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Gestão em Saúde
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Raquel Josefina de Oliveira Lima
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Legislação Aplicada à Saúde 
• Introdução;
• Legislação Aplicada à Saúde;
• Processo de Negociação.
 · Conhecer as Legislações necessárias à atuação profissional na Área 
da Saúde para uma atuação profissional livre de danos e imperícias;
 · Prestar atenção à evolução histórica da Legislação;
 · Conceituação da legislação, bem como das principais legislações 
aplicadas à Saúde.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Legislação Aplicada à Saúde
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Legislação Aplicada à Saúde 
Introdução
Para atuar na gestão dos serviços de saúde é necessário o conhecimento relativo 
às legislações que regem a atuação profissional neste cenário. É de fundamental 
importância que o profissional tenha competência para atuar de forma segura e este 
fato só se concretiza quando cada profissional sabe exatamente suas competências, 
direitos e deveres.
Legislação Aplicada à Saúde
O convívio em Sociedade exige um complexo de normas disciplinadoras que 
estabelecem regras indispensáveis ao convívio entre os indivíduos que a compõem. 
O conjunto dessas regras deve ser cumprido por todos, pois, do contrário, sanções 
podem ser aplicadas (OGUISSO; SCHMIDT, 2010).
Figura 1 
Fonte: iStock/Getty Images
Assim, é fundamental para a compreensão do cenário sociopolítico e econô-
mico, na Saúde Pública ou Privada, a compreensão das Legislações que regem a 
Assistência à Saúde no Brasil.
Evolução Histórica da Legislação
A relação das pessoas na sociedade é regulada por 
meio de normas e regras desde a Antiguidade. O mais 
antigo sistema de normas legais escritas no mundo que 
se conhece foi estabelecido pelo Rei Hammurabi e foi 
gravado num enorme bloco cilíndrico de pedra negra, 
com cerca de 3.500 linhas.
O Código de Hammurabi foi descrito há mais de 
2000 anos e é composto por 282 Artigos que, apesar 
de remontar há tantos anos, é considerado incrivelmen-
te atual, tratando de direitos da propriedade, da família, 
de sucessões, de penhora e até mesmo sobre proteção 
ao consumidor, que, no Brasil, é uma Legislação muito 
recente (OGUISSO; SCHMIDT, 2010).
Figura 2 – Pedra contendo 
o Código de Hammurabi
Fonte: Wikimedia Commons
8
9
Conceituando a Legislação
Figura 3
Fonte: iStock/Getty Images
Como já mencionado, o comportamento humano 
está sujeito a regras, criadas pelo próprio homem, a fim 
de manter o equilíbrio das relações entre os indivíduos 
em Sociedade.
Assim, as normas e regras constituem as Leis que, por 
sua vez, em conjunto, formam as Legislações.
A figura 4 apresenta um esquema específico que en-
volve a constituição das normas e das regras que irão 
formar as leis; consequentemente, o conjunto de Leis que 
é a própria Legislação.
É importante destacar que todas as profissões, incluin-
do as de Assistência à Saúde, estão regulamentadas por 
Leis ou normas jurídicas. Dessa forma, é fundamental 
que esse profissional possa conhecer as legislações que 
regulamentam suas ações (OGUISSO; SCHMIDT, 2010).
Normas e Regras
LEIS
Conjunto de Leis
é denominado
LEGISLAÇÃO
Figura 4
Esse conhecimento permite a determinação dos direitos e deveres, que é 
fundamental, vez que, o Decreto-Lei 4.675, de 04/09/1942, no Artigo 3º, declara 
que “ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”. 
Assim, é indesculpável ao Profissional desconhecer as Leis, e esse desconhecimento 
não o exime, inclusive como cidadão, de cumpri-las rigorosamente. 
Esse dispositivo do Decreto-lei encontra-se ratificado no Código Penal, Artigo 
21, que estabelece que “O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de 
pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço (OGUISSO; SCH-
MIDT, 2010).
