; MARZIALE, M. H. P. A Norma Regulamentadora 32 e suas Implicações sobre os Trabalhadores de Enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 12, n. 5, out. 2004 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 11692004000500019&lng=pt&nrm=iso>. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Orientações para Conselheiros de Saúde.http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/comunidades/biblioteca_tcu/biblio teca_digital/Cartilha%20orienta%C3%A7%C3%B5es%20conselheiros%20da%20sa%C 3%BAde_completo.pdf. LIMA, J. S. L. Proposta Metodológica para a Implementação da Reengenharia de Processos em Empresas dos Segmentos Químico e Petroquímico Brasileiro. Dissertação de Mestrado defendida na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 26 de agosto de 1996. LIMA, J. S. L. Tecnologia, Novas Formas de Gerenciamento e Desemprego Industrial. Tese de Doutorado defendida na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 14 de maio de 2003. Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br 19 Unidade: Colocar o nome da unidade aqui Legislação aplicada à Saúde Anotações _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________www.cruzeirodosul.edu.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000 Campus Virtual Cruzeiro do Sul | www.cruzeirodovirtual.com.br
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