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Já a conciliação, é mais simples, célere e objetiva, que visa um acordo sobre uma controvérsia pontual, permitindo uma atuação mais contundente do conciliador, podendo dar sugestões e opinar desde que não cause constrangimento as partes, por isso é indicada para aqueles não tiveram vinculo anterior, (ALMEIDA e PANTOJA, 2015, p. 04).
Autocomposição ou conciliação de acordo com VEZZONI é aonde:
As próprias partes chegam a um acordo (transação) ou mesmo, “abrem mão” de seus direitos (renuncia, desistência ou reconhecimento jurídico do pedido), pondo fim ao processo. Nesses casos, o juiz nada decide, mas apenas confirma, (homologa), a vontade das partes.
Embora comunmente o juiz se preste a conciliar, nada impede que terceiros façam, inclusive na qualidade de conciliadores judiciais, que são auxiliares da justiça (art.149 do CPC). (VEZZONI, 2016, p.10).
Na conciliação o conciliador pode e deve fazer propostas, incentivando as partes a chegarem a um comum acordo, para que ambas as partes se satisfaçam com o fim da demanda de forma célere e simples.
Alem da já conhecida conciliação e mediação existe a possibilidade de as controvérsias serem levadas para uma câmera de arbitragem, onde um terceiro eleito pelas próprias partes capazes, inclusive a administração publica direta e indireta, em contrato escrito elegem a clausula compromissória, sobre um objeto disponível. E havendo lide o arbitro que devera obrigatoriamente ter conhecimento sobre o assunto em questão proferira uma sentença. A vantagem do arbitro é que este possui especialização na área de atuação muitas vezes de alta complexidade, (VEZZONI, 2016, p. 10).
Quanto à arbitragem:
[…] o que quer dizer, entretanto, é que a arbitragem não é uma solução mágica, daquelas que nós brasileiros, herdeiros legítimos do sebastianismo, adoramos acreditar. Ao contrario, as dificuldades para a multiplicação do uso da arbitragem e as desconfianças ainda persistentes quanto a realização de arbitragens no Brasil, demonstram que os meios alternativos de solução de conflitos não são um apanágio para os males de acesso à justiça, cuja defesa e alcance demandam construções cotidiana de soluções, (SILVA, 2005, p.16).
Tanto a Mediação como a Conciliação e a Arbitragem, são meios alternativos para a solução de conflitos. Eles buscam evitar que as demandas sejam levadas ao Juiz, sendo que assim seriam encerradas de forma célere e satisfatória sem somar as estatísticas de processos parados no judiciário, que por falta de estrutura para atender ao grande numero de demandas que todos os dias são lançados no sistema judiciário, acabam por demorar anos para uma decisão final.
A Arbitragem diferente da Mediação desenvolve-se fora do âmbito judicial, embora precise de sua cooperação para se manter como método eficaz de heterocomposição de conflitos, (MENEZES,2015, p.10).
4. BENEFÍCIOS DA MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO
O Novo Código de Processo Civil, de maneira inovadora enfrentando a atual situação do judiciário brasileiro, vem estimular o uso de mecanismos alternativos, regulamentando a Conciliação e Mediação judicial (MENEZES, 2015, p.07).
Porém esses meios alternativos por mais que sejam incentivados pelo legislador ainda encontram um certo preconceito para prosperar, esses meios ainda não inspiram tamanha confiança aos cidadãos, por mais que existam no mundo jurídico são pouco usados.
Diante disso é de fundamental importância que os operadores do direito demonstrem aos que procuram a justiça, essas formas diferenciadas de solução pacificam de conflitos, incentivando a pratica da conciliação e/ou mediação, nos casos em que não caiba a arbitragem.
Advogados e defensores públicos tem o importante papel ético de auxiliar as partes na compreensão adequada dos limites e possibilidades de suas pretensões, cumprindo a fundamental exigência deontológica da prevenção à formulação de demandas temerárias ou abusivas, dissociadas do postulado ético-jurídico da boa-fé e seus consectários lógico necessários, (FIGUEIREDO, 2015, p.07).
Trata-se de uma ação conjunta dos operadores do Direito, em busca de um bem comum, visto que quanto mais demandas simples, sejam resolvidas por esses meios, aquelas demandas complexas poderão ser mais bem estudadas pelo julgador, que não estará tão sobrecarregado.
E com essas práticas todos tendem a ganhar, os clientes encontraram a solução rápida para a sua demanda e cessará todo o transtorno que uma lide gera; o advogado recebera os honorários também de forma rápida quando lhes forem devidos, e o judiciário diminuirá o número de demandas no aguardo de decisões.