Os Artigos constantes no Decreto-lei e no Código Penal estão ambos em vigor 
e estabelecem que:
9
UNIDADE Legislação Aplicada à Saúde 
“O DESCONHECIMENTO DA LEI É INESCUSÁVEL.”
Dessa forma, há de se questionar:
Quais as qualificações e as condições para o exercício legal da profissão?
Ex
pl
or
Destaca-se o fato de que não se trata evidentemente de uma qualificação, 
capacidade ou aptidão física, e nem mesmo técnica, mas LEGAL.
OBVIAMENTE, a capacidade legal supõe capacidade técnica e profissional, mas 
só esta é insuficiente para o exercício legal da profissão.
Assim, para instrumentalizá-los para o exercício legal da profissão na área da saúde, 
a seguir serão destacadas as principais Legislações que regem a Assistência à Saúde.
Principais Legislações Aplicadas à Saúde
Embora as profissões estejam devidamente regulamentadas, é preciso compre-
ender que, como cidadãos, todos os Profissionais que atuam na Saúde estão sujei-
tos às Leis que regem a Sociedade em que vivem, como a Constituição Federal, os 
Códigos Civil e Penal, o Código de Defesa e Proteção do Consumidor e as demais 
Legislações que regem o Direito e os direitos (OGUISSO, 2005).
É necessário ressaltar que não é suficiente a capacitação técnico-científica; é 
imprescindível que cada profissional que atua na Saúde conheça as Legislações 
vigentes em nosso país e em cada profissão, sabendo utilizá-las para a defesa de 
um exercício profissional ético e seguro para clientela.
Dessa forma, serão destacadas aqui algumas Legislações fundamentais para o 
Exercício Profissional na Saúde. Entre elas, destacam-se o Código Penal Brasileiro, 
o Código Civil, a Lei no. 10.241, de 17 de março de 1999, que destaca os direitos 
dos usuários dos Serviços e Ações de Saúde do Estado de São Paulo; a Lei no. 
8.080, a Lei no. 8.142 – Lei Orgânica, a Lei no. 8.078, de 11 de setembro de 
1990, que dispõe sobre a Proteção e Defesa do Consumidor; e a Norma Regula-
mentadora 32.
Conhecendo as Legislações
Existem Legislações que devem nortear o desenvolvimento das atividades de 
atenção à Saúde; nelas são apresentados os direitos dos usuários, bem como as 
possíveis penalidades impostas ao profissional que não as observar.
10
11
Contudo, ressalta-se que estudos têm demonstrado a necessidade de propiciar 
ambiente seguro, com disponibilidade de recursos humanos e físicos, investimentosem Educação e reciclagem, em Farmacologia e em Técnicas de administração 
de drogas, por exemplo, como medidas necessárias a serem implantadas pelos 
Serviços de Enfermagem, tendo o respaldo e o apoio institucional, a fim de evitar 
a exposição da vida e a segurança do cliente.
É direito do profissional atualizar-se, e obrigação da Instituição facilitar essa prá-
tica. Porém, é de fundamental importância que os profissionais busquem atualiza-
ção contínua a fim de prestarem atendimento, tendo o melhor preparo e, assim, 
garantindo uma assistência segura.
Dessa forma, destaca-se que a prevenção por meio de atualizações e aprimora-
mento profissional será menos dispendiosa às Empresas de Saúde do que gastar 
com indenizações judiciais decorrentes de danos e imperícias profissionais. 
Assim, faz-se necessária uma busca contínua pelo combate ao despreparo 
técnico, às más condições de trabalho e à remuneração insuficiente, o que leva à 
dupla jornada de trabalho e expõe o profissional a risco contínuo ao erro. 
A seguir, serão apresentadas algumas das Legislações que devem nortear as 
atividades na Área da SAÚDE.
Código Penal Brasileiro
No Código Penal Brasileiro, há destaque para a punição nas situações de 
inobservância de regra Técnica de Profissão, Arte ou Ofício, quando se deixa de 
prestar imediato socorro à vítima ou quando não há movimento na busca de diminuir 
as consequências do seu ato. Destaca-se que, não raramente, os profissionais de 
saúde são envolvidos em casos de homicídios culposos se o crime resultar de 
negligência, imprudência ou falta de observância das regras técnicas da profissão 
(OGUISSO, 2005).
