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DIREITO E SOCIEDADE NO ORIENTE ANTIGO – EGITO Leitura do capítulo 2º do livro “História do Direito – Geral e do Brasil", escrito por Flávia Lages de Castro". https://www.youtube.com/watch?v=Q2qVGo_wTog https://www.youtube.com/watch?v=15frabjUmqM&spfreload=10 SOCIEDADE EGÍPCIA Comunidades primitivas se sedentarizam em regiões favoráveis. Surgimento da agricultura e da domesticação dos animais. Estabilidade e previsibilidade, aumento populacional, sociedade mais complexa (aumenta o número de contatos sociais e conflitos); o direito se torna necessário. SOCIEDADE EGÍPCIA Tigre e Eufrates deram origem a civilização a egípcia; De junho a setembro, as chuvas provocavam enchentes, que inundavam uma grande extensão do Vale do Nilo, quando as águas voltavam ao seu nível normal, deixavam uma área fértil; As cheias do Nilo eram estáveis e regulares, o que fazia com que os egípcios acreditassem na existência de um poder divino. SOCIEDADE EGÍPCIA Faraó (líder supremo); Vizir; Sacerdotes (organizadores dos rituais sagrados); Nobres (parentes do faraó, altos funcionários); Camponeses (artesãos, marceneiros, músicos, dançarinas, sapateiros, pedreiros, ferreiros, pintores, escultores, perfumistas); Soldados, escravos (povos derrotados pelos egípcios em guerras); A ilustração abaixo representa como era dividida a sociedade no Antigo Egito: SOCIEDADE EGÍPCIA - FARAÓ Acredita-se que foi um sacerdote que, com sua sabedoria, conseguiu se impor sobre aquela comunidade neolítica e, a partir de um uso inteligente dos recursos simbólicos (mostrando sua relação direta com a regularidade das cheias do Nilo), conseguiu se impor, garantindo a manutenção do seu poder sobre toda a comunidade. DIREITO EGÍPCIO No estudo do direito egípcio, não há uma riqueza de fontes, como no mesopotâmico. O direito no Egito é consagrado no símbolo da deusa Maat; Maat era um princípio jurídico e filosófico que alcançaria o significado de justiça, verdade e ordem. A justiça egípcia também sofreu influência do elemento religioso. DIREITO EGÍPCIO Mesmo sem um código legislativo, sabe-se que a estrutura do direito egípcio era muito complexa; Os tribunais julgavam em nome do Faraó, o qual velava pela vigência da deusa Maat. O Faraó era autoridade suprema, só ele sabia o que constituía a ordem, o direito e a justiça. O dogma da divindade do Faraó explica o fato de não existir um código de leis no antigo Egito. DIREITO EGÍPCIO - Ideais da Deusa Maat 1 . Honrar a virtude 2 . Beneficiar com gratidão 3. Ser tranquilo 4. Respeitar a propriedade alheia 5. Afirmar que toda a vida é sagrada 6. Dar ofertas que são verdadeiras 7. Basear-se na verdade 8. Considerar todos os altares com respeito 9. Falar com sinceridade DIREITO EGÍPCIO Leis Escritas, mas não codificadas; Instruções eram dadas por um faraó a um de seus magistrados (vizir); Organização judiciária bastante complexa, com funcionários encarregados da administração da justiça em nome do faraó; Complexidade também na estrutura montada com o objetivo de garantir o cumprimento das leis com autoridades responsáveis por julgar e punir; O primeiro indício dessa complexidade é a própria escrita, que surge em decorrência das dificuldades em administrar um Estado centralizado. DIREITO EGÍPCIO – VIZIR Representante supremo do Faraó; Responsável por toda áreas administrativa e pelo funcionamento do estado; Era o dirigente maior do sistema judiciário - Presidente do Grande Tribunal (Tribunal de Vizir); Julgava os casos de maior gravidade; Tinha que pertencer a uma linhagem familiar própria e digna do cargo; Os Medjay auxiliavam os Vizirs; Vizir era justo e imparcial. DIREITO EGÍPCIO – PROCESSUAL Processados e julgados no Kenbet (Tribunal); O Kenbet era composto por 16 cidadãos e o Vizir; Nem vitima, nem acusado, nem testemunha podiam mentir no Kebet, sob pena de morte; Se o acusado jurar em frente ao Vizir com as mãos na deusa Maat que não iria cometer mais crime, ele era perdoado e o caso encerrado. DIREITO EGÍPCIO - PROCESSO LEGISLATIVO Todo Faraó designava um legislador; A função legislativa era obrigação do Faraó, mas ele ditava as leis para o legislador; As leis eram proclamadas ao povo através do decreto-lei; Legislavam sobre: Direito Tributário, Direito do Trabalho, Direito de Família. DIREITO EGÍPCIO – DIREITO TRIBUTÁRIO Os tributos mantinham os templos, o exército e as instituições públicas; Os agricultores davam todo ano uma parte da colheita ao Faraó; Controle era feito pelas visitas dos funcionário do Faraó. Os funcionários eram conhecidos como ideologus, ou auditores do tributo. Os ideologus andavam com guarda costas para não apanhar do povo. DIREITO EGÍPCIO – DIREITO TRABALHO O trabalhador vale seu salário – Ditado popular O pagamento de salário apropriado e justo era quase um dever religioso; Trabalhadores eram bem alimentados e tratados com dignidade. DIREITO EGÍPCIO – DIREITO CIVIL Família: Todos os habitantes considerados iguais perante o direito, sem privilégios. A célula social por excelência era a família em sentido restrito: pai, mãe e filhos menores. Além de marido e mulher serem colocados em pé de igualdade, todos os filhos, tanto filha como filho, eram considerados iguais, sem direito de primogenitura nem privilégio de masculinidade. DIREITO EGÍPCIO – DIREITO CIVIL Testamento: A liberdade de testar era total, salvo a reserva hereditária a favor dos filhos. Coisas: Todos os bens, imóveis e móveis, eram alienáveis. A pequena propriedade predominava. O estudo dos documentos encontrados sugere que havia enorme mobilidade de bens, já que os recenseamentos eram periódicos. DIREITO EGÍPCIO – DIREITO PENAL Penal: não aparece de modo algum severo, em comparação com os outros períodos da Antiguidade. PENAS: Restituição de bem; Castigos corporais; Apunhaladas; Tornados cegos; Trabalhos forçados no deserto; Chicotadas.
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