Procuramos, igualmente, estimular fontes alternativas de solução de conflitos, compartilhando, na medida do possível, com a própria sociedade, a responsabilidade pela recomposição da ordem jurídica rompida, que, afinal, é de todos os seus integrantes. Referimo-nos a intensificação do uso da conciliação, da mediação e da arbitragem, procedimentos que se mostram particularmente apropriados para a resolução de litígios, que envolvam direitos disponíveis, empregáveis, com vantagens, no âmbito extrajudicial, (SOUZA e PIMENTEL, 2015, p.03).
Assim o fomento à cultura do consenso contribui para a harmonia social e o respeito ao direito do próximo, desmistificando a imagem negativa dos operadores do Direito especialmente advogados, que incentivariam o litígio com o fito de obter vantagem financeira.
Tanto que em seu artigo 515 §2º dispõe que na autocomposição judicial, o consenso obtido pode envolver pessoas estranhas ao processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo (FIGUEIREDO, 2015, p.03).
Já a conciliação deve ser utilizada nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes
Já na conciliação e na arbitragem, os conflitos são tratados de modo mais específico e pontual. Na conciliação, há interferência com sugestões de acordos. Na arbitragem, há decisão do árbitro. E na arbitragem as partes ainda formulam pedidos prévios, com o que assumem desde o início suas posições em relação ao caso.
Outra diferença é o fato de na mediação existir a figura do mediador. É ele que conduzirá a comunicação entre as partes, sem exprimir o seu posicionamento, nem decidir as questões. Na conciliação, cabe ao conciliador interferir no procedimento, aconselhando as partes, de forma a se obter o acordo. Por seu turno, na arbitragem, a condução do procedimento pertence ao árbitro, que diferentemente das ouras figuras (mediador e conciliador) tem poder de decisão. Este poder é exercido na questão que lhe é posta. Há, assim, a sentença arbitral.
Portanto, cada uma das formas de solução de conflitos tem suas próprias peculiares e características e devem ser empregadas em situações específicas, ainda que em alguns casos possam ser utilizadas de maneira concomitante. A propósito, o art. 16 da Lei de Mediação, informa que “ainda que haja processo arbitral ou judicial em curso, as partes poderão submeter-se à mediação, hipótese em que requererão ao juiz ou árbitro a suspensão do processo por prazo suficiente para a solução consensual do litígio”.
Em relação aos custos com a mediação, não há um valor definido na lei. Até em razão da atribuição do mediador e da forma como se dá o procedimento de mediação, crê-se que os custos serão bem menores do que os da arbitragem. De qualquer forma, a  Lei da Mediação já estabelece que aos necessitados será assegurada a gratuidade da mediação (parágrafo 2º do art. 4º da Lei 13.140/15). No que diz respeito aos mediadores judiciais, a previsão legal é de que a sua remuneração será fixada pelos tribunais e custeada pelas partes, observando-se o disposto no parágrafo 2º, do art. 4º, da lei.
Na mediação extrajudicial, a remuneração deverá estar prevista na cláusula contratual se o litígio decorrer de contratos comerciais ou societários. Outra hipótese, pelo que se deverá aguardar posicionamento, é o de instituições idôneas prestadoras de serviços de mediação, a exemplo das câmaras arbitrais, que definiriam, com base na nova lei, os custos para atuaremno procedimento. Mas, independentemente da escolha por um dos institutos, o fato é que o Brasil está em fase de transição para novos tempos na busca da pacificação social.
A autocomposição, que tem na transação, na submissão e na renúncia, suas formas mais comuns, pode ocorrer em dois momentos distintos: antes da demanda, evitando sua composição, ou durante, pondo, dessa forma, termo ao litígio.
A origem do vocábulo transação encontra-se no termo latino transactione, ou seja, o ato ou efeito de transigir. Tratando do assunto, Figueira Júnior (1999, p. 123) define o instituto como “o negócio jurídico bilateral pelo qual as partes interessadas, fazendo-se concessões mútuas, previnem ou extinguem obrigações litigiosas ou duvidosas”. Já as duas outras espécies de autocomposição, a submissão e a renúncia, ocorrem, respectivamente, quando uma das partes, abrindo mão de suas pretensões, submete-se à vontade da outra e quando o credor abre mão de seu direito, extinguindose, pois, a relação jurídica que o vinculava ao devedor. Na heterocomposição existe intervenção jurisdicional do Estado, que pode se materializar frente a um juiz togado, ou árbitro que, embora seja terceiro particular equidistante entre as partes, conta com o amparo legal, inclusive na aplicação de sanções. A heterocomposição, que tanto pode ser estatal ou paraestatal, surge quando um terceiro intervém na disputa, por meio do julgamento togado, da arbitragem, da mediação e da conciliação, para tentar pôr termo à lide.

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