Existe, ainda, a possibilidade de os profissionais de saúde serem acusados de 
participação em suicídio quando, de alguma maneira, contribuírem para o fato, 
podendo ocorrer acusação sobre a conduta profissional, no sentido de instigar, 
induzir ou mesmo auxiliar materialmente o paciente a se matar (OGUISSO, 2005).
Assim, espera-se que os Profissionais de Saúde respeitem os clientes independente 
do estado em que se encontrem. 
É necessário conhecer a fisiopatologia, bem como identificar como o cliente tem 
enfrentado o diagnóstico, o tratamento, os cuidados, a gravidade do caso e suas 
possibilidades sendo apoio para o cliente, para o familiar e para os amigos.
11
UNIDADE Legislação Aplicada à Saúde 
Espera-se que o profissional tenha sensibilidade para lidar com o cliente, que 
o conheça e saiba respeitar o momento de lhe dizer a verdade sobre o diagnósti-
co, as complicações do tratamento, o prognóstico e as possibilidades, ainda que 
remotas de cura. Assim, espera-se que não haja quebra da confiança que deve 
existir entre ambos. 
Outra possibilidade é a ocorrência de lesões corporais nos clientes hospitalizados, 
que podem ser consideradas leves (o dano não deixa sequela nem incapacitação 
para as ocupações habituais por mais de trinta dias); graves (ocorre incapacidade 
para as ocupações habituais por mais de trinta dias, podendo provocar perigo de 
vida ou debilidade permanente de algum membro, sentido ou função); gravíssimas 
(quando ocorre incapacidade permanente) ou seguidas de morte (OGUISSO, 2005).
Destaca-se que a Equipe de Enfermagem pode ser acusada de expor a vida do clien-
te a perigo direto ou iminente, conforme disposto nos artigos que se expõe a seguir:
Artigo 132
“Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto ou iminente.”
Artigo 136
“Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda 
ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer 
privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis.”
Há de se destacar, ainda, outros delitos que podem ser praticados por qualquer 
profissional da Área de Saúde como apresentados nos Artigos identificados a seguir:
Artigo 133
“Abandonar pessoa que está sob seus cuidados, guarda vigilância ou 
autoridade e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos 
resultantes do abandono, sendo delito que pode resultar em lesão corporal 
grave ou mesmo a morte.”
Artigo 135
“Omissão de socorro é uma imputação grave sobre o profissional que tem 
o dever de prestar assistência.”
Código Civil Brasileiro
O Código Civil Brasileiro define como negligência a falta de atenção e a 
imperícia como decorrente da deficiência ou ausência de conhecimento, de falta 
de habilidade e destreza. Destaca, ainda, que a imprudência resulta de atitude 
precipitada, sem avaliação das suas possíveis consequências.
O Artigo 186 do Código Civil prevê: “Aquele que, por ação ou omissão 
voluntária, negligência ou imprudência, violar o direito e causar dano a outrem, 
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
Destaca-se que o dano consiste no prejuízo resultante da lesão a um direito alheio.
12
13
Lei nº. 8080, de 19 de setembro de 1990
Consulte: https://goo.gl/twYSz
Ex
pl
or
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da Saúde, 
a organização e o funcionamento dos serviços correspondente (CONSELHO FE-
DERAL DE SAÚDE, 2008).
Lei Orgânica da Saúde nº. 8.142, de 28 de dezembro de 1990
Consulte: https://goo.gl/6SOIMy
Ex
pl
or
Dispõe sobre a proteção e a defesa do consumidor, que passa a contar com 
um poderoso instrumento de defesa dos seus direitos. Assim, recomenda-se ao 
Profissional de Saúde defender-se da acusação que o cliente (consumidor) lhe faz, 
comprovando que com ele não falhou e a ele não causou dano ou risco de dano 
(OGUISSO, 2005).
Destaca-se, contudo, que a responsabilização pelo dano causado pode ocorrer 
independente da comprovação de culpa do profissional, levando-se em conta o 
princípio da vulnerabilidade da vítima. Assim, o legislador busca a proteção do 
cliente/consumidor, quando considerado a parte mais fraca na relação do consumo.
Destaca-se, ainda, que a responsabilidade ética pressupõe a existência de 
infração ética, ou seja, ofensa às normas norteadoras da conduta ética esperada 
para o profissional. A responsabilidade civil pressupõe a existência de dano e de 
culpa, ou seja, esse tipo de responsabilidade existe quando o profissional age de 
forma negligente, com imperícia ou imprudente e, dessa maneira, expõe o cliente 
a riscos ou mesmo a prejuízos.
Já a responsabilidade penal é pessoal e intransferível, ou seja, o indivíduo que 
comete um crime, em função de sua atividade profissional, não pode ver transferida 
a responsabilidade pelo ilícito a outrem, a terceiro (ao colega ou à Instituição em 
que trabalha).
Norma Regulamentadora (NR) – 32
Essa Norma Regulamentadora tem por finalidade estabelecer as diretrizes 
básicas para a implementação de Medidas de Proteção à Segurança e à Saúde dos 
Trabalhadores dos Serviços de Saúde, bem como daqueles que exercem atividades 
de Promoção e Assistência à Saúde em geral.
Para fins de aplicação dessa NR, entende-se por Serviços de Saúde qualquer 
edificação destinada à prestação de Assistência à Saúde da população e todas as 
13
UNIDADE Legislação Aplicada à Saúde 
ações de Promoção, Recuperação, Assistência, Pesquisa e Ensino em Saúde em 
qualquer nível de complexidade (BRASIL, 2005)
Os Estabelecimentos de Assistência à Saúde podem expor os profissionais que 
ali atuam a várias situações de risco que, muitas vezes, são deixados de lado. 
Em muitas situações os profissionais deixam de utilizar os Equipamentos de 
Proteção Individual (EPI) mesmo sabendo que sua profissão os expõe a vários 
agentes de risco (FAGUNDES, 2009; ROBAZZI, 2004).
Os riscos podem ser biológicos, físicos, químicos, psicossociais e ergonômicos. 
A convivência com estes riscos predispõe os trabalhadores a se tornarem enfermos 
e a sofrerem acidentes de trabalho, quando não adotadas medidas de segurança 
(FAGUNDES, 2009; ROBAZZI, 2004).
Frente à possibilidade de exposição a tantos riscos, o Profissional de Saúde deve 
ficar atento em cumprir e fazer cumprir a NR-32 nos Estabelecimentos de Saúde, 
prestando assistência adequada não só a quem cuida, mas também ao cuidador.
O que se pretendeuaqui não foi esgotar as discussões sobre as Legislações, mas 
dar um panorama mínimo das principais Legislações vigentes em nosso país que 
regem as ações dos Profissionais de Saúde.
Devemos lembrar que, ao escolher trabalhar nessa Área, a escolha vem reche-
ada de normas e rotinas, necessárias para uma assistência de excelência e para a 
GARANTIA DA QUALIDADE DE VIDA.
O Profissional da Área da Saúde não deve ter dúvidas de que está entrando numa 
área que é apaixonante, pelas possibilidades de atuação junto ao ser humano, na 
qual a atuação profissional pode ser o diferencial na qualidade, no restabelecimento, 
na minimização de sofrimento na vida dos respectivos clientes/pacientes.
Consulte: https://goo.gl/YlaCT
Ex
pl
or
Importante!
Falamos aqui em Clientes. Hoje, mais do que nunca, a Área da Saúde vive essa relação 
de oferta e prestação de serviço, mas esse fato não tira o brilho e a importância das 
atividades desenvolvidas na Área, muito pelo contrário; é necessário que possam ver 
nessa relação uma forma de controle social no desenvolvimento das atividades que, 
certamente, poderão trazer benefícios aos profissionais, por meio da exigência de 
condições para a adequada atuação profissional.
Importante!
14
15
Processo de Negociação
Não é novidade dizer que as Organizações mudaram muito nos últimos anos. 
Hoje, o capital é nômade, não tem raízes claras. O lucro nem sempre fica no lugar 
onde foi gerado. As organizações buscam atingir metas cada vez mais agressivas, e 
menos gente faz com que isso aconteça. Grandes estruturas, poucas pessoas.
A Tecnologia da Informação (TI) possibilitou isso num curto espaço de tempo. 
Já é possível a existência de estruturas pequenas operando globalmente e atingindo 
resultados inimagináveis até poucas décadas atrás.
A rapidez das mudanças tecnológicas e a abertura comercial no Brasil, a partir 
da década de 1990, geraram descompasso cultural. 
Nem todos se acostumaram a essas mudanças, mas a adaptação é necessária. 
O mundo mudou. As pessoas mudaram. O mercado mudou. E, principalmente, 
nossos clientes mudaram.
Hoje, o Mercado se movimenta rápido, e poucos analistas conseguem fazer 
previsões que vão além do futuro imediato. Empresas que elaboraram planos de 
negócio visando a atingir resultados em cinco ou dez anos são raras, talvez apenas 
algumas entre as maiores e mais bem-estruturadas.
Na maioria das situações que vivemos existe algum tipo de negociação. Essas 
negociações envolvem não só relacionamentos comerciais, mas, também, os 
relacionamentos sociais e familiares. 
Negocia-se com os fornecedores sobre as condições de fornecimento, com os 
Bancos sobre empréstimos, com os empregados sobre os salários que serão pagos 
em determinado período, com os clientes sobre as condições de pagamento, e 
assim por diante.
O Processo de Negociação visa a superar possíveis conflitos e, ao mesmo 
tempo, obter para a Empresa o melhor resultado possível da negociação. 
As Etapas do Processo de Negociação envolvem o planejamento da 
negociação, a condução da negociação e o acompanhamento e a avaliação 
da informação.
O Planejamento da Negociação
O Planejamento da Negociação envolve as seguintes fases consagradas do 
Processo Administrativo:
15
UNIDADE Legislação Aplicada à Saúde 
• Efetuar um histórico das relações de negociação já efetuadas com a outra parte 
(cliente ou fornecedor);
• Analisar as características pessoais do outro negociador (envolvendo o cliente 
ou o fornecedor);
• Definir os resultados desejados;
• Definir os objetivos críticos;
• Analisar e definir os objetivos e as necessidades da outra parte (envolvendo o 
cliente ou o fornecedor);
• Definir os valores e as motivações do outro negociador (envolvendo o cliente 
ou o fornecedor);
• Analisar a relação de forças entre os dois negociadores;
• Determinar quais os pontos que podem constituir conflitos pessoais;
• Selecionar a estratégia e as táticas que serão adotadas na negociação;
• Criar um plano de concessões;
• Simular a negociação;
• Gerar uma melhor opção para uma alternativa não negociada.
A Condução da Negociação
É importante efetuar um bom planejamento da execução da negociação. Todos 
os cuidados tomados durante a fase de planejamento podem ser postos a perder 
caso sejam cometidos erros na negociação propriamente dita. 
Na Condução da Negociação é importante seguir as seguintes fases:
• Criar um clima amigável para a negociação;
• Informar os objetivos da negociação;
• Obter a concordância para o prosseguimento;
• Definir as regras a serem utilizadas;
• Obter informações sobre as necessidades da outra parte;
• Testar a validade das premissas analisadas na fase de planejamento;
• Verificar os valores mais relevantes;
• Descrever o negócio que está sendo proposto;
• Ressaltar os pontos que estão em consonância com os valores descobertos;
• Apresentar os problemas que serão resolvidos com a solução proposta;
• Em todos os tópicos, sempre que surgirem divergências, deve-se procurar 
enfrentá-las de modo honesto e aberto;
• Levantar dúvidas potenciais e respondê-las;
16
17
• Prestar atenção aos sinais de fechamento;
• Propor fechamento.
O Acompanhamento e a Avaliação da Negociação
O Acompanhamento e a Avaliação da Negociação podem ser divididos nas 
seguintes etapas:
• Montar programa de implantação dos compromissos assumidos;
• Acompanhar os custos e os prazos da implantação;
• Corrigir desvios;
• Comparar a diferença entre os objetivos previstos e os realizados;
• Avaliar os passos utilizados na negociação;
• Fazer uma autoavaliação das atitudes tomadas durante a negociação;
• Avaliar o comportamento do outro negociador;
• Analisar o outro negociador, procurando definir o seu estilo.
Importante!
Vimos o quanto a Legislação na Área da Saúde é importante, além dos seus compo-
nentes, que afetam decisivamente a estratégia e o planejamento das Organizações que 
vivem a Saúde. 
O Processo de Negociação, por sua vez, deve ser aplicado pelos Profi ssionais da Área 
da Saúde. 
A Tecnologia da Informação (TI) deve ser uma ferramenta de apoio estratégico na con-
dução das atividades de Gestão em Saúde, principalmente, no que se refere às atividades 
de longo prazo, atendendo aos objetivos empresariais e comerciais da Organização. 
Em Síntese
17
UNIDADE Legislação Aplicada à Saúde 
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Auxiliar de enfermagem comete erro e corta parte do dedo de uma criança.
https://youtu.be/dA3rZoPv2kg
COREN-SP: Documentário sobre a Segurança do Paciente.
https://youtu.be/Pz4EVbbu-EU
 Leitura
Avaliação da qualidade da prescrição de medicamentos de um hospital de ensino
ARAUJO, Patrícia Taveira de Brito; UCHOA, Severina Alice Costa. Avaliação da 
qualidade da prescrição de medicamentos de um hospital de ensino, Ciênc. saúde 
coletiva [online], v.16, s.1, p.1107-1114. 
https://goo.gl/8HCGnF
Norma Regulamentadora – NR 32.
https://goo.gl/7NdMf9
18
19
Referências
BRASIL. NR 32. Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. 2005. 
Disponível em: <http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/
nr_32.pdf>. 
CONSELHO Federal de Saúde. Cartilha para orientação dos Conselheiros de 
Saúde. Disponível em: <http://www.conselho.saude.sp.gov.br/resources/ces/
cartilha.pdf>. FAGUNDES, G. NR 32. Uma Realidade na Área Hospitalar. Disponível 
em: <http://www.ssaguiar.com/Artigos-%7C%7C-Articles/Sa%C3%BAde-e-
Beleza/nr-32-uma-realidade-na-area-hospitalar.html>. 
OGUISSO, T.; SCHMIDT, M. J. O Exercício da Enfermagem: uma abordagem 
ético-legal. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2010. 
OGUISSO, T. Trajetória Histórica e Legal da Enfermagem. Barueri: Manole, 2005.
ROBAZZI, M. L. C. C.; MARZIALE, M. H. P. A Norma Regulamentadora 32 
e suas Implicações sobre os Trabalhadores de Enfermagem, Rev. Latino Am. 
Enfermagem, Ribeirão Preto, v.12, n.5, out. 2004. Disponível em: <http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692004000500019&lng=pt&nrm=iso>.
TRIBUNAL de Contas da União. Orientações para Conselheiros 
de Saúde. Disponível em: <http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/
portal/TCU/comunidades/biblioteca_tcu/biblioteca_digital/Cartilha%20
orienta%C3%A7%C3%B5es%20conselheiros%20da%20sa%C3%BAde_
completo.pdf>. 
LIMA, J. S. L. Proposta Metodológica para a Implementação da Reengenharia 
de Processos em Empresas dos Segmentos Químico e Petroquímico Brasileiro. 
1996. (Dissertação de Mestrado) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 
(PUC-SP). São Paulo, 1996.
______. Tecnologia, Novas Formas de Gerenciamento e Desemprego 
Industrial. 2003. (Tese de Doutorado) Pontifícia Universidade Católica de São 
Paulo (PUC-SP). São Paulo, 2003.
19